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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Dom Paulo Evaristo Arns





Vi muita gente que se julgava e se julga como mega evoluído, como o escolhido, o intermissivista ou seja, curso super especial na erraticidade, apoiarem idéias retrógradas, conservadoras, pró empresariado, pró minoria rica, pró elite da nação, num discurso irracional e ingenuo. E vejo Dom Paulo, católico, que saiu a luta nos tempos mais difíceis deste país, peitou o ditador general Médici. E lutou pela vida dos outros, contra a tortura. Universalista defendeu Herzog um judeu. Não mera defesa , pois isso foi numa época em que manifestaçoes poderiam levar à morte. O exército declarou que Herzog havia se suicidado, D. Paulo com Henry Sobel e o pastor evangélico, Jaime Wright realizaram um culto ecumênico para Herzog, deixando claro que ele não havia se suicidado, pois nessas religiões se a pessoa se suicida de fato, não pode haver cerimônia religiosa. Então ao fazerem este culto ecumênico eles estavam dizendo a todos e aos generais, "nós sabemos que vocês o torturaram e o mataram"...

Cardeal, viu-se colocado de lado pelo seu superior João Paulo II, viu sua diocese dividida, na tentativa de diminuir sua influência. Perdeu o direito de escolher o papa, tirado por João Paulo II que levou a escolha do Ratzinger como papa. Sofreu uma série de sutis opressões de uma Igreja secularmente expertise nisso, mas em momento algum, deixou de lutar pelo social, por uma sociedade mais sensível a miséria e a dor.
Em momento algum deixou que o conservadorismo tomasse conta sem tecer sua percepção do mundo. Ajudou a muitos. Serviu aos necessitados, formou e inspirou a muitos, preso a uma estrutura religiosa asfixiadora, se dedicou ao essencial, o amor ao próximo, as gentes comuns deste país.
Por isso digo , evolução espiritual não é uma questão de discurso auto proclamado ou técnicas bioenergéticas, meditativas ou projetivas bem aprendidas, mas de postura no mundo. Independente dos formatos de sua crença, que fizeste tu para esta humanidade?
Tua presença fez diferença?
Dom Paulo é um exemplo de raro brasileiro, alma nobre, que fez da sua vivência nesta vida uma dedicação de amor à humanidade. Ações para com o mundo e não não só pequenos atos bioenergético isolado no seu triplex. O mu do pega fogo, larguemos os brioches em nossos apês luxuosos e amemos às pessoas reais. Isso é, ao meu ver, evoluir. Mais Jesus com os pobres, mendigos, prostitutas e menos risadas irônicas e debochadas se achando a última bolacha do pacote da evolução planetária. Nem índigo, nem intermissivista, o negócio é se tonar ser humano sensível e amoroso aos outros. Parabéns Dom Paulo. Sua vida me inspira. As grandes almas transcendem, independente das crenças que possuam, deixam o suave perfume do amor aonde passam. Isto é completismo.

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