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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

FLorestas Encantadas

Para nos extasiarmos nas imagens, limpeza estética, leveza da alma, algumas imagens de florestas encantadas.



















voto deveria ser facultativo!!!

“O voto deveria ser facultativo e as promessas, obrigatórias.”

Sucesso

“Um pai bem sucedido é aquele cujo filho ou filha é capaz de pagar sua própia terapia.”

Nora Ephron

domingo, 25 de setembro de 2011

O Capacete invisível- airbag para ciclistas





O capacete se chama Hövding, e apesar de ser chamado de "invisível", na verdade ele está apenas bem escondido:

O Hövding é um colar discreto que o ciclista usa ao redor do pescoço. O colar contém um airbag dobrado, que se torna visível apenas em colisões. O airbag foi criado como um capuz, que no caso de um acidente recobre e protege a cabeça do ciclista. O mecanismo de ativação é controlado por sensores que registram os movimentos anormais do ciclista em um acidente.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Artista que foi prisioneiro em Auschwitz expõe o horror a que foi submetido, com a sua arte.


Maria e sua esposa Halima


Marian Kolodziej, um combatente da resistência polonesa católica durante a Segunda Guerra Mundial que sobreviveu mais de cinco anos em Auschwitz.
Ele foi preso em 1940 e deportado para Auschwitz em 14 de junho de 1940, a partir de Tarnów, no primeiro transporte de prisioneiros poloneses para o novo campo de concentração. Ele foi também prisioneiro de Gross-Rosen, Buchenwald, Sachsenhausen e Mauthausen-Gusen. Após a libertação, ele escolheu um nome de seu amigo que tinha morrido em Auschwitz.
Ele foi um dos primeiros prisioneiros a chegar em Auschwitz, e, foi usado como mão de obra escrava para a finalização do campo.Ficando conhecido como prisioneiro 432, ele conseguiu sobreviver ao campo de concentração. Tendo várias histórias para contar, recentemente foi feito um documentário sobre essa personalidade humana, chama-se “O Labirinto”.
Ele durante cinco décadas procurou viver sua vida, foi cenógrafo na Polônia casou-se e tentou manter a experiência no campo de concentração afastada de seu cotidiano.
Mas em 1993, após um acidente vascular cerebral, no seu processo de recuperação, ele pediu um lápis e fez uma série de desenhos sobre a sua experiência em Auschwitz. Aquelas chocantes experiências, represadas em seu íntimo, agora conseguiam emergir com toda a força para fora, revelando ao mundo, às novas gerações, o que essas pessoas passaram e que não deve ser nunca esquecido.
Kolodziej fez mais de 300 desenhos. Uma igreja na Polônia lhe forneceu um espaço que foi, ao mesmo tempo, estúdio para realizar suas obras e galeria de exposição. Ele denominou sua obra de Labirinto.
Marian Kolodziej faleceu em 13 de outubro de 2009, logo após o início da elaboração do documentário. Graças ao qual seu trabalho pôde se tornar conhecido por um grande número de pessoas.

Algumas fotos da sua produção artística e um trailer do documentário que eu não sei se passou aqui no Brasil.


















The Labyrinth Trailer from Jason Schmidt on Vimeo.

O sentido místico da consciência planetária


O sentido místico da consciência planetária

Faustino Teixeira - PPCIR-UFJF

“Aquele que amar apaixonadamente Jesus
escondido nas forças que fazem a Terra crescer,
a Terra, maternalmente, o levantará
em seus braços gigantes,
e o fará contemplar a face de Deus”
(Teilhard de Chardin)



Introdução

Como indica Leonardo Boff, a retomada da dimensão espiritual da vida humana talvez seja uma das transformações culturais mais significativas do século XXI[1]. Trata-se da viva consciência de que o ser humano não é somente parte do universo material, mas igualmente espírito que se integra ao Todo, como ente “re-ligado a todas as coisas” e que lança interrogações fundamentais sobre o sentido da história e do destino humano. Um dos grandes desafios de nosso tempo relaciona-se à consciência planetária: como encontrar um caminho civilizacional que saiba incluir a todos, incluindo a natureza; um caminho que possibilite o enriquecimento da compreensão do humano, que envolve não apenas a relação consigo mesmo e com os outros, mas igualmente a relação com os cosmos, que é o seu lugar natal. Nada mais nocivo que continuar alimentando a idéia moderna da auto-centralidade do ser humano e os desdobramentos problemáticos de sua relação de domínio com a natureza. O momento exige uma sensibilidade nova:

Começamos a perceber que destruímos a nós mesmos com essa intemperança. Começamos a entender que o mundo é nossa morada, na qual nascemos e estamos vivendo, e que merece proteção. Melhor: essa natureza merece respeito e escuta, ´escuta poética`, pois ela tem valor em si mesma. E uma ´nova aliança`entre ela e nós deve ser estabelecida (Prigonine e Stengers), além daquela em que ´o homem é senhor e possuídor do mundo`(Descartes)[2].

O sentido místico da consciência planetária convoca o ser humano a uma nova dinâmica relacional, que envolve o olhar, a escuta e a aliança com o Todo. Pode-se falar ainda em hospitalidade: ser capaz de hospedar o outro e a realidade envolvente. Isto requer muita humildade e quebra das arrogâncias identitárias, na medida em que traduz uma nova forma de instalação no mundo, marcada pela “delicadeza espiritual”, pela simpatia, cortesia e retomada do senso da maravilha. Em linha de descontinuidade com a lógica prometeica, que busca tudo controlar e explicar, há que reaprender o ritmo da imanência, que envolve humildade e abertura, ou seja, saber se instalar silenciosamente “no frêmito da contingência”[3].

A mística e o amor pelo Todo

A experiência mística envolve sempre a dinâmica de uma relação. Na perspectiva aberta por clássicos pensadores cristãos, como J.Maritain e Louis Gardet, a mística traduz um “conhecimento experimental das profundidades de Deus” ou a “experiência fruitiva do absoluto”[4]. Nela se dá o encontro do sujeito com o Outro, entendido como Mistério maior. Mas há hoje que resgatar um sentido mais “terrenal” da mística, que envolve uma percepção acurada do cotidiano, de forma a desentranhar a dimensão mistérica que habita o ser humano e toda a criação. Em sintonia com a perspectiva aberta por Raimon Panikkar, há que entender a mística como “experiência da vida”, ou como “experiência integral da realidade”[5]. A mística não é uma experiência ultra-mundana, desencarnada e destacada das alegrias e dores do mundo, nem mero apanágio de uma “aristocracia espiritual”, mas um traço ou característica do ser humano em geral, que é capaz de penetrar os meandros da realidade e captar o canto das coisas.

O verdadeiro místico não está jamais deslocado de seu tempo, mas é alguém animado por um “desaforado amor pelo Todo”. A sua experiência do mistério ocorre no coração da realidade, em atenção contínua aos pequenos sinais do cotidiano, num movimento incessante de adentrar-se cada vez mais em sua espessura[6]. Como mostrou com pertinência e sabedoria o místico jesuíta, Teilhard de Chardin, “a pureza não está na separação, mas numa penetração mais profunda do Universo”[7]. Há que ter “uma simpatia irresistível por tudo aquilo que se move na matéria obscura”[8]. Os grandes espirituais e santos são reconhecidos em sua grandeza não por escaparem dos desafios de seu tempo, mas pela “maneira de eles viverem plenamente essa vida comum e fazer com que ela faça desabrochar todas as suas virtualidades”[9]. Singulares místicos como Mestre Eckhart (1260-1327), foram animados por uma sensibilidade particular, de saber captar Deus em todas as coisas, e em todo o tempo e lugar. O verdadeiro espaço de encontro com o Mistério não é o extraordinário, mas o ordinário, o cotidiano do dia-a-dia. O céu se faz presente “em cada ponto da criação, assim como Deus é, de certo modo, a onipresente filigrana de todas as coisas”[10].

A diafania de Deus no Universo

Em sua preciosa obra mística, O meio divino, Teilhard de Chardin assinalou que “o grande mistério do cristianismo não é exatamente a Aparição mas a Transparência de Deus no Universo”[11]. À luz da perspectiva mística cristã, todo o universo vem “banhado de luz interna que lhe intensifica o relevo, a estrutura e as profundezas”[12]. Não há como escapar desta Diafania divina, que a todos envolve e que transparece no mistério da criação. O ser humano vive mergulhado nesse “meio divino”, embora nem sempre se dá conta disso. Para ser capaz de ver Deus em todas as coisas é necessário uma “educação da vista”[13]. De fato, para aquele que sabe ver, “nada é profano neste mundo”[14]. Basta romper com o círculo da superficialidade e das aparências, ultrapassar o ritmo dos nomes e formas, para ser capaz de desvendar o Divino que transparece por todo canto: “por toda a parte, à volta de nós, à direita e à esquerda, atrás e adiante, abaixo e acima”[15]. É o mistério divino sempre-já-aí a assediar, penetrar e modelar o ritmo da criação. De forma ousada, Teilhard reconhece o potencial espiritual da matéria, e indica que é mergulhando em seu seio que o ser humano vem introduzido “no coração mesmo daquilo que é” e alcança a experiência de Deus:

Banha-te na Matéria, filho do Homem. Mergulha nela, lá onde ela é mais violenta e mais profunda! Luta em sua corrente e bebe sua vaga! Foi ela que outrora embalou tua inconsciência – é ela que te levará até Deus![16]

Como tão bem cantou o salmista, “a terra está cheia do amor de Iahweh” (Sl 33,5). E essa alegria vem celebrada pelos céus e firmamentos, que proclamam a glória dessa presença (Sl 19,2; Sl 148; Dn 3,57s). Esse mistério divino que a todos envolve é simultaneamente imanente e transcendente. De um lado, é “incomparavelmente próximo e tangível”, atuando em todas as forças do Universo; de outro, esquiva-se ao abraço, retirando-se sempre para mais longe, em direção às escarpas do desconhecido[17]. Trata-se de um mistério protegido por reserva de gratuidade, que mantém-se permanentemente como dom: é “o eterno descobrimento e o eterno crescimento”[18]. Mas, curiosamente, pode ser alcançado, por aproximação, quando se navega no sentido da profundidade, em direção ao “recanto mais secreto de nós mesmos”, no centro mais íntimo, no “abismo profundo” de onde irradia todo poder de ação[19].

Ao olhar superficial e ingênuo, essa percepção profunda do mistério de Deus em todas as coisas do mundo vem identificada como panteísta. Trata-se de um equívoco que vem logo dissipado quando se aprofunda a perspectiva da dinâmica que envolve a imanência e a transcendência de Deus no mundo. Mesmo quando o místico fala da íntima união selada no amor, permanece resguardada a diferença. Tratando dessa questão, o clássico pensador da escola de Kioto, Keiji Nishitani, sublinha:

Dizer que Deus é onipresente implica a possibilidade de encontrar Deus em toda parte no mundo. Isto não é panteísmo no sentido usual do termo, pois não indica que o mundo é Deus ou que Deus é a vida imanente no mundo mesmo, mas que um Deus absolutamente transcendente é, enquanto tal, absolutamente imanente[20].

Na tradição mística do sufismo, e em particular na obra de Ibn ´Arabi (1165-1240), o mistério de Deus – wujūd ilimitado – pode ser captado através de dois termos-chave presentes na terminologia teológica do islã tradicional: tanzīh e tašbīh. O primeiro termo, tanzīh, vem do verbo árabe nazzaha, que significa “proteger algo de qualquer contaminação”. O termo vem utilizado para assinalar a transcendência e a incomparabilidade essencial de Deus: sua distancia com respeito a toda criatura. O segundo termo, tašbīh, , provém do verbo šabbaha, que significa “fazer ou considerar algo similar a outra coisa”. É um termo que expressa a proximidade de Deus com a sua criação, sua comparabilidade com as coisas existentes. Deus vem, assim, expresso em sua dupla polaridade: é, por um lado, radicalmente transcendente, mas por outro, também imanente[21]. A aproximação de Deus, entendido como o Real (al-Haqq), não pode acontecer quando se privilegia exclusivamente um desses pólos. Ibn ´Arabi serviu-se da história corânica de Noé (Nûh) e os “idólatras” para mostrar que não se pode captar o Real quando se exclusiviza seja o seu lado transcendente, seja o seu lado imanente. Esse mistério é simultaneamente transcendente e imanente. Tanto os “idólatras” como Noé equivocaram-se em sua aproximação ao Mistério. Os “idólatras” por vincularem o Real com os objetos físicos de sua adoração (imanentização) e Noé por vincular o Real com o transcendente. Os primeiros equivocaram-se por desconsiderar a dimensão transcendente do Real e o segundo por negar sua dimensão imanente[22].

Há que sublinhar, porém, que o mistério do Real ou do Todo vem experimentado no âmbito da imanência. Mas é preciso atenção para perceber esse “ponto luminoso” que atua e permanece dentro de tudo o que é real. Não sem razão, filósofos contemporâneos, como André Comte-Sponville , falam da “imanensidade”, para expressar esse mergulho no Todo, que traduz simultaneamente a força da imanência e a abertura para a imensidade. Não só os religiosos estão habilitados para perceber e captar o inusitado de eternidade que habita o cotidiano. O potencial de deslumbramento e admiração diante do Todo ocorre também entre aqueles que dispensam a religião em sua vida, mas que podem estar animados, em alto grau, por qualidades essenciais do espírito. A espiritualidade, como vem mostrando Dalai Lama, envolve a atuação dessas qualidades essenciais, como o amor, a compaixão e a tolerância, que irradiam uma essencial atmosfera de felicidade. O filósofo Comte-Sponville manifesta sua sintonia com espiritualidades que facultam a abertura do ser humano ao mundo, aos outros, ou seja, à realidade do Todo. Trata-se de uma espiritualidade que não encerra o indivíduo em si mesmo, mas que o incita a “habitar o universo”[23].

Ao reconhecer essa diafania de Deus no universo, o ser humano desperta para a presença do mistério em todo lugar. Trata-se do mistério que faz as montanhas saltarem “como carneiros, e as colinas como cordeiros” (Sl 114,4). Não há como refletir sobre o mistério de Deus e do humano sem “ouvir o mundo. O homem não está só louvando a Deus. Louvá-lo é unir-se a todas as coisas em seu hino a ele. Nossa comunhão com a natureza é uma comunhão de louvor. Todos os seres louvam a Deus. Vivemos numa comunidade de louvor”[24].

A consciência e atenção cosmoteândricas

Para expressar essa íntima relação que envolve o cosmos, Deus e o humano numa única aventura espiritual, Raimon Panikkar cunhou a expressão “intuição cosmoteândrica”. Foi o recurso que encontrou para enriquecer o teandrismo da tradição cristã ocidental com a abertura cósmica da tradição ortodoxa. A novidade está na introdução do cosmos, do mundo, da matéria, até então negligenciados na espiritualidade cristã tradicional, muitas vezes identificados com o mal. O cosmos, Deus e o homem são três dimensões constitutivas do real: “uma dimensão de infinito e liberdade que denominamos divino; uma dimensão de consciência, que denominamos humana; e uma dimensão corporal ou material que denominamos cosmos”[25]. É a interpenetração destas três dimensões que impossibilita reduzir a experiência de Deus ao que é puramente imanente ou transcendente. Trata-se, melhor, de uma aventura substantivamente relacional, que faculta acessar a complexidade da experiência mística[26].

A experiência cosmoteândrica demanda uma atenção particular ao cotidiano. Há aqui uma rica sintonia com a experiência zen budista, para a qual “o coração cotidiano é o caminho”[27]. Na visão de um dos grandes pensadores da tradição zen, Daisetz Teitaro Suzuki, a verdade não está deslocada do tempo, mas revela-se nas “coisas concretas” da vida cotidiana. É na vida comum que a mística acontece:

O Zen treina sistematicamente o pensamento para ver isso. Abre os olhos do homem para o grande mistério que diariamente é representado. Alarga o coração para que ele abranja a eternidade do tempo e o infinito do espaço em cada palpitação e faz-nos viver no mundo como se estivéssemos andando no Jardim do Éden[28].

Esta atenção ao cotidiano e sentimento do real são possibilidades bem plausíveis na vida de cada um, e ocorrem em situações que podem ser banais. É o que descreve Nishitani, ao comentar uma passagem do livro de Dostoievski, Memórias da casa dos mortos, onde o autor relata uma experiência singular de abertura ao mistério a partir do impacto emocional da paisagem circunstante: o despertar para o “mundo prenhe de Deus”. O impacto da realidade pode ser diferente para cada pessoa, dependendo da situação particular em que vive e da dinâmica de atenção que a anima. Situações ou experiências cotidianas podem tornar-se “ponto focal” de uma concentração inusitada e intensa, despertando a atenção para um sentimento do real que escapa ao olhar superficial. Algo que aciona e desperta “o profundo sentimento da realidade das coisas cotidianas”[29].

O espírito alerta e a dinâmica da atenção são traços fundamentais da sensibilidade oriental. É a profunda “consciência cotidiana” que impulsiona o recolhimento metódico e sistemático do arqueiro zen e a possibilidade dele estirar o arco espiritualmente e acertar o alvo[30]. É o “espírito do cotidiano” que consolida o estado de espírito essencial do samurai em sua arte marcial: o desenvolvimento de um olhar de discernimento capaz de grande atenção às pequenas coisas[31]. A sabedoria zen procede de uma forma peculiar: não há interesse em prescrições ou considerações teóricas. O que ela suscita é apenas uma atenção desarmada ao real, como ele se manifesta, ou seja, a experiência imediata de ser, eventualmente, tocado pelas coisas e ouvir o seu canto[32]. A linguagem zen vem penetrada pelo aberto ilimitado, onde nada pode ser claramente expresso, para que a admiração encontre morada. Com base numa passagem evangélica de Mateus, o pensador Shizuteru Ueda, assinala que a perspectiva zen é muito mais indicativa que imperativa. Na mencionada passagem se diz:

Olhai os pássaros do céu: não semeiam, não colhem, nem guardam em celeiros. No entanto, o vosso Pai celeste os alimenta (...). Olhai como crescem os lírios do campo. Não trabalham nem fiam. No entanto, eu vos digo, nem Salomão, em toda a sua glória, jamais se vestiu como um só dentre eles (...) (Mt 6,26-28).

Como indica Ueda, um mestre zen procederia de forma distinta da descrita pelo evangelista. Diria simplesmente: “Olhai os pássaros do céu! Olhai os lírios do campo”, sem acrescentar prescrição alguma. Não há melhor ensinamento do que o dado vivo da presença dos pássaros e dos lírios. A simples e delicada evidência, apresentada ao olhar, é suficiente para quebrar o entrincheiramento do sujeito no mundo restrito do eu e o lançar no decisivo desafio de retomada da verdadeira vida[33].

A sabedoria zen marcou místicos cristãos singulares, como o trapista Thomas Merton, para o qual o caminho zen tocava a vida no seu próprio âmago. Mediante o influxo da meditação budista, soube perceber a fundamental importância da atenção aos pequenos sinais do cotidiano. Em descontinuidade com a tradição cartesiana, assinalava que em primeiro lugar estava o ser no mundo, em estado de atenção: sum ergo cogito. Para ele,

o Zen é a percepção plena do dinamismo e da espontaneidade da vida, e por isso não pode ser apreendido pela simples introspecção, e muito menos pelo sonho (...). Exige atenção e esforço reais, além de absoluta e total atenção: entretanto, essa atenção é dada não a uma teoria ou a uma verdade abstrata mas, sim, à vida em sua realidade concreta e existencial, e a todo instante[34].

Thomas Merton aplicou esse espírito zen na sua experiência de trapista. Como mestre de noviços, na abadia de Gethsemani (EUA), realizou esse espírito, na forma de entender e ensinar o sentido da vida contemplativa. Em linha de sintonia com a sabedoria zen, captou o significado real de uma vida contemplativa inserida no tempo. Dizia que “a vida contemplativa era simplesmente viver, como o peixe na água”. Assinalava também que a vida espiritual não podia estar separada de nenhum interesse humano. Realizou sua trajetória de buscador nessa atmosfera de atenção ao real, plenamente consciente da presença permanente de Deus em todo canto[35].

A experiência da profundidade e a dilatação do coração

Um dado interessante que perpassa nas narrativas de místicos importantes como Eckhart, Tauler, João da Cruz e Teresa de Jesus é a relação entre a profundidade da experiência espiritual e a dinâmica do amor solidário. Num de seus sermões alemães, Eckhart sublinha a importância da “límpida humildade” como condição de acesso ao “fundo de Deus”. Ele sinaliza que “quanto mais a alma chega ao fundo e no mais íntimo de seu ser, tanto mais a força divina nela se derrama plenamente e opera veladamente de maneira a revelar grandes obras...”[36]. Isso significa que quanto mais o ser humano penetra o seu mundo interior, mais é capaz de perceber a beleza de todas as coisas, em liberdade espiritual que é única. E o resultado mais efetivo dessa interiorização é a tônica do amor. Em outro sermão, ele diz que “quando a alma com amor flui totalmente em Deus, ela não sabe de mais nada a não ser de amor”[37]. Também Tauler, num de seus sermões, indica que lá onde “o vale é mais profundo é onde a água corre de forma mais abundante”[38].

Com base na reflexão de Mestre Eckhart, pode-se concluir que o caminho do despreendimento é condição essencial para o encontro com a realidade em sua densidade verdadeira. Não há contradição ou tensão entre a experiência interior e a adesão à beleza cósmica. São experiências que se implicam mutuamente. Quando as “coisas” são descobertas em Deus, passam a ser apaixonadamente amadas em sua grandeza. Segundo Gwendoline Jarczyk e Pierre-Jean Labarrière, dois estudiosos de Eckhart, o despreendimento verdadeiro não provoca uma “extinção das coisas”, mas o seu “recentramento”. A dinâmica do desprendimento não leva à fuga do mundo, mas ao envolvimento, por conaturalidade, de todas as coisas. O ser desprendido é alguém “capaz de amor, é humilde e misericordioso”[39]. Em clássico sermão em torno de passagem de Lucas (Lc 10,38-40), Eckhart encontra em Marta um exemplo de desprendimento. Em sua visão, ela era alguém que conseguiu exercitar radicalmente o fundo da alma, na sua essencialidade. O leitor do evangelho capta a operalidade de Marta. Trata-se, porém, de uma ação marcada por liberdade: de alguém que está “junto às coisas”, mas ao mesmo tempo livre com respeito às mesmas. Na visão de Marta, o encontro com Deus passa pelo mundo e pela vida. Estar “essencialmente” diante de Deus é estar inserido na vida, é possuir “a vida de maneira essencial”[40].

Eckhart é um místico que louva a atividade prática da vida cotidiana, cujo grande exemplo vem encontrado em Marta. Mas o modo como Marta exerce essa atividade é pontuado por grande liberdade, que só pode encontrar-se em alguém que despertou radicalmente para a sua verdadeira natureza, e que exercitou o fundo da alma, aproximando-se do mistério da Deidade. O despojamento vivido por Marta é o resultado de um aprofundamento da “subjetividade que emerge da morte absoluta do ego (...) e do puro vínculo de unidade com Deus”[41]. Um tal despojamento (abgeschiedenheit) não leva à “deserção das coisas, mas posse de si na liberdade com respeito às coisas”, que é também liberdade face a todas determinações particulares[42].

Conclusão

Nada mais urgente no tempo atual que a afirmação de uma nova aliança em favor do resgate da Terra e da salvaguarda da criação. Trata-se de uma escolha que é nossa: “formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros, ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida”[43]. Esse cuidado planetário essencial tem viva fundamentação na mística inter-religiosa. O respeito à natureza é um desdobramento evidente de toda perspectiva mística, pois ela mesma, em sua beleza, reflete os rastros de Deus[44], ou do Mistério maior, sem nome. Os místicos falam do mistério inacessível de Deus, da impossibilidade de sua compreensão no tempo. Apontam, porém, a possibilidade de captar sua fragrância nesse espaço da contingência. O capadócio, Gregorio de Nissa, fala do “perfume difuso” da natureza divina na criação: todo o universo é portador desse aroma que traduz o mistério da Vida[45]. A tradição mística ortodoxa fala em filocalia, que literalmente significa “amor pela beleza”. A oração hesicasta tem como objetivo essencial despertar essa “sensibilidade à presença de Deus em todas as coisas”[46]. Toda mística autêntica busca revelar um novo olhar sobre o mundo, ou melhor ainda, captar o outro mundo que habita esse mundo. Abre-se com ela a possibilidade de ver o mundo transfigurado, de ver “a chama das coisas”, e resgatar o “corpo energético da terra”. Daí a importância fundamental de reafirmar o sentido místico da consciência planetária.


Artigo publicado no livro: Consciência Planetária e Religião, organizado por Pedro A.Ribeiro de Oliveira & José Carlos Aguiar de Souza. São Paulo: Paulinas, 2009, pp. 211-232 (e também publicado na Revista Eclesiástica Brasileira, n. 277, de janeiro de 2010)

[1] Leonardo BOFF. Do iceberg à Arca de Noé. Rio de Janeiro: Garamond, 2002, p. 117.

[2] Adolphe GESCHÉ. O cosmo. São Paulo: Paulinas, 2004, p. 5.

[3] Ibidem, p. 46.

[4] Jacques MARITAIN. Les degrés du savoir. 5 ed. Paris: Desclée de Brouwer, 1946, p. 489-490; Louis GARDET. La mystique. Paris: PUF, 1970, p. 5.

[5] Raimon PANIKKAR. L´esperienza della vita. La mistica. Milano: Jaca Book, 2005, pp. 15, 42, 57 e 175; Id. Mistica Pienezza di vita. Milano: Jaca Book, 2008 (Opera Omnia v. I/1).

[6] Maria ZAMBRANO. Algunos lugares de la poesía. Madrid: Trotta, 2007, pp. 127 e 129.

[7] Pierre TEILHARD DE CHARDIN. Hymne de l´univers. Paris: Seuil, 1962, p. 67 (utilizaremos aqui a tradução brasileira: Pierre Teilhard de Chardin. Hino do universo. São Paulo: Paulus, 1994).

[8] Ibidem, p. 19.

[9] Adolphe GESCHÉ. O cosmo, p. 55.

[10] Alois M. HAAS. Introduzione a Meister Eckhart. Fiesole: Nardini, 1997, pp. 113-114 (ver ainda pp. 22 e 26); Leonardo BOFF (Org.). Mestre Eckhart. A mistica de Ser e de não Ter. Petrópolis: Vozes, 1983, pp. 42-43.

[11] Pierre TEILHARD DE CHARDIN. O meio divino. Lisboa: Presença, s/d, p. 150.

[12] Ibidem, p. 149.

[13] Ibidem, p. 43.

[14] Ibidem, p. 66.

[15] Ibidem, p. 127.

[16] Pierre TEILHARD DE CHARDIN. Hymne de l´univers, pp. 67-68 (e também p. 72).

[17] Pierre TEILHARD DE CHARDIN. O meio divino, pp. 128-129.

[18] Ibidem, p. 160.

[19] Ibidem, pp. 80-82.

[20] Keiji NISHITANI. La religione e il nulla. Roma: Città Nuova, 2004, p. 73.

[21] Toshihiko IZUTSU. Sufismo y taoísmo. 2 ed. Madrid: Siruela, 2004 (Ibn ´Arabi v. 1), pp. 63-64.

[22] IBN ´ARABI. Le livre des chatons des sagesses. Beyrouth: Al-Bouraq, 1997, p. 116-119.

[23] André COMTE-SPONVILLE. O espírito do ateísmo. São Paulo: Martins Fontes, 2007, pp. 136-137 e182-183; DALAI LAMA. Uma ética para o novo milênio. Rio de Janeiro: Sextante, 2000, pp. 32-33.

[24] Abraham J. HESCHEL. Deus em busca do homem. São Paulo: Paulinas, 1975, p. 128.

[25] Raimon PANIKKAR. Entre Dieu et le cosmos. Paris: Albin Michel, 1998, pp. 133-135 (aqui p. 135). Ver ainda: Paul KNITTER. Introduzione alle teologie delle religioni. Brescia: Queriniana, 2005, pp. 254-257.

[26] É nessa perspectiva que se pode entender o clássico verso de Angelus Silesius: “Sei que sem mim Deus não pode um momento viver. Se eu nada me tornar, ele deve por certo morrer”: Il pellegrino cherubico. 3 ed. Cinisello Balsamo: San Paolo, 2004, p. 108 (I,8). Ver ainda, p. 154 (I,275): “Homem, tudo te ama! Tudo te rodeia: Tudo recorre a ti para chegar até Deus”.

[27] Masumi SHIBATA. Passe sans porte. Paris: Villain et Belhomme, 1968, p. 79 (em outra tradução: “o espírito do cotidiano é o caminho”.

[28] Daisetz Teitaro SUZUKI. Introdução ao zen-budismo. São Paulo: Pensamento, 1999, p. 66.

[29] Keiji NISHITANI. La religione e il nulla, pp. 38-40.

[30] Eugen HERRIGEL. A arte cavalheiresca do arqueiro zen. São Paulo: Pensamento, 1978.

[31] William Scott WILSON. O samurai. A vida de Miyamoto Musashi. São Paulo: Estação Liberdade, 2006, pp. 160 e 173.

[32] Shizuteru UEDA. Zen e filosofia. Palermo: L´epos, 2006, pp. 206-208.

[33] Ibidem, pp. 207-208.

[34] Thomas MERTON. Místicos e mestres zen. Rio de janeiro: Civilização Brasileira, 1972, p. 236. Ver também: Id. Zen e as aves da rapina. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 1972, pp. 34,39 e 66.

[35] Ernesto CARDENAL. Vida perdida. Memórias 1. Madrid: Trotta, 2005, pp. 144 e 187.

[36] Mestre ECKHART. Sermões alemães 1. Petrópolis: Vozes, 2006, p. 297 (Sermão 54 a).

[37] Mestre ECKHART. Sermões alemães 2. Petrópolis: Vozes, 2008, p. 67 (Sermão 71). Ver a semelhança com a passagem de Cântico dos Cânticos 2,4 e Cântico Espiritual de João da Cruz (Canção XXVI).

[38] Giovanni TAULERO. I sermoni. Milano: Paoline, 1997, pp. 418-419 (Sermão 45). Ver também: TERESA DE JESUS. Obras completas. São Paulo: Loyola, 1995, p. 484 (Castelo Interior – Quartas Moradas 3,9).

[39] Mestre ECKHART. Sobre o desprendimento. São Paulo: Martins Fontes, 2004, pp. XXIII e XXIV (Introdução de Gwendoline Jarczyk e Pierre-Jean Labarrière).

[40] Mestre ECKHART. Sermões alemães 2, pp. 128 e 133 (Sermão 86).

[41] Keiji NISHITANI. La religione e il nulla, p. 100.

[42] Gvendoline JARCZYK & Pierre-Jean LABARRIÈRE. Le vocabulaire de Maître Eckhart. Paris: Ellipses, 2001, pp. 14-15.

[43] A Carta da Terra. In: Leonardo BOFF. Do iceberg à Arca de Noé, p. 149.

[44] SANTO AGOSTINHO. Confissões X,6,9. In: Os pensadores VI. São Paulo: Victor Civitta, 1973, pp. 198-199.

[45] GREGORIO DI NISSA. Omelie sul cantico dei cantici. 2 ed. Roma: Città Nuova, 1996, pp. 51-52 (Omelia I).

[46] Jean-Yves LELOUP. Prefácio. Relatos de um peregrino russo. Petrópolis: Vozes, 2008, pp. 13,17 e 29.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

REAPRENDENDO A AMAR





REAPRENDENDO A AMAR

Luiz Eduardo


"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"
Antoine de Saint-Exupéry



A maior experiência da vida sem dúvida é o amor.

Podemos interpretar o amor, racionalizar o amor, o que talvez seja nossa tendência natural, mas o amor é para ser vivido, sentido. Experenciado em nosso cotidiano.
Se você sentir algo em seu coração, permita que os teus queridos conheçam esse sentimento. O amor é como espelho e quando amamos alguém nos transformamos em espelho dessa pessoa e ela o nosso.

O amor verdadeiro é criativo, construtivo, edificante e inspirador. Nunca destrói...

Ame em cada momento de sua vida. Viva o agora, o já.
Quando amar realmente ame, sem medos, sem reservas, abrindo mão das memórias.
Quando falar com alguém realmente fale, sinta a presença do outro.
Quando olhar o por do sol, a chuva que cai, uma flor, sinta isso. Perceba o Amor de Deus por nós se manifestando em nossa vida todo tempo.
Quando brincar com uma criança ou um animal de estimação, realmente brinque. Sinta esse momento e perceba o amor incondicional e ilimitado fluir.
O amor tem os braços abertos. Se você fechar seus braços só irá abraçar a si mesmo e ficará aprisionado no mundo do ego e das memórias.

Amar é se permitir tocar o coração do outro e ser tocado também no coração.

Um homem, uma mulher, uma criança, um animal, a natureza, a vida... Tudo é expressão do amor. O amor transcende e multiplica.

O amor é ignorado pela ciência, mas ele brota no coração, originário do ser humano, de sua essência divina. Precisamos de amor como do ar para respirar.

Amor acolhe. Acolhe mo-nos!

Não esqueçamos que tudo principia na própria pessoa.

Quer amor? Seja amor! Essa é a matemática.

Fonte: http://luizeduardogfilho.blogspot.com/2011/02/reaprendendo-amar_21.html



Ler devia ser proibido!!!

Ainda que...




AINDA QUE você se sinta cansado de ver a mediocridade dos fracos e a ousadia abusada dos espertos imperarem sobre a correção das pessoas de bem, que se lamentam mas se omitem: por favor, levante a cabeça e não desanime!

AINDA QUE haja pessoas que se comportam, com pequeneza e egoísmo, querendo apenas levar vantagem em tudo, e relutam em viver como irmãos de um mesmo destino, rindo-se dos ideais nobres de uma sociedade justa e solidária: por favor, levante a cabeça e não desanime!

AINDA QUE os pobres, os privilegiados de Deus, que mereceram a vinda de Jesus, sejam desprezados e excluídos das mínimas assistências que nossas sociedades oferecem a seus cidadãos: por favor, levante a cabeça e não desanime!

AINDA QUE você olhe com tristeza o exército de miseráveis e famintos perambulando por nossas cidades e dormindo soas marquises de nossos suntuosos edifícios: por favor, levante a cabeça e não desanime!

AINDA QUE você veja a sociedade assustada e encolhida diante da violência das gangues e marginais, que parecem estar vencendo as forças de segurança em nossas cidades: por favor, levante a cabeça e não desanime!

AINDA QUE a desigualdade social seja uma chaga real, estatística e cruel, dolorosamente escandalosa e incurável, e que o fosso entre ricos e pobres só aumente, dia a dia, espalhando tristeza e desalento, lágrimas e maldições: por favor, levante a cabeça e não desanime!

AINDA QUE seitas religiosas sejam mais balcões de negócio do que Casas de Oração e estejam mais preocupadas com dízimos e dividendos do que com a salvação dos seus fiéis: por favor, levante a cabeça e não desanime!

AINDA QUE as pessoas se casem, hoje em dia, com pompa e circunstância, prometendo-se amar “na alegria e na tristeza, na saúde e na doença”, e se separem, poucos anos depois, abjurando o juramento solenemente feito: por favor, levante a cabeça e não desanime!

AINDA QUE você se sinta desolado por ver a corrupção dos que não têm nem consciência nem caráter tripudiando em todas as camadas sociais e nos três poderes da República: por favor, levante a cabeça e não desanime!

AINDA QUE você lamente uma Justiça, que é tão afoita em condenar os assim chamados “ladrões de galinhas”, mas que é tão lerda e leniente em punir os ladrões de colarinho branco: por favor, levante a cabeça e não desanime!

AINDA QUE elites insensíveis e empresários de coração empedernido se ocupem e só se preocupem com o balanço de suas empresas e com o lucro gordo de seus investimentos: por favor, levante a cabeça e não desanime!

AINDA QUE os Governos de grandes países pensem mais em guerra do que em paz e estejam mais propensos a construir prisões do que escolas e hospitais: por favor, levante a cabeça e não desanime!

AINDA QUE as nações do Primeiro Mundo tratem com as migalhas de suas mesas e o desprezo e a arrogância de suas economias as menos desenvolvidas e cientificamente mais atrasadas: por favor, levante a cabeça e não desanime!

AINDA QUE países ricos e adiantados poluam, tragicamente, a atmosfera, colocando em risco a saúde e a sobrevivência de todo o mundo, e se neguem a assinar o Protocolo de Kioto: por favor, levante a cabeça e não desanime!

AINDA QUE a Paz, tão desejada e sonhada, apenas se apresente com a fragilidade de uma simples pombinha e seu canto já não é mais ouvido como, um dia, nos campos de Belém: por favor, levante a cabeça e não desanime!



Sim, levante a cabeça e não desanime, mesmo que você veja as pessoas de bem, seus amigos e conhecidos, desanimados diante de tanta violência, corrupção, descalabro e falta entusiasmo, de justiça e fraternidade! Acredite! É preciso acreditar! O bem há de, finalmente, vencer o mal. Deus é mais forte, infinitamente mais forte do que o Maligno! Há mais gente, muito mais gente honesta e corajosa querendo e torcendo pela vitória da esperança sobre o medo! A chama da fé ainda continua queimando nas pessoas e ela é importante, é muito importante e decisiva para as definições dos nossos destinos humanos! Amanhã, acredite, é preciso acreditar, o sol continuará nascendo e, amanhã, nossas casas, praças e ruas se encherão de música e de danças, porque, hoje, você não abaixou a cabeça e não desanimou. E porque você manteve a cabeça alevantada e não desanimou, aceite o meu abraço e os agradecimentos dos que lutaram e foram nobres como você. Escute os aplausos que o mundo está lhe dando. Você os merece. Todos nós, que não nos dobramos a cabeça e não desanimamos, os mereceremos. Que Deus a todos abençoe, nos brindando com sua graça e com sua presença!



FREI NEYLOR J. TONIN

Irmão menor e pecador

O poder do afeto

"Muito freqüentemente, nós subestimamos
o poder do carinho, de um sorriso,
uma palavra amável, um ombro amigo,
dar ouvidos, um elogio honesto,
ou o menor ato de dedicação,
pois todos têm o poder de transformar uma vida."

Léo Buscaglia


Mude




"Mude. Isto tem o poder de enobrecer, curar, estimular, supreender, abrir novas portas, trazer experiência nova e criar excitação na vida. Certamente vale o risco."

Leo Buscaglia

Quem muda o mundo?





Quem muda o  mundo?




Os psicólogos não irão mudar o mundo.
Os marxistas não mudarão o mundo.
Os protestantes não mudarão o mundo.
Sai Baba não mudará o mundo.
Freud não mudará o mundo.
Jesus não mudará o mundo.
O espiritismo não mudará o mundo.
Os políticos não mudarão o mundo.
Os EUA não mudarão o mundo.
Os antropólogos não mudarão o mundo.
Os homossexuais não mudarão o mundo.
As drogas não mudarão o mundo.
A Internet não mudará o mundo.
O dinheiro não mudará o mundo.
A fartura de alimentos não mudará o mundo.
As guerras não mudarão o mundo.
Este texto não mudará o mundo.
O Dalai Lama não mudará o mundo.
A conscienciologia não mudará o mundo.
O liberalismo não mudará o mundo.
A gnose não mudará o mundo.
Os anarquistas não mudarão o mundo.
A sua indiferença não mudará o mundo.
A ciência não mudará o mundo.
A religião não mudará o mundo.
A mentira não mudará o mundo.
O Apocalipse não mudará o mundo.
A Bíblia não mudará o mundo.
Os santos não mudarão o mundo.
Os céticos não mudarão o mundo.
A TV não mudará o mundo.
O budismo não mudará o mundo.
Os socialistas não mudarão o mundo.


Quem muda o mundo é você.

Ao mudar o seu ponto de vista sobre a realidade ela se modifica.
O mundo não é algo sólido, ele é uma construção mental. Ele é para você o que você pensa dele.
O mundo muda quando nossa percepção da realidade muda.

Quando as perguntas cessam




Dois discípulos do Zen estavam fazendo uma longa travessia de barco pelo mar aberto. Do início até a metade do percurso o discípulo mais ansioso que estava viajando pela primeira vez perguntava continuamente se já haviam chegado. O outro discípulo que conhecia o caminho estranhou quando o amigo ficou silencioso e sem perguntas e chamou atenção dele:

— Ora, você está sem perguntas agora? Para onde foi aquela ansiedade toda?

E o amigo lhe respondeu:

— Estou sentindo o cheiro de terra à vista e, portanto, comecei a achar divertido a viagem. Bem, não sei se o fato de que comecei a me divertir trouxe a terra para perto ou se foram os meus sentidos que trouxeram a diversão. Ou tudo está inteligentemente interligado? Enfim, um mistério do universo...

A Extinção dos Professores

A EXTINÇÃO DOS PROFESSORES O ano é 2.020 D.C. - ou seja, daqui a nove anos - e uma conversa entre avô e neto tem início a partir da seguinte interpelação:



– Vovô, por que o mundo está acabando?


A calma da pergunta revela a inocência da alma infante. E no mesmo tom vem a resposta:


– Porque não existem mais PROFESSORES, meu anjo.


– Professores? Mas o que é isso? O que fazia um professor?


O velho responde, então, que professores eram homens e mulheres elegantes e dedicados, que se expressavam sempre de maneira muito culta e que, muitos anos atrás, transmitiam conhecimentos e ensinavam as pessoas a ler, falar, escrever, se comportar, localizar-se no mundo e na história, entre muitas outras coisas. Principalmente, ensinavam as pessoas a pensar.


– Eles ensinavam tudo isso? Mas eles eram sábios?


– Sim, ensinavam, mas não eram todos sábios. Apenas alguns, os grandes professores, que ensinavam outros professores, e eram amados pelos alunos.


– E como foi que eles desapareceram, vovô?


– Ah, foi tudo parte de um plano secreto e genial, que foi executado aos poucos por alguns vilões da sociedade. O vovô não se lembra direito do que veio primeiro, mas sem dúvida, os políticos ajudaram muito. Eles acabaram com todas as formas de avaliação dos alunos, apenas para mostrar estatísticas de aprovação. Assim, sabendo ou não sabendo alguma coisa, os alunos eram aprovados. Isso liquidou o estímulo para o estudo e apenas os alunos mais interessados conseguiam aprender alguma coisa.


Depois, muitas famílias estimularam a falta de respeito pelos professores, que passaram a ser vistos como empregados de seus filhos. Estes foram ensinados a dizer “eu estou pagando e você tem que me ensinar”, ou “para que estudar se meu pai não estudou e ganha muito mais do que você” ou ainda “meu pai me dá mais de mesada do que você ganha”. Isso quando não iam os próprios pais gritar com os professores nas escolas. Para isso muito ajudou a multiplicação de escolas particulares, as quais, mais interessadas nas mensalidades que na qualidade do ensino, quando recebiam reclamações dos pais, pressionavam os professores, dizendo que eles não estavam conseguindo “gerenciar a relação com o aluno”. O professores eram vítimas da violência – física, verbal e moral – que lhes era destinada por pobres e ricos. Viraram saco de pancadas de todo mundo.


Além disso, qualquer proposta de ensino sério e inovador sempre esbarrava na obsessão dos pais com a aprovação do filho no vestibular, para qualquer faculdade que fosse. “Ah, eu quero saber se isso que vocês estão ensinando vai fazer meu filho passar no vestibular”, diziam os pais nas reuniões com as escolas. E assim, praticamente todo o ensino foi orientado para os alunos passarem no vestibular. Lá se foi toda a aprendizagem de conceitos, as discussões de idéias, tudo, enfim, virou decoração de fórmulas. Com a Internet, os trabalhos escolares e as fórmulas ficaram acessíveis a todos, e nunca mais ninguém precisou ir à escola para estudar a sério.


Em seguida, os professores foram desmoralizados. Seus salários foram gradativamente sendo esquecidos e ninguém mais queria se dedicar à profissão. Quando alguém criticava a qualidade do ensino, sempre vinha algum tonto dizer que a culpa era do professor. As pessoas também se tornaram descrentes da educação, pois viam que as pessoas “bem sucedidas” eram políticos e empresários que os financiavam, modelos, jogadores de futebol, artistas de novelas da televisão, sindicalistas – enfim, pessoas sem nenhuma formação ou contribuição real para a sociedade.


O texto acima circula na internet desde 2009. Mas como ele se mantém atualíssimo, vale repassá-lo para os nossos amigos.

Carta aberta ao Governador Sérgio Cabral

Carta da Dra. DRA. MARIA ISABEL LEPSCH ao Governador do RIO DE JANEIRO, SERGIO CABRAL.

LEIA E DIVULGUE


Sabe governador, somos contemporâneos, quase da mesma idade, mas vivemos em mundos bem diferentes. Sou classe média, bem média, médica, pediatra, deprimida e indignada com as canalhices que estão acontecendo.Não conheço bem a sua história pessoal e certamente o senhor não sabe nada da minha também. Fiz um vestibular bastante disputado e com grande empenho tive a oportunidade de freqüentar a Universidade do Estado do Rio de Janeiro, hoje esquartejada pela omissão e politiquices do poder público estadual. Fiz treinamento no Hospital Pedro Ernesto, hoje vivendo de esmolas emergenciais em troca de leitos da dengue. Parece-me que o senhor desconhece esta realidade. O seu terceiro grau não foi tão suado assim, em universidade sem muito prestígio, curso na época pouco disputado, turma de meninos Zona Sul ...Aprendi medicina em hospital de pobre, trabalhei muito sem remuneração em troca de aprendizado. Ao final do curso, nova seleção, agora, para residência. Mais trabalho com pouco dinheiro e pacientes pobres, o povo.. Sempre fui doutrinada a fazer o máximo com o mínimo. Muitas noites sem dormir, e lhe garanto que não foram em salinhas refrigeradas costurando coligações e acordos para o povo que o senhor nem conhece o cheiro ou choro em momento de dor..

No início da década de noventa fui aprovada num concurso para ser médica da Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro'. A melhor decisão da minha vida, da qual hoje mais do que nunca não me arrependo, foi abandonar este cargo. Não se pode querer ser Dom Quixote, herói ou justiceiro. Dói assistir a morte por falta de recursos. Dói, como mãe de quatro filhos, ver outros filhos de outras mães não serem salvos por falta de condições de trabalho. Fingir que trabalha, fingir que é médico, estar cara-a-cara com o paciente como representante de um sistema de saúde ridículo, ter a possibilidade de se contaminar e se acostumar com uma pseudo-medicina é doloroso, aviltante e uma enorme frustração. Aprendi em muitas daquelas noites insones tudo o que sei fazer e gosto muito do que eu faço. Sou médica porque gosto. Sou pediatra por opção e com convicção. Não me arrependo. Prometi a mim mesma fazer o melhor de mim.
É um deboche numa cidade como o Rio de Janeiro, num estado como o nosso assistir políticos como o senhor discursarem com a cara mais lavada que este é o momento de deixar de lenga-lenga para salvar vidas. Que vidas, senhor governador ? Nas UPAS? tudo de fachada para engabelar o povão!!!! Por amor ao povo o senhor trabalharia pelo que o senhor paga ao médico ? Os médicos não criaram os mosquitos. Os hospitais não estão com problema somente agora. Não faltam especialistas. O que falta é quem queira se sujeitar a triste realidade do médico da SES para tentar resolver emergencialmente a omissão de anos.

A mídia planta terrorismo no coração das mães que desesperadas correm a qualquer sintoma inespecífico para as urgências... Não há pediatra neste momento que não esteja sobrecarregado. Mesmo na medicina privada há uma grande dificuldade em administrar uma demanda absurda de atendimentos em clínicas, consultórios ou telefones. Todos em pânico. E aí vem o senhor com a história do lenga-lenga. Acorde governador ! Hoje o senhor é poder executivo. Esqueça um pouco das fotos com o presidente e com a mãe do PAC, esqueça a escolha do prefeito, esqueça a carinha de bom moço consternado na televisão. Faça a mudança. Execute.
"Lenga-lenga" é não mudar os hospitais e os salários. Quem sabe o senhor poderia trabalhar como voluntário também. Chame a sua família. Venha sentir o stress de uma mãe, não daquelas de pracinha com babá, que o senhor bem conhece, mas daquelas que nem podem faltar ao trabalho para cuidar de um filho doente. Venha preparado porque as pessoas estão armadas, com pouca tolerância, em pânico. Quem sabe entra no seu nariz o cheiro do pobre, do povo e o senhor tenta virar o jogo. A responsabilidade é sua,
governador.
Afinal, quem é, ou são, os vagabundos, Governador ?

Dra. Ma. Isabel Lepsch
ICARAÍ Rua Miguel de Frias 51 sala 303 Tel: 2704-4104/9986- 2514
NITERÓI Av. Amaral Peixoto 60 sala 316 Tel: 2613-2248/2704- 410 4/9982- 8995
SÃO GONÇALO Rua Dr. Francisco Portela 2385 Parada 40 Tel: 2605-0193/3713-
0879
Através da Divulgação é que podemos tentar ajudar a diminuir a
DESASISTÊNCIA TOTAL DO GOVERNO AOS HOSPITAIS PÚBLICOS DO BRASIL
"O que mais preocupa não é o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem-caráter, dos sem-ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons". Martin Luther King

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Duração das penas futuras

palestra que fiz sobre o destino do homem após a morte.
Umbral, purgatório céu e inferno e uma pequena discrição histórica sobre a visão pós mortem em algumas culturas do passado.

Pedro - Tim e Vanessa




Pedro
Tim e Vanessa
Vem que eu te farei um pescador de homens
Se perseverares serás Cefas, Pedra
E onde a agonia do vazio medra
Frutificarás a mitigar a fome
Quero ir contigo mas receio as águas
Temo afundar enquanto vais andando
Se no Horto já pressentes tuas chagas
Eu, Tiago e João ao chão, em sono
Como não bastasse, eis-me a ferir
Um soldado que te traz voz de prisão
Sou pequena ovelha, atemorizada
Balindo negação
Volvo à vida e tomo pela tua mão
Crê, te levarei aonde não queiras ir
Pedro, tu me amas?
Pedro, tu me amas?
Pedro, tu me amas?

E tu que és a rocha
Constrói a minha casa
No coração do irmão
Ouve, Simão Pedro, morrerás em cruz
Não, eu não mereço essa distinção
Se depois do Mestre,
Martírios são troféus
E as mãos que Ele tocou
Os pés que Ele lavou
Apontarão
Os céus

Vaso escolhido - Música espírita



Vaso Escolhido
Tim e Vanessa


No deserto das incompreensões o amor de Deus a nos chamar
A nos levantar das lutas humanas e enxugar lágrimas de um mundo afã
Em Damasco, num portal de luz o inolvidável tecelão
Vai se encantar com a visão celeste,se curvar ante o seu Mestre
Se ofuscar com a luz amiga e entender a razão da vida enfim
Palavra em harmonia, canções maestramente entoadas
Por anjos de esferas sublimadas ao clarão que ofusca
O brilho do sol compadecido, inspirado, amável
Percorre os caminhos, acalma o gemido dos aflitos
De todos irmãos pequeninos, dos sedentos de Deus
De amor, pois Tu és o meu Vaso Escolhido
Necessário se faz amar, renovar-se no entendimento
Necessário é trabalhar, ser fiel no pouco e no muito
Necessário é esperar, a esperança é companheira
Necessário é perdoar, o amor mais puro se doa

Música Espírita - Senhor das Estrelas, Tim e Vanessa -

Video da música Senhor das Estrelas de Tim e Vanessa.




A letra:

Senhor das Estrelas
Tim e Vanessa

Coração de luz, estrela ao peito
Corpo transfigurado em constelação
Pés singelos, joelhos ao chão
No lava-pés aos pescadores de ilusão

O que divisam esses olhos límpidos
Que revelam céus na terra e anjos nas feras?
O que plasmaram essas mãos perfeitas
Que elevam os caídos e curam feridas?

Fronte de anjo, alteia a virtude
Captando as divinas revelações
Voz sublime, harmonia
Ensinando o inolvidável às multidões

De Ti emanam místicas virtudes
Quando Tua boca se abre Senhor das Estrelas

O que fizemos?
O que fizemos?

Trespassamos o coração
Perfuramos os pés e as mãos
Surramos os olhos

Espinhamos a fronte altiva
E quisemos calar a voz
Do Senhor das Estrelas

Força do perdão, lição derradeira
Coroando um Evangelho de morte em luz
Questão de tempo, o tempo da paz
Que vibrou nas Oliveiras e fulgurou na cruz

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Video com temática espírita ganha prêmio

Este video muito lindinho, um curta metragem com cerce de 1 minuto e meio, já ganhou prêmios e foi visto por mais de 1 milhão de pessoas, vale a pena você ver. Chama-se laços.




Música Clássica cura câncer



Células tumorais expostas à 'Quinta Sinfonia', de Beethoven, perderam tamanho ou morreram
Renato Grandelle


RIO - Mesmo quem não costuma escutar música clássica já ouviu, numerosas vezes, o primeiro movimento da "Quinta Sinfonia" de Ludwig van Beethoven. O "pam-pam-pam-pam" que abre uma das mais famosas composições da História, descobriu-se agora, seria capaz de matar células tumorais - em testes de laboratório. Uma pesquisa do Programa de Oncobiologia da UFRJ expôs uma cultura de células MCF-7, ligadas ao câncer de mama, à meia hora da obra. Um em cada cinco delas morreu, numa experiência que abre um nova frente contra a doença, por meio de timbres e frequências.

A estratégia, que parece estranha à primeira vista, busca encontrar formas mais eficientes e menos tóxicas de combater o câncer: em vez de radioterapia, um dia seria possível pensar no uso de frequências sonoras. O estudo inovou ao usar a musicoterapia fora do tratamento de distúrbios emocionais.

- Esta terapia costuma ser adotada em doenças ligadas a problemas psicológicos, situações que envolvam um componente emocional. Mostramos que, além disso, a música produz um efeito direto sobre as células do nosso organismo - ressalta Márcia Capella, do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, coordenadora do estudo.

Clique aqui para ouvir a Quinta Sinfonia

Como as MCF-7 duplicam-se a cada 30 horas, Márcia esperou dois dias entre a sessão musical e o teste dos seus efeitos. Neste prazo, 20% da amostragem morreu. Entre as células sobreviventes, muitas perderam tamanho e granulosidade.

O resultado da pesquisa é enigmático até mesmo para Márcia. A composição "Atmosphères", do húngaro György Ligeti, provocou efeitos semelhantes àqueles registrados com Beethoven. Mas a "Sonata para 2 pianos em ré maior", de Wolfgang Amadeus Mozart, uma das mais populares em musicoterapia, não teve efeito.

- Foi estranho, porque esta sonata provoca algo conhecido como o "efeito Mozart", um aumento temporário do raciocínio espaço-temporal - pondera a pesquisadora. - Mas ficamos felizes com o resultado. Acreditávamos que as sinfonias provocariam apenas alterações metabólicas, não a morte de células cancerígenas.

"Atmosphères", diferentemente da "Quinta Sinfonia", é uma composição contemporânea, caracterizada pela ausência de uma linha melódica. Por que, então, duas músicas tão diferentes provocaram o mesmo efeito?

Aliada a uma equipe que inclui um professor da Escola de Música Villa-Lobos, Márcia, agora, procura esta resposta dividindo as músicas em partes. Pode ser que o efeito tenha vindo não do conjunto da obra, mas especificamente de um ritmo, um timbre ou intensidade. Em abril, exposição a samba e funk

Quando conseguir identificar o que matou as células, o passo seguinte será a construção de uma sequência sonora especial para o tratamento de tumores. O caminho até esta melodia passará por outros gêneros musicais. A partir do mês que vem, os pesquisadores testarão o efeito do samba e do funk sobre as células tumorais.

- Ainda não sabemos que música e qual compositor vamos usar. A quantidade de combinações sonoras que podemos estudar é imensa - diz a pesquisadora.

Outra via de pesquisa é investigar se as sinfonias provocaram outro tipo de efeito no organismo. Por enquanto, apenas células renais e tumorais foram expostas à música. Só no segundo grupo foi registrada alguma alteração.

A pesquisa também possibilitou uma conclusão alheia às culturas de células. Como ficou provado que o efeito das músicas extrapola o componente emocional, é possível que haja uma diferença entre ouví-la com som ambiente ou fone de ouvido.

- Os resultados parciais sugerem que, com o fone de ouvido, estamos nos beneficiando dos efeitos emocionais e desprezando as consequências diretas, como estas observadas com o experimento - revela Márcia.



Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/ciencia/celulas-tumorais-expostas-quinta-sinfonia-de-beethoven-perderam-tamanho-ou-morreram-2804700#ixzz2SQk67X


domingo, 18 de setembro de 2011

Respondendo sobre a missão de Judas

Mariane perguntou/afirmou:

Anderson, Mas será que a missão de Judas não era justamente entregar Cristo para que o martírio na cruz pudesse acontecer? A traição de Judas já estava prevista e Jesus contava com isso. Se Jesus não tivesse sido traído e crucificado seus ensinamentos não teriam tanto impacto.

Mois Respondeu:


Oi Mariane,
Tudo bem.
Não foi bem eu que disse que Judas fracassou, foi nosso amigo anônimo, apesar de concordar com ele. Sempre que não agimos nas circunstâncias da nossa vida dentro da ótica ética amorosa e servidora, “que aconteça o melhor para o crescimento e melhoria das pessoas”, fracassamos.

Ninguém tem missão para realizar ações pouco nobres ou que gerem Karmas profundos no íntimo de sua consciência. Ninguém nasce para errar, erramos devido às contingências das lutas evolutivas que nos são propostas e que por uma série de limitações e inferioridades nossas não pudemos concluí-las positivamente.

Como foi dito pelo Cristo:
“é necessário que sucedem tormentas; mas ai daquele homem pelo qual vem a tormenta!”

Ou seja dentro do panorama que o Cristo vivia, Dificilmente o ocorrido com o Cristo não teria ocorrido.

Roma com sua dominação e a necessidade dos Saduceus no zelo de seu poder e demonstrar aos romanos que aquele grupo tinha condições de permanecerem na administração local. Pois os romanos procuravam deixar que membros da elite dos povos dominados governassem os seus, sem o poderio das armas. Eles buscam Judas, como poderiam ter encontrado qualquer outra pessoa que, tendo tido contato com o Cristo, estivesse interessado em algumas moedas de ouro. Judas era um membro dos zelotes, que, como muitos judeus, tinham idéias revolucionárias contra os romanos.

Ao que parece ele acreditava que o povo ao ver o Cristo ser pego reagiria.

O Cristo seria uma espécie de rei moral e ele seria um ministro-governante de fato. Cuidando da administração terrena. Fruto da ausência de percepção de quem era o Cristo e qual era a sua missão.

AS VIDAS SUCESSIVAS DE EMMANUEL


AS VIDAS SUCESSIVAS DE EMMANUEL

No livro DEUS CONOSCO de autoria espiritual de Emmanuel através da psicografia de Chico Xavier, publicado ano passado pelo Vinha de Luz - Serviço Editorial ( 31-3368-2334 ) o pesquisador espírita encontrará informações sobre diversas encarnações deste espírito, todas reveladas por Chico Xavier.


SIMAS, GRÃO-SACERDOTE DO EGITO
SÉCULO IX A.C.

Grão-sacerdote do templo de Ámon-Rã em Tebas, no Egito. Foi reitor da escola de Tanis e pai da futura rainha Samura-Mat, ou Semíramis, do império da Assíria, da Babilônia, do Súmer e do Akad. Viveu no século IX antes de Cristo e sua história é descrita na obra de Camilo Rodrigues Chaves, cujo título é Semíramis: rainha da Assíria, da Babilônia e do Súmer (LAKE, 1995).1

1 Revelação do espírito do ex-presidente da União Espírita Mineira (UEM), Camilo Rodrigues Chaves, através do médium Chico Xavier, na residência de Maria Philomena Aluotto Berutto, D. Neném, na presença de diversos confrades como Zeca Machado, Adélia Machado de Figueiredo, Paulo e Wanda Noronha, Ademar Dias Duarte, Bady Elias Cury, José Martins Peralva Sobrinho e Jupira Silveira Peralva, e Arnaldo Rocha. Informação confirmada décadas adiante em conversa particular com Geraldo Lemos Neto. CHAVES, Camilo. Semírames: rainha da Assíria, de Babilônia e do Súmer. 4. ed. São Paulo: LAKE, 1995.

Cônsul Públio Cornelius Lentulus Sura
Séculos II e I a.C.

Cônsul à época de Lucius Sergius Catilina, conspirador e inimigo de Sulla e Cícero, condenado à morte no ano 63 a.C. 2 Partidário e amigo particular de Lucius Sergius Catilina, tentou apoiá-lo várias vezes a conquistar o consulato, inclusive cerrando fileiras com a parceria dos líderes democratas César e Crasso. Esperavam aprovar um projeto apresentado pelo tribuno Sérvio Rulo, que afirmava, em escala bem mais ampla, a lei agrária de Caio Graco. Tinham como inimigos a oposição do Senado e a perseverança de Marco Túlio Cícero, que acabou sendo eleito para o consulato, derrotando as pretensões da Lei de Rulo em 63 a.C. Com o inevitável, Catilina perdeu o apoio de César e de Crasso, iniciando, ao lado de Públio Lentulus Sura, uma anárquica revolta, simultânea em Roma e na Etrúria. Pretendiam o massacre dos magistrados e senadores, ateando fogo à cidade de Roma e assumindo o seu controle, enquanto os veteranos de seu aliado, Sila, marchariam da Etrúria para tomar a cidade e organizar um novo governo. Descoberta a conspiração, graças à vigorosa ação de Marco Túlio Cícero, Catilina foi expulso de Roma, enquanto os seus partidários mais diretos, dentre os quais Públio Lentulus Sura, foram presos em Roma e executados sem julgamento por proposta de Catão, o moço, apoiado por Marco Túlio Cícero e com a aprovação do Senado. Finalmente, o exército de Catilina foi derrotado e ele tombou na batalha. Públio Lentulus Cornelius Sura foi o segundo esposo de Júlia, mãe do conhecido General Marco Antônio, que, anos mais tarde, participaria do segundo triunvirato romano junto com Lépido e Otávio.3

2 Fonte: http://br.geocities.com/cepak2001br/volusiano.htm. Acesso em 21 mar 07.

3 Revelação do próprio espírito de Emmanuel, constante do primeiro capítulo do romance Há 2000 anos..., da psicografia de Chico Xavier. XAVIER, Francisco Cândido. Há 2000 anos... . Ditado pelo espírito de Emmanuel. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1939.


O texto acima foi referenciado na obra História de Roma, de M. Rostovtzeff, Capítulo 11, páginas 124-127, 5. ed., Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 1983.

Senador Públio Lentulus Cornelius
época do Cristo

Senador romano que exercia funções legislativas e judiciais, de acordo com os direitos de descendência de antiga e tradicional família de senadores e cônsules da república. Unido em matrimônio com Lívia, teve dois filhos: Flávia Lentúlia e Marcus. Desencarnou no ano 79 d.C. em Pompéia, vítima da tragédia do Vesúvio. Fora o legado romano do imperador Tibério César na província da Palestina, à época das pregações de Jesus em Cafarnaum da Galiléia, comissionado para investigar as acusações de corrupção que pesavam contra o governador Pôncio Pilatos.4

4 O drama de Emmanuel está descrito por ele mesmo através da mediunidade de Chico Xavier no excelente romance Há 2000 anos....

Escravo Nestório
século II

De origem judia, apesar de nascido em Éfeso, Grécia. Criou-se às margens do Mar Egeu, onde constituiu família. Chegou a ouvir, na infância, as pregações de João Evangelista, tendo colaborado com ele na evangelização da Ásia Menor. Foi escravizado por romanos na Judéia. Tinha um filho, de nome Ciro. Ambos foram martirizados no circo romano ao tempo da perseguição aos adeptos do Cristianismo, durante reinado de Élio Adriano. Seu drama está descrito por ele mesmo através da mediunidade de Chico Xavier no magnífico romance 50 anos depois. Também o espírito de Theophorus, pela psicografia de Geraldo Lemos Neto, relata sua trajetória ao lado do apóstolo João Evangelista, no romance histórico Ignácio de Antioquia.5

5 NETO, Geraldo Lemos. Ignácio de Antioquia. Ditado pelo espírito de Theophorus. Belo Horizonte: Vinha de Luz, 2005.

Filósofo Basílio
Século III

Romano, filho de escravos gregos, pelo ano de 233 vivia em Chipre como liberto, dedicando-se a estudos filosóficos. Foi casado com a escrava Júnia Glaura, com quem teve uma filha, ambas mortas precocemente. Em Chipre, a vida lhe deu uma outra filha, Lívia, para a qual viveu até o fim de seus dias. Para criar a filha adotiva, tornou-se afinador de instrumentos musicais, transferindo-se para Marselha, onde a educou. Desencarnou supliciado em Lyon, ao tempo do governo de Treboniano Galo nas Gálias, após perseguição aos cristãos da igreja local.6

6 Vide maiores detalhes em XAVIER, Francisco Cândido. Ave, Cristo! Ditado pelo espírito de Emmanuel. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1953.

Bispo de Reims | São Remígio
Bispo de Reims | São Remígio
Séculos V e VI

De família nobre e religiosa, nasceu Remígio na cidade de Lyon, em 439. Inteligente, talentoso e disciplinado, foi considerado o maior orador sacro do reino dos francos pela sua especialidade em retórica. Era distinguido por sua pureza de espírito, seu grande amor a Deus e ao próximo, e pela fé ardente. Foi eleito Bispo de Reims ainda muito jovem, onde permaneceu por 60 anos, sendo considerado o apóstolo dos pagãos nas Gálias. Foi o grande conselheiro e, ao lado da rainha Clotilde, responsável pela conversão de Clóvis I, o primeiro rei dos francos, depois de suas vitórias sobre os povos da Gália, a quem disse em 496: “Abaixa a tua cabeça, oh, sicambro altivo! Adora o que queimaste e queima os que adoraste!“ Pelo seu árduo e ininterrupto trabalho de evangelização, fortaleceu os alicerces do Cristianismo no território francês. Ensinava não somente aos reis e príncipes, mas também aos camponeses e a todos os súditos do novo reinado. Desde a sua morte, em janeiro de 535, aos 96 anos de idade, foi aclamado pela população humilde como um santo. Mais tarde, considerado santo pela Igreja Católica Romana com o nome de São Remígio, teve o seu dia consagrado, o dia 3 de outubro, curiosamente o mesmo dia em que, séculos

curiosamente o mesmo dia em que, séculos adiante, nasceria Allan Kardec, na sua mesma cidade natal de Lyon, em 1804. Em 1853, quando reconheceram o seu túmulo, seu corpo foi encontrado ainda intacto, onde até hoje é visitado na Abadia Beneditina de Reims. Entre os seus ditos e ensinos, podemos destacar como dois de seus lemas: “Sê paciente e perseverante nas provações!“ e “Sê corajoso em empreender o bem!“ 7

7 Esta reencarnação de Emmanuel foi dada em revelações do médium Chico Xavier à família de seu amigo e biógrafo Clóvis Tavares, da cidade de Campos | RJ. Fontes: www.cancaonova.com/portal/canais/santodia; www.luzdavida.org.br; http://asreligioes.com.br/religiao_pt/; http://asreligioes.com.br/religiao_pt/; www.webcatolica.com.br/aigreja/santos; www.paulinas.org.br. Acessos em 21 mar 2007.

Padre Manoel da Nóbrega
Padre Manoel da Nóbrega
Século XVI

Nasceu em Entre-Douro-e-Minho, Portugal, no ano de 1517. Em 1541, formou-se bacharel em Direito Canônico e Filosofia na Universidade de Coimbra. Três anos depois veio para o Brasil, sob ordens da Companhia de Jesus, com a missão de proteger e converter os indígenas à fé cristã, além de fundar igrejas e seminários. Em 1552, acompanhou o governador Tomé de Sousa à capitania de São Vicente e, dois anos depois, colaborou na fundação de São Paulo. Em 1559, foi demitido do cargo de provincial no Brasil, sendo substituído pelo Padre Luís da Graça. Mesmo assim, auxiliou o governador Mem de Sá na expulsão dos franceses do Rio de Janeiro. Escreveu “Terras do Brasil”, “Cartas da Bahia e de Pernambuco”, publicadas em Veneza entre 1559 a 1570. Desencarnou no Rio de Janeiro antes de assumir o antigo posto.8

8 A reencarnação como Manoel da Nóbrega foi uma revelação do espírito de Neio Lúcio | Arthur Joviano, como consta na mensagem de 3 de agosto de 1949, psicografada na Fazenda Modelo, em Pedro Leopoldo | MG por Chico Xavier, e incluída como prefácio deste livro. As informações descritas acima, bem como a imagem da página 37 foram retiradas do site www.mundocultural.

8 A reencarnação como Manoel da Nóbrega foi uma revelação do espírito de Neio Lúcio | Arthur Joviano, como consta na mensagem de 3 de agosto de 1949, psicografada na Fazenda Modelo, em Pedro Leopoldo | MG por Chico Xavier, e incluída como prefácio deste livro. As informações descritas acima, bem como a imagem da página 37 foram retiradas do site www.mundocultural.com.br/literatura1/informativa/nobrega.htm. Acesso em 21 mar 07.

Padre Damiano
Século XVII

Nascido em 1613, na Espanha. Aos 50 anos, residia em Ávila, Castela-a-Velha, oficiando na Igreja de São Vicente. À época da instauração do Santo Ofício, revelou idéias diferentes, combatendo o fanatismo da Igreja Católica e as injunções políticas da Inquisição. Acreditava na imortalidade da alma e na pluralidade das existências e, embora envergando o labor no ministério católico, abraçava, no íntimo, as premissas da Doutrina Espírita, antes mesmo de seu aparecimento, no século XIX. Desencarnou no Prebistério de São Jaques do Passo Alto, no burgo de São Marcelo, em Paris, em idade avançada.9

9 Revelação do próprio Emmanuel, constante do romance Renúncia, da psicografia de Chico Xavier. XAVIER, Francisco Cândido. Renúncia. Ditado pelo espírito de Emmanuel. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1944.

Educador Jean Jacques Turville
Educador Jean Jacques Turville
Século XVIII

Educador da nobreza e prelado católico romano no período que antecede à Revolução Francesa. Viveu na região norte da França até a época do recrudescimento do Terror, quando decidiu fugir da ferocidade revolucionária, encaminhando-se para a Espanha, onde passou a viver até a morte.10

10 Revelações do médium Chico Xavier a Arnaldo Rocha.

Integrante da falange do Espírito da Verdade
Integrante da falange do Espírito da Verdade
Emmanuel, espírito integrante da
falange do Espírito da Verdade
Século XIX

Emmanuel, como espírito liberto integrante da falange do Espírito da Verdade, encarregada pelo Cristo de inaugurar no mundo o advento do Consolador, colaborou ativamente no plano espiritual na estrutura da codificação espírita de Allan Kardec, tendo, inclusive, escrito a mensagem intitulada “O Egoísmo“, inserida no item 11 do Capítulo XI de O Evangelho Segundo o Espiritismo, em que menciona a figura de Pôncio Pilatos.11

11 Revelação do médium Chico Xavier em entrevista concedida a Fernando Worm, do Rio Grande do Sul, inserida na página 170 da edição de 1997 do livro Lições de Sabedoria: Chico Xavier nos 23 anos da Folha Espírita, de Marlene Rossi Severino Nobre.

Padre Amaro, Sacerdote no Brasil
Padre Amaro, Sacerdote no Brasil
Séculos XIX e XX

Humilde sacerdote católico romano encarnado no último quartel do século XIX, no Estado do Pará, Brasil, com a finalidade de se mergulhar mentalmente na língua portuguesa contemporânea, preparando-se para a missão que lhe seria confiada no vindouro século XX. Reencarnou em abastada família paraense, de origem mulata, e depois de sagrado sacerdote dirigiu-se à cidade do Rio de Janeiro onde passou a dedicar-se à condução da pregação do Evangelho de Jesus, reunindo naquela pequena paróquia milhares de ouvintes de todos os bairros do Rio de Janeiro, que faziam questão de chegar muito cedo para ouvi-lo assentados. Nesta ocasião, travou particular conhecimento com o insígne médico Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, com quem conversou abertamente sobre a codificação espírita. Segundo informação de Chico Xavier, ele pediu esta reencarnação por ter necessidade interior de recolhimento, para ficar esquecido das personagens de destaque que, historicamente, vinha vivenciando nas suas diversas etapas reencarnatórias, a fim de ter tempo e silêncio para meditar e estudar convenientemente o Evangelho do divino Mestre. Seu retrato, ainda há pouco tempo, encontrava-se na sacristia da referida igreja no bairro carioca de Bonsucesso. Viveu pouco na Terra, retornando à pátria espiritual nas primeiras décadas do século XX, a tempo de assumir a condução espiritual da tarefa que lhe estaria afeita por determinação de Jesus, guiando, em nome do Espírito da Verdade, a missão psicográfica do médium Francisco Cândido Xavier, em Pedro Leopoldo | MG, para quem aparece, inicialmente, em 1931. No livro Notáveis reportagens com Chico Xavier, de Hércio Marcos Cintra Arantes, IDE, capítulo 32, páginas 183-184, há uma interessante mensagem psicografada por Chico, em 15 de maio de 1934, em que o benfeitor Emmanuel relata a sua própria desencarnação nesta época, com sua conseqüente chegada ao Mundo Maior.12 12 jun Geraldo

nota de referência acima
12 Revelação feita pelo médium Chico Xavier em conversa particular com Geraldo Lemos Neto e também com os amigos Clóvis e Hilda Tavares, da cidade de Campos | RJ, e Suzana Maia Mousinho, da cidade do Rio de Janeiro. A referida mensagem encontra-se reproduzida à página 55 da obra Deus conosco, com mensagens de Chico Xavier | Emmanuel nas décadas de 30 a 50, organizadas por Wanda Amorim Joviano e Geraldo Lemos Neto. (VINHA DE LUZ, 2007)

espírito responsável pela obra mediúnica de Chico
Emmanuel, espírito responsável pela obra mediúnica de Chico Xavier
Século XX

“Quem é Emmanuel? Se alguém ainda, no Brasil, articular esta pergunta, nestas páginas despretensiosas encontrará singela, embora naturalmente incompleta, resposta. Emmanuel é o nobre espírito responsável por um grande trabalho missionário na pátria do Evangelho. É o guia espiritual do médium Francisco Cândido Xavier, o universalmente famoso Chico Xavier, o humilde Chico, que está no coração agradecido de todos os espiritistas brasileiros e ainda além de nossas fronteiras. Esse trabalho fecundo - todos de relevante e inegável valor, doutrinário e literário, devemos ao dinamismo espiritual de Emmanuel.13 É a realidade da grande missão do livro mediúnico espírita, sob a esclarecida liderança do nobre benfeitor! Alma profundamente possuída de espírito evangélico, Emmanuel tem prodigalizado, através de inúmeras formas de amparo espiritual, conforto e esclarecimento a legiões de criaturas aflitas e torturadas. Coração generoso, sabe repartir-se continuamente, na ubiqüidade do amor e da simpatia, atendendo aos sofredores que o buscam. Polígrafo admirável, aí estão seus esplêndidos livros – (...) – que seu filho espiritual psicografou, sobre os mais variados temas, em feliz abordagem dos mais complexos e transcendentes assuntos, num estilo diáfano e comunicativo, entre belezas de simplicidade e sentimento. Sábio condutor de almas, sua palavra de luz se tem dirigido, sem distinções, a todos os que lhe batem à porta do coração, em dádivas de paz, de esclarecimento e bom-ânimo, na univocidade do espírito evangélico. Emmanuel é o bondoso e sábio instrutor espiritual que superintende o vasto movimento de espiritualidade iniciado no Brasil com o despontar das faculdades mediúnicas de Chico Xavier. Talvez nem todos calculem quanto lhe deve o Brasil Espírita, por desconhecerem os ascendentes que estruturam as atividades dos missionários da Luz junto ao médium Xavier.

Emmanuel é o responsável perante a hierarquia espiritual que nos governa, por todo o trabalho mediúnico que se iniciou em Pedro Leopoldo e continua, fecundo como sempre, em Uberaba. É ele o supervisor, o coordenador de toda a obra literário-mediúnica de Chico Xavier. Foi ele quem, no início dos anos 30, reuniu seleta plêiade de nossos bardos, que provocaram o grande impacto no ambiente cultural do Brasil com o inconfundível Parnaso de Além-Túmulo, fenômeno que se repetiu em 1962 com a não menos maravilhosa Antologia dos Imortais. Foi Emmanuel quem nos restituiu o admirável cronista Humberto de Campos, redivivo, com suas mensagens, suas reportagens do Além, seu admirável Boa Nova, seu Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho e suas iluminadas páginas sob a chancela do Irmão X. Ao magnânimo benfeitor, devemos essa obra portentosa, de indescritível beleza, que é Falando à Terra, em que podemos ouvir os apelos e as advertências de grandes espíritos. Foi ele quem projetou essa fascinante obra de revelação espiritual das esferas invisíveis que nos envolvem o planeta, confiada à inteligência brilhante de André Luiz, que vem trazendo com seus livros, numa inestimável contribuição à obra iniciada por Allan Kardec, obra de iluminação da consciência humana. A ele, alma de escol, ao seu espírito de organizador, de autêntico chefe espiritual, devemos a beleza, a luz, a pureza ortodoxa da prodigiosa produção mediúnica do fidelíssimo Chico Xavier, em que têm cooperado centenas de obreiros espirituais, desde as primeiras revelações do além-túmulo, orvalhadas pelas lágrimas maternais de Maria de São João de Deus até os poemas cheios de ternura de Auta de Souza, Maria Dolores, Meimei, Francisca Clotilde, Irene Souza Pinto.

Por que as mães gritam tanto...

Homenagem as mães, pacientes heroínas do cotidiano...