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sábado, 19 de fevereiro de 2011

Cientistas descobrem acidentalmente um possível remédio anticalvície

WASHINGTON (AFP) - A descoberta acidental de uma substância que fez crescer novamente pêlos em ratos de laboratório pode abrir caminho para um potencial remédio contra calvície em seres humanos, segundo uma pesquisa americana publicada esta semana.


"Nossa descoberta mostra que um tratamento de curta duração com esta substância fez crescer novamente pêlos em ratos que foram geneticamente modificados para ficarem cronicamente estressados", explicou o Dr. Million Mulugeta, professor adjunto de medicina da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, um dos coautores deste estudo.


"O trabalho pode significar o início de novas abordagens para tratar a calvície em humanos, ao neutralizar os receptores de um hormônio que desempenha um papel-chave na condição de estresse", acrescentou.


Tais tratamentos poderiam tratar a perda de cabelos relacionada ao estresse e à velhice, precisou o médico.


O estudo foi publicado na versão on-line da revista científica americana PLoS One, uma publicação da Public Library of Science.


Os cientistas fizeram esta descoberta inesperada ao conduzir pesquisas sobre as maneiras como o estresse pode afetar as funções gastrointestinais.


Para isso, utilizaram ratos geneticamente modificados para produzir em excesso corticotropina ou CRF (corticotrophin-releasing factor), um hormônio de estresse.


Ao envelhecer, esses ratos começaram a perder os pêlos, principalmente nas costas, ao contrário do grupo controle de roedores não modificados geneticamente.


Pesquisadores do Instituto Salk na Califórnia, membros da equipe que desenvolveu o trabalho, conseguiram criar um peptídeo, uma substância química batizada de "astressin-B", que bloqueia o efeito estressante do hormônio CRF e o injetaram nos ratos que perdiam os pêlos.


Três meses mais tarde, os médicos voltaram para analisar os efeitos do astessin-B, mas não conseguiram distinguir os ratos geneticamente modificados dos outros, já que seus pêlos haviam voltado a crescer totalmente.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O Milhão do Espertalhão


"James Randi acha que “sobrenatural” e “charlatão” são a mesma coisa. Para quem provar o contrário, ele paga US$ 1 milhão.

Caso algum “paranormal” ou “médium” deseje ficar milionário basta se inscrever no concurso promovido pelo mágico canadense James Randi, que oferece US$ 1 milhão a quem provar seu poder paranormal, sobrenatural ou oculto. O teste é simples: se alguém diz ouvir os mortos, basta demonstrar perante a comissão julgadora e o mundo ganha um novo milionário. Até hoje, porém, ninguém passou da fase preliminar. E o prêmio falhou em atrair a atenção de gente graúda, como o entortador Uri Geller. Só desconhecidos se candidataram.

Por isso Randi resolveu mudar a estratégia. Cansado de lidar com peixes pequenos, que sempre se revelavam casos psiquiátricos, ele decidiu correr atrás do que chama de “grandes charlatões”. Fará desafios públicos, publicará anúncios em jornais intimando-os a fazer o teste e percorrerá programas de televisão denunciando nominalmente seus maiores inimigos(...)"






"O milhão do espertalhão!

Quem se der ao trabalho de dar uma olhada na obra Imagens do Inconsciente, de autoria da drª Nise da Silveira que trabalhou muitos anos em hospital psiquiátrico e dirigiu por 28 anos (de 1946 a 1974) a seção de terapêutica ocupacional no Centro Psiquiatrico Pedro II, no Rio de Janeiro, vai peceber que ela em um dado momento relata que existem duas espécies de monitores ocupacionais, a semelhança de substancias químicas que agem como inibidores ou catalisadores de reações, em cujas presenças o esquizofrênico em tratamento simplesmente recolhe-se em seu silêncio e recusa de colaboração ou é despertado em suas possibilidades criativas indicando um caminho para uma possível "cura" ou melhoria de seu perfil. Já a drª Marie-Louise von Franz, uma brilhante discípula junguiana,em sua obra Adivinhação e Sincronicidade faz a observação que umas das maiores tolices de Rhine foi a de tentar dar a Parapsicologia o status de ciência, coisa que ela não é e tampouco um dia o será, posto que seu objeto de estudo é imprevísivel e muitas vezes não passível de repetição,não significando com isso que não exista o fenômeno ou que ele nunca aconteça.

James Randi é um espertalhão,e sabendo desse fato,pode subir o prêmio para um trilhão que dificilmente alguém ganhará, não porque fenômenos paranormais não existam ,charlatanismo a parte, mas porque não estão sujeitos a repetições em ambientes controlados, sob tensão e expectativas de alguém que pode ser muito bem um agente inibidor, considerando-se ainda que o paranormal enfrenta a sua própria vaidade de querer vencer interferindo na espontaneidade do fenômeno.
Parece que em 1997, o CSICOP andou tentando comprar ações das grandes redes de TVs com a finalidade de influir na programação e impedir que assuntos sobre paranormalidade,OVNIs,astrologia, esoterismo, etc, fossem para o ar.
Como já o disse nosso amigo Joe em outro tópico a "ditadura dos céticos" parece não medir esforços para se sentir sempre na crista da onda!
Cá com meus botões: Newton enxergaria um fenômeno quântico?

Seria falta de atenção?

A grande maioria das pessoas não percebem, incluindo-se aquí os céticos, que pequenos eventos de paranormalidade e sincronicidade fazem parte do dia a dia de cada um. De repente, você que está aí absorto ou furibundo sobre as teclas de seu PC, quando um pensamento, solto ao vento e vindo sabe-se lá de onde, corta-lhe a concentração lembrando-lhe de um amigo,uma amiga, um parente ou coisa assim e segundo depois o telefone toca e adivinhe quem é? Quem já não passou por isso? O problema é que isso é arquivado em sua memória como coincidência, ou para os "mais doutos" como evento randômico, barrando assim o desenvolvimento de uma sensibilidade para que você próprio comece a prestar mais atenção nesses tipos de fenômenos. Quantas pessoas já não tiveram sonhos que vieram a acontecer em algum intervalo de tempo depois? Quantas vezes você foi abrir a boca para falar uma frase ou cantar uma musica, e uma outra pessoa, sem o saber, falou junto com você a mesma frase ou cantou a mesma musica?

A lista dessas pequenas ocorrências, na vida de cada um, pode ser enorme!
A maioria das pessoas prestam pouquíssima atenção às "impressões irracionais" que lhe chegam a mente e em virtude disso nem se quer percebem que um fenômeno de ordem diferente ocorreu a sua volta ou se percebe bate o carimbão em cima classificando-o de "RANDÔMICO", porque isso lhe é mais cômodo e não afeta a ordem de arquivamento em sua "gaiola racional" de apreensão do mundo.

Querer que o Universo inteiro tenha chegado até aquí para ser espremido dentro da estreita apreensão de nossos cinco sentidos e posterior arquivamento em nossa gaiolinha de classificação racional é no mínimo um despautério. È como se eu dissesse "essa palavra não existe", só porque nunca deparei-me com ela ao abrir, ao acaso, um volumoso e completo dicionário de uma lingua qualquer.

A própria ciência se vê as portas de um acirrado debate entre os físicos quânticos e cosmólogos com a já quase certeza de que Universos Paralelos existem.
E quanto a nós? O que seria o homem total?"


Navegador (by Orkut)

Extraído de: http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=22019411&tid=2530531027867318021&kw=ingo+swann

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Um Girassol da cor do seu cabelo- Lo Borges

Pluralidade dos mundos habitados

Video de uma Palestra que fiz sobre pluralidade dos mundos habitados no Frederico Júnior.

Jogadores tornam célebre a frase "deixa" na hora de bater falta.

Uma total falta de ensaio. Foi isso que vimos no Mulhouse, time da quarta divisão francesa, na partida contra o Louhans. Três jogadores passaram pela bola e ninguém cobrou a falta. Depois, um deles voltou e deu um passe para o lado.

Apesar da falta de ensaio, o Mulhouse venceu a partida por 1 a 0 e está em 12º lugar de seu grupo no campeonato. Já o Louhans é o 17º, último colocado do torneio.
Curiosidade: o Mulhouse é o segundo time mais velho da França, fundado em 1893, perdendo apenas para o Le Havre. o ex -atacante Abedi Pelé, maior ídolo do futebol de Gana, jogou pelo Mulhouse em 1987. Foi sua ponte para o Olympique de Marselha, quando apareceu para o mundo.

Ómega-3 pode prevenir cegueira em diabéticos


Estudo norte-americano publicado na «Science» é nova esperança para quem sofre de retinopatia.

Os ácidos gordos ómega-3, que se encontram em grande quantidade do peixe, podem prevenir a retinopatia, uma lesão na retina ocular que pode provocar cegueira. Um estudo publicado agora na revista «Science» revela que o ómega-3 desempenha um papel essencial nas membranas celulares do sistema nervoso. No entanto, a maior parte das actuais dietas ocidentais é pobre neste tipo de gordura.A retinopatia é o desenvolvimento anormal de vasos sanguíneos na retina (que tem altas concentrações de ómega-3) e uma das principais causas da cegueira.

Os investigadores, liderados pela oftalmologista Lois Smith, do Hospital Pediátrico de Boston (EUA), estudaram a influência dos ómega-3 na retina de ratos e descobriram que o aumento dos ácidos gordos deste tipo devido à dieta limitou o crescimento patológico dos vasos sanguíneos denominados neovasos.Os ratos alimentados com dietas ricas em ómega-3 tiveram uma redução de quase 50 por cento do crescimento dos vasos sanguíneos na retina, em relação aos alimentados com dietas ricas em ómega-6 (tipo de gordura presente nos óleos de fritar).

A investigadora acredita que a capacidade de impedir o crescimento desses neovasos com ácidos ómega-3 poderá ajudar a reduzir os gastos na saúde, visto os suplementos alimentares serem muito mais baratos do que os tratamentos para este problema.A equipa de Smith quer agora desenvolver investigação sobre os ácidos gordos ómega-6 mais prejudiciais, numa tentativa de conseguir bloquear selectivamente os agentes metabólicos negativos.A retinopatia afecta principalmente pessoas que sofrem de diabetes, hipertensão arterial e bebés prematuros. Nos Estados Unidos, 4,1 milhões de diabéticos – número que tende a dobrar nos próximos 15 anos – sofrem deste problema.

Extraído de: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=47394&op=all

Tibet: “I have a dream”


Sou contra a invasão chinesa no Tibet. Mas, ao que parece os tibetanos estão conformados com a situação.

Vi declarações do Dalai lama falando em autonomia.

A China é uma ditadura. Ditadura capitalista. Logo, logo será a grande força econômica no mundo, baseada em um regime anti-liberdade e controle da expressão.
Um exemplo negativo para todos. A pressão política internacional para que a mesma modifique o sistema de trabalho semi-escravo é nula.

Isso é uma augúrio tenebroso para os trabalhadores do mundo todo que ainda aguardam um Estado de Bem Estar Social.

Se questões como essa que mexem com dinheiro, não estimula um confronto com as autoridades chinesas, o que dizer do Tibet. Que teve longos períodos sob dominação chinesa, que não tinha, quando regido pelo Dalai Lama, um exército, preocupações com organização do Estado.

Se, para o ocidental o Tibet do Século XIX tem uma aura mística e bucólica. Não podemos tapar o sol com a peneira. O Tibet era uma sociedade feudal, teocrática, com boa parte da população masculina como monge. E a população pouco conhecedora do mundo e dos avanços intelectivos desenvolvidos pela humanidade. Era um feudo imenso, isolado, despreocupado de forma negligente, com a administração política do país.

O Dalai lama e diversos monges tibetanos fizeram essa ”mea culpa” e veem que a invasão chinesa, apesar de arbitrária, revolveu a massa e deu uma perspectiva de maior inserção ao jovem tibetano à realidade do mundo em que vivemos.
Essa conscientização do atraso social e intelectivo, do povo tibetano, quase que totalmente voltado para as atividades de subsistência e de adoração aos lamas, é reconhecido por muitos.

Resta-nos a esperança de que uma mudança interna na China, no futuro, permitirá a, hoje, tão ambicionada autonomia ao povo Tibetano.

Acredito que a China mudará. A força do seu saber espiritual é grande demais. E cedo ou tarde os processos de mudança ecoarão por lá. Mas será um processo lento. Obedecendo à s necessidades internas da China, provavelmente lá para o final deste século.

Até lá, é apoiar a todo o povo tibetano, exilado e que vive no Tibet para que preservem sua cultura e tradição, para que em tempos mais prósperos possam adotá-las livremente em sua terra natal.

“I have a dream” ....

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Edward Jenner: O descobridor da vacina


Edward Jenner
(1749-1823)
Edward Jenner nasceu na localidade inglesa de Berkeley, em 17 de maio de 1749. Com apenas treze anos de idade já ajudava um cirurgião em Bristol. Formou-se em Medicina em Londres, e logo em seguida retornou a sua cidade natal, onde realizou experimentos relativos à varíola, na época uma das doenças mais temidas pela humanidade.

Ao observar que pessoas que ordenhavam vacas não contraíam a varíola, desde que tivessem adquirido a forma animal da doença, Jenner extraiu o pus da mão de uma ordenhadora que havia contraído a varíola bovina e o inoculou em um menino saudável, James Phipps, de oito anos, em 04 de maio de 1796. O menino contraiu a doença de forma branda e logo ficou curado. Em 1º de julho, Jenner inoculou no mesmo menino líquido extraído de uma pústula de varíola humana. James não contraiu a doença, o que significava que estava imune à varíola.

A princípio, a experiência não obteve reconhecimento, apesar de, em 1878, Jenner ter publicado sua pesquisa no livro “An Inquiry into the Causes and Effects of the Variolae Vaccinae, a Disease Known by the Name of Cow Pox".

O reconhecimento em seu país só foi alcançado após médicos de outros países adotarem a vacinação e obterem resultados positivos. A partir de então, Edward Jenner ficou famoso por ter inventado a vacina.



Fontes:
•SCLIAR, Moacyr. Oswaldo Cruz: entre micróbios e barricadas. Perfis do Rio. Disponível na Biblioteca Virtual Oswaldo Cruz
•Universidade Regional de Blumenau. Sistema de Informação Aplicada a Saúde - SIAS. Vacinação
•Wikipedia - La enciclopedia libre. Edward Jenner
Saiba Mais:
•Fundação Oswaldo Cruz. Agencia Fiocruz de Notícias. Varíola
•Medstudents. A história da primeira vacina e da erradicação da varíola
•Science Blog. O que é imunologia e o que seu coração tem haver com isso
•Universidade de São Paulo. Escola de Comunicação e Artes. De Pazuzu a Jenner: uma breve história da medicina. Vox Scientiae

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Valores


Nada, nenhum conceito ou ideologia valem mais que uma vida humana.

Se tuas crenças, valores ou que tais, te pedem o desvalorizar do humano, creio que está na hora de pular fora.

O desumano é torcer, e nesse torcer desfigurar-se.

“Tudo que move é sagrado.”

Conheça o mundo em que vives

"Quando o teórico elabora sua teoria, evidentemente não pensa estar realizando essa transposição, mas julga estar produzindo idéias verdadeiras que nada devem à existência histórica e social do pensador. Até pelo contrário, o pensador julga que com essas idéias poderá explicar a própria sociedade em que vive. Um dos traços fundamentais da ideologia consiste, justamente, em tomar as idéias como independentes da realidade histórica e social, de modo a fazer com que tais idéias expliquem aquela realidade, quando na verdade é essa realidade que torna compreensíveis as idéias elaboradas."

Marilena Chauí"

Barbárie medieval em Bangladesh

Menina que recebeu 80 chibatadas sangrou até morrer, dizem médicos
Jovem punida por tribunal religioso por causa de 'atos imorais' teve corpo exumado em Bangladesh.
Da BBC

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Hena Begum (Foto: Arquivo pessoal/BBC)Uma adolescente de 14 anos que morreu após ter recebido 80 chibatadas em Bangladesh sangrou até a morte, de acordo com os médicos que realizaram a exumação de seu corpo.

Os médicos do Hospital da Universidade de Medicina de Daca, capital do país, encontraram fraturas múltiplas no corpo de Hena Begum, de acordo com declarações à BBC do vice-procurador-geral do país.

'Foram encontradas fraturas múltiplas. A menina morreu devido ao sangramento', disse Altaf Hossain ao Serviço Bengalês da BBC.

A Suprema Corte bengalesa deu a ordem para a exumação e também para que o corpo da jovem fosse levado para a capital, depois de a primeira autópsia não ter observado ferimentos em Hena.

A adolescente recebeu 80 chibatadas em janeiro como punição por ter tido um relacionamento com um primo que era casado. Hena morreu no hospital, seis dias depois da punição.

O caso gerou indignação em Bangladesh e em outros países. A polícia abriu uma investigação, e os médicos que fizeram os exames iniciais foram convocados para explicar suas conclusões na Suprema Corte na quinta-feira.

Primo preso
A sentença de Hena Begum foi decretada por um tribunal religioso do vilarejo de Chamta no distrito de Shariatpur, sudoeste de Bangladesh, a 90 quilômetros de Daca.

Ela foi acusada de ter mantido relação sexual com seu primo de 40 anos de idade, Mahbub Khan, que era casado. Ele também foi condenado a cem chibatadas, mas conseguiu fugir. Foi capturado nesta quarta-feira, perto de Daca.

Segundo correspondentes, ele poderá ser acusado de estupro ou até mesmo de assassinato se a Justiça considerar que as ações dele levaram à morte de sua prima.

Hena desmaiou enquanto recebia as chicotadas e chegou a ser levada para um hospital local, mas não resistiu aos ferimentos.

O caso provocou protestos de moradores de Shariatpur. Segundo relatos na imprensa bengalesa, Hena, na verdade, teria sido raptada e estuprada pelo primo e os moradores do vilarejo teriam ouvido gritos de socorro da adolescente.

O imã (clérigo muçulmano) Mofiz Uddin, responsável pela fatwah (sentença) contra Hena, e outras três pessoas foram presas.

A Suprema Corte de Bangladesh entrou no caso depois de a imprensa local ter noticiado que houve uma tentativa deliberada de encobrir o episódio em Shariatpur.

Este é o segundo caso relatado de morte ligada a punições realizadas em nome da sharia (legislação sagrada islâmica) desde que essas punições foram proibidas no país em 2010 pela Suprema Corte.

Em dezembro, uma mulher de 40 anos morreu no distrito de Rajshari, depois de receber punição parecida à de Hena, por um suposto caso extraconjugal com o enteado.

Cerca de 90% dos 160 milhões de habitantes de Bangladesh são muçulmanos, dos quais a maior parte segue uma versão moderada do Islã.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A Noite Escura da Alma


A Noite Escura da Alma: O Paradoxo Místico
Dom, 30 de Novembro de 2008 20:07
A Noite Escura da Alma: O Paradoxo Místico
Análise da experiência mística que antecede à plena iluminação, segundo a doutrina de São João da Cruz (Séc.16).

Sergio Carlos Covello

A "noite escura da alma" é metáfora de uma experiência mística que envolve paradoxo, porque essa experiência é iluminativa e, no entanto, obscurece a consciência e acarreta sofrimento. Para extrair sentido dessa contradição, faz-se necessário examinar o rico simbolismo da noite no imaginário dos povos.

Entre os mitos gregos, Noite é o nome de uma deusa, filha do deus Caos, o vazio primordial antes de serem ordenados os elementos do mundo. Essa deusa personifica as trevas superiores e é representada com um manto escuro, a percorrer o céu, enquanto seu irmão, Érebo, simboliza as trevas inferiores. A deusa Noite gerou várias divindades, algumas benéficas, outras maléficas, sendo a mais importante delas o Dia (Hêmera), a divindade que trouxe a luz ao universo. Também na tradição judaica, a noite apresenta ora um aspecto negativo, ora um aspecto positivo. No Gênesis, ela denomina as trevas, sendo inferior à luz: "E viu Deus que a luz era boa, e fez separação entre a luz e as trevas. Chamou Deus à Luz Dia e às trevas, Noite (1.4-5)" . Em outras passagens, porém, a Bíblia ressalta o aspecto positivo da noite. Por exemplo, em Jó 35.10, lê-se que "Deus inspira canções de louvor durante a noite". A noite é, portanto, o momento da inspiração divina. E em Salmos 19.2, a noite relaciona-se com a sabedoria: " Uma noite - diz o salmista - revela conhecimento a outra noite". Não por outra razão a coruja, pássaro notívago, representa, de longa data, a filosofia, simbolizando o saber e a clarividência. Na arte poética, a noite é geralmente evocada como o período propício ao romance, pois à noite, cessadas as atividades laborativas do dia, o ser humano pode ir livremente em busca do outro. Neste caso, a noite exerce fascínio: "Tudo tem suave encanto quando a noite vem", diz a canção popular. Na esfera psíquica, a noite significa a face oculta da consciência, o inconsciente, que, durante o sono, geralmente à noite, vem à tela mental através de símbolos que expressam não só os desejos, mas também a sabedoria, a criatividade e as mais belas intuições.

Na teologia mística, a noite foi aos poucos adquirindo o sentido de estado de consciência com relação à Divindade, a eterna Incógnita envolta metaforicamente no manto negro da noite. "Deus habita as trevas" - dizem os místicos, porque nunca ninguém conseguiu ver Deus, nem Moisés e o povo eleito. Tudo o que sabemos sobre Deus são conceitos humanos. O homem presume que existe uma causa inteligente para o universo e chama a essa causa de Deus, atribuindo-lhe qualidades humanas (como a bondade, a justiça e a misericórdia). Cria, assim, Deus à sua imagem e semelhança. A teologia mística, ao contrário da teologia especulativa (baseada em conceitos e teorias), objetiva um conhecimento experimental - a posse interior de Deus pela contemplação que implica o despojamento do ego, visando à união da alma com "aquele que está além de todo ser e de todo saber". A esse estado de despojamento os místicos alemães do século 14 chamaram de "noite escura", expressão que foi consagrada 200 anos mais tarde pelo frade carmelita São João da Cruz, num poema lírico de oito estrofes em que o poeta relata a própria passagem por essa prova que antecede a plena iluminação. Nos comentários a esse poema, diz São João da Cruz que, mediante a noite escura, a alma se dispõe e encaminha para a divina união de amor. É possível explicar a jornada mística como a busca do Eu profundo, a dimensão expandida da consciência, para além do pequeno ego, de modo que a consciência individual se transforme em universal ou cósmica. Mas os místicos cristãos (e mesmo os não-cristãos teístas) consideram a ampliação da consciência como a união da alma com Deus, por analogia com o casamento humano, que é uma experiência transformadora na vida dos nubentes. Nessa etapa do desenvolvimento consciencial só entram as pessoas espiritualmente adiantadas, isto é, as que já se converteram para a sua dimensão maior e obtiveram algum grau de luz. Não se trata de período agradável, visto que é de provação. Segundo São João da Cruz, a noite escura consiste na mortificação dos sentidos e do espírito, por isso que produz abatimento, esgotamento mental e fadiga. Mas esse transe é altamente desejável, porque faz surgir o homem novo de consciência totalmente renovada.

A passagem pela noite escura da alma encontra apoio nas escrituras bíblicas. Tanto no Antigo, como no Novo Testamento, há vários exemplos de pessoas santificadas que sofrem provação antes de receberem um grande benefício. A noite escura do Cristo teve início no Getsêmane, pouco antes de o Divino Mestre ser preso, e terminou na cruz com a sensação de abandono: " Eli, Eli, lamá sabactâni" (MT 27.46).Graças, porém, à tormenta física e mental, Jesus de Nazaré ressurgiu como o Cristo Cósmico Eterno, dando ensejo a uma das mais influentes tradições religiosas do mundo.

Na expressão Noite Escura, que dá nome à poesia de São João da Cruz, estão implícitos os vários sentidos figurados da noite: o mitológico (geratriz da luz), o sapiencial ( momento da sabedoria e da inspiração divina), o poético (instante doce do amor) e o psicológico (centro de consciência transcendente).

A análise, ainda que sumária, dos belos versos do poema permitirá a melhor compreensão dessa fase do desenvolvimento da consciência, na visão poética do monge que fez da busca do Absoluto seu ideal de vida:

NOITE ESCURA

Canções de S. João da Cruz (1542-1591) que descrevem o modo pelo qual o místico chega ao estado de perfeição espiritual.

(1578)

1. Em uma noite escura,
De amor em vivas ânsias inflamada, (1)
Oh, ditosa ventura!
Saí sem ser notada, (2)
Já minha casa estando sossegada. (3)

2. Na escuridão, segura,
Pela secreta escada, disfarçada, (4)
Oh, ditosa ventura!
Na escuridão, velada,
Já minha casa estando sossegada.

3, Em noite tão ditosa,
E num segredo em que ninguém me via,
Nem eu olhava coisa,
Sem outra luz nem guia (5)
Além da que no coração me ardia.

4. Essa luz me guiava,
Com mais clareza que a do meio-dia,
Aonde me esperava
Quem eu bem conhecia, (6)
Em sítio onde ninguém aparecia. (7)

5. Oh, noite que me guiaste!
Oh, noite mais amável que a alvorada!
Oh, noite que juntaste
Amado com amada,
Amada já no Amado transformada! (8)

6. Em meu peito florido
Que, inteiro para ele só guardava,
Quedou-se adormecido,
E eu, terna, o regalava,
E dos cedros o leque o refrescava.

7. Da ameia a brisa amena, (9)
Quando eu os seus cabelos afagava,
Com sua mão serena
Em meu colo soprava,
E meus sentidos todos transportava.

8. Esquecida, quedei-me,
O rosto reclinado sobre o Amado; (10)
Tudo cessou. Deixei-me,
Largando meu cuidado
Por entre as açucenas olvidado.(11)


(1) Trata-se de alma adiantada na espiritualidade, pois está incendiada do amor a Deus.

(2) Isto é, saiu de si, sem ser impedida pelos sentidos inferiores que compõem o ego.

(3) Casa sossegada: vida interior com pleno domínio das pulsões inferiores e das paixões menores.

(4) A escada mística da ascese rumo à Divindade. A escada joanina desdobra-se em 10 degraus.

(5) A luz da fé e do amor.

(6) Em sendo evoluída, a alma já conhecia a Divindade.

(7) O centro da alma, o espírito que é também sua parte mais alta.

(8) Pela união com a Luz a alma se transforma na Luz.

(9) Ameia: cada um dos arremates salientes, separados por intervalos regulares, construídos na parte mais alta do castelos, das torres e das muralhas que protegiam as cidades antigas. Vê-se que a alma subiu a escada para encontrar a Divindade.Brisa amena é sopro, símbolo do influxo espiritual de origem celeste. Mensageiro divino, o vento afasta as trevas. Na tradição bíblica, o "sopro de Deus" animou o primeiro homem. No poema, o sopro de Deus faz surgir o ser iluminado ( o novo homem que retornou à origem divina).

(10) Esquecida de si, quer dizer, com a atenção concentrada só no Amado.

(11) Sua inquietação desapareceu.

EXTRAÍDO DE: http://www.teosofia-liberdade.org.br/index.php/arquivos/artigos/44-artigos/240-a-noite-escura-da-alma-o-paradoxo-mistico.html

Cientistas confirmam: Mulheres semi-nuas são objetos para os homens


Cientistas descobriram porque os homens agem como completos paspalhos na frente de mulheres ‘gostosas’ na praia:Analisaram cérebros de homens enquanto eles olhavam para uma foto de uma moça de biquíni – e descobriram que as seções do cérebro que reagem a objetos ficaram mais ativas.

Para provar que a pesquisa não é “obra de feministas”, foi descoberto que a parte do cérebro responsável pela interação social foi desativada quando os voluntários eram expostos à foto. Ou seja, eles não estavam interessados em se relacionar com a mulher da foto. Apenas pensavam nela como uma “coisa”. O efeito é mais ou menos aquele que ocorre quando o lobo mau está com muita fome e, quando olha para os três porquinhos, só consegue enxergar leitões assados.

•Efeito-Biquíni torna os homens impulsivos
A professora da Universidade de Princeton, Susan Friske, que conduziu os estudos, afirmou que os homens não vêem mulheres “sensualizadas” como humanas. “É claro que eles sabem que a modelo da foto é humana, mas é a reação deles a ela que é comparada com a reação diante de um objeto” explica.

Para Friske as constantes aparições de mulheres semi-nuas, na sociedade e na mídia, é que são as grandes responsáveis por esse tipo de reação.

“É como a violência na televisão. Estamos tão acostumados que acabamos ficando insensíveis, amortecidos. Não nos chocamos mais” compara a professora. “Vemos muitas mulheres semi-nuas. Ficamos acostumados com isso” completa.

De acordo com a professora, outra parte do estudo mostrou que, homens conversando com mulheres atraentes, se comportam de forma bem diferente do que aqueles que conversam com outros homens ou com mulheres não tão bonitas. [Telegraph]

EXTRAÍDO DE: http://hypescience.com/cientistas-confirmam-mulheres-semi-nuas-sao-objetos-para-os-homens/

Terreiro de umbanda bane fumo de ritual



Terreiro de umbanda bane fumo de ritual
Templo tomou decisão mesmo sendo permitido o uso de charutos em rituais religiosos em ambientes fechados

Vinícius Queiroz Galvão



Ao menos no terreiro de umbanda Guaracy, no Jardim Ipê, zona sul de São Paulo, o santo da lei antifumo é forte. Mesmo permitido pela nova legislação, que abre exceção para templos religiosos em que o fumo ou a fumaça façam parte do ritual, os caboclos, boiadeiros, marinheiros, pretos velhos e demais entidades daquela crença aboliram o charuto, o cachimbo e a cigarrilha das rodas de jira.



A proibição, que começou na sexta-feira 7, mesmo dia em que a lei antifumo entrou em vigor em todo o Estado, diz o babalorixá Carlos Buby, 59, ele próprio um fumante desde os 14 anos, foi referendada pelos guias espirituais do templo e motivada para que o terreiro umbandista "se afinasse com a lei dos homens".



Por lá, confirmam os vizinhos, o batuque nunca passa das 22h para respeitar também a lei do silêncio. O banimento do fumo no terreiro Guaracy segue à risca a nova lei. A proibição vale para o salão fechado, de acesso público, onde ocorrem as festas e o atendimento aos filhos de santo e aos consulentes. No quintal de terra batida, ao ar livre, no sítio onde é feita boa parte das oferendas, as entidades fumam charutos livremente nos rituais.



A exceção é para Exu, que pode fumar o charuto em ambientes fechados, explica o pai de santo Buby, porque o contato com essa entidade é fechado ao público e exclusivo para os iniciados na religião umbandista.
"É nesse momento que a cabocla deveria estar fumando o charuto e está de mãos vazias", diz Ana Paula da Costa, seguidora do templo Guaracy.



"Não sabíamos como iria acontecer porque as entidades trabalham com a fumaça, mas os caboclos trazem segurança. É uma novidade. Antes, o gosto do charuto ficava até o dia seguinte, agora não sinto mais", afirma a médium Sílvia Dias, que na última quinta-feira recebia a cabocla Potira, pela primeira vez sem o rolo de fumo.



"Imagine 15 médiuns fumando charuto nesse espaço pequeno com outras 150 pessoas. A proibição não pesou em nada nos trabalhos da umbanda. Agora, as grávidas e crianças podem participar", diz o babalaô Carlos Buby.
Para o professor titular aposentado de sociologia da USP Reginaldo Prandi, autor de mais de 20 livros sobre religiões afro-brasileiras, a decisão do terreiro Guaracy é minoritária e não é representativa da umbanda em geral. Para ele, a mudança é positiva e faz parte da transformação das religiões, que antes ditavam tendências e agora são pautadas pelo comportamento coletivo.



Prandi diz que a fumaça dos charutos é uma herança indígena usada nos rituais de cura para canalizar energia e fluidos na limpeza espiritual. Agora, explica o professor aposentado da USP, os guias podem usar as mãos, como nos passes dos médiuns kardecistas. Presidente da Federação Brasileira de Umbanda, que reúne 5.325 terreiros no país, Manoel Alves de Souza diz que a abolição dos charutos no templo Guaracy após a lei antifumo "faz parte da evolução da religião".


http://www.leiantifumo.sp.gov.br/sis/lenoticia.php?id=113


Fonte: Jornal Folha de S.Paulo

Córneas Desperdiçadas

JORNAL DA REDE GLOBO MOSTROU UMA REPORTAGEM
SOBRE O HOSPITAL DOS OLHOS DE SOROCABA.
ESSE HOSPITAL É DA MAÇONARIA, SEM FINS
LUCRATIVOS..

ELE É
CONVENIADO COM O SUS, E TEM CAPACIDADE PARA
REALIZAR CERCA DE 300 (TREZENTOS) TRANSPLANTES DE
CÓRNEAS POR MÊS, POIS HÁ



UM
ESTOQUE DE CÓRNEAS SUFICIENTE PARA A REALIZAÇÃO DOS
MESMOS.


ENTRETANTO,
ESSE HOSPITAL ESTÁ REALIZANDO SOMENTE CERCA DE 120 (CENTO E
VINTE) TRANSPLANTES POR MÊS, DEVIDO A FALTA DE



PACIENTES.


AS
CÓRNEAS NÃO UTILIZADAS ESTÃO SENDO JOGADAS FORA POR
PASSAREM DO TEMPO DE UTILIZAÇÃO E VALIDADE
!


REPASSANDO DE
MÃO EM MÃO ESTE E-MAIL PODERÁ CAIR NA MÃO DE ALGUÉM QUE
CONHEÇA UMA PESSOA QUE ESTÁ A ESPERA DE



CÓRNEAS.
ELA PODE ENTRAR EM CONTATO COM O HOSPITAL
OFTALMOLOGICO DE SOROCABA -SP E SE CURAR!


TELEFONE -
(15)
3212-7009- DE
2ª A 6ª FEIRA

ATENCIOSAMENTE,


DR.
EDUARDO BEZERRA -MÉDICO

REPASSEM
ESTA INFORMAÇÃO. VOCÊ PODE NÃO PRECISAR,
MAS ALGUÉM SEMPRE ESTARÁ
A ESPERA.

Meditação Planetária

A orientação a seguir pode ser adaptada para qualquer pessoa, para qualquer lugar. Ela está descrita no livro de Kyriacos C. Markides, “O FOGO DO CORAÇÃO”, terceiro livro da trilogia sobre Daskalos. Daskalos era um místico, mas também um homem muito prático, que fazia uso de mentalizações para cura num sentido amplo.

Os livros são encontrados facilmente na Estante Virtual:
http://www.estantevirtual.com.br/mod_perl/busca.cgi?pchave=KYRIACOS+MARKIDES&tipo=simples&estante=%28todas+estantes%29&alvo=autor


Acho-os impressionantes porque reúnem teoria prática, os milagres e as provas. Há outro livro do mesmo autor, que não fala de Daskalos, acho que é "Cavalgado o Leão".

A Estante também tem livros do próprio Daskalos, que são orientações para os praticantes, e seu (verdadeiro) nome como autor é Stylianos Atteshlis.

Se interessar saber mais, tenho algumas postagens aqui: http://holosgaia.blogspot.com/search/label/Daskalos

Ainda estou para postar um excerto de "O Mago de Strovolos" que fala de formas pensamentos que se transformam em elementais sendo estes, que, segundo Daskalos, tratam de toda materialização, concretização e manifestação em nosso mundo.





“Este exercício é de grande importância”, disse ele enquanto estávamos nos preparando. “Este grupo tem a responsabilidade de se preocupar com este exercício, que contribui com as dores do mundo. Eu recomendo que se pratique diariamente esta forma de meditação porque é de grande importância. Vamos começar.”


“Iniciamos entrando num estado de paz e tranqüilidade completa. Expulse todo pensamento que preocupe sua personalidade presente. Visualize-se novamente radiando uma luminosidade totalmente branca. No entanto, você sente agora vagamente os contornos da sua própria forma. Você sente seu peso diminuindo. Você se sente leve e visualiza que está num ambiente de abundante luz branco-azulada.”


“Você está totalmente azul cercado por abundante luz branco-azulada. Você chega ao ponto onde perde completamente a sensação de peso. A gravidade deixa de ter domínio sobre você. Nada consegue restringi-lo.


“Agora, você sente”, continuou Kostas, “o movimento da sua conscientização ascendente. Você sobe cada vez mais. Sinta esse movimento da sua conscientização.


“Quando atingir uma grande altura, pare e permaneça imóvel nesse ponto. Você olha para baixo e visualiza Chipre lá embaixo, a partir de uma grande altura. Você reconhece a ilha porque conhece seus contornos. À sua direita está o leste e à esquerda o oeste. Na sua frente está o norte e atrás o sul. Nessa posição você está suspenso sobre Chipre.


“Agora, do seu peito, do centro do seu coração, comece a energizar o seu Sol do amor. Uma luminosidade branco-rosada irradia em todas as direções. Você é totalmente branco; a luz branco- azulada continua preenchendo o meio circundante. Concentre-se agora e focalize a irradiação do seu sol do amor e ilumine a nossa ilha, incluindo uma porção do mar que nos rodeia. Fortifique Chipre com seu amor. Este local precisa de muito amor. Deseje dias futuros melhores para a nossa ilha. Deseje pensamento positivo para todas as pessoas desse lugar. Seu amor há de proteger esse lugar. Em qualquer lugar onde houver amor, só amor crescerá.


“Uma luz róseo-pálida sobre Chipre”, continuou Kostas vagarosamente com sua voz firme. “Deseje compreensão mútua e amizade entre todos os povos deste lugar. Independentemente de etnias, religiões, ideologias ou filiações políticas. Dias melhores para Chipre.


Agora sem abandonar seu foco sobre o país, quero que você volte a sentir o movimento de sua consciência ascendente. Você ascende mais e mais durante todo o trajeto. Você alcança mais uma altura vertiginosa. Uma vez alcançada essa altura vertiginosa, atinge a plenitude, tendo a mesma orientação que você teve antes, Olhe agora para trás e perceba que a região do planeta que você divisa num grau tal que sua visão abarca um círculo de países, como Grécia, Turquia, Síria, Irã, Líbano, Israel, Jordânia, Arábia Saudita, Egito, Líbia. Ainda assim, seu ponto focal continua sendo Chipre”, disse Kostas, enquanto seguíamos suas instruções de olhos fechados. “Libere agora a luminosidade do seu sol do amor em todas essa região e deseje compreensão mútua, confiança e boas relações de vizinhança entre todos os povos, nações e estados dessa região. Deseje dias melhores para todas as pessoas, que elas resolvam suas divergências dentro do contexto legislativo internacional e do respeito pelos direitos humanos. Paz e tranqüilidade devem prevalecer nesta região. O amor deve prevalecer nesta parte do mundo.”


“Agora quero que você dirija sua atenção a outra pare do planeta. Mentalize a China.” (Isso foi durante os dias seguintes ao tumulto violento do movimento pro-democracia na China, que chocou o mundo.) “Abrace esse país,” disse Kostas, “com a irradiação róseo-pálida irradiada pelo seu coração. Dias melhores virão para os habitantes da China. Deseje que a cor de seu amor alivie a dor do povo chinês.”


Agora, visualize também o nosso planeta, do tamanho de um balão, como um todo. Cubra-o com a cor de seu amor. Abrace o planeta com a cor róseo-clara do seu coração. Esta cor cobre Chipre e todos os recantos desta região, esta cor cobre a China e nosso planeta inteiro. Dias melhores para Chipre, para os recôncavos da região, para a China e para todo o planeta. Paz, bem-estar, amor.”


“Que o amor de Ser Único mais amado, dos grandes mestres e dos mestres terrenos esteja em seus lares., com seus entes amados e com todo o mundo. Estamos lado a lado com o Senhor, com o coração puro, sempre, isso é tudo. “


(Kostas havia me explicado anteriormente que esta meditação tem como objetivo neutralizar vibrações negativas por meio de criação consciente de vibrações positivas. Esse tipo de meditação gera elementais benéficos e angélicos que combatem o mal. Kostas disse que se pode ter um ponto para essa visualização: a região ou local no qual você se sinta dentro dele.)

sábado, 5 de fevereiro de 2011

PADRÃO IRREAL: AS IMAGENS DO CORPO DA MULHER NA MÍDIA MANIPULADAS DIGITALMENTE E SUA INFLUÊNCIA NA SUBJETIVIDADE FEMININA


RESUMO
Inspirada no vídeo “Evolution”, da “Campanha pela real Beleza” da Dove, esta pesquisa tem como objetivo analisar como o uso da imagem do corpo da mulher, alterada através das técnicas de manipulação digital de fotografias em ensaios de moda e campanhas publicitárias, influencia a subjetividade de mulheres que atuam como modelos profissionalmente. O impacto da divulgação do culto ao corpo perfeito que a mídia exerce sobre as mulheres é abordado nesta pesquisa a partir da análise de como a publicidade retrata o corpo feminino, e transforma-o em uma hiper-realidade de perfeição, criando desejos e fantasias impossíveis de serem alcançados. As imagens digitais são uma nova forma de representar o mundo e o indivíduo, e as mídias contemporâneas se aproveitam desta oportunidade, pela flexibilidade que a fotografia digital proporciona para a criação de novas realidades. A pesquisa busca na história da beleza feminina os motivos pelos quais as mulheres sofrem na busca exaustiva pelo padrão de beleza estabelecido pela mídia. Foi realizada uma entrevista e enviados questionários pela internet para a coleta de relatos de vivências das modelos. A análise qualitativa dos dados destacou a presença velada do tema nos discursos dos sujeitos, revelando a influência destas imagens no conceito de beleza que as mulheres têm de si mesmas e de outras também. O retoque digital de fotografias é amplamente usado no mundo publicitário, e as modelos sabem disso. Mesmo assim, o desejo dessas mulheres ainda é alimentado com imagens de corpos que dão a ilusão de serem reais por sua verossimilhança, mas que perdem toda sua concretude na tela do retocador.
Considerações Finais
A influência das imagens desses corpos femininos retocados digitalmente que a mídia veicula é notadamente presente nos discursos das entrevistadas, levando-nos a concluir que estas imagens influenciam não só o conceito de beleza que as mulheres têm de si mesmas, mas das outras mulheres também. As maneiras como essas imagens influenciam a subjetividade dessas mulheres vão desde a auto-aceitação das formas do próprio corpo, até o relacionamento social entre mulheres e com o sexo oposto e, no caso das modelos, na realização profissional. Além disso, estas imagens muitas vezes servem de base e referência para aprimoramentos na própria aparência para essas modelos, o que nos parece preocupante diante da impossibilidade de realização do desejo, que pode acarretar inúmeras frustrações.
Se a maioria das mulheres (não-modelos) já sofre para tentar atingir o padrão de beleza imposto pela mídia sem o conhecimento aprofundado de todo o processo de produção daquela imagem perfeita, mulheres como a entrevistada F., que têm o conhecimento de todo este processo, sofrem não só pela busca em si, mas pelo o fato de terem o conhecimento de que se busca o irreal, o inatingível.
Para essa maioria de mulheres sofredoras em sua eterna busca pela perfeição, estar bonita e em forma trás benefícios para sua auto-estima que estão vinculados à atratividade, “competição” com outras mulheres e a auto-aceitação na frente do espelho. A verdade é que não se espera dessa maioria que sejam perfeitas, irretocáveis, exemplos de beleza. Já para as modelos profissionais, a perfeição é a premissa para o sucesso, não deixando espaço para o que, para a maioria, poderia ser considero mero detalhe, e que para as modelos são tidos como imperfeições.
Pudemos observar a partir das entrevistas que a profissão escolhida por estas mulheres é fonte de sofrimento que muitas vezes pode ir além do sofrimento de simplesmente não ser bela. Se a aparência e a beleza são os instrumentos primordiais de trabalho dessas mulheres, suas subjetividades estão diretamente ligadas a estes aspectos. Assim sendo, quando existe algum insucesso na conquista de um trabalho, este interfere diretamente na subjetividade destas garotas, que acabam se sentindo insuficientes e frustradas, entregando na mão de profissionais do retoque o poder de decidir o que é ou não adequado ou perfeito em seus próprios corpos, muitas vezes as levando a buscas exageradas por tal padrão.
Percebemos que as entrevistadas fazem uma caracterização do que seria uma mulher bonita através da perspectiva de uma imagem saudável, independentemente do estado real de saúde da modelo retratada, mas pela impressão de saúde que a imagem passa, não considerando o retoque digital como elemento crucial da retratação publicitária. Se a imagem do corpo saudável na publicidade é a de uma pele luminosa, cabelos fortes e músculos torneados, a das modelos, na realidade, passa bem longe disso. Só uma sessão intensa de retoques na textura da pele e do cabelo e na iluminação das curvas – que não existem – adicionam à aparência naturalmente opaca das modelos um aspecto artificialmente saudável que elas demonstraram valorizarem tanto. Além do aspecto saudável, outro fator característico de uma mulher bela para as entrevistadas é a atitude e a personalidade, o que supera a imagem congelada da foto, transportando o conceito de beleza das entrevistadas para além da imagem.
Notamos que as entrevistadas evitaram esboçar qualquer tipo de angústia ou outro afeto referente à própria aparência, mascarando o valor que dão para suas aparências atrás de atribuições consideradas socialmente superiores, como a personalidade e a atitude, em detrimento da reflexão e crítica quanto a sua responsabilidade como veículo desses padrões, que a mídia expressa através do corpo delas. A constante, porém velada preocupação dessas modelos por sua própria aparência anula qualquer possibilidade de reflexão sobre o tema, pois refletir pode gerar uma frustração, ou culpa pela realidade, e como elas mesmas colocaram em seus discursos, para a mulher ser bonita ela tem que ser feliz consigo mesma, e refletir sobre a própria situação pode tirá-las desta posição confortável que elas acreditam ocupar.
A separação entre maioria e minoria nas entrevistas ficou bem delineada nos discursos. A maioria seria composta pelas mulheres comuns, ou não-modelos, ou ainda como uma das entrevistadas colocou, “pessoas normais”. Então, o que pudemos entender do discurso de algumas entrevistadas é que a maioria das mulheres está fora do padrão de beleza imposto pela mídia e a minoria - modelos e mulheres com poder aquisitivo para tanto - consegue atingir estes padrões. A primeira hipótese por nós levantada quanto a isso se referia ao fato de que conquistar essa beleza expressada nas imagens retocadas da mídia era uma questão de tempo e dinheiro, e, portanto, mulheres com alto por aquisitivo se incluiriam nessa minoria delimitada pelas entrevistadas. Ao nos aprofundarmos na análise dos discursos, constatamos que algumas delas não têm consciência de que este padrão analisado durante a pesquisa é ilusório e pouco arraigado ao real e a possibilidade de sua concretização no próprio corpo, impossível. Mesmo com possibilidade financeira para o acesso a cirurgias plásticas, métodos de emagrecimento e cosméticos de última geração, a mulher que se espelha na fotografia digitalmente manipulada nunca chega à perfeição estabelecida por aquela imagem, mas movimenta um mercado milionário, que supomos sustentar a divulgação deste padrão impossível, alimentando o desejo dessas mulheres com imagens de corpos que dão a ilusão de serem reais por sua verossimilhança, mas que perdem toda sua concretude na tela do retocador.
Ao focar todas suas preocupações e energias na busca do aperfeiçoamento individual da aparência, as mulheres que consomem essas imagens adulteradas alimentam o sistema individualista que o capitalismo implementou em nossa sociedade, empobrecendo o caráter social que é inerente ao ser humano. Ao se basear num padrão de beleza para classificar a si mesma e às pessoas a sua volta, essas mulheres podem até anular a existência do outro, quando este se afasta do que é considerado belo.
Constatamos, portanto, que o poder da publicidade extrapola o campo do consumo de mercadorias, instalando-se na subjetividade feminina através da criação de desejos e fantasias relacionados à aquisição do corpo perfeito como modo de conquista de espaço e privilégios na sociedade. A conquista do corpo perfeito passa a adquirir status de passaporte para as posições mais elevadas da sociedade. O corpo perfeito das fotografias retocadas na verdade simboliza o sonho de ver e ser visto nas altas rodas, o sonho de ser referência e regra, de receber toda a atenção e o reconhecimento relegado somente aos “deuses” da mídia.
A imagem do corpo perfeito, retocado, desmaterializado, é o símbolo do não-sofrimento, do equilíbrio divino entre ser e parecer, a representação visual do que poderia ser a felicidade. Enfim, essas imagens da perfeição são tão valorizadas e desejadas, que nos dá a entender que na verdade o que se busca não é simplesmente o corpo perfeito, mas a total ausência de sofrimento, frustração, dor, separação. O objetivo final nessa busca do corpo que não existe remete à utopia de um mundo sem os conflitos que a sociedade vive naturalmente, mas que está constantemente em movimento de fuga disto.


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O Espiritismo não impõe, explica

Matéria extraída do Editorial do jornal Correio Fraterno do ABC (Editorial)

Março de 1993



O debate tomou rumo indesejável quando o ouvinte contestou o expositor, alegando que o discurso dele não diferia em nada dos feitos pelos clérigos conservadores. Moralista, castrador, punitivo, discriminatório e, acima de tudo, com vazo de censura.
De fato, toda campanha provida é absolutamente necessária e meritória. As resistências ao aborto, à pena de morte, à depredação do Planeta são sempre merecedoras de respeito e credoras de nossa reflexões. Querer impô-las, entretanto, é desrespeitar o livre arbítrio alheio. Há que se considerar que a melhor forma de se combater a ignorância é espalhar o saber. Fora disso é tolice.

O ser iluminado pelo conhecimento não se guia pelas leis apenas, mas, sobretudo, pela ética consciencial. Quando ele chega a esse estágio, as proibições lhe são inúteis, porque sabe agir com responsabilidade em quaisquer circunstâncias. Tem a liberdade como um bem que deve ser preservado pelo discernimento do certo e do errado, bem como pelo respeito de si e do próximo.

As religiões falham no seu papel quando domina os seus adeptos pelo medo do pecado. O homem precisa saber e não temer. Algumas delas, aproveitando-se de sua influência política, chegaram mesmo a inspirar leis civis que aplacassem a ira de Deus. Estratégia infeliz, inverosímil e inaceitável por todos, o tempo todo. Ira, pois, é sentimento humano e não divino. Descoberta essa farsa, eis o pecador livre da marota feia. Deseducado, continua então a cometer os mesmos erros. É por isso que o Ser Supremo, através de seus Mensageiros, não proíbe, esclarece.

O Estado também claudica quando impõe restrições aos seus cidadãos. Melhor será que os eduque.

O Espiritismo, consciente de sua tarefa, não impõe, não proíbe, explica.

Coerente com essa postura, o divulgador espírita deve analisar, debater os problemas e, buscando as melhores soluções, relacioná-los com postulados doutrinários, sem, contudo, pintar um clima de censura inquisitorial indigno do Espiritismo. Este não busca aprisionar ninguém pela ignorância, mas enseja a liberdade espiritual pelo conhecimento da verdade, conforme sugeriu Jesus.

Tolher o homem por decreto ou por dogmas religiosos é querer permanecer convivendo com a hipocrisia. No Brasil, por exemplo, país essencialmente religioso, o aborto é crime previsto em lei e abominado pelas religiões. E todo mundo sabe que aqui se pratica esse delito milhões de vezes por ano.

Por esse abuso à legalidade e aos preconceitos religiosos? Porque as pessoas não foram ainda suficientemente informadas e convencidas de que se podem burlar as leis terrenas e esconder seus pecados de suas Igrejas, jamais fugirão das leis divinas.

Desenvolva-se no homem a capacidade de amar e o aborto e as demais mazelas que rolam por esse mundo desaparecerão.

Voltem-se as baterias à destruição do egocentrismo e tudo será equacionado dentro dos parâmetros viáveis e civilizados por cada criatura.

Cada problema tem sua causa-núcleo. Atacá-lo pela periferia, sem atingir-lhe a origem é desperdiçar munição.

Recorra-se, não às opressões, (como se fez no passado e como alguns teimam em fazer ainda hoje), mas às sinceras elucidações e à humildade para levar o esclarecimento mais apropriado aos que buscam novos rumos e dentro em breve veremos florescer uma nova humanidade na Terra.

Revolucionem-se os nossos meios de comunicação, imprimindo-lhes a força da persuasão democrática, pela linguagem objectiva, sadia, sem ranço de personalismo moralista, autoritário, vaidoso, mas, sim, fortalecida pelo equilíbrio de quem fala, e o homem mudará logo seu tonus vibratório e, consequentemente, seu procedimento.

Que não se combata a treva, simplesmente. Ilumine-a. Que não se limite a falar do mal. Construa o bem.

Se a boa semente for bem cultivada, desabrochará e crescerá de tal forma que o joio não terá condições de sufocá-la. Todo esforço deve ser empregado na manutenção e no desenvolvimento da boa sementeira. A má já basta por si só. Dar-lhe trela e espaço certamente significará o atrofiamento daquela. Enfim, semear o bem é uma questão de inteligência.

Concorda?

A METODOLOGIA CIENTÍFICA DE ALLAN KARDEC



A observação criteriosa e sistemática dos fenômenos que são objeto de uma pesquisa científica deve ser acompanhada pela composição de uma teoria a seu respeito, mesmo que preliminar. A continuidade das investigações e análises se encarregará de respaldar ou então reformular as proposições teóricas inicialmente estabelecidas para sua compreensão. A razão, a lógica e a universalidade da proposição teórica encontram-se entre os elementos necessários à sua elaboração. Pois bem, não é difícil perceber que a obra de Kardec foi edificada segundo tais critérios. Mais ainda, antes dele não há nenhuma iniciativa similar aplicada na abordagem dos fenômenos psíquicos. Assim, coube a Kardec ser o grande pioneiro no estabelecimento de uma metodologia científica aplicada a esse campo. As passagens doravante apresentadas ilustram o pensamento científico do mestre quanto aos informes mediúnicos:

“Sem dúvida, as idéias falsas acabam caindo ante a experiência e a lógica inflexíveis” (In Revista Espírita, janeiro de 1862, pag 16)

“Em resumo, o grande critério do ensino dado pelos Espíritos é a lógica. Deus nos deu a capacidade de julgamento e a razão, para delas nos servirmos. Os bons Espíritos no-las recomendam, no que nos dão uma prova de sua superioridade.” (Revista Espírita, abril de 1860, pag 115)

“Em caso de divergência, o melhor critério é a conformidade dos ensinos por diferentes Espíritos e transmitidos por médiuns diferentes e estranhos uns aos outros. Quando o mesmo princípio for proclamado ou condenado pela maioria, é preciso nos dar conta da evidência. Se há um meio de chegar a verdade é, certamente, pela concordância, tanto quanto pela racionalidade das comunicações, ajudadas pelos meios que dispomos de constatar a superioridade ou a inferioridade dos Espíritos. Desde que a opinião deixa de ser individual para se tornar coletiva, adquire em grau maior de autenticidade, por que não pode considerar-se como resultado de uma influência pessoal ou local” (In Revista Espírita, janeiro de 1862, pag 16)

“O que acima de tudo contribuiu para o crédito da doutrina de “O Livro dos Espíritos” foi precisamente que sendo produto de um trabalho semelhante, tem um eco em toda a parte. Como dissemos, nem é obra de um Espírito único, que poderia ser sistemático, nem de um médium único, que poderia ser enganado: é, ao contrário, um ensino coletivo, dado por uma grande diversidade de Espíritos e de médiuns, e os princípios que encerra são confirmados mais ou menos por toda a parte. Dizemos mais ou menos, visto que, como acima ficou explicado, há Espíritos que procuram fazer prevaleçam as suas idéias pessoais. É pois útil submeter as idéias divergentes ao controle que propomos. (In Revista Espírita, janeiro de 1862, pag 16)

Kardec estabeleceu um processo criterioso de análise, inicialmente dos fenômenos e posteriormente das comunicações dos desencarnados pela via mediúnica, que obedece aos preceitos científicos. Além de usar a lógica e a racionalidade, crivos preliminares, se a complexidade do sistema apresentado requeria exames mais aprofundados, submetia-o também ao crivo da universalidade:

“Sem essa concordância, quem poderia estar seguro de ter a verdade? A razão, a lógica, o raciocínio, sem dúvida são os primeiros meios de controle a serem usados. Em muitos casos isto basta. Mas quando se trata de um princípio importante, da emissão de uma idéia nova, seria presunção crer-se infalível na apreciação das coisas. (...) O controle universal é uma garantia para a futura unidade da doutrina.” (In revista Espírita, março de 1864, pag 69)

“Essa universalidade do ensino dos Espíritos constitui a força do Espiritismo. (...) O primeiro controle é, sem dúvida, o da razão, à qual é preciso submeter, sem exceção, tudo quanto vem dos Espíritos. (...) A concordância o ensino dos Espíritos é, pois, o melhor controle; mas ainda é preciso que ocorra em certas condições. (...) A única séria garantia está na concordância que exista entre as revelações espontâneas, feitas por grande número de médiuns estranhos uns aos outros e em diversas regiões.” (In Revista espírita, abril de 1864, pag 101 e 102)

Outras metodologias foram posteriormente criadas para uma abordagem ainda mais profunda da fenomenologia psíquica, conforme será exposto mais à frente, para atender a padrões científicos ainda mais rigorosos. Mas o primeiro passo foi dado por Kardec. Hoje se percebe claramente que os principais sistemas expostos pelos Espíritos a Kardec foram ratificados com as pesquisas que se seguiram, enquanto que a parte filosófica da Doutrina pode avançar tremendamente e atuar junto a humanidade transformando para melhor corações e mentes, supremo objetivo do Espiritismo.

“Toda a nossa ciência está baseada nos fatos. Pesquisamos com interesse todos aqueles que nos oferecem matéria de estudo ou confirmam princípios admitidos. Quero apenas dizer que não perdemos tempo em reproduzir os fatos que já conhecemos, do mesmo modo que um físico não se diverte em repetir incessantemente as experiências que nada de novo lhe ensinam. Dirigimos nossa investigação a tudo quanto possa esclarecer a nossa marcha, preferindo as comunicações inteligentes, fonte da filosofia espírita e cujo campo ilimitado é muito mais vasto que o das manifestações puramente materiais, de interesse apenas momentâneo.” (In Revista Espírita, julho de 1859, pag 192)

“Algumas pessoas disseram que fui muito precipitado nas teorias espíritas, que ainda não era tempo de estabelecê-las, pois as observações não estavam completas. (...) Duas coisas há que considerar no Espiritismo: a parte experimental e a filosófica ou teórica. (...) Mostrando que os fatos podem assentar-se no raciocínio, tereis contribuído para fazê-lo sair do caminho frívolo da curiosidade, afim de fazê-lo entrar na via séria da demonstração - única apta a satisfazer os homem que pensam e não se detêm na superfície. (...) O fim do Espiritismo é melhorar aqueles que o compreendem.” (in Revista Espírita, julho de 1859, pag 198)

Apesar de inaugurar a era científica junto à fenomenologia da alma e reconhecer o peso maior da filosofia espírita, Kardec jamais abdicou de um expressivo rigor no trato das comunicações, particularmente com os sistemas ideológicos muitas vezes apresentados pelos desencarnados.

"A razão é que não aceitamos nenhum fato com entusiasmo; examinamos friamente as coisas antes de aceitá-las, tendo-nos a experiência ensinado quanto devemos desconfiar de certas ilusões." (Revista Espírita, 1862, pag 29)

"Nunca seria demais repetir, que para bem conhecer uma coisa e dela fazer uma idéia isenta de ilusões, é mister apreciá-la sob todos os aspectos, do mesmo modo que o botânico só pode conhecer o reino vegetal observando desde o humilde criptógamo, oculto sob o musgo, até o carvalho que se eleva aos ares." (Revista Espírita, 1858, pag 200)

"Quando um fato se apresenta, não nos contentamos com uma única observação; queremos vê-lo sob todos os aspectos, sob todas as faces, e, antes de aceitar uma teoria, examinamos se ela explica todas as particularidades, se nenhum fato desconhecido virá contradizê-la; em suma, se resolve todas as questões: eis o preço da verdade." (Revista Espírita, 1864, pag 198)

"As comunicações dos Espíritos são opiniões pessoais que não devem ser aceitas cegamente. Em nenhuma circunstância deve o homem renunciar ao seu julgamento e livre-arbítrio. Seria dar prova de ignorância e de leviandade aceitar como verdades absolutas tudo que venha dos Espíritos. Eles dizem o que sabem; cabe a nós submeter-lhes os ensinos ao controle da lógica e da razão" (Revista Espírita, 1869, pag 101)

“Julgamos. Comparamos. Tiramos conseqüências de nossas observações. Seus erros mesmo são para nós ensinamentos. Não fazemos renúncia de nosso discernimento.” (Revista Espírita, 1859, pág 176)

“Observar, comparar e julgar, tal é a regra constante que tenho seguido. (...) Trabalho com os Espíritos como trabalho com homens; são para mim, do mais humilde ao mais graduado, instrumentos de meu aprendizado e, não, reveladores predestinados”. (Obras Póstumas)

"Melhor repelir dez verdades do que admitir uma única falsidade, uma só teoria errônea. Efetivamente, sobre essa teoria poderíeis edificar um sistema completo, que desmoronaria ao primeiro sopro da verdade, como um monumento edificado sobre areia movediça, ao passo que, se rejeitardes hoje algumas verdades, porque não vos são demonstradas clara e logicamente, mais tarde um fato brutal ou uma demonstração irrefutável virá afirmar-vos a sua autenticidade.” (Erasto, in O Livro dos Médiuns, perg. 230)

“O grande critério do ensinamento dado pelos Espíritos Superiores é a lógica. Temos motivos para não aceitar levianamente todas as teorias dadas pelos Espíritos. Quando surge uma teoria nova, fechamo-nos no papel de observador; fazemos abstração de sua origem espírita, sem nos deixar ofuscar pelo brilho de nomes pomposos; examinamo-la com se emanasse de um simples mortal; procuramos ver se ela é racional, se dá conta de tudo, se resolve todas as dificuldades” (Revista Espírita, 1860, pag 108)

"O Espiritismo só deve caminhar com firmeza, e quando põe o pé em alguma parte deve estar seguro de aí encontrar terreno sólido. A vitória nem sempre está com o mais apressado; mais seguramente, está com aquele que sabe esperar o momento propício."(Revista Espírita, 1866, pag 195)

Aveloz, pode curar Câncer, mas requer cuidado.

AVELOZ
"Arbusto exótico pode ser a chave para a vitória na batalha contra o cäncer! O avelóz agora está sendo usado para tratamento de redução de tumor de câncer."

"Uma gota de seiva de avelóz, diluída em um copo de água destilada e tomada com uma colher de sopa a cada hora, elimina os crescimentos cancerosos em uma semana."


Estas são apenas algumas das frases usadas para a publicidade do avelóz, um remédio preparado a partir da seiva leitosa de um arbusto brasileiro de nome cientifico Euphorbia heterodoxa Mull Arg. As seivas de várias espécies de Euphorbia têm sìdo utìlìzadas em medicina popular desde pelo menos 400 A.C. devido às suas propriedades corrosivas. A Euphorbia heterodoxa é vulgarmente conhecida como mata-verrugas porque sua seiva - usada pelos indígenas do Amazonas e posteriormente pelos colonizadores holandêses, portuguêses e gaulêses no nordeste do Brasil - era considerada eficaz quando aplicada em verrugas e tumores, particularmente nos localizados na face.

Sabe se que um médico brasileiro chamado Panfílio introduziu o avelóz na medicina convencional pelos anos 1880 ou 1890, mas esta planta permaneceu obscura até a década de1980. Hoje é vendida nos Estados Unidos e Brasil em forma líquida por médicos naturalistas. A literatura promocional recomenda o consumo de cinco gotas em meio copo de água ou chá de ervas, três vezes ao dia, para o tratamento de câncer, tumores benígnos, cistos e verrugas. O avelóz também é comercializado na forma de pomada para aplicação local.
Por ser uma espécie relativamente pouco conhecida, a planta do avelóz, aparentemente, nunca foi analisada quimicamente. Entretanto, é de amplo conhecimento que cerca de 90% das espécies da família das Euphorbiaceas (eufórbio) produzem uma seiva branca semelhante ao látex que é extremamente irritante para a pele e membranas mucosas e podem produzir inflamação na pele, conjuntivite nos olhos, queimação na boca e garganta, diarréia, e gastroenterite.

Os pesquisadores já demonstraram que os extratos de certas plantas na família das Ephorbias realmente demonstram atividades anti-leucêmicas que poderíam se; atribuídas ao fato de que contêm certos ésteres diterpênicos.

Extraído de: http://www.cantoverde.org/cancer/cancer_e_plantasmedicinais.html


AVELÓZ
Euphorbia tirucalli

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Descrição : Da família: Euphorbiaceae. Também conhecida como graveto-do-cão, figueira-do-diabo, dedo-do-diabo, pau-pelado, árvore de São Sebastião. Planta suculenta, muito semelhante a um cacto, pode cres­cer até 10m de altura.O tronco principal e ramos principais são lenhosos, marrom-claro ou paradacen-tos. Os ramos jovens são verdes, cilíndricos, lembram lápis - um de seus nomes populares. As folhas são minúsculas, caem muito cedo e suas funções são desempenhadas pelos brotos mais jovens.
Toda a planta verte um látex branco e cáustico quan­do cortada; Foi levada da África para outros países como planta ornamental. Hoje está naturalizada em áreas tropicais da Amazónia, Brasil, África, Ilhas Canárias e Madagáscar; Muito usado como cerca-viva e como barreira protetora contra incêndios.

Habitat: A planta é nativa das Montanhas Atlas, no Marrocos.
História: Os estudos com o Avelós começaram por­que vários pesquisadores notaram que a incidência do vírus Epstein-Barr e certo tipo de linfoma eram endémicos em lugares onde esta planta era utilizada

Avelós também é chamado planta-de-petróleo porque pro­duz um hidrocarboneto muito parecido com a gasolina -chegou a ser estudada pela Petrobrás - pois esta substân­cia pode ser extraída em refinarias convencionais: a estimativa seria entre 10 e 50 barris por hectare cultivado

Seu latex produz uma resina que pode, com pouco esforço, ser convertido num substituto da gasolina. Isso levou o químico Melvin Calvin * propor a exploração de mata de aveloz para a produção de petróleo. Esta utilização é especialmente atraente por causa da habilidade da planta para crescer na terra que não é adequada para a maioria das outras culturas. Também tem sido utilizado na produção de borracha, mas isso não foi uma medida muito bem sucedida. O aveloz também tem usos na medicina tradicional em muitas culturas. Ela tem sido usada para tratar câncer, excrescências, tumores, verrugas em lugares tão diversos como Brasil , Índia , Indonésia , Malabar e Malásia . Também tem sido usado como um remédio de asma , tosse, dor de ouvido, nevralgias , reumatismo , dor de dente, e verrugas na Índia. Há algum interesse em usar o latex como tratamento do cancro. No entanto Euphorbia tirucalli tem sido associada com o linfoma de Burkitt e suspeita-se que possa ser um co-fator da doença ao invés de um tratamento.
Na década de 1980 a Petrobras começou experimentos com base nas idéias que Calvino colocou.

Origem : Tem uma ampla distribuição na África, sendo destaque presentes no nordeste, central e sul da África. Também pode ser nativa em outras partes do continente, bem como algumas ilhas próximas e na Península Arábica, foi introduzida para muitas outras regiões tropicais. Seu status no Brasil é incerto.

Parte tóxica: Todas as partes da planta.

Propriedades : látex irritante.

Princípios ativos: éster 4-deoxiforbólico, beta-sitosterol, casuariina, corilagina, cicloeufordenol, ácido gálico, glicosídeos, euforbina, eufol, euforcinol.ciclotirucanenol, ácidos elágicos, euforeno, hentriacontano, hentriacontanol, ingenol, isoeuforal, caempferol, pedunculagina, fenóis, ésteres fórbicos, proteases, putranjivaína A e B, acetatos de sapogenina, ácido succínico, taraxasterol, taraxerina, tirucalol e tirucalina A e B

Tratamento: Lesões de pele: cuidados higiênicos, lavagem com permanganato de potássio 1:10.000, pomadas decorticóides, anti-histamínicos VO .Ingestão: Evitar esvaziamento gástrico.Analgésicos e antiespasmódicos. Protetores de mucosa (leite, óleo de oliva). Casos graves: corticóides.Contato ocular: lavagem com água corrente, colírios antissépticos, avaliação oftalmológica.


Indiciações : verruga, calo, câncer, sífilis, tumor canceroso e pré-canceroso, neoplasias neuralgia, cólica, asma e gastralgia.

Modo de usar:
- Uso interno:
. em um copo de água (200ml) acrescentar 1 gota do látex. Beber 3 vezes ao dia este volume, pela manhã, meio dia e a noite, por uma semana. Na segunda semana passar para 2 gotas, na seguinte passar para 3 gotas e 4 semanas usar 4 gotas;
. 6 gotas de látex do aveloz em 2 litros de água. Tomar um copo 3 vezes ao dia;
. 1 gota de látex em 1 copo de água. Tomar 1 colher (sopa) a cada hora.
Preparar somente no momento de usar.
- Uso externo:
. dores reumáticas: passar o leite diluído 2 a 3 vezes ao dia;
. verruga e calo: pingar 1 gota do látex.

Toxicologia: doses elevadas são tóxicas e podem coagular o sangue. O látex é irritante e cáustico à pele. Se o látex atingir os olhos, pode destruir a córnea. Por ser altamente caústico, o látex precisa ser diluído em água. O látex puro pode provocar hemorragia. Ésteres de forbol são estudados como agentes promotores de tumor, induzindo a formação do linfoma de Burkitt e carcinoma nasofaringeo.
O uso excessivo pode provocar: intensa queimação; pálpebras inchadas; dor ardente do globo ocular; visão borrada; erosão do epitélio córneo; acuidade visual diminuída; fotofobia e cegueira temporária. Pode ser até letal.


Contra-indicações: Planta tóxica - uso desaconselhado; Pode levar à morte, o contato com os olhos pode causar cegueira; o contato com a pele causa queimaduras, úlceras e dermatite; O uso interno do látex pode causar hemorragias e úlcera esto­macal. O uso interno, mesmo em quantidades mínimas e diluído pode causar náuseas, vómitos, diarreias e ulcera­ção da boca e garganta.

Farmacologia: A farmacologia dos princípios ativos não referenda ne­nhum de seus usos na medicina herbalista. Ao contrário, seus compostos o tomam (-no) inadequado para seus usos tradicionais, especialmente o câncer. O látex do Avelós é muito rico em terpenos - estes ésteres fórbicos são muito irritantes é há comprovação clínica de que eles são causadores de tumores. Particularmente um deles, o éster 4-deoxiforbólico, foi documentado clinica­mente corno promotor da infecção pelo EBV, danificador do DNA das células de imunidade e supressor do sistema imunitário geral.
E com o agravante de um extraio de avelós ter provocado a incapacidade das células T de matar o EBV. O EBV é umas das viroses humanas mais comuns - acredita-se que 95% da população adulta dos EE.UU tenham contra­ído o vírus em alguma época de suas vidas. Após a infec­ção inicial ele permanece inativo no sistema imunológico (dentro das células B).
Uma infecção por Epstein-Barr pode levar à mononu-deose e outros portadores podem desenvolver algum tipo de cân­cer - tanto linfoma de Burkitfs quanto carcinoma naso-faríngico.
As pesquisas começaram pela observação de que nas áreas africanas onde o Avelós era usado como medica­mento, geralmente para parasitoses ou como cerca-viva havia uma endemia de EBV e linfoma de Burkitfs. E a con­clusão foi que a exposição direta ao látex ativa infecções latentes do Epstein-Barr e hoje é considerada um fator causal no desenvolvimento do linfoma de Burkitfs - um linfoma não malignável (linfoma de Hodgkkin) que é asso­ciado ao EBV. Na pesquisa, o tratamento de linhagens de células de linfoma de Burkitfs com o látex reativou o EBV latente e provocou crescimento geral do tumor. Desde a década de 70 o Avelós tem sido associado à "cura" para o câncer - com o látex sendo usado interna e externamente.


Extraído de: http://www.plantasquecuram.com.br/ervas/aveloz.html

O CÂNTICO DAS CRIATURAS

“Falar deste Cântico (também conhecido como Cântico do Irmão Sol ou, em latim, como Laudes criaturarum) é falar da poesia que Francisco criou no final da vida, provavelmente em 1224, isto é, dois anos antes de morrer. O período é dos mais duros. Francisco se acha enfraquecido pela doença e quase cego. Está afastado da direção da comunidade que fundara e já pressente os conflitos que nela surgirão após sua morte. É nestes anos de despedida que ele dá início a uma tradição querida até nossos dias: a representação do nascimento de Cristo. Perto de Assis, na pequena aldeia de Greccio, surge o primeiro presépio, com a participação das famílias de camponeses. É também nestes últimos anos, na solidão do monte Alverne, que Francisco passa pela experiência mística que lhe deixa os estigmas, sinais de sua conformidade com o Crucificado. (...)”
“(...) Mas se a experiência mística de Francisco o leva a louvar mi Signore, cum tucte le tue criature, é preciso lembrar algo que deve aqui receber especial atenção: este é um canto de louvor, é louvor que se manifesta em poesia. Francisco não é somente místico, é também poeta. Na beleza da palavra poética encontra um caminho para o bon Signor. Sim, porque, para Francisco de Assis, a beleza das criaturas é grande manifestação da beleza divina.”

“(...)A poesia é expressão maior da experiência mística do poeta Francisco de Assis.”
“(...)A contemplação da beleza das criaturas, dos irmãos e irmãs, como manifestação do Criador é o que leva Francisco a expressar em poesia sua grande experiência mística. A expressão poética torna-se inseparável dessa experiência. E o poeta Francisco não hesita em buscar a beleza de suas estrofes e de seus versos, como artista cuidadoso.(...)”
Pedro Garcez Ghirardi
Extraído de: http://www.hottopos.com/seminario/sem2/pedro.htm


O CÂNTICO DAS CRIATURAS

Altíssimo, omnipotente, bom Senhor,
a ti o louvor, a glória, a honra e toda a bênção.

A ti só, Altíssimo, se hão-de prestar
e nenhum homem é digno de te nomear.

Louvado sejas, ó meu Senhor, com todas as tuas criaturas,
especialmente o meu senhor irmão Sol,
o qual faz o dia e por ele nos alumias.
E ele é belo e radiante, com grande esplendor:
de ti, Altíssimo, nos dá ele a imagem.

Louvado sejas, ó meu Senhor, pela irmã Lua e as Estrelas:
no céu as acendeste, claras, e preciosas e belas.

Louvado sejas, ó meu Senhor, pelo irmão Vento
e pelo Ar, e Nuvens, e Sereno, e todo o tempo,
por quem dás às tuas criaturas o sustento.

Louvado sejas, ó meu Senhor, pela irmã Água,
que é tão útil e humilde, e preciosa e casta.

Louvado sejas, ó meu Senhor, pelo irmão Fogo,
pelo qual alumias a noite:
e ele é belo, e jucundo, e robusto e forte.

Louvado sejas, ó meu Senhor, pela nossa irmã a mãe Terra,
que nos sustenta e governa, e produz variados frutos,
com flores coloridas, e verduras.

Louvado sejas, ó meu Senhor, por aqueles que perdoam por teu amor
e suportam enfermidades e tribulações.

Bem-aventurados aqueles que as suportam em paz,
pois por ti, Altíssimo, serão coroados.

Louvado sejas, ó meu Senhor, por nossa irmã a Morte corporal,
à qual nenhum homem vivente pode escapar:
Ai daqueles que morrem em pecado mortal!
Bem-aventurados aqueles que cumpriram a tua santíssima vontade,
porque a segunda morte não lhes fará mal.

Louvai e bendizei a meu Senhor, e dai-lhe graças
e servi-o com grande humildade...


Francisco de Assis

Como Surgiu a Oração de São Francisco


Como Surgiu a Oração de São Francisco

Não raro, as grandes coisas têm origem humilde. O Amazonas, o maior rio da Terra em volume de água, nasce de uma insignificante fonte entre duas montanhas de mais de cinco mil metros de altura ao sul de Cuzco, no Peru. O São Francisco, o rio da unidade nacional, se origina de uma pequeníssima fonte no alto da Serra da Canastra em Minas Gerais. Lentamente as águas vão se somando a outras águas até formarem rios caudalosos que deságuam no vasto mar.

Algo semelhante ocorreu com a Oração pela Paz. Nasceu anônima, na periferia, sem que ninguém lhe desse importância especial. Aos poucos, seu conteúdo belo e inspirador foi acalorando corações e acendendo mentes. Como um raio de luz que segue seu curso pelos espaços sem fim, a Oração pela paz foi se difundindo até ganhar o mundo inteiro.

Nela tudo é verdadeiro e convincente. É tão simples que pode ser compreendida por todos. É tão recitada por crianças budistas no Japão, por monges taoístas no Tibete, por mulçumanos no Cairo, por babalorixás em Angola, por papas cristãos em Roma, pelos fiéis das comunidades de base na América Latina e até por operários em manifestações e greves. Todos sentem que esta oração traduz, de forma extremamente inspirada, desejos ancestrais da humanidade. Ela vem ao encontro de demandas por paz e tolerância, imprescindíveis para a perigosa travessia que fazemos atualmente do local ao global, do nacional ao planetário, das muitas sociedades a uma única sociedade mundial.

Quando aparecem orações com tal nível de inspiração e de universalidade, é sinal de que têm como autor o próprio Espírito Santo. Ele costuma atuar de forma anônima na suavidade dos corações abertos ao divino. Assim deve ter atuado no autor desconhecido que, cheio de ardor espiritual, deu forma à oração posteriormente atribuída a São Francisco de Assis.

A Oração pela Paz apareceu pela primeira vez em 1913 numa pequena revista local da Normandia, na França. Vinha sem referência de autor, transcrita de uma outra revista tão insignificante, que nem deixou sinal da história, pois não foi encontrada em nenhum arquivo da França.


Da periferia para o centro

A Oração de São Francisco se universalizou a partir de sua publicação no Ossevatore Romano, órgão oficioso do Vaticano, no dia 20 de janeiro de 1916. No dia 28 de janeiro do mesmo ano foi publicada no conhecido diário católico francês La Croix. Era o tempo da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e por todas as partes faziam-se orações pela paz.

Como a Oração pela Paz ou a Oração de São Francisco chegou ao Vaticano para daí começar sua difusão pelo mundo?

Por toda a cristandade, nas dioceses e paróquias, faziam-se fervorosas orações pelo fim da guerra que devastava e envergonhava a Europa, berço da assim chamada civilização ocidental e cristã. O fundador do semanário católico Souvenir Normand, Marquês de la Rochetulon, enviara ao Papa Bento XV várias orações pela paz. Não se sabe se eram de sua autoria ou se as recolhera entre as que circulavam no meio do povo.

É sábio que essas orações chegaram ao Papa porque existe o bilhete do importante Cardeal Gasparri agradecendo ao Marquês de la Rochetulon em nome de Bento XV. Aí se faz interessante revelação: todas as orações, inclusive essa de São Francisco, eram dirigidas ao Sagrado Coração de Jesus, devoção introduzida em toda a Igreja no final do século XIX.

Com essa devoção ao Sagrado Coração de Jesus se pretendia resgatar uma dimensão esquecida no cristianismo tradicional: a riqueza da santa humanidade de Jesus, de seu amor incondicional, de sua misericórdia, de seu enternecimento para com todos, especialmente para com os pobres e os pecadores, as crianças e as mulheres.


De Oração pela Paz a Oração de São Francisco

Por que essa Oração pela Paz passou a ser chamada de “Oração de São Francisco”?
Por uma simples casualidade histórica que, no entanto, encerra um significado revelador. Pois há entre as características do Coração de Jesus e as características de São Francisco uma conaturalidade surpreendente. Não sem razão São Francisco é chamado de “o Primeiro depois do Único” ou o Alter Christus, o outro Cristo.

Pouco tempo depois da publicação da oração pela Paz em Roma, um franciscano, Visitador da Ordem Terceira Secular de Reims, na França, mandou imprimir um cartão tento de um lado a figura de São Francisco com a regra da Ordem Terceira Secular na mão e do outro a Oração pela Paz, com a indicação da fonte: Souvenir Normand. No final uma pequena frase dizia: “essa oração resume os ideais franciscanos e, ao mesmo tempo, representa uma resposta às urgências de nosso tempo”. Essa pequena frase se tornou o elo revelador. Permitiu que a oração deixasse de ser apenas Oração pela Paz para ser também conhecida como “Oração de São Francisco” ou a Oração da Paz de São Francisco de Assis.

Assim, essa oração passou a ser, simultaneamente, um resumo da devoção ao Sagrado Coração de Jesus e da espiritualidade franciscana. Curiosamente a oração de consagração ao Sagrado Coração de Jesus publicada por Leão XIII em 1899 tem uma estrutura semelhante à atual Oração de São Francisco, especialmente as tríades: discórdia/união, erro/verdade, trevas/luz.

As demais contraposições ódio/amor, ofensa/perdão, dúvida/fé, desespero/esperança, tristeza/alegria estão ancoradas na pregação de Jesus e na sua prática libertadora. Sua presença e sua palavra transformam a realidade: onde há ódio surge o amor, onde há ofensa aparece o perdão, onde há dúvida irrompe a fé, onde há desespero nasce a esperança e onde há tristeza sorri a alegria.

A segunda parte – “fazei que eu procure mais consolar, que ser consolado; compreender, que ser compreendido; amar, que ser amado” – constitui uma característica fundamental do cristianismo, a completa abnegação de si mesmo e daquilo que nos é mais caro para poder radicalmente servir o outro.

A terceira e última parte – “pois é dando que se recebe; é perdoando que se é perdoado; e é morrendo que se vive para a vida eterna” – é igualmente fundada nos textos do Evangelho:

- daí e vos será dado (Lc 6, 38)
- perdoai e sereis perdoados (Lc 6, 37)
- quem procurar preservar a vida, há de perde-la, e quem a perder, há de conserva-la (Lc 17,33)
- quem ama sua vida acabará perdendo-a; mas quem odiar sua ida neste mundo vai guardá-la para a vida eterna (Jô 12, 25)

Conclusão: o grande parentesco entre a devoção ao Sagrado Coração de Jesus e a devoção a São Francisco de Assis permitiu que as características de uma fossem atribuídas ao outro. Isso nos faz lembrar a famosa frase do Padre Antônio Vieira em seu sermão sobre as Chagas de São Francisco: “Vesti Cristo e tereis Francisco, desvesti Francisco e tereis Cristo.”
Essa conaturalidade aparece, por exemplo, nos escritos de São Francisco chamados Admoestações, em especial na de número 27. Aí encontramos nítido o espírito da Oração pela Paz:

“Onde há amor e sabedoria não há medo nem ignorância.
Onde há paciência e humildade não há ira nem perturbação.
Onde há pobreza e alegria não há cobiça nem avareza.
Onde há paz e meditação não há desassossegado nem dissipação.
Onde o temor de Deus guarda a casa, o inimigo não encontra portas.
Onde há misericórdia e descrição não há excesso nem dureza de coração.”
Aparece também na oração de um dos discípulos mais místicos e profundos de São Francisco, o beato Egídio de Assis:

“Se amares, serás amado;
Se venerares, serás venerado;
Se servires, serás servido;
Se tratares bem os outros, serás também bem tratado.
Entretanto,
Bem-aventurado aquele que ama sem ser amado,
Bem-aventurado aquele que venera sem ser venerado,
Bem-aventurado aquele que serve ser servido,
Bem-aventurado aquele que trata bem a todos sem ser bem tratado.”

Eis espelhada aqui a força do amor incondicional. Ama por, amor pelo valor intrínseco do ato de amar, sem esperar qualquer retribuição. Esse é o amor que Deus tem para com seus filhos e filhas, mesmo ingratos e maus. Esse, o amor do Sagrado Coração de Jesus. Esse, o amor que incandesceu São Francisco. Esse, o amor que consome todos os místicos como São João da Cruz ou o Sufi Rumi. Esse, o amor que salva eternamente qualquer pessoa, funda a paz, redime o mundo e constitui o sentido secreto do universo.

Fonte: Livro A Oração de São Francisco, Leonardo Boff.

Aprenda a fazer o suco vivo


Aprenda a fazer o suco vivo


Saiba tudo sobre o suco vivo e anote a receita para fazer em casa

Por Deborah Busko, em 24/04/2010

Todo mundo sabe da importância de comer frutas, verduras, legumes e de incluir no cardápio diário alimentos saudáveis, ricos em fibras e nutrientes. Buscando uma alimentação mais saudável, muita gente dá prioridade aos alimentos orgânicos e crus. Mas com a correria do dia-a-dia, convenhamos, nem sempre é possível ingerir alimentos que façam bem à saúde nas quantidades recomendadas.

Para quem gosta de incorporar produtos naturais aos hábitos diários, uma dica rápida, gostosa e nutritiva é o suco vivo.

O que é o suco vivo?
É um suco altamente nutritivo, feito com ingredientes frescos e grãos germinados, que são o grande segredo do suco, pois garantem o máximo de aproveitamento das propriedades de cada alimento. É como consumir uma salada bem reforçada, espremida em um copo de suco.


O suco vivo é feito com maçã, folhas, legumes, raízes e grãos germinados, todos os ingredientes são crus e as fibras insolúveis são coadas. Não é necessário adicionar água, açúcar ou qualquer tipo de adoçantes, os próprios alimentos deixam o suco com um sabor doce.

Quais os benefícios do suco vivo?
Entre os benefícios do suco vivo, podemos citar que a bebida é uma ótima fonte de cálcio, ferro, aminoácidos, zinco, antioxidantes, minerais, gordura boa para o corpo, vitaminas A, B, C, D, E, F, G, H. O suco é alcalino e riquíssimo em enzimas, antioxidantes, minerais e oligoelementos, características que fazem o suco vivo ser um grande aliado na prevenção de doenças degenerativas e no retardamento do envelhecimento.

Por ter digestão e absorção rápidas pelo organismo, o suco vivo promove aumento da aumento da energia e da disposição no dia-a-dia e melhora o desempenho físico. Além disso, elimina a chamada “fome oculta” e o melhor, sem engordar.

Como fazer o suco vivo?
Anote a receita, siga corretamente os passos e aprenda a fazer o suco vivo em casa.

Ingredientes:

- 1/2 pepino com casca

- 2 maçãs com casca

- 1 dedo de gengibre sem casca

- 1 cenoura

- 2 folhas de couve

- 1 talo de salsão

- 1 punhado de salsa

- 1 a 3 ramos de agrião

- 1 punhado de hortelã

- 1 punhado de sementes germinadas

- 1 punhado de grama de trigo (clorofila) *saiba como germinar grãos logo abaixo

Modo de preparo:

Separe as frutas e verduras. Corte a maçã, o pepino, o gengibre e a cenoura em pedaços pequenos e bata no liquidificador. Acrescente os grãos germinados e as folhas verdes. Coe a mistura usando um coador fino, de pano ou material sintético não absorvente. O suco vivo está pronto para beber!

*Como germinar grãos

Você pode usar sementes comestíveis, tanto pelo homem como pelos pássaros, como trigo, girassol, painço, niger, colza, aveia, trigo, linhaça, arroz, soja, centeio, gergelim, grão-de-bico, amendoim, lentilha, nozes, castanha-do-pará, amêndoas, ervilha, feno-grego etc.

Coloque de uma a três colheres de sopa de grãos orgânicos em um vidro, cubra com água limpa e deixe de molho por uma noite (8 horas). Cubra o vidro com um pedaço de filó ou tecido permeável e prenda-o com um elástico.

Escorra a água do recipiente enxagüe bem com água limpa. Ponha o vidro em um escorredor em local arejado. Enxagüe duas ou mais vezes por dia, especialmente nos dias quentes.

O tempo de germinação varia de grão para grão. O ideal é usá-los assim que sinalizarem o início da germinação, quando se forma uma pontinha. Este é o ponto mais nutritivo do grão.

Suco Vivo


Suco vivo

Nosso organismo hoje, não conhece a verdadeira alimentação saudável e natural.Tudo tem veneno , que dizem deveria evitar pragas, doenças, mas que na verdade não evita a falta do alimento sem problemas.Este suco chamado SUCO VIVO, tem este poder revitalizante , desintoxicante, curativo..............Não podemos deixar a alimentação que estamos acostumados e partir para a natural em todo seu contexto, teríamos sérios problemas.Precisa ser aos poucos, com substituições.O Suco Vivo é feito de : sementes brotadas, raízes, folhas verdes (quanto mais verde melhor ), legumes, grãos, que devem ser misturados conforme sua opção e sempre com maçã.NÃO USAR ÁGUA, liquido somente dos produtos .Quando usar pepino, bater primeiro com a maçã coar e o suco volta para bater com o restante dos legumes e folhas.Pode-se usar conforme nossa vontade, não tem uma receita única e fixa.Após bater ou centrifugar , coar em pano .Tomar um copo e jejum.È CLOROFILA PURA 15 minutos depois de ingerido transforma-se em hemoglobina..Nós precisamos dessa clorofila pura, ela atua na oxigenação maior do cérebro modificando para melhor o comportamento . Ao começar a tomar não poderemos mais ficar sem ,a diferença que sentimos é impressionante e importante.È chamada de CHIP pois o chip do computador é formado moléculas de água e silício, e as sementes também Elas guardam as informações da MÃE TERRA, até chegar aos antepassados.O SUCO VIVO é mais uma tentativa de vida saudável e prolongada.O corpo fala, e diz obrigado