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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Uma brevíssima e limitadíssima análise entre alguma das ideias teosóficas sobre a vida depois da morte e a visão espírita sobre o assunto.

Devachan x cidade espiritual
Como já disse um instrutor espiritual nosso, ao ser arguido, se teosofia e espiritismo fossem iguais ou pregassem as mesmas coisas não teriam razão de ser escolas distintas.

Cada qual traz características diferentes para atingir pessoas com tendências, necessidades e vidas passadas distintas.

Então, como espírita, compreendo perfeitamente as distinções das escolas e de seus adeptos. Nada mais natural.

Sei que em geral, as pessoas apesar de falarem em fraternidade universal tem muita dificuldade em reconhecer no outro a possibilidade de ser um igual. Nossa tendência instintiva é separar, classificar e colocar o diferente como menos capaz, menos evoluído, não salvo, sem alma, e tc..

Eu particularmente leio a literatura teosófica a muito tempo, gosto de muita coisa e sei as distinções entre ela e a Doutrina Espírita. E entre o esoterismo e o espiritismo.
Então não escrevo para falar sobre Espiritismo X teosofia, mas para falar das distinções entre a visão pós-mortem espírita e teosófica.

Eu sempre achei impressionante as diferenças, não entre o que prega a teosofia sobre o devachan, que foi tirado de doutrinas antigas. Mas, o fato de seus clarividentes terem descrito a realidade que observavam desta forma.

Ao descrever o plano astral Leadbeater fala das summerlands. Cidades astrais, mas em geral as descrições teosóficas sobre o pós-mortem são bem diferente das espíritas.

Pelo que pude ler na visão teosófica o indivíduo que fica muito tempo no astral, precisaria ser extremamente egoísta, pois pela descrição clarividente bastaria ele ter um bom pensamento ou um bom sentimento para ir par ao devachan. Adormecer no mundo céu.
Assim, na visão teosófica, não há espíritos por aí, portanto eles não podem falar através de um médium, quem fala através de um médium seriam os cascões astrais. Casca de corpo astral deixado por pessoas que passaram pela segunda morte , foram para o devacham, (plano mental) e seus cadáveres astrais ficaram perambulando por aí.

Li o Cel. Olcott declarar que Blavastki exagerou quando lançou essa teoria, ao que parece ela estava sobre forte fogo cerrado dos spiritualists ingleses, o new spiritualism inglês, movimento mediúnico anglo-saxão a época perseguiu acirradamente Blavastki. Sua teoria dos cascões e quase que completa desqualificação aos experimentos mediúnicos mais popular á época forma um revide.
´`e o caso do John King também.

Mas a o falar de experimentos de outros povos orientais ou não ela fala sobre o intenso contato de indianos e tibetanos entre outros com mestres espíritos . Dentro da visão espírita isso também é mediunidade.
O esoterismo , em geral, desconhece a visão espírita sobre a mediunidade, achando que a mesma só é assim definida quando ocorre a psicofonia clássica ou a psicografia.

A doutrina espírita fala coisa bem diferente.

A visão espírita , reconhecendo que o contato com o mundo espiritual é universal, independe de raça, crença, lugar ou época e que não está circunscrito apenas a psicografia e psicofonia, como era definido pelos esotéricos do século XIX, mas por todo contato estabelecido entre o físico e o extrafísico através do desdobramento, clarividência, clariaudiência, telepatia, pneumatografia, etc,...
A própria noção de plano astral é sutilmente diferenciada. O extrafísico , na visão e experiência espírita, consiste de um número grande de planos,não só sete. Esses planos ou subplanos são habitados pela população extrafísica da Terra. No chamado plano mental , a maioria das pessoas ora encarnadas não chegam nele. Alguns poucos, mais equilibrados e preparados conseguem ir lá,estudar , aprender, mas são visitantes. A bem da verdade, grande parte nem chega a cidades acima de Nosso Lar, que é uma colônia de transição.

Um indivíduo quando chega ao plano mental, definitivamente, findou as suas experiências encarnatórias em mundos “com forma.” Isso é um processo lentíssimo, que envolve milhares de anos, antes de chegarmos a isso, é mais fácil irmos para planetas superiores ao nosso.

Muitos companheiros antes de nascer na Terra fazem visitas a esses planetas de regeneração para saberem que , sim é possível, esses lugares existem em nossa galáxia e a Terra chegará lá um dia.

Ou seja, alguns poucos quando ganham a alforria de reencarnar na Terra, não estão ainda adentrando o plano mental, estão apenas sendo promovidos para planetas melhores.

Ir desdobrado até o plano mental, entrar em contato com habitantes, mestres, definitivos que lá habitam, é coisa mais rara para um encarnado. Mas acontece.

A vida espiritual é intensa. O indivíduo ao morrer continua sendo ele mesmo, livre para fazer suas escolhas.

Ninguém o constrange com doutrinas, crenças ou filosofias.

Essas só tem valor se derem a pessoa uma visão mais espiritualizante, mais emancipadora, mais unificadora com o Cosmos...


Essa liberdade pode causar estranheza, mas é o que chamamos sobre afinidade, ao desencarnar ,na visão espírita, a pessoa vai para os seus afins, aquilo que cultivou em vida, sua forma pensamento íntima o atrai por méritos ou deméritos aos afins...
Os cascões astrais não seriam possíveis de existir.na visão espírita o corpo espiritual, psicossoma é uma projeção do corpo mental do indivíduo. Ele plasma partir da idéia-memória que o indivíduo tem de si, da sua para genética, da sua bagagem evolutiva.

A mente preside e constrói , a partir do corpo mental , a formação do perispírito ou psicossoma.

Existem mesmo casos do indivíduo perder o psicossoma, sem ser um processo evolutivo do moksha.

è quando há yuma grande degradação moral do individuo, ele num ódio intenso,o seu monoideismo ao longo de muitos anos vai perdendo a capacidade de formar o corpo psicossomático. Ele se transforma em um ovóide. Uma bola preta de tamanho variado que em geral pode ser observado em pessoas em processo obsessivo grave.

Explicando, o indivíduo fica com o formato mais ou menos do palno mental, mas não está no plano mental, está nas esferas espirituais astrais, com forma, mas totalmente preso a uma ideia -física perdeu a capacidade de manter a mente organizada a ponto de manter o psicossoma.

Seu psicossoma se torna uma bola negra ovóide.

Eventualmente encontrmaos em nosso grupo, alguns casos assim. Esses indivúiduos,
terão que renascer algumas vezes aqui ou alhures para reestabelecer a capacidade de pensar continuamente.

Esse é o pior estado, dentro da visão espírita, que um ser humano pode chegar.

Mas um dia ele despertará...

O curioso é que achei em um livro do Leadbeater, ele descrevendo essas formasi ovóides negativas, antes mesmo de André LUiz descrevê-las no livro Libertação.

Bom, por isso, na visão espírita, a existência de um cascão solto por aí, vagando por tempo indeterminado não se encaixa. Para que haja um psicossoma , necessita-se que haja uma mente, com pensamento contínuo sustentando-o.

Essas e outras descrições de Leadbeater que "coincidem com coisas que vemos e percebemos em nosso grupo espírita e com outros grupos espíritas e na literatura fenomênica espírita é que me fizeram ter um respeito a clarividência do mesmo. Apesar de saber que boa parte dos teosofistas não gostam do Bispo.
Algumas pessoas, sabendo que eu era espírita, vieram falar sobre o fato de não terem visto nenhum motivo para o André Luiz ter ido para o umbral. Uma pessoa me falou, assim desse jeito todo mundo vai para lá. Eu respondi ´para ela que de fato pelas experiências que temos em nosso grupo podemos dizer que ir para as regiões inferiores do plano espiritual é para onde vai boa parte das pessoas despreparadas da realidade espiritual, sem noção mínima de ética, moral e bons sentimentos. Essa leva só perde mesmo para a grande maioria que ao ter seu corpo físico morto ficam vinculados aos seus entes queridos ainda encarnados, sendo que grande parte sem saber que morreu. Em uma espécie de interação alucinatória, repetem junto aos seus entes queridos seus hábitos. Muitos ao entrarem em contato conosco reclamam que seus entes queridos não lhes respondem ou ignoram. E o trabalho de nosso grupo é esclarecer esses desencarnados e encaminha-los a colônias -hospitais bem próximas a nós.

Há ainda segunda as experiências espíritas , um vasto número de pessoas que ficam presas a lugares e antigos maus hábitos, são oque chamamos de vampiros. Sugam energias que lhes dão a sensação de estarem vivos. Comidas, fumo,motéis, roda de drogas, nervosismos cotidianos...vampiro na área...

Quanto aos condicionamentos de crenças é curioso que muitas pessoas que vem pedir socorro a nós não são espírita e não tem a mais leve noção do que prega ou diz a doutrina espírita,mas são pessoas que tem vidência e vemos espíritos,que saem do corpo e vêem as cidades extrafísicas, que veem ou escutam os perseguidores , etc...
Uma vez socorridas, a maioria nem fica para receber maiores esclarecimentos.

Trabalhamos em nosso grupo justamente no resgate dessa multidão de pessoas com a mente estratificada no intrafísico, e que uma vez sem o físico, ficam sem referencial.

Através do desdobramento, da clarividência, das projeções energéticas, e da psicofonia resgatamos multidões dos umbrais, das cidades umbralinas, de seus apegos vampirescos e as levamos para os hospitais de emergência extrafísico. Postos emergenciais de socorro no astral.

O contato com colônias espirituais como Nosso Lar, Grande Coração, Ascensão, Lírios, Alvorada nova, etc... é constante.

A visão espírita sobre o além noticia e interage com essa vida pulsante e intensa do lado espiritual.
Em geral o espírita tem uma interação bem prática com esse além. Não sendo portanto uma questão de livro.
Chico Xavier quando psicografou o livro Nosso Lar foi intensamente criticado pelo movimento espírita a sua época, sendo acusado, como alguns aqui também falaram, de materializar por demais o plano extrafísico. Recebia cartas e mais cartas dizendo que estava louco. Espíritas Ortodoxos afirmavam que na obra de Kardec não se falava sobre isso. Apesar das experiências confirmarem essa realidade e de haver outras obras descrevendo a existência das colonias-cidades extrafísicas.

Ou seja, até a década de 40 não se tinha , no movimento espírita, clareza sobre a realidadee spiritual, viam -se templos magníficos, hospitais, locais extrafísicos variadosd,mas para a grande maioria a idéia de uma “cidade extrafísica” era absurda.

A grita foi tanta que Chico Xavier foi levado em desdobramento até Nosso LAr por Emmanuel para que ele visse com seus próprios olhos que a cidade não era uma fantasia.
Yvonne Pereira havia psicografado o livro “Memórias de um Suicida” na década de 30, mas arquivou o mesmo pois o mesmo falava das cidades astrais. E mesmo ela tendo visitado muitas destas, arquivou o texto. O mesmo só foi publicado após ter surgido o livro Nosso Lar.

Hoje, nos grupos espíritas é corriqueiro a visita a cidades extrafísicas através do desdobramento,principalmente a colônias -hospitais para levar os desencarnados recém-falecidos ou presos nas regiões escuras do plano espiritual.
Só para constar, os problemas que Blavastki teve foi com o spiritualism ou new spiritualism, movimento mediúnico inglês, não reencarnacionista e sem maiores digressões filosóficas. Na época de Blavastki o spiritualism tinha apenas o fenômeno e os pesquisadores.

Esses pesquisadores perseguiram Blavastki e coisa e tal...

O espiritismo do livro Nosso Lar é francês e não entrou em embates com a teosofia 'a época. É esse espiritismo que irá chegar ao Brasil e através não só de teorias, mas de vivências, se sedimenta.

Kardec inclusive, já havia morrido quando a teosofia surgiu na Europa na década de 80 do século XIX.

O relacionamento de kardec com alguns dos conhecimentos antigos trazidos do oriente não foi de aporte direto. Ele começa de uma tábula rasa. E entra em debate com os orientadores espirituais. A reencarnação surge a partir dai. O debate com o orientadores extrafísicos que falaram e defendiam a idéia.

Tanto é assim que a reencarnação apresentada pelas entidades espirituais a kardec difere do formato apresentado tradicionalmente pelo oriente.

No oriente o ciclo de reencarnações é visto como um eterno retorno, uma prisão mayeuvica, geralmente em um processo relacionado a metempsicose, a reencarnação ciclica, ora como homem, ora como animal, ora como um deus.....

Já no espiritismo francÊs, o processo reencarnatório tem uma perspectica evolutiva.
Essa perspectiva evolutiva, até então de circulação muito restrita, raramente citada e nunca seguida por nenhum movimento ocidental, podem existir algumas especulações, mas sempre sem fontes. A perspectiva de se encarar a reencarnação como um longo processo evolutivo que irrompe do Átomo ao Arcanjo, surge com kardec.

Esse debate levou a uma série de digressões filosóficas que foram continuadas com Leon Denis e outros.

Geoffrey Hodson que fala sobre uma coisa que para mim é lugar comum, não só por teoria.

Mas em se tratando de um teosofista me deixa em dúvida, visto que pela narrativa de Geoffrey Hodson no texto postado: Ele confirma a continuidade da vida humana com suas escolhas e afinidades.

Os amigos que já estão, vem acolhe-lo, etc...e não fala nada do devachan ou cascões...

As cidades extrafísicas tem mesmo essas funções que Geoffrey Hodson descreve de participar e interagir com o mundo ajudando-o no seu progresso.
havendo comunidades afins a filosofias, escolas e ciências...

Geoffrey Hodson diz:

"Pois ali há uma continuidade na educação; os cientistas e todos os outros trabalhadores especializados tendem a seguir sua própria inclinação, passando seu tempo a deslindar os problemas que aparecem em seu trabalho, e continuando aquele trabalho em um grau de perfeição muito mais alto daquele possível na Terra. Muito freqüentemente, idéias descobertas assim nos mundos internos são captadas por mentes ainda encarnadas na Terra, pois há uma constante troca de pensamentos entre os moradores de ambos os mundos."

Pois é quem sai do corpo sabe disso. Quem tem clarividência também.

Lembro-me de uma excelente clarividente protestante que quando se distraia começava a narrar a ambiência espiritual, o amparo , os auxílios , os hospitais no extrafísico, mas quando a gente lembrava a ela das correlações com o que a gente dizia, ela como que "trancava" a clarividência, narrando palidamente o que via ajustados a visão protestante oficial.
Hierus escreveu:


"Esse tipo de debate torna-se uma coisa divertida pois, a partir de certo ponto, cada um começa a citar videntes que concordem com ele. E sabe o que é melhor, nem dois videntes concordam entre si..."

Concordo, as faculdades anímicas justamente por serem anímicas sofrem o peso da cultura e dos sistemas de crenças do psiquista. Por isso é sempre complicado firmar escolas a partir somente delas, já que elas tendem a confirmar ou se direcionar para os ditos sist. de crenças....

Hierus escreveu:


" nem dois videntes concordam entre si... ainda mais dois espíritas. "



Ok, Ok, mas só para constar Geoffrey Hodson era teosofista.

2 comentários:

rogerio machado disse...

Muito bom post.

Sou espírita. Interesso-me bastante por teosofia.

Pelo que percebo as duas escolas espiritualistas compartilham a mesma finalidade. Usam meios, em determinados aspectos, um tanto diferente entre si.

O objetivo final é a fraternidade entre os povos em ambas escolas.

Assisto frequentemente as palestras teosóficas da Tv Supren. Na minha visão elas são de grande valor e muito bem feitas. Na média os palestrantes teosofistas são bem superiores aos que vemos no movimento espírita.

rogerio machado disse...

Muito bom post.

Sou espírita. Interesso-me bastante por teosofia.

Pelo que percebo as duas escolas espiritualistas compartilham a mesma finalidade. Usam meios, em determinados aspectos, um tanto diferente entre si.

O objetivo final é a fraternidade entre os povos em ambas escolas.

Assisto frequentemente as palestras teosóficas da Tv Supren. Na minha visão elas são de grande valor e muito bem feitas. Na média os palestrantes teosofistas são bem superiores aos que vemos no movimento espírita.