Total de visualizações de página

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Teosofia, Espiritismo, Mediunidade e Conscienciologia

Teosofia, Espiritismo, Mediunidade e Conscienciologia

Tensões e discursos.

A teosofia deu informações importantes sobre a realidade espiritual, no entanto,
não falou tudo o que havia sobre o assunto. Ao que parece, quando um clarividente ou
projetor se enquadra muito em uma determinada linha de pensamento (egrégora), tende a
perceber a realidade, a partir de seu paradigma, isso não é ruim ou mal, creio que é
inevitável. Blavastki, quando escrevia sua obra, foi perseguida vorazmente pelos
espiritualistas ingleses, que utilizavam da mediunidade, mas não acreditavam em
reencarnação, ao contrário dos espíritas franceses. Foi difamada e agredida. O seu revide,
deu-se com a teoria do devachan: a qual afirmava que, praticamente não havia vida
humana no astral, pois bastaria um pensamento nobre para que a pessoa deixasse o
plano astral, ou seja, os poucos que andavam nos planos mais altos do astral, segundo os
teosofistas, eram apegados, egoístas e limitados. E as manifestações mediúnicas,
na verdade, seriam provocadas por cascões astrais, que perambulavam pelo astral, sem
vida, ou então eram manipulações feitas pelos adeptos para "auxiliar uma ideia, que, no
pior de tudo, faziam com que as pessoas acreditassem na vida após a morte".
Afirmando, categoricamente, que nada de útil poderia sair dos fenômenos mediúnicos, pois estariam relacionados a cascões e almas rebeldes e grosseiras. Almas, que não adentraram ao devachan, uma espécie de céu ilusório, em que a alma ficaria na sua carapaça mental, vivenciando algo belo, mas ilusório, numa espécie de sono ,até sua próxima encarnação.
Os teosofistas em geral fecham com essa opinião básica, variando a interpretação conforme as tradições espirituais outras a que o teósofo possa estar afiliado. Não mantendo um conceito totalmente fixo, quanto a isso. Mas, fechado, s obre o fato de que , pessoas normais não ficam no astral, vão para o devachan.
Esta visão altamente preconceituosa, foi criticada até mesmo por muitos teosofistas
contemporâneos de Blavastki, como CEL. Olcott, mas ganhou grande ênfase, com as minuciosas descrições que Os mestres e alguns clarividentes teosóficos descreveram esse mundo –céu, no plano mental, paradisíaco, mas dentro da mente do ser. Onde o ser repousa até sua próxima encarnação.
Sendo sempre confirmada e pregada pelos teósofos, em seus compêndios, artigos, livros e palestras. Eles, como de resto, boa parte dos ocultistas, tenderam a menosprezar o fenômeno mediúnico. Relacionando-o a grosseria dos planos emocionais, cascões etc...
Some-se a isso o fato de que, Mestres, Blavastki e Eliphas Levi desconhecerem a visão espírita sobre a mediunidade (no caso o espiritismo francês) que não é exatamente o sinônimo de psicografia e incorporação, fenômenos mediúnicos mais populares, mediunidade é basicamente definida na filosofia espírita como faculdade que permite as pessoas servirem de intermediários entre os Espíritos e os homens. Entre os planos espirituais e o plano físico, portanto diversos fenômenos que Blavastki relatou brilhantemente em Isis sem Véu e colocou nomes como "mistérios", ritos, iniciações, visões, são na acepção espírita puro fenômenos mediúnicos.
Isto está basicamente relacionado a uma visão iniciática que condenava a
divulgação dos ensinos espirituais a qualquer um. No passado a mediunidade e as forças anímicas do ser foram vestidas com fortes tintas de tabu e perigo. A Doutrina Espírita inaugurava uma nova etapa em que os ensinos espirituais eram proporcionados a todos.

O Abertismo espiritual. Sendo precursora, portanto de toda a facilidade que temos hoje de acessar informações espirituais.

Hoje, alguns teósofos, até têm realizado uma dura autocrítica a questão da clarividência. Além de surgirem uma bibliografia que cada vez mais aponta para o fato de Blavastki, Leadebeater e Krishnamurti serem bem humanos, em suas ações, e às vezes, chegando a farsa, ao despreparo emocional, a traição conjugal e aliciamento de menor. O que, se verdadeiro, coloca em dúvida esse acesso a mestres, quena análise teosófica seriam os seres que dirigem o planeta.
( ver a obra, o babuíno de Madame Blavastki)

Sempre lembrando que Blavastki dava uma Ênfase alegórica a muitas de suas idéias, enfatizando que os conceitos são por vezes complexos e amplos, que os teosofistas não se fixassem por demais a um corpo fixo de ideias, mas que as ideias fossem formas abertas, que proporcionassem o emergir da intuição.
Podendo, portanto, ter uma pequena variação quando de sua pormenorização. Ou seja, entender as idéias em termos de macro-idéias que realizam a representação de idéias cósmicas.

Isso em tese, até permitiria que àqueles que têm a possibilidade de uma maior interação com o plano espiritual ou que tenha acesso a literatura fora do campo teosófico/ocultista europeu do século XIX e início do século XX, vislumbrem uma percepção para além da noção restritiva do Devachan teosófico. Na prática, isso não ocorreu, na grande maioria das pessoas teósofas. Que, lógico, são teósofas por que se afinizam com essas ideias.

Inclusive, vale salientar, a ligação de boa parte dos adeptos da teosofia com diversas variações do budismo, que a rigor, rejeita práticas espirituais, sejam estas de fundo anímico ou mediúnico. E, o próprio krishnamurtismo, adotado por boa parte dos teósofos, que despreza , quase por completo, as questões espirituais, sejam anímicas, sejam mediúnicas. ( Isso ficou demarcado na vida de krisnamurti quando Leadbeater garantia a krishnamurti que seu irmão não morreria, que os mestres o haviam notificado, no entanto, seu irmão morre, e, essa morte, como que tira Krishnamurti do mundo dos sonhos da paranormalidade, rompendo com eles, e posteriormente com a própria teosofia.)


A Teosofia ficou bem calejada com a série de contradições que iam surgindo entre os múltiplos clarividentes que se autoproclamavam adeptos da primeira quarta ou quinta iniciação.

Culminando com os erros de informação que deram a Krishnamurti sobre a morte de seu irmão. Leadbeater e outros afirmavam que ele não morreria que tudo estava arranjado pelos mestres e, o que ocorreu foi justamente o contrário. Isso foi um dos motivos que aceleraram a saída de Krishnamurti de seu meio. Krishnamurti de certa forma abandonando-os fez ver os devaneios em que estavam entrando na cega busca por mestres.

Hoje, a Teosofia, com a Radha Burnier em sua direção, tem propostas bem mais voltadas às questões relacionadas a busca do ser e de sua regeneração do que a minuciosa descrição das cadeias e rondas de 7 bilhões de anos.

Hoje, explode fenômenos como a saída de corpo e clarividência, mostrando a realidade espiritual tal como Kardec e André Luiz a descrevem.

Quanto às opiniões do Waldo Vieira sobre os conceitos teosóficos, eu já pude
assistir em uma de suas palestras: ele crê que sejam bobagens.

Conceito que, de resto, ele aplica a todas as escolas de pensamento que existindo ainda de forma prática, “rivalizam” com a sua conscienciologia.”

Ele afirmava que os teósofos, graça ao desconhecimento da vasta multidão de seres humanos que habitam o plano astral, não percebiam os fenômenos de obsessão e de fascínio de grupo que as vezes irrompiam entre os clarividentes de ego inflamados.

Afirmava mesmo que Krishnamurti era obsedado e que ele e os seus, desconhecendo completamente o fenômeno do assédio que ocorriam em muitos dos episódios da ascensão da kundalini de Krishnaji.

Quanto ao conceito do devachan propriamente dito, basta uma leitura em seu livro projeções da Consciência que vemos que suas experiências, como e resto também as de Hamilton prado, Robert Monroe, Sylvam Muldoon se alinham a explicação espírita de que ao morrermos vamos habitar diversos planos “com forma” – Rupa- e que a residência nos planos Arupa- sem forma, plano mental, só é para, mui raríssimas almas que vieram de lá em missão. E toda a jornada humana é justamente para se atingir esse nível, e não se reencarnar mais.

Anderson

Nenhum comentário: