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quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Quinta postagem com correções- Chico era kardec

Quinta postagem realizada no fórum da lachatre com correções para melhor situar o leitor.


Livro de Inês de Castro desvenda algo?


Sempre achei que a “verdade” sobre Chico ser ou não kardec viria dos espíritas isentos que conviveram com ele nos seus áureos tempos de produção mediúnica literária. Explico-me:podemos nitidamente perceber que a produção mediúnica de Chico Xavier é profícua até o início da década de setenta. A partir daí o trabalho do Chico muda de figura, atingindo a “massa”, o grande público, através da TV e cessam os grandes livros para ser priorizado o atendimento aos que perderam entes queridos. Os livros que são lançados adquirem um novo formato. São textos não muito extensos, mas editados em tipos grandes. As editoras tradicionais que editavam seus livros com farto conteúdos, são substituídas por editoras que praticamente sobrevivem dos textos que Chico autoriza que publiquem. O compromisso de esclarecimento doutrinário nem sempre priorizado.Pois bem a partir daí surgem os denominados “chiquistas” que foram os primeiros a falarem que este seria kardec, pois segundo eles, depois de Jesus só mesmo o Chico.

Isso coincide com uma fase do Chico em que sua saúde declina e as romarias a sua residência aumentam, pois agora o grande público católico brasileiro, sincrético por natureza que o via como santo.Os amigos, espíritas da velha guarda, que conviveram e trabalharam com o mesmo nos seus áureos anos, souberam de inúmeras revelações, mas curiosamente não apregoavam que Chico era Kardec. Pessoas como Clóvis Tavares, Ramiro Gama, Cesar Burnier, Arnaldo Rocha, Newton Boechat, Wantuil de Freitas, entre outros, todos, como eu o sou, grandes admiradores de Chico.

Foi com grande alegria que vi a chegada do livro de Carlos Alberto Braga Costa: “Chico, Diálogos e Recordações” da UEM, em que o autor realiza um trabalho sério e dedicado em 4 anos com Arnaldo Rocha, um dos maiores amigos de Chico Xavier que teve quase 50 anos de convivência com este revela uma série de reencarnações de si mesmo e de “nossa alma querida.”Impressionei-me co m o surgimento do livro, pois quando li “Mandato de Amor” da mesma editora tive essa idéia, “puxa como seria bom um trabalho mais extenso com Arnaldo Rocha, um dos últimos dos que conviveram nos áureos tempos de produção e que ainda está encarnado.” Um momento interessante, é quando Chico pede ao Arnaldo já no final de sua vida que fale “das nossas coisas” o conjunto de revelações que este possuía, pois entre outras coisas Arnaldo fora o doutrinador do grupo de desobsessão, que Chico participara, onde a espiritualidade estabeleceu por um período o grupo coração aberto, onde muitas revelações sobre vidas passadas da história planetária foi vislumbrada. O resultado do trabalho deste grupo pode ser parcialmente visto nos livros “instruções psicofônicas” e “Vozes do Grande além.”

E se Chico pediu isso a ele, estava claro que ele não estava gostando do rumo que muitas especulações estavam tomando. O livro nos revela entre outras coisas de que Chico foi sim Flávia, personagem do “Há dois mil anos, que Chico teve no século XIX uma encarnação feminina, entre diversas outras reencarnações,todas feminina. Quebrando com a idéia dos defensores de que Chico é Kardec, pois para estes é fundamental negar tanto uma quanto outra coisa. Tais declarações do senhor Rocha Batem com o relato de Rafael Ranieri, em sua obra biográfica de Chico Xavier, Ranieri acreditava que Chico poderia ter sido Francisco de Assis... Chico afirma a Ranieri que esta era a sua primeira encarnação como homem. Jogando por terra suas especulaçõesA afirmação em si mês ma é tão inusual que cai dentro do critério de autenticidade histórica utilizado dentro do campo historiográfico para selecionar elementos que sugerem ser verdadeiros dentro dum campo de afirmações históricas.Se voltarmos as declarações de Arnaldo Rocha, este nos conta neste sensacional livro (“Chico, Diálogos e Recordações”) que Chico foi a rainha egípcia Hatasu (Hatshepsut) (1503-1482 aC) ver o livro “Romance de uma Rainha” de Rochester.

Podemos dizer que de onde a memória do Chico se lembra, ou do que permitiram a ele vislumbrar que seria dos longínquos 3500 anos para cá, a de Chico teria sido sua primeira encarnação masculina. E isto bate com o conteúdo que Arnaldo nos revela. Pois todas as diversas encarnações de Chico contadas por ele nesta obra são femininas.E batem com a própria declaração de Baccelli que, junto com Marlene severino Nobre, editora do jornal espírita “folha espírita” são dois dos maiores defensores da tese “Chicoserkardec”.Pois este declara em entrevista no supracitado jornal que Chico: “chegou a dizer que, no máximo, talvez, tivesse sido a reencarnação de uma das meninas psicógrafas que cooperaram com Kardec... “ ver : http://www.folhaespirita.com.br/show.php?not=174

Pois bem, foi com surpresa que deparei com artigo do jornal folha espírita anunciando que estava sendo resolvida defi itivamente a dúvida sobre Chico ser kardec reencarnado. O artigo citava o brilhante livro de Arnaldo Rocha, afirmando que este trazia informações equivocadas.O jornal anunciou na capa que um novo livro traria a solução do problema trata-se do livro:“Mensagens de Inês de Castro”, psicografado por Chico Xavier, organizado por C. Ramacciotti, lançado pela geem.O texto apresenta além do texto do espírito Inês de Castro, um trabalho de contextualização histórica bem organizado por C. Ramacciotti. No texto do jornal folha espírita estava dito que inês de Castro teria sido a “ Flávia” de Há dois mil anos” além de outras encarnações atribuidas a Chico Xavier por Arnaldo e de que este livro seria o confirmador de tudo isso.Pois bem, comprei o livro e... em momento algum dos textos psicografados por Inês de Castro pelo médium Chico Xavier ela afirma qualquer coisa neste sentido. Apenas no prefácio, Geraldo Lemos Neto, psicólogo e médium afirma que as encarnações que o Arnaldo afirma serem de Chico Xavier são na verdade as encarnações de Inês de Castro..

Mas o texto mediúnico NÃO DIZ NADA. Fica apenas a vontade do prefaciador e da folha espírita em colocar suas opiniões, uma opinião, a qual eles têm todo o direito de ter.

O livro está vendendo bem, está na nona edição.
A mensagem é bela, lembra um livrinho editado pela feb e psicografado pelo médium W. Vieira:“ De coração para coração”, em que duas almas trocam lembranças afetivas.

O livro enquanto um resgate de um período da vida de Inês de Castro (século XIV) e todo o grupo espiritual ali localizado é interessante, mas no que tange as questões pertinentes a ampla propaganda sobre por fim a “suposições equivocadas do Movimento Espírita”. Nada diz. Uma pena. Usar-se apenas Mas é a maior prova de que os que defendem Kardec ser Chico nada tem para provar suas teses.

O autor afirma ter suprimido partes do texto que identificassem pessoas reencarnadas. Para quem gosta da investigação histórico- espiritual é uma pena, mas é compreensível.
No entanto, o prefaciador deveria saber que ele só poderia afirmar as tais encarnações de INÊS DE cASTRO COMO sendo Flávia, a rainha louca entre outras, se houvessem no texto mediúnico do Chico Xavier tais afirmações.
Aguardemos...

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