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sábado, 29 de novembro de 2014
Aborto - Visão Científica e Espiritual
Aborto - Visão Científica e Espiritual
1. O direito do ser humano à vida é um direito indisponível, desde a concepção, a partir do momento em que o espermatozóide penetra no óvulo, fertilizando-o.
Esse direito é defensável cientificamente, tanto no campo do Direito quanto no âmbito da Medicina.
Essa posição da Ciência é coincidente com a dos Espíritos reveladores, quando, em O Livro dos Espíritos, responderam à pergunta 358:
"Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período da gestação?
"Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando."
No que respeita à ligação do Espírito ao corpo, em nova encarnação, quando se inicia, de fato, uma nova existência física, na Terra, a resposta à questão 344, de O Livro dos Espíritos, é incisiva:
"Em que momento a alma se une ao corpo?
"A união começa na concepção, mas só é completa por ocasião do nascimento. Desde o instante da concepção, o Espírito designado a habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez mais se vai apertando até ao instante em que a criança vê a luz [...]."
O art. 5o, caput, do cap. I, dos Direitos e Garantias Individuais, da Constituição Federal de 1988, inscreve o cânone da "inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à segurança e à propriedade [...]", que, ipso facto, estende-se, sem dúvida, ao nascituro. Isso significa que a Constituição vigente revogou a legislação ordinária (Código Penal) quanto à descriminação do aborto provocado nos casos previstos. Essa exegese é partilhada por Ives Gandra da Silva Martins, dos mais renomados constitucionalistas pátrios, que assevera: "A lei penal, que permitia o aborto em duas hipóteses (estupro e perigo de vida para a mãe) não foi recepcionada pela Constituição de 1988". Comunga também da mesma opinião Zalmino Zimmermann, presidente da Associação Brasileira dos Magistrados Espíritas (Abrame), em trabalho jurídico elaborado a pedido da Federação Espírita Brasileira (FEB) e distribuído a todos os magistrados brasileiros[1]. E está com a razão ao
asseverar, quanto à legalização do aborto no Brasil: "Só restaria a hipótese de uma emenda constitucional". E acrescenta:
"Todavia, o art. 60, § 4o, da Constituição, impede totalmente a deliberação em torno de qualquer proposta de emenda tendente a abolir ‘os direitos e garantias individuais’", citando Ives Gandra, mais uma vez, quando este proclama que o nascituro "não pode ser condenado à morte por lei ordinária".
2.No que tange às razões médico- científicas, Marlene Rossi Severino Nobre, presidente da Associação Médico-Espírita do Brasil (AME-Brasil), em trabalho do gênero, elaborado também a pedido da FEB e que fora, por sua vez, encaminhado a todos os magistrados do Brasil, demonstra o anticientificismo do aborto, mesmo tratando-se do anencéfalo, citando cientistas de nomeada, em nações consideradas muito civilizadas[2], Assinala, em seu trabalho, uma espécie de síntese de seu livro O Clamor da Vida[3], que nossa caminhada evolutiva, desde o princípio, através dos ciclos planetários, até ao advento da razão, ascende à cifra ciclópica de 3 bilhões e 800 milhões de anos, segundo dados da Ciência (Geologia, Biologia, Paleontologia, etc.) .Acrescenta, depois, que no zigoto ou célula-ovo (o óvulo depois de fertilizado) estão os germens de sua evolução fisiológica, até que ocorra o nascimento, repetindo, na gestação, por via da ontogênese, toda a sua evolução
filogenética de bilhões de anos. Daí poder-se afirmar que "a ontogênese recapitula a filogênese".
No livro citado, à página 126, diz Marlene Nobre:
"Do zigoto ao feto, o ser parte de uma única célula, para a extraordinária complexidade multicelular do surpreendente recém-nascido, passando, nas primeiras semanas do desenvolvimento embrionário, por todas as etapas principais que atravessou: ser unicelular, peixe, anfíbio, réptil, ave, e, finalmente, mamífero superior."
É preciso que fique claro que, à luz da revelação espírita, a evolução do ser se processa nos dois planos, físico e extrafísico, em obediência a um Planejamento Inteligente.
O corpo espiritual, ou perispírito, funciona como um depósito psíquico, na infinda caminhada evolutiva do ser, arquivando o acervo arquimilenar das experiências adquiridas, refletindo, relativamente, no corpo físico, toda vez que o Espírito retoma a existência corpórea. Assim, toda a embriogênese obedece ao molde do Espírito - o perispírito. De estrutura tridimensional, nele está registrada a súmula das fases evolutivas pelas quais transitou a espécie, no passado, até chegar
à época atual. Na verdade, é o perispírito que guarda a forma específica de cada ser. É esta, noutras palavras, a lição do prof. Hernane Guimarães Andrade, de saudosa memória, que preleciona:
"Ao efetuar sua ligação com o ovo - organismo monocelular - o MOB [Modelo Organizador Biológico] inicia a recapitulação da
história de sua espécie, nele gravada em forma de estruturas espaço-tempo sucessivas. A estrutura espaço-tempo total do MOB apresenta uma organização definida e característica para cada espécie viva[4]."
No mesmo sentido, André Luiz, em Evolução em Dois Mundos[5], informa:
"É assim que dos organismos monocelulares aos organismos complexos, em que a inteligência disciplina as células, colocando-as a seu serviço, o ser viaja no rumo da elevada destinação que lhe foi traçada no Plano Superior, tecendo com os fios da experiência a túnica da própria exteriorização, segundo o molde mental que traz consigo [...]."
Na visão espírita, os argumentos de cunho científico e filosófico, somando- se ao sentimento de amor e solidariedade universais (Religião no sentido cósmico), revigoram a convicção de que o aborto, em qualquer das alternativas, é crime, crime hediondo, contra quem não tem como se defender.
Realizado o aborto, mesmo no caso de pretensa permissão legal, o Espírito reencarnante, revoltado pela perda da oportunidade de retornar à liça da experiência física, que lhe seria tão útil e necessária, pode voltar-se, odioso, contra a mãe e todos os partícipes da interrupção da gravidez. Daí Emmanuel dizer:
"Admitimos seja suficiente breve meditação, em torno do aborto delituoso, para reconhecermos nele um dos grandes fornecedores das moléstias de etiologia obscura e das obsessões catalogáveis na patologia da mente, ocupando vastos
departamentos de hospitais e prisões[6]."
REFERÊNCIAS
[1] O Direito à Vida no Ordenamento Jurídico Brasileiro - Abrame.
[2] A Vida contra o Aborto - AME-Brasil.
[3] O Clamor da Vida. Editora e Gráfica Vida & Consciência, 2000.
[4] ANDRADE, Hernane G. Espírito, perispírito e alma. Cap. IX, p. 216-217.
[5] XAVIER, Francisco C.; VIEIRA, Waldo. Evolução em dois mundos. Pelo Espírito André Luiz. 25. ed. Rio de Janeiro: FEB,
2007. Cap. "Evolução e corpo espiritual", item Evolução no tempo, p. 42.
[6] XAVIER, Francisco C. Vida e sexo. Pelo Espírito Emmanuel. 25. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Cap. 17, p. 76.
Weimar Muniz de Oliveira. Reformador de Março de 2008.
Suicídio: prevenção possível em 90% dos casos
por André Trigueiro
Prevenção de doenças se faz com informação. E que o que vale para dengue, AIDS, câncer de mama, tuberculose e hanseníase vale também para suicídio. Em 90% dos casos, os casos oficialmente registrados de suicídio estão relacionados a transtornos mentais como depressão, reações ao uso de drogas lícitas ou ilícitas, esquizofrenia, transtornos de personalidade e outros males que podem ser tratados se houver diagnóstico e acompanhamento médico. O apoio de familiares e amigos é considerado fundamental.
O assunto merece atenção porque tanto no Brasil quanto no mundo, suicídio é caso de saúde pública. Quando a Organização Mundial de Saúde revelou que aproximadamente três mil pessoas se matam por dia; que esse número cresceu 60% nos últimos cinquenta anos, especialmente nos países em desenvolvimento; e que o suicídio já é uma das três principais causas de morte entre os jovens e adultos de 15 a 34 anos, poucos veículos de comunicação se interessaram em abrir espaço para essas informações.
Talvez tenha prevalecido a tese de que qualquer menção ao suicídio na mídia possa fomentar a ocorrência de novos casos. O risco de fato existe quando se explora o assunto de forma sensacionalista, dando visibilidade a detalhes mórbidos que possam inspirar a repetição do gesto fatal. Mas a própria OMS recomenda enfaticamente a veiculação através da mídia de informações que ajudem na prevenção do suicídio. "A disseminação de informação educativa é elemento essencial para os programas de prevenção; nesse sentido, a imprensa tem um papel relevante", é o que se lê na apresentação do manual de prevenção do suicídio dirigido aos profissionais de imprensa pelo Ministério da Saúde em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde.
E quais são as informações relevantes que precisam ter mais espaço na mídia? Além do fato de que o suicídio é prevenível na maioria absoluta dos casos, é igualmente importante reconhecer as circunstâncias em que há "risco de suicídio", principalmente quando a pessoa verbaliza o desejo de se matar − nesses casos os profissionais de saúde informam que a maioria das pessoas que tiraram a própria vida comunicou a intenção previamente − ou quando apresenta os sintomas de depressão, que, nas manifestações mais graves, requer cuidados redobrados. No enfrentamento da depressão, estima-se que dois terços das pessoas tratadas respondem satisfatoriamente ao primeiro antidepressivo prescrito.
Embora este seja um assunto ausente na mídia, estima-se que ocorram 24 casos por dia no Brasil. Aqui ainda se registram taxas pequenas em relação a outros países (3,9 a 4,5 para cada cem mil habitantes), mas em números absolutos já estamos entre os dez países do mundo onde ocorrem mais suicídios (aproximadamente oito mil casos por ano), uma quantidade certamente bem superior, considerando que muitos atestados de óbito omitem a intenção do suicídio em mortes oficialmente causadas por acidentes de trânsito, overdose, quedas etc. Há outros números que deveriam justificar uma preocupação maior da sociedade em relação ao problema: as tentativas de suicídio ocorrem numa proporção pelo menos dez vezes superior ao dos casos consumados e para cada suicídio, há em média cinco ou seis pessoas próximas ao falecido que sofrem consequências emocionais, sociais e econômicas.
Omitir essas informações da sociedade significa esconder a sujeira debaixo do tapete e fingir que o problema não existe. Se prevenção se faz com informação, é preciso enfrentar com coragem o tabu que envolve o suicídio. Tão importante quanto rastrear as causas desse problema de saúde pública − incentivando a realização de pesquisas, seminários e congressos científicos − é apoiar e divulgar o trabalho realizado nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) do Ministério da Saúde espalhados por todo o país (informações através DISQUE SAÚDE: 0800 61 1997) e também pelas redes de proteção que trabalham em favor da vida, como é o caso dos grupos de apoio que reúnem os "sobreviventes de si mesmo", aqueles que tentaram, mas não conseguiram se matar; familiares e amigos de suicidas que compartilham suas experiências em dinâmicas de grupo conduzidas por terapeutas; e organizações voluntárias que realizam gratuitamente um serviço de apoio emocional e prevenção do suicídio por telefone como é o caso do Centro de Valorização da Vida (CVV) pelo número 141. https://www.facebook.com/issomefazseguir
Para saber mais:
Suicídio: uma morte evitável (Ed. Atheneu; Henrique Côrrea e Sérgio Perez Barrero)
O suicídio (Ed. Martin Claret; Emile Durkheim)
Tentativa de suicídio - Um prisma para compreensão da adolescência (Ed. Revinter; Enio Resmini)
Comportamento suicida (Ed. Artmed; Blanca Guevara Werlang; Neury Botega)
O demônio do meio-dia - Uma anatomia da depressão (Ed. Objetiva; Andrew Solomon)
sexta-feira, 28 de novembro de 2014
Ave, Cristo, ontem e hoje.
Personagens do livro, renasceram no século XX. Auxiliando na construção do mundo novo.
Personagens do livro:
Basílio - Emmanuel
Lívia - Chico Xavier
Taciano - Arnaldo Rocha
Apio Corvino - Bezerra de menezes
Quinto Varro - S. Pedro de Alcântara
Rufo - Eurípedes Barsanulfo
Personagens do livro:
Basílio - Emmanuel
Lívia - Chico Xavier
Taciano - Arnaldo Rocha
Apio Corvino - Bezerra de menezes
Quinto Varro - S. Pedro de Alcântara
Rufo - Eurípedes Barsanulfo
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