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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Tempo




Tempo, tempo, tempo.

É verdade.
Somos tão imaturos...
Por isso não dominamos o tempo
Por isso ele passa tão de repente
E a gente não o domina
Ele passa como areia entre nossos dedos
Somos inábeis,
Instáveis,
Miseráveis
Preguiçosos
Acomodados
Evolução se dá nas ações
Omissões emperram a alma
Tudo passa incontrolável
O tempo, a matéria, a vida...
Quando nos damos conta: decepção.
Decepção por que não dominou
No tempo que foi dado para dominar
Passou.
Cronos devorou.
E ele foi feito para se aproveitar
Cada momento, tempo de amar...
Nos deixamos levar
Mais uma vez,
Pelo canto da sereia
Do ego em defesa
Que nos dá como sobremesa, sua tirania.
Que implantada, nos leva a “maya”
A teia mayávica que não nos deixa entrever
O real.
Incapazes de separar, o real do irreal,
O sério, do não sério,
O que nos alavancará, do que nos afundará,
Manipulados, assediados,
E quando agimos de forma como tratados de morais preconizam
Nos achamos o tal,
Sou santo
Merecedor do céu e das promessas
Que aos santos são prometidas
O dever para se sentir bem
Se torna algo anormal
Santificada, digna de casas e árvores
É.
O tempo passa e a maturidade não acontece.
A criança exigente, carente, medrosa, nos molda
A exigir mais r a querer...
E quando se dá conta,
Tá na hora de morrer.

Anderson.
18/06/2000



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