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sábado, 9 de junho de 2012

Só ser bonzinho não resolve os problemas do mundo!




Só ser bonzinho não resolve os problemas do mundo!

Publicado por luxcuritiba em maio 23, 2012

por Bruno J. Gimenes


Não dá mais para apenas ser “bonzinho”. Isso está ultrapassado, sabia?

Pois é, o Universo está andando a todo vapor, as coisas estão acontecendo, as pessoas estão se mexendo e a zona de conforto hoje em dia é uma completa ilusão. Não estou dizendo que não é possível ter paz e uma vida tranqüila, claro que é! Refiro-me aqui a ser boa pessoa, pagar as contas direitinho e não fazer mal para ninguém: isso já não é suficiente para que a pessoa tenha evolução espiritual ou apenas não vai garantir que a missão da pessoa esteja plenamente realizada. Muito longe disso!

Estamos vivendo um momento da atualidade em que o Universo está “fechado para balanço”. O que isso significa? Que estamos em franca movimentação, que tudo está sendo questionado, as prateleiras da nossa consciência estão sendo avaliadas. O nosso estoque divino está sendo questionado. Na verdade esse balanço que o Universo está fazendo refere-se a uma verdadeira auditoria na alma de cada ser que habita essa dimensão.

Você acha mesmo que ser só bonzinho, pagar as contas, honrar as obrigações e ser do bem resolve tudo? Você acha mesmo que um planeta tão doente como o nosso, aguentaria quantos anos com pessoas apenas sendo boazinhas? Nosso momento é crítico, precisamos desenvolver a bem-aventurança e um estado de consciência baseados na vontade interior de ajudar o Todo e não apenas olhar para o próprio umbigo.

O objetivo deste texto é ajudar você a despertar a sua consciência para a espiritualidade e com isso adquirir capacidade de entender que trabalhar duro para ajudar o planeta a evoluir é muito mais que uma causa nobre, é uma necessidade emergente. Por isso ser bonzinho apenas é negligência, já que o planeta está doente. Não podemos ignorar a doença, ela deve ser tratada, a consciência deve ser promovida, estimulada.

Com isso tudo, o que eu estou tentando dizer é que se você tiver a sua consciência minimamente espiritualizada, sem que ninguém precise lembrá-lo da sua responsabilidade, sua própria consciência mais compassiva irá lhe mostrar os papéis e atitudes a serem tomadas. Quando a pessoa entende que nossos irmãos, vizinhos, amigos e inimigos fazem parte de um todo em que estamos inseridos, e que esse todo recebe como reflexo as vibrações psíquicas, emocionais dessas mesmas pessoas, compreende-se que não dá para ser feliz sozinho.

Está claro que querer ajudar o próximo é uma ação de compaixão, pois baseia-se em querer ajudar a pessoa a diminuir sua dor e sofrimento. Vejo pessoas incríveis doando amor, estimuladas por uma energia linda que vem do coração. Pessoas que ajudam incondicionalmente e realmente fico extasiado com essa compaixão. Mas vale lembrar que, na verdade, isso não deveria ser chamado de compaixão e sim de bom senso!

É importante dizer que a compaixão é e será um dos principais sentimentos e energias capazes de renovar nossas mentes e corações nesse século e nesse período evolutivo da história da humanidade. Nesse caso, o que quero dizer aqui é que essa compaixão que devemos desenvolver por nosso semelhante, é apenas uma questão de inteligência.

Quanto você é espiritualizado se você não consegue perceber isso? Qual é o nível da sua consciência espiritual se você não a desenvolve através de atos simples que tornam o seu dia-a-dia e o das pessoas ao seu lado um pouco melhor?

Recentemente a humanidade experimenta um período incrível de acesso a informações, espiritualidade, religiões, etc.. Isso possibilita que finalmente as pessoas tenham a liberdade de acessar literaturas, cursos, ensinamentos, vivências, em qualquer doutrina, religião ou filosofia, o que é um presente de Deus para seus filhos que vivem na atualidade. Perceba que em nenhum período da história as pessoas puderam estudar a Bíblia, os Sutras Budistas, Os Vedas, O Bhagavad gita, o Evangelho segundo o Espiritismo, o Tao Te Ching e outros livros sagrados, todos eles juntos, sem quaisquer problemas, nunca! E isso é possível agora!

Isso tudo facilita a imersão espiritual de qualquer pessoa. Ajuda qualquer um a encontrar seus caminhos de crescimento espiritual, o que se configura ótimo instrumento de apoio para elevarmos nossas consciências.

Mas tudo é questão de equilíbrio, já que a espiritualidade é um estado de consciência. Esse estado de consciência basicamente deve anular o determinismo, o excesso de ego, a arrogância e outras inferioridades. Então, eu pergunto: se somos arrogantes, egocêntricos, dogmáticos e deterministas, que tipo de consciência espiritual é essa? Quanto espiritualizados verdadeiramente somos?

Com base nesta reflexão estou concluindo que a espiritualidade de uma pessoa é um estado de consciência que traz a capacidade de aniquilar algumas inferioridades do ego. Pois bem, então seria correto dizer que as pessoas mais espiritualizadas do mundo estão nas igrejas, nos templos, centros espíritas/espiritualistas entre outras casas denominadas como “de Deus”.

Essa seria a verdade mais sensata e coerente, não é mesmo? O que vemos na realidade não é isso… É claro que não estou generalizando. Estou querendo dizer que se espiritualidade é um estado de consciência que deveria anular as inferioridades do ego, então por que essas casas, templos e igrejas estão inundados de pessoas cheias de dogmas, paradigmas, determinismo e arrogância? Pessoas que se enchem de “razão” e que têm a coragem de teorizar conceitos espirituais, que não podem ser explicados com palavras ou raciocínio da terceira dimensão.

As pessoas se dizem espiritualizadas, só que estão convictas que o caminho certo segue essa receita ou aquela. As pessoas se dizem evoluídas, só que falam de culpa, de castigos e punições divinas. As pessoas se dizem espiritualizadas, mas discriminam os homossexuais, aidéticos, viciados e até os de outras cores de pele. E isso a gente vê todos os dias na TV, no rádio ou nas revistas. Que espiritualidade é essa que faz tanta distinção quanto ao poder aquisitivo e aparência?

A consciência espiritual traz a qualquer pessoa a noção de que somos espíritos em evolução, que nossos corpos físicos e estruturas de vida são apenas instrumento de nossa evolução e, principalmente, são temporários, impermanentes. Que ser espiritualizado é esse que não compreende essa lógica cósmica? Quão espiritualizados somos se não respeitamos os caminhos e escolhas alheias ou o livre-arbítrio de cada um?

E é isso que nos entristece: vermos que as estruturas religiosas, em sua grande maioria, estão em crise. Estão borbulhando pessoas que não são nem um pingo espiritualizadas, porque se assim fossem, jamais se fixariam apenas em uma doutrina, enraizadas como uma figueira de quarenta anos de vida, rígidas e imóveis. Penso que a verdadeira espiritualidade é um estado que transcende a isso e que seus pilares são baseados na simplicidade e leveza que vêm do canal do coração.

José Luiz Santana

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