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domingo, 23 de junho de 2019

São João Batista, o profeta antigo do paradigma novo.


João Batista era um profeta. Ouviu o galo cantar, mas não sabia bem onde ou como.
Percebeu que Jesus era o enviado das criaturas, mas não tinha toda a inteireza de como seria esse mandato dele.

Também percebeu que tempos tormentosos estavam por cair sobre Jerusalém. Não tinha a ideia exata como isso ocorreria. Mas sabia que tempos futuros traziam a necessidade do arrependimento.

João Batista fazia o ritual da purificação, visando o arrependimento das pessoas de seu mal proceder. A purificação pela água.

Ao saber que Jesus, seu primo iniciara a pregação percebeu sua grandeza.  Mas não soube de seus ensinos. Era severo e com severidade lidou com o problema de Herodes e Salomé.

Teve sua cabeça cortada. Não só por que  a lei de ação e reação o atingia. Pois em uma encarnação anterior, também com mediunidade, também profeta, ele na personalidade de Elias mandou sacrificar os sacerdotes de Baal, lhes cortando a cabeça.

Médium de efeitos físicos, transmutou a propriedade da água que mandou jogar na fogueira, para demonstrar o poder do Senhor.

No entanto, passados alguns séculos, reencarnado como João Batista, sua severidade ainda predominava, provocando a ira das autoridades palacianas que cortaram-lhe a cabeça. Se tivesse ouvido a pregação do Cristo  talvez adotasse outra forma de lidar com a situação.

João Batista, portanto, era um profeta antigo, com modos antigos,  do pensamento moderno trazido pelo Cristo.

Percebeu que o Cristo era algo grandioso, mas não penetrou na singularidade dos ensinos deste.
Percebeu que Jerusalém seria destruída, e o foi, 40 anos depois, pelos romanos, e cantou a pedra às pessoas, para que mudassem sua conduta, mas não tinha ideia exata  de qual mudança que era necessária para Jerusalém não ser destruída.

Por que esta mudança pertencia a um novo paradigma trazido pelo Cristo: era a pacificação íntima conquistados através do amor ao próximo. Um amor a todos, inclusive ao pecador, o perdão e a misericórdia.

Hoje, às portas do mundo de regeneração precisamos estar atentos, não só a divulgação mas a vivência dos valores novos.
Não vale pregarmos sobre o futuro que virá, o qual não sabemos como, de que forma, de que jeito, ocorrerão as mudanças, vale vivermos agora o amor.

Não vale saber das mudanças regenerativas da humanidade para chicoteá-la, precisamos irradiar  de nossas almas bondade, carinho, compaixão, vivendo a realidade espiritual que conhecemos.

Vivemos a transição para tempos novos, esta transição não será fácil, dores e lágrimas expiatórias purificarão o velho mundo materialista e iludido que teima em continuar dentro e fora de nós,  novas percepções da vida não entrarão no cotidiano de uma hora para outra, mas nosso papel não é cobrar do outro,  nosso papel é viver a realidade espiritual que amamos.

Precisamos ser cartas vivas da espiritualidade superior na Terra. A verdade precisa de testemunhas, não de guerreiros.


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