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domingo, 13 de fevereiro de 2011
Tibet: “I have a dream”
Sou contra a invasão chinesa no Tibet. Mas, ao que parece os tibetanos estão conformados com a situação.
Vi declarações do Dalai lama falando em autonomia.
A China é uma ditadura. Ditadura capitalista. Logo, logo será a grande força econômica no mundo, baseada em um regime anti-liberdade e controle da expressão.
Um exemplo negativo para todos. A pressão política internacional para que a mesma modifique o sistema de trabalho semi-escravo é nula.
Isso é uma augúrio tenebroso para os trabalhadores do mundo todo que ainda aguardam um Estado de Bem Estar Social.
Se questões como essa que mexem com dinheiro, não estimula um confronto com as autoridades chinesas, o que dizer do Tibet. Que teve longos períodos sob dominação chinesa, que não tinha, quando regido pelo Dalai Lama, um exército, preocupações com organização do Estado.
Se, para o ocidental o Tibet do Século XIX tem uma aura mística e bucólica. Não podemos tapar o sol com a peneira. O Tibet era uma sociedade feudal, teocrática, com boa parte da população masculina como monge. E a população pouco conhecedora do mundo e dos avanços intelectivos desenvolvidos pela humanidade. Era um feudo imenso, isolado, despreocupado de forma negligente, com a administração política do país.
O Dalai lama e diversos monges tibetanos fizeram essa ”mea culpa” e veem que a invasão chinesa, apesar de arbitrária, revolveu a massa e deu uma perspectiva de maior inserção ao jovem tibetano à realidade do mundo em que vivemos.
Essa conscientização do atraso social e intelectivo, do povo tibetano, quase que totalmente voltado para as atividades de subsistência e de adoração aos lamas, é reconhecido por muitos.
Resta-nos a esperança de que uma mudança interna na China, no futuro, permitirá a, hoje, tão ambicionada autonomia ao povo Tibetano.
Acredito que a China mudará. A força do seu saber espiritual é grande demais. E cedo ou tarde os processos de mudança ecoarão por lá. Mas será um processo lento. Obedecendo à s necessidades internas da China, provavelmente lá para o final deste século.
Até lá, é apoiar a todo o povo tibetano, exilado e que vive no Tibet para que preservem sua cultura e tradição, para que em tempos mais prósperos possam adotá-las livremente em sua terra natal.
“I have a dream” ....
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