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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Dupla Perfeita: Cumplicidade Conjugal.



Cumplicidade Conjugal


O que se pode observar é que, para um casal viver bem não basta que tenham apenas os mesmos objetivos de
vida, é preciso mais do que isso. Além de ter um sonho em comum, é preciso transformá-lo em projeto, de tal forma que o casal precisa concordar não só com o objetivo final, mas também com a forma na qual ele será alcançado.

Neste contexto, a cumplicidade entre o casal é conquistada após muita convivência e superação de
adversidades juntos. Assim, com a experiência conjugal adquirida, o casal tem a possibilidade de se
tornarem cumplicies, isto é, de colaborarem e concordarem na realização de projetos em comum, o que certamente trará bem estar e tranquilidade para a relação conjugal. Sendo assim, a cumplicidade em si não se resume em ter sonhos convergentes, mais do que isso, exige troca, convivência e muita conversa entre o casal, para que seus planos atuais e futuros possam ir se encaixando na união conjugal.



       Ademais, a cumplicidade entre um casal pode ser observada ao passo em que existe um apoio mútuo também na realização dos projetos individuais de cada um. Assim, ter com quem contar e dividir suas dores, suas dúvidas, suas angústias e também suas conquistas e realizações, é um motivador nas relações conjugais de sucesso. Além do mais, ter cumplicidade é poder se abrir para o parceiro sem medo e desfrutar de uma conversa sincera, livre de julgamentos, mesmo quando não há plena concordância entre eles. Dessa forma, ser cúmplice é também respeitar o espaço e os limites do parceiro, acolhendo e apoiando o outro em suas decisões e projetos de vida. Uma vez que, a relação conjugal favorece não só os projetos de vida de casal, mas também as conquistas individuais e o crescimento pessoal.

      É nos momentos de convívio entre o casal que um vai percebendo o outro, descobrindo seus gostos e preferências, de tal modo que surge a possibilidade conhecer o parceiro e assim aprender a como conquistar um sim quando se há a possibilidade de um não. Esses pequenos ajustamentos entre o casal, bem como a flexibilidade de cada um é que colaboram então para a construção da cumplicidade e companheirismo conjugal. Vale ressaltar que, no início do relacionamento, na fase em que a paixão ainda se faz prevalente, não é difícil conceder aos desejos do outro, uma vez que a paixão e a vontade de estar sempre juntos acabam por ocultar discordâncias que futuramente podem vir a tona, afinal, os parceiros são pessoas diferentes e vieram de famílias distintas. Desse modo, a ausência de conflitos no início da relação não garante a cumplicidade, é preciso um esforço entre o casal para que possam alcançar a tão desejada cumplicidade, essencial para a preservação do afeto entre o casal e um cotidiano agradável.

       Sendo assim, é necessário que o casal tenha um tempo para se conhecerem, uma vez que, o encaixe nunca acontece de imediato, a não ser em situações de subserviência e dominação. No entanto, nesses casos não existe cumplicidade, mas sim obediência. E a submissão, não importa quais sejam os motivos que levaram a ela, nunca ocorre com satisfação de ambas as partes.  

  Ψ Cumplicidade em Psicoterapia: Para uma convivência saudável, é necessário que os membros do casal sejam cúmplices, de tal modo que possam ir administrando seus projetos de vida em acordo com o que é de interesse para ambas as partes. Dessa forma, quando os casais percebem a falta de cumplicidade entre eles, a psicoterapia pode ajudá-los a reverter essa situação, desde que ambos estejam de acordo com isso e se mostrem capazes de olhar para o outro, de forma que possam perceber o outro em seus desejos e angústias, para que assim possam ir construindo seus projetos de vida em comum, bem como seus projetos individuais, que quase sempre interferem na vida a dois.

Paula Knychala do Carmo







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