No mundo existem diversos tipos de mulheres. Existem as que
curam com a força do seu amor e as que aliviam dores com a sua compaixão. Foram
exemplos Irmã Dulce, na Bahia e Madre Tereza, na Índia.
Existem mulheres que cantam o que a gente sente e as que
escrevem o que a gente sente.
Há muitas mulheres maravilhosas que deixam lições eternas,
como Eunice Weaver e Madame Curie.
Existem mulheres que fazem rir, e mulheres talentosas no
Teatro, nas telas dos cinemas, nos palcos do Mundo.
Entre tantos tipos de mulheres existem as que não são
conhecidas ou famosas. Mulheres que deixam para trás tudo o que têm, em busca
de uma vida nova. Lembramos das nossas nordestinas e sua luta constante contra
a adversidade, para que os filhos sobrevivam.
Mulheres que todos os dias se encontram diante de um novo
começo, que sofrem diante das injustiças das guerras e das perdas
inexplicáveis, como a de um filho amado, pela tola disputa de um pedaço de
terra, um território, um comando.
Mães amorosas que, mesmo sem terem pão, dão calor e oferecem
os seios secos aos filhos famintos. Mulheres que se submetem a duras regras
para viver.
Mulheres que se perguntam todos os dias, ante a violência de
que são vítimas, qual será o seu destino, o seu amanhã.
Mulheres que trazem escritos nos sulcos da face, todos os
dias de sua vida, em multiplicadas cicatrizes do tempo.
Todas são mulheres especiais. Todas, mulheres tão bonitas
quanto qualquer estrela, porque lutam todos os dias para fazer do mundo um
lugar melhor para se viver.
Entre essas, as que pegam dois ônibus para ir para o
trabalho e mais dois para voltar. E quando chegam em casa, encontram um tanque
lotado de roupa e uma família morta de fome.
Mulheres que vão de madrugada para a fila a fim de garantir
a matrícula do filho na escola.
Mulheres empresárias que administram dezenas de funcionários
de segunda a sexta e uma família todos os dias da semana.
Mulheres que voltam do supermercado segurando várias
sacolas, depois de ter pesquisado preços e feito malabarismo com o orçamento.
Mulheres que levam e buscam os filhos na escola, levam os
filhos para a cama, contam histórias, dão beijos e apagam a luz.
Mulheres que lecionam em troca de um pequeno salário, que
fazem serviço voluntário, que colhem uvas, que operam pacientes, que lavam a
roupa, servem a mesa, cozinham o feijão e trabalham atrás de um balcão.
Mulheres que criam filhos, sozinhas, que dão expediente de
oito horas e ainda têm disposição para brincar com os pequenos e verificar se
fizeram as lições da escola, antes de colocá-los na cama.
Mulheres que arrumam os armários, colocam flores nos vasos,
fecham a cortina para o sol não desbotar os móveis, mantêm a geladeira cheia.
Mulheres que sabem onde está cada coisa, o que cada filho
sente e qual o melhor remédio para dor de cotovelo do adolescente.
Vejamos o que diz sobre a mulher “O Livro dos Espíritos”, de
Allan Kardec, que contém os princípios da Doutrina Espírita, segundo os ensinamentos
dos Espíritos Superiores. Em sua Parte Terceira, onde trata das Leis Morais,
apresenta a Lei da Igualdade e estabelece a IGUALDADE DOS DIREITOS DO HOMEM E
DA MULHER.
Vejamos o que diz:
Questão 817: O homem e a mulher são iguais diante de Deus e
têm os mesmos direitos?
– Sim; Deus deu a ambos a compreensão do bem e do mal e a
capacidade de progredir.
Questão 818: De onde vem a inferioridade moral da mulher em
alguns países?
– Do domínio injusto e cruel que o homem impôs sobre ela. É
um resultado das instituições sociais e do abuso da força sobre a fraqueza.
Para os homens pouco avançados, do ponto de vista moral, a força faz o Direito.
Questão 821: As funções às quais a mulher é destinada pela
natureza têm importância tão grande quanto as do homem?
– Sim, e até maiores; é ela quem dá ao homem as primeiras
noções da vida.
Questão 822: Ambos, sendo iguais diante da lei de Deus,
devem ser também diante da lei dos homens?
– É o primeiro princípio de justiça: não façais aos outros o
que não quereis que vos façam.
Questão 822.a: Assim, uma legislação, para ser perfeitamente
justa, deve consagrar a igualdade dos direitos entre o homem e a mulher?
– De direitos, sim; (...) A lei humana, para ser justa, deve
consagrar a igualdade dos direitos entre o homem e a mulher; todo privilégio
concedido a um ou a outro é contrário à justiça. A emancipação da mulher segue
o progresso da civilização, sua subjugação marcha com a barbárie.
Os sexos, aliás, existem apenas no corpo físico; uma vez que
os Espíritos podem encarnar em um ou outro, não há diferença entre eles nesse
aspecto e, consequentemente, devem desfrutar dos mesmos direitos.
Nossa homenagem, portanto, a todas as mulheres, e
definitivamente nos consideremos todos, homens e mulheres, como irmãos
planetários, sem distinção de raça, sexo, credo religioso e político.
A tarefa da mulher é sempre a missão do amor, estendendo-se
ao infinito. Tal tarefa pode ser executada no ninho doméstico, entre as paredes
do lar, na empresa, na universidade, no envolvimento das ciências ou das artes.
Onde quer que se encontre a mulher, ali se deverá encontrar
o amor, um raio de luz, uma pétala de flor, um aconchego, um verso, uma canção.
Equipe de Redação do Momento Espírita,