O momento de pedir perdão é a todo momento que percebemos que violentamos um limite, nos envergonhamos de machucar o outro, e estamos dispostos a fazer algo para compensar a violência. Ou, melhor, nos tornamos adultos o suficiente para descobrir que a podemos conviver com divergências.
Mas quantas vezes passamos este limite e o outro não nos deixa saber, e intimamente nos mata mil vezes, sem chance para defesa?
Uma vez escrevi alguma coisa em uma lista de discussão que magoou uma pessoa - não sei o que foi - só descobri depois de três anos, pois ela voltou para a lista e me contou que tinha se afastado por "raiva" pelo modo que eu tinha me expressado. Foi estranho... imagina morar por três anos na imaginação de alguém que você desconhece, alguém com raiva, mágoa...
Quer sofrer sozinho/a é sua escolha, mas carregar uma imagem do outro (que é apenas imagem) apenas para sofrer de raiva é tolice!
Não gostou, deixe claro e não espere acordo... viver no mundo é viver na diversidade.
Há violências imperdoáveis, mas mesmo estas necessitam de um julgamento justo.
E nas pequenas coisas, deixe fluir e tenha mais leveza - livre-se da imagem do outro, que nem sabe da sua raiva... viva a vida!
"Lilian Neves Mise"
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