Já nasceu e não foi abortado. Foi dado aos abortistas a chance de viver para expressar a sua própria opinião. A questão do aborto é simples e passa por uma questão ética: A mulher e o homem tem direito de matar uma terceira vida? Por ser essa terceira vida indesejada? esse imperativo ético é a grande questão. Discutir proibições de bailes funk , infelizmente só desviam da questão básica: Eu nasci, o abortista nasceu e sobrevivemos. Será que transtorno é um motivo suficiente para matar? O aborto é uma tendência crescente numa sociedade em que o lucro, o individualismo e o bem estar pessoal, imediato e exclusivo são a busca de todos.
Os valores humanos sempre se modificaram ao longo do tempo. A questão agora é saber: Para onde vai esse discurso hedonista e individualista. Sim o estímulo que a mídia dá ao sexo é muito grande. Mas o ser humano só faz, realmente aquilo que quer fazer. Só dá atenção ao que lhe interessa. E o fato é que sexo dá muito lucro. Seja em forma de consumo direto, filmes, internet, sexshop, é uma industria que movimenta mais de 1 trilhão de dólares/ano. NUma sociedade sem peias morais, sem um idealismo teórico, uma utopia ou melhor em que os ideais espirituais são considerados utopias, a questão dos limites são questionáveis e não está de todo errado.
Dizem os defensores do aborto que crenças de uns, sejam quais forem, não podem estabelecer regras com relação àqueles que dela não compartilham. O Estado é laico e deve permanecer para o bem de todos. Ok, esse argumento é perfeitamente válido.
Mas....
Quando se trata de sua vida. A questão do aborto é que estamos falando de uma outra vida. Não a sua. O direito que essa pessoa tem de TER VIDA. ISSO NÃO TEM NADA QUE VER COM RELIGIÃO. Mas com direitos humanos.
A questão do aborto ultrapassa os limites das ideologias e esbarra na realidade cinetífica dos fatos. A tecnologia atual nos trouxe a grata informação. Após a fecundação o que existe ali é oser humano que nós somos. Vida humana, desprotegida, mas um ser humano. Nomes diferentes servem apenas para maquiar, acobertar, fugir da realidade: Nenhum discurso falacioso hedonista, materialista, idealista, feminista que seja, pode ir contra a vida humana. As crenças destes não podem ter validade ética quando a questão que está em voga é a vida humana.
A questão é que o engravidamento é um transtorno. Que fazer?
Não traz lucro, embaraça minha vida, é inoportuno para os abortistas a questão é simples: mata.
É a desvalorização da vida humana. Tão bem trabalhada pelo catolicismo brasileiro com relação aos negros no Brasil. Tão bem trabalhada pelo sionismo israelita com relação aos palestinos, tão bem trabalhada pela eugenia americana com relação aos negros, tão bem trabalhada pelos nazistas com relação aos judeus na 2º Guerra. Hoje o aborto é o discurso falacioso das meias verdades cínicas dos que querem o prazer, o lucro e bem estar, sem compromissos com o coletivo, com o social.
BOm, nem todos concordam com isso e isso independe de ser reencarnacionista, espírita, ateu, agnóstico, socialista, darwinista, protestante, budista, etc...A questão é de sensibilidade.
Legitimar uma lei que parte de uma premissa falsa: Meu corpo me pertence, logo o bebê que ali está não tem direitos, eu é que tenho. Para referendar a postura cínica da sociedade de que ela não deve ter responsabilidade pelo seu ato sexual. Pelas consequências do seu ato sexual me parece um erro, diria eu, eugênico. lembrando os discursos cínicos dos eugenistas, dos nazistas e dos escravocratas de todos os tempos: Não é um igual a mim, não tem direitos.
E os discursos utilizados para referendar essa postura cínica vem com diversos "supostos" que na história conhecemos bem, por suas capacidades de inventar realidades ou verdades (pseudo): supostos religiosos, culturais, sociais, políticos, etc...ao longo dos tempos.
Hoje vivemos um momento glorioso em que não só os vencedores da história, no caso, o capitalismo utilitarista, hedonista e cego, têm o direito de dizer o que pensa, mas também, os contra a história vencedora, tenham o nomeou a ideologia que quiserem ter que não aceitam que o imperativo político -econômico hegemônico atual defina , com todas as falácias possíveis decisões sobre a vida humana.
Quem deve viver, quem merece sobreviver a gestação ou não.
Esse discurso tem ideologia?
Sim, ideologia todo discurso tem. Simplesmente por que as ideologias baseiam o raciocínio humano. Seja qual for. Mesmo que uma pessoa não se identifique com alguma ideia ou conceito, ela, mesmo aí, traz consigo uma série de ideologias subjacentes. Conscientes e, as piores, inconscientes.
Não utilizei, por acaso, na longa argumentação apresentada , ideias reencarnacionistas, por acaso não utilizei dessa vez, poderia ter usado. Mas os argumentos foram todos utilizados em cima da questão ética, fazendo uma relação entre os novos discursos utilitaristas forjados pela sociedade pós-moderna que baseada no lucro formata idéias em que o humano tem valor menor.
Lembrando a eugenia do nazismo e a Igreja respaldando a escravidão negra colonial. Discursos ditos confiáveis em suas épocas e utilizados para respaldar ações contra o ser humano.
O aborto que leva a um argumento que tenta dizer que a criança no útero tem menos direitos do que a criança fora do útero e que já que não se vê a criança ela pode ser morta, digas os argumentos que quiserem dizer , me parece que fere Estado democrático de Direito que tem como apanágio o princípio da igualdade e da justiça que busca dar aos desiguais um tratamento que busque minimizar as discrepâncias seja no campo dos direitos, seja no campo social.
Quando disse que ao abortista foi dado a chance de viver, em momento algum estava me referindo a Deus. Mas aos pais dos abortistas. Eles, os pais, deram essa chance. Estava pensando em mim que quase fui abortado, e por sorte meu pai soube e "abortou a ideia" de suas irmãs. Então peço que leia o que escrevi aí em cima, não para concordar nem nada, mas você verá que não houve um suposto reencarnacionista ou religioso nos argumentos.
Também não manipulei argumentos científicos para me dar razão. Eu usei o argumento científico para relatar um fato simples: Quando a vida humana surge. E o que li e tenho artigos na scientific american para respaldar é que isso é medido no momento que cessam as fusões, e mutações celulares. Quando o que está ali é aquilo que sairá, apenas com a diferença do desenvolvimento embriogênico, mas sem maiores adendos em sua composição e isso ocorre após o surgimento do embrião.
O NEOLIBERALISMO como forma de conquista e ascese demarcou um fracasso moral DA pós-modernidade, como modelo para relações entre seres humanos e não um fracasso da ética NA pós modernidade. Por que a organização neoliberal da sociedade deixa as pessoas isoladas, egoístas, indiferentes, agressivas. Em que os atrativos ao lúdico e ao prazer numa sofreguidão por viver intensamente, no prazer sem fim, num narcisismo que vai dar lá no aborto como forma de " se livrar" dos transtornos causados pelos atos inconseqüentes.
Daí o discurso feminista de levar a questão do aborto como direito que a mulher tem sobre o seu corpo. Um discurso cínico, pois o corpo da mulher não implica o filho, a criança que está alie tem como força biológica natural um impulso à vida. Tente parar de respirar que se entenderá o que quero dizer, o corpo conspira para querer respirar...impulso para a vida.
O individualismo, construído pelas exigências neoliberais, jogou o povo que trabalha na situação atual. Para que as empresas e as elites prosperem mais e mais, todos sofremos as ameaças de um recrudescimento da selvageria capitalista que havia no início Revolução Industrial, antes das idéias de Bem Estar Social que distencionaram as relações entre trabalhador e empregador. Agora, caminhamos para um caminho que se não for questionado nos levará a o retorno da barbárie nas relações. Isso já ocorre com o alargamento do número de horas do trabalho na medida em que precisamos ter mais de um emprego para se manter....
A China, outrora socialista mercadeja produtos a preço de banana com mão de obra semi escrava. Laissez faire torna as relações humanas um salve-se quem puder e uma conseqüente busca por prazer como processo de compensação fugaz, ao sucesso alcançado ou não alcançado ou impossível de se alcançar, a atividade lúdica se lastreia e se torna uma grande indústria de consumo movimentando bilhões de dólares e tudo isso , se reflete no aborto, pois os efeitos do mercantilismo sem peias, em que as mega organizações elegem os presidentes das nações tem permitido que discursos de base utilitarista assemelhem-se aos antigos discursos eugênicos que respaldou o nazismo com "pseudo-ciência".
Ou seja, falácia. O mesmo imperativo cínico utilizado pela Igreja para dizer que negro não tinha alma e portanto poderia ser escravizado.
Para respaldar a cultura do prazer, o aborto é jogado ao campo da defesa religiosa e portanto lá deve ficar confinado, deixando que os não religiosos façam o que quiser com "o seu corpo".
O problema do aborto, no entanto, não é um problema religioso. É um debate da sociedade e deve ser encarado em toda sua amplitude. Achar que as questões éticas e morais são questões religiosas é maximizar o alcance das religiões que nem são tão éticas assim....
O argumento aqui é sobre a vida humana. A vida em sociedade leva a um questionamento constante aos valores que cultivamos. A existência cobra de nós, a cada minuto uma tomada de posição seguindo escolha de valores. Não temos como retirar a idéia de valor nas ações das coisas por que isso na verdade é impossível, os valores estão permeados de intenções, crenças, metas, condicionamentos, ideologias.
Fazer uma crítica aos valores que desvalorizam o humano é fundamental em uma sociedade em que somos colocados no papel secundário de : havidos consumidores. Crentes que é uma livre escolha entre a Tv de 54 polegadas e a TV de 42 polegadas e a TV wifi ou a Tv 3d...
Todo ser humano em qualquer lugar do mundo busca realizar um fim, permeado por valores, a crítica ao aborto aqui feita pretende denunciar o utilitarismo consumista e hedonista como ponta de lança de um discurso que minimiza o humano em detrimento do prazer.
O problema é, repito: Eu, você,abortistas e não abortistas nascemos. E nascemos por que nossos pais o permitiram. E, depois que saímos do útero, mostramos nossa cara lindinha para todos. Dizer que o ser humano só se torna ser humano quando mostra a cara para o mundo, é sim, uma falácia cínica, inconsistente cientificamente, e isso , nada tem que ver com acreditar em Deus ou não ou saber que a reencarnação é um fato ou não.
Isso tem a ver com valores humanos essenciais que não podem se perder devido as pressões mercantilistas da pós-modernidade.
O discurso relativista absoluto é apenas uma forma cínica de voltarmos à barbárie nas relações em que os vitoriosos classe média deificam a si mesmos e acabam com mínimas regras morais que balizam as relações sociais em nome do prazer imedidato e transvairado.
Quem não quer ter filhos após uma relação sexual deve se organizar para isso. Antes. Isso sim deve ser dito. Sexo pressupõe um mínimo de responsabilidade com seus resultados. E isso não só é relativo Às questões do prazer, mas também das conseqüências pós relação. Sonegar essa informação e estimular campanhas pró-aborto é ao meu ver um caminho fácil e de adesão rápida, mas irresponsável éticamente com relação aos valores humanos.
Faça sexo sem matar crianças. Simples assim.
Anderson F.
Nenhum comentário:
Postar um comentário