Total de visualizações de página

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

NOSSO SEGREDO


NOSSO SEGREDO

por João

O título é uma brincadeira para fazer uma ponte entre Nosso Lar, de André Luiz, psicografado por Chico Xavier, e O Segredo, best-seller de Rhonda Byrne. Fazendo um resumo bem enxuto de O Segredo, a lei da atração é o segredo, e essa lei define que você atrai aquilo ao que você se sintoniza mentalmente e emocionalmente; sejam sentimentos bons ou ruins, agradáveis ou de repulsa, o universo sempre responde à sua sintonia, e você receberá mais daquilo em que estiver sintonizado, mesmo que não deseje aquilo. A mensagem final do filme (para quem não sabe, O Segredo é um caso raro em que o filme veio antes do livro), pode-se resumir naquela pequena frase escrita nas areias de uma praia, "sinta-se bem". Sentir-se mal não vai mudar uma má situação, você precisa buscar um jeito ou até uma estratégia para se sentir bem, e assim mudar a realidade à sua volta.

Em Nosso Lar, André Luiz, ao falecer, se encontra numa região obscura, no umbral, uma espécie de purgatório. Após seis anos nesse lugar é que ele consegue elevar-se intimamente um pouco e daí então enxergar uma equipe de socorro que já o visitara antes, mas que ele tinha sindo incapaz de vê-los devido às suas sintonias diferentes. Ele é então levado e tratado em Nosso Lar. Um bom tempo depois, quando já havia aprendido, desenvolvido um pouco mais suas faculdades mentais, já prestando socorro a necessitados e mostrando um desenvolvimento exemplar, ele acabou por receber a chance de visitar a família que ele havia deixado no mundo físico. Chegando lá descobriu que sua esposa tinha casado novamente. Surpreso, André saiu da casa e sua raiva era tanta que ele viu descortinar-se em sua volta as sombras do umbral onde ele estivera tempos atrás. Ele compreendeu o que estava acontecendo, ponderou a situação, controlou suas emoções e saiu novamente do umbral.

André Luiz entendeu que sua sintonia, sua situação interior é que define o seu ambiente, levando-o a um lugar de acordo com a sua afinidade natural. E o que O Segredo nos diz é que isso acontece também aqui. Na verdade, a espiritualidade está em tudo, esse é o nosso segredo. A realidade à nossa volta está sempre preparando respostas no mesmo tom dos nossos sentimentos. Vários espiritualistas, especialmente aqueles que estudam a projeção astral, muitas vezes chamam o nosso espírito de "corpo emocional". Ou seja, seus pensamentos e suas emoções descrevem grande parte de quem você é e de onde você é, e a vida, o universo, vai sempre tentar te fazer "se sentir em casa", mesmo que você não goste dessa casa.

Então a espiritualidade também está aqui; a morte muda muita coisa, mas não é uma fronteira que se cruza para um mundo incrível e distante do que temos aqui, a morte é um encontro consigo mesmo, com sua frequência, sua sintonia, com o local onde seu corpo emocional se situa, é a lei da atração sem a barreira do corpo físico, é a repercussão do seu íntimo. Cuidar da espiritualidade é tentar sempre melhorar internamente ainda aqui, no físico, prestar atenção nas suas reações emocionais, tentar manter-se alerta de que você emana energias e acaba recebendo energias semelhantes.

Se uma situação está ruim, ao invés de torcer impacientemente pelo fim , melhor é tentar mudar internamente para melhor.

Luz e Paz!

João

fonte: http://iluminar-se.blogspot.com/

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

GUERREIRO DA PAZ


GUERREIRO DA PAZ


Eu chamo a força, eu chamo a força
eu chamo a força
força das pedras para me firmar
Eu chamo a terra, eu chamo a terra
eu chamo a terra
eu chamo a terra para me enraizar
Eu chamo o vento, eu chamo o vento
eu chamo o vento
eu chamo o vento vem me elevar
Eu chamo o fogo, eu chamo o fogo
eu chamo o fogo
eu chamo o fogo para me purificar
Eu chamo a Lua, chamo o Sol
chamo as estrelas
Chamo o universo para me iluminar
Eu chamo a água, chamo a chuva
e chamo o rio
Eu chamo todos para me lavar
Eu chamo o raio, o relâmpago e o trovão
Eu chamo todo o poder da criação
Eu chamo o mar, chamo o céu e o infinito
Eu chamo todos para nos libertar
Eu chamo Cristo, eu chamo Budha
Eu chamo Krishna
Eu chamo a força de todos orixás
Eu chamo todos com suas forças divinas
Eu quero ver o universo iluminar
Eu agradeço pela vida e a coragem
Ao universo pela oportunidade
E a minha vida eu dedico com amor
Ao sonho vivo da nossa humanidade
Sou mensageiro, sou cometa, eu sou indígena
Eu sou filho da nação do Arco Íris
Com meus irmãos eu vou ser mais um
guerreiro
Na nobre causa do Inka Redentor
Eu sou guerreiro, eu sou guerreiro e vou lutando
A minha espada é a palavra do amor
O meu escudo é a bondade no meu peito
E o meu elmo são os dons do meu senhor
Eu agradeço a nossa Mãe e ao nosso Pai
E aos meus irmãos por todos me ajudar
A minha glória para todos eu entrego
Porque nós todos somos um nesta união
Ñdarei a sã
ñdarei a sã
ñdarei a sã
Desde o principio
todos nós somos irmãos!
Orei ouá
Orei ouá
Orei ouá
Viva o Poder de todo o universo!


**************************************




WARRIOR OF PEACE
I call the force, I call the force
I call the force
forces of the stones to firm me
I call the earth, I call the earth
I call the earth
I call the earth to root me
I call the wind, I call the wind
I call the wind
I call the wind comes to rise me up
I call the fire, I call the fire
I call the fire
I call the fire to become purified
I call the Moon, I call the Sun
I call the stars
I call the universe to illuminate me
I call the water, I call the rain
and I call the river
I call all to wash me
I call the ray, the lightning and the thunder
I call all the power of the creation
I call the sea, I call the sky and the infinite
I call all to free us
I call Christ, I call Budha
I call Krishna
I call the force of all Orixás
I call all with their divine forces
I want to see the universe light up
I thank for the life and the courage
To the universe for the opportunity
And my life I dedicate with love
To our humanity's alive dream
I am messenger, I am comet, I am indigenous
I am son of the nation of the rainbow
With my siblings I will be one more
warrior
In the noble cause of Inka Redentor
I am warrior, I am warrior and I am going struggling
My sword is the word of the love
My shield is the kindness in my chest
And my helmet is my gentleman's talents
I thank our Mother and to our Father
And to all my brothers for to help me
My glory for all I give
Because us all are one in this union
Ñdarei a sã
ñdarei a sã ñdarei a sã
ñdarei a sã
From the begining
all of us are brothers!
Orei ouá
Orei ouá
Orei ouá
Live the Power of the whole universe!


******************************************


GUERRERO DE PAZ
El que une la verdad...
Llamo la fuerza, llamo la fuerza
llamo la fuerza
fuerza de las piedras para firmarme
Llamo la terra, llamo la terra
llamo la terra
llamo la tierra para enraizarme


Llamo el viento, Llamo el viento
Llamo el viento
Llamo el viento vem a elevarme
Llamo el fuego, Llamo el fuego
Llamo el fuego
Llamo el fuego para purificarme


Llamo la luna, llamo el Sol
llamo las estrelas
Llamo el universo para iluminarme
Llamo el agua, llamo la lluvia
y llamo el rio
los llamo a todos para lavarme


Llamo el rayo, el relámpago y el trueno
Llamo todo el poder de la creacion
Llamo el mar, llamo el cielo y el infinito
Llamo a todos para libertarnos


Yo llamo Cristo, llamo a Budha
llamo a Krishna
Llamo la fuerza de los Orixás
Llamo a todos con sus fuerzas divinas
Yo quiero ver el universo iluminar


Yo agradezco por la vida y el corage
Al universo por la oportunidad
Y mi vida dedico con amor
al sueño vivo de nuestra humanidad


Soy mensajero, soy cometa, soy indígena
Soy hijo de la nación del Arco Íris
con mis hermanos voy a ser un guerrero más
En la noble causa del Inca redentor


Yo soy guerrero, soy guerrero y voy luchando
Mi espada es la palabra del Amor
Mi escudo es la bondad en mi pecho
Y mi casco son los dones de mi señor


Yo agradezco a nuestra Madre y a nuestro Padre
Y a mis hermanos por ayudarme
Mi gloria para todos yo entrego
Porque todos somos uno dentro de esta unión


Ñdarei a sã
ñdarei a sã
ñdarei a sã
Desde el principio
todos somos hermanos!
Orei ouá
Orei ouá
Orei ouá
Viva el Poder de todo el universo!


********************************


سلحشور صلح ال qué unë در verdad من اسمش زور ، من اسمش قدرت من اسمش قدرت نیروی سنگ ها به من ثابت من اسمش زمین ، من اسمش زمین من اسمش زمین من تماس بگیرید برای دریافت زمین ریشه
من اسمش باد ، من اسمش باد من اسمش باد من اسمش باد آمد بلند من تا من اسمش آتش من اسمش آتش من اسمش آتش من اسمش را به آتش مرا پاک
من اسمش ماه ، من خورشید ستاره کهکشان من اسمش را به من تعلیم من اسمش آب تماس ، من تماس با باران و من اسمش تمام رودخانه برای شستن
من اسمش رعد و برق ، رعد و برق و غرش من اسمش تمام قدرت خلقت من اسمش دریا ، بینهایت آسمان تماس بگیرید و من اسمش را به هر کس آزاد است؟
من اسمش مسیح ، من اسمش را بودا من اسمش کریشنا من اسمش قدرت تمام خدایانشان من اسمش همه نیروهای خود را الهی من می خواهم برای دیدن نور جهان
من از شما سپاسگزارم به زندگی و جهان شده توسط شجاعت و فرصت را وقف زندگی من دوست دارم زندگی رویای انسانیت ما
من فرستاده ، من مرتکب ، من هند من پسر رنگینکمان کشور با برادران من من بیشتر جنگجو در علت اصیل آمرزنده اینکا
من قوی ، من قوی بود و من مبارزه با شمشیر من این است که کلمه ای از عشق من این است سپر خوبی در قفسه سینه ام و من کلاه از هدایای پروردگار من
Ndari Ndari Ndari صدا صدا صدا از همان آغاز ما همه برادران! من دعا کنم دعا دعا ÖÜå ÖÜå ÖÜå زنده باد قدرت تمام جهان!

Declaração do Dalai Lama sobre a sobre a Questão de sua Reencarnação



Declaração do Dalai Lama sobre sua reencarnação

Muito interessante essa mensagem de S.S O Dalai-Lama sobre sua próxima reencarnação,
demonstrando muita lucidês sobre o momento em que vive. O Dalai abre-se para a democracia ao mesmo tempo que está ciente dos usos que a China (ditadura liberal - o pior dos mundos) quer fazer. Manipulando para empurrar um futuro Dalai Lama falso, submisso às suas vontades.


para mostrar que a china está equivocada e mentido e que ela não tem nenhum moral para dizer quem é a próximo Dalai:



Declaração de Sua Santidade o Décimo-Quarto Dalai Lama, Tenzin Gyatso, sobre a Questão de sua Reencarnação

Introdução.

Meus compatriotas do Tibete, no país e fora dele, a todos que seguem a tradição budista do Tibete e a todos que possuem ligação com o Tibete e os tibetanos: em virtude da sabedoria dos nossos antigos reis, ministros e estudiosos, os ensinamentos completos do Buda, abarcando os ensinamentos das escrituras e conhecimentos dos Três Veículos e dos Quatro Conjuntos do Tantra, bem como suas matérias e disciplinas correlatas, floresceram generosamente na Terra da Neve. O Tibete serviu como fonte para o mundo das tradições culturais budistas e correlatas. Em especial, contribuiu de forma significativa para a felicidade de um sem número de seres na Ásia, inclusive aqueles na China, Tibete e Mongólia.
Nos esforços para manter a tradição budista no Tibete, desenvolvemos uma tradição exclusiva de reconhecimento das reencarnações dos estudiosos, o que contribuiu imensamente para o Darma e os seres sencientes, em especial para a comunidade monástica.
Desde que foi reconhecido e confirmado o onisciente Gedun Gyatso como reencarnação de Gedun Drub no século quinze e estabeleceu-se o Gaden Phodrang Labrang (a instituição do Dalai Lama), reconheceram-se sucessivas reencarnações. O terceiro na linhagem, Sonam Gyatso, recebeu o título de Dalai Lama. O Quinto Dalai Lama, Ngawang Lobsang Gyatso, estabeleceu o Governo Gaden Phodrang em 1642 e se tornou o chefe espiritual e político do Tibete. Durante mais de 600 anos desde Gedun Drub, reconheceu-se uma série de reencarnações inequívocas na linhagem do Dalai Lama.
Os Dalai Lamas têm agido como chefes espirituais e políticos do Tibete durante 369 anos desde 1642. Agora, voluntariamente, terminei com esta prática,


com o orgulho e satisfação de que poderemos usufruir de um sistema democrático de governo como o que floresce em grande parte do mundo. Com efeito, já em 1969 deixei claro que as pessoas que tem esta incumbência (de encontrar as encarnações) é que deveriam decidir se as reencarnações do Dalai Lama deverão continuar no futuro. Porém, na ausência de diretrizes nítidas, caso as pessoas interessadas manifestem um forte desejo pela continuação dos Dalai Lama, haverá um risco evidente do mau uso do sistema de reencarnação com finalidade de aproveitamento para fins de interesses de agenda política. Logo, desde que permaneça física e mentalmente são, me parece importante a elaboração de diretrizes nítidas para o reconhecimento do próximo Dalai Lama, não deixando espaço para a dúvida e engano. Para a inteira compreensão destas diretrizes, faz-se necessário entender o sistema de reconhecimento de um Tulku bem como os conceitos básicos atrás do mesmo. É do que tratarei de explicar rapidamente a seguir.
As vidas passadas e futuras
Para aceitar a reencarnação ou a realidade dos Tulkus, devemos aceitar a existência das vidas passadas e futuras. Os seres sencientes chegam a esta vida presente desde vidas anteriores e renascem após a morte. Aceita-se esta espécie de renascimento contínuo em todas as antigas tradições espirituais e escolas de filosofia indianas, salvo os Charvakas, que era um movimento materialista. Alguns pensadores modernos negam as vidas passadas e futuras alegando que não podemos vê-las. Outros não tem conclusão clara ou ponto de vista definido nesta questão.
Embora muitas tradições religiosas aceitem o renascimento, há diferenças em seus conceitos quanto ao objeto do renascimento, como ocorre o renascimento, e a forma de transitar entre duas vidas. Algumas tradições religiosas aceitam a ideia de uma vida futura, porém rejeitam o conceito das vidas passadas.
De modo geral os budistas acreditam que o nascimento não tem início e que uma vez alcancemos a liberação do ciclo de existência, ao superarmos nosso carma e as emoções destrutivas, não renasceremos sujeitos a estas condições. Logo, os budistas acreditam que há um fim do renascimento como resultado do carma e das emoções destrutivas, porém a maioria das escolas filosóficas budistas não aceita que o continuo mental tenha um fim. A rejeição do renascimento passado e futuro entrariam em conflito com o conceito budista da base, caminho e resultado, o qual deve ser explicado tomando-se como base a mente disciplinada ou indisciplinada. Se aceitamos este argumento, deveremos logicamente aceitar que o mundo e seus habitantes surgem sem causas e condições. Logo, desde que você se considere budista, é necessário aceitar o renascimento passado e futuro.
Para os que se lembram de suas vidas passadas, o renascimento é uma experiência nítida. No entanto, a maioria dos seres normais esquecem suas vidas passadas ao passar pelo processo da morte, do estado intermediário e do renascimento. Visto que os renascimentos passados e futuros lhes parecem um pouco nebuloso, devemos utilizar a lógica apoiada em evidência para comprovar os renascimentos passados e futuros.
Há uma série de argumentos lógicos diferentes enunciados nas palavras do Buda e comentários posteriores para comprovar a existência de vidas passadas e futuras. Em síntese, resumem-se em quatro pontos: a lógica de que as coisas são precedidas por coisas de natureza semelhante; a lógica de que as coisas são precedidas de uma causa efetiva ( substancial) ; a lógica de que a mente se tornou familiarizada as coisas do passado, e a lógica de se ter adquirido experiência das coisas que aconteceram no passado.
Em última instância, estes argumentos têm como premissa a ideia que a natureza da mente, sua clareza e consciência, devem ter a clareza e consciência como sua causa efetiva.( substancial). Um objeto inanimado, ou nenhuma outra entidade pode ser sua causa substancial.
Isto é autoexplicativo.




Mediante a análise lógica concluímos que um nova fluxo de clareza e consciência não será capaz de surgir sem causa ou a partir de causas não correlatas. Ao observarmos que a mente não é produzida em laboratório, deduzimos também que não há nada que venha a eliminar a continuidade da clareza e consciência sutil.
Até onde sei, nenhum psicólogo, físico ou neurocientista moderno conseguiu observar ou prever a produção da mente a partir da matéria ou sem uma causa.
Há pessoas capazes de lembrar sua vida passada recente ou até muitas das vidas passadas, podendo também reconhecer lugares e parentes destas vidas. Não é apenas algo que aconteceu só no passado. Mesmo hoje, há muita gente no Oriente e no Ocidente que se lembram de incidentes e experiências de suas vidas passadas. Negar este fato não é forma honesta e imparcial de realizar uma pesquisa, pois é afirmar uma posição contrária a esta evidência. O sistema tibetano de reconhecer as reencarnações é um modo autêntico de investigação com base nas lembranças pelas pessoas de suas vidas passadas.
De que maneira ocorre o renascimento
Há duas maneiras de alguém renascer após a morte: o renascimento sob o domínio do carma e das emoções destrutivas, e o renascimento através do poder da compaixão e das preces. Com relação à primeira, por causa da ignorância cria-se o carma negativo e positivo, sendo que seus vestígios permanecem na consciência. Estes são reativados através do desejo e da busca, impelindo-nos rumo à próxima vida. A seguir renascemos involuntariamente nos reinos superiores ou inferiores.
É esta a maneira dos seres normais circularem sem parar através da existência, como a roda que gira. Mas mesmo sob tais circunstâncias, os seres normais pela diligencia e convicção, aspirando criar causas através de praticas positivas e virtuosas em seu dia a dia e se familiarizando com tais causas, por ocasião da morte poderão reativa-las e reforça-las e proporcionarão os meios para o renascimento em um reino superior da existência.

Por outro lado, os Bodisatvas superiores, que atingiram o caminho da visão, não renascem através do vigor de seu carma e emoções destrutivas, mas sim devido ao poder de sua compaixão pelos seres sencientes e com base em suas preces em benefício dos outros. São capazes de escolher seu lugar e hora de nascimento, bem como seus futuros pais. Este gênero de renascimento, unicamente em benefício dos outros, é o renascimento através da força da compaixão e das preces.
O significado de Tulku
Parece que o costume tibetano de colocar o epíteto 'Tulku' (o Corpo de Emanação do Buda) nas reencarnações reconhecidas, começou quando os devotos usaram o mesmo como título honorífico, porém com o passar do tempo esta se tornou uma expressão comum. De modo geral, a expressão Tulku se refere a um aspecto específico do Buda, um dos três ou quatro constantes do Veículo Sutra. De acordo com a explicação destes aspectos do Buda, mesmo uma pessoa totalmente dominada pelas emoções destrutivas e pelo carma, possui o potencial de atingir o Corpo da Verdade (Darmakaya), que compreende o Corpo da Verdade da Sabedoria e o Corpo da Verdade da Natureza.
O primeiro se refere à mente iluminada do Buda, que vê tudo diretamente e com precisão, como realmente é, em um instante. Isento de toda emoção destrutiva e de seus vestígios, através do acúmulo do mérito e de sabedoria durante um longo período de tempo.
O segundo, o Corpo da Verdade da Natureza, se refere à natureza vazia daquela mente onisciente e iluminada. Juntos, formam os aspectos dos Budas. No entanto, com não são acessíveis diretamente aos outros, mas apenas entre os próprios Budas, torna-se imperativo, para auxiliá-los, que os Budas se manifestem em formas físicas acessíveis aos seres sencientes.
Logo, o aspecto físico em última instância de um Buda é o Corpo de Gozo Completo (Sambogakaya), acessível aos Bodisatvas superiores e tem cinco características específicas tal como residir no Céu Akanishta. A partir do Corpo de Gozo Completo,
manifestam-se os inúmeros Corpos de Emanação ou os Tulkus (Nirmanakaya) dos Budas, os quais aparecem como deuses ou humanos e são acessíveis até para os seres comuns. Ambos os aspectos físicos da Buda são designados Corpos de Forma, destinados aos outros.
O Corpo de Emanação é tríplice: a) o Corpo de Emanação Supremo como o Buda Shakyamuni, o Buda histórico, que manifestou as doze ações de um Buda, a exemplo de ter nascido no local que selecionou e assim por diante; b) o Corpo de Emanação Artístico que serve aos outros ao aparecer na forma de artesãos, artistas e assim por diante; e c) o Corpo de Emanação Encarnado, através do qual os Budas aparecem em diversas formas, como seres humanos, divindades, rios, pontes, plantas medicinais e árvores, para auxiliar os seres sencientes. Destes três tipos do Corpo de Emanação, as reencarnações dos mestres espirituais reconhecidos e conhecidos no Tibete como 'Tulkus', acham-se na terceira categoria. Entre estes Tulkus poderão ser encontrados muitos que realmente se acham na categoria de Corpos de Emanação Encarnados dos Budas, o que, no entanto, não necessariamente se refere a todos eles. Entre os Tulkus do Tibete, há os que são reencarnações dos Bodisatvas superiores, os Bodisatvas nos caminhos da acumulação e da preparação, bem como de mestres que evidentemente ainda deverão percorrer estes caminhos. Assim, confere-se o título de Tulku aos Lamas reencarnados, baseados em sua semelhança com seres iluminados ou por sua conexão com determinadas qualidades dos seres iluminados.
Como pronunciou Jamyang Khyentse Wangpo:
"A reencarnação é o que ocorre quando alguém renasce após o falecimento do antecessor; a emanação é quando ocorrem manifestações sem o falecimento da fonte."
O reconhecimento das Reencarnações
A prática de reconhecer quem é quem através da identificação de sua vida anterior, ocorreu quando o próprio Buda Shakyamuni estava vivo. Há muitos relatos nas quatro Seções Agama do Vinaya Pitaka, as Histórias Jataka, o Sutra dos Sábios e dos Tolos, o Sutra dos Cem Carmas e assim por diante, nos quais o Tathagata revelou o funcionamento do carma, relatando em inúmeros contos como os efeitos de determinados carmas criados na vida passada, são sentidos por uma pessoa em sua vida atual. Ademais, nas histórias das vidas dos mestres indianos que viveram depois do Buda, muitos destes revelaram seu local de nascimento anterior. Há muitos contos do gênero, porém o sistema de reconhecimento e denominação de suas reencarnações não aconteceu na Índia.
O sistema de reconhecimento das reencarnações no Tibete
O reconhecimento de vidas passadas e futuras é relatado na tradição nativa tibetana o Bon, antes da chegada do budismo.A partir da difusão do budismo no Tibete, praticamente todos os tibetanos acreditam nas vidas passadas e futuras. A investigação das reencarnações de muitos mestres espirituais que desenvolveram o Darma, bem como o costume de rezar com devoção aos mesmos, floresceu no Tibete. Uma série de escrituras autênticas, livros nativos tibetanos, a exemplo do Mani Kabum e dos Ensinamentos Quíntuplos Kathang, e outros como Os Livros dos Discípulos Kadam e a Guirlanda de Jóias: Respostas a Indagações, relatadas pelo glorioso e incomparável mestre indiano Dipankara Atisha no século 11 no Tibete, descrevem histórias sobre a reencarnação de Arya Avalokteshvara, o Bodisatva da compaixão.
No entanto, a atual tradição de reconhecimento formal das reencarnações dos mestres teve início no século 13, com o reconhecimento de Karmapa Pagshi como reencarnação de Karmapa Dusum Khyenpa por seus discípulos, conforme a sua previsão. Desde então houve dezessete encarnações de Karmapa em mais de 900 anos. Da mesma forma , o reconhecimento de Kunga Sangmo como reencarnação de Khandro Choekyi Dronme no século 15, houveram também mais de dez encarnações de Samding Dorje Phagmo. De modo que entre os Tulkus reconhecidos no Tibete, há praticantes tântricos monásticos e leigos, de ambos os gêneros.




Este sistema de reconhecer as reencarnações se difundiu com o tempo a outras tradições tibetanas budistas e Bon no Tibete. Há atualmente Tulkus reconhecidos em todas as tradições tibetanas budistas, como Sakya, Geluk, Kagyu e Nyingma, bem como Jonang e Bodong, que estão a serviço do Darma. No entanto pode-se dizer também que é evidente que alguns dentre estes Tulkus são uma vergonha.
O onisciente Gedun Drub que foi discípulo direto de Je Tsongkhapa, fundou o Monastério Tashi Lhunpo em Tsang e cuidou de seus alunos. Veio a falecer em 1474 aos 84 anos de idade. Embora no início não se houvesse feito esforços para identificar sua reencarnação, o povo foi obrigado a reconhecer uma criança de nome Sangye Chophel, nascida em Tanak, Tsang (1476), em razão suas surpreendentes e impecáveis lembranças de sua vida passada. Desde então, inicio-se uma tradição da procura e reconhecimento das sucessivas reencarnações dos Dalai Lamas pelo Gaden Phodrang Labrang, e mais tarde pelo Governo de Gaden Phodrang.
As formas de reconhecimento das reencarnações
Após a criação do sistema de reconhecimento dos Tulku foi criada, se começou a desenvolver uma série de procedimentos para este fim. Dentre estes, alguns dos mais importantes referem-se à carta profética do antecessor bem como as demais instruções e indicações que poderiam acontecer, a descrição fiel pela reencarnação de sua vida passada; a identificação dos bens do antecessor e o reconhecimento das pessoas que lhe eram próximos. Fora estes outros métodos incluem pedir aos mestres espirituais confiáveis a sua adivinhação e consultar as previsões dos oráculos mundanos, que são proferidas através dos médiuns em transe, bem como observar as visões que se manifestam nos lagos sagrados dos protetores como o Lhamoi Latso, lago sagrado ao sul de Lhasa.
Quando ocorre mais de um candidato para reconhecimento como Tulku e se torna difícil a decisão, há o costume de tomar a decisão final mediante a adivinhação, empregando o método da bola de massa (zen tak) perante uma imagem sagrada, ao se invocar o poder da verdade.
A emanação antes do falecimento do antecessor (ma-dhey tulku)
Em geral uma reencarnação refere-se ao renascimento de alguém como ser humano após o seu falecimento. De modo geral, os seres sencientes normais não conseguem manifestar uma emanação antes da morte (ma-dhey tulku), mas os Bodisatvas superiores, podem se manifestar em centenas ou milhares e corpos ao mesmo tempo, conseguem manifestar uma emanação antes da morte. No sistema tibetano de reconhecimento de Tulkus, há emanações pertencentes ao mesmo fluxo mental do antecessor, emanações as quais acham-se ligadas a outros através do poder do karma e das preces, bem como emanações as que chegam em decorrência das bênçãos e denominações.
A principal finalidade do aparecimento de uma reencarnação é a continuação do trabalho não concluído pelo antecessor, para servir o Darma e os seres.
No caso de um Lama que seja um ser comum, ao invés de ter uma reencarnação pertencente ao mesmo contínuo mental, poderá ser reconhecida como sua emanação uma outra pessoa com ligações com o referido Lama através do carma puro e das preces. Por outro lado, é possível ao Lama nomear um sucessor que seja ou seu discípulo ou uma pessoa jovem, para ser reconhecido como sua emanação. Visto que estas opções são possíveis na hipótese de um ser normal, é viável a emanação antes da morte que não seja do mesmo continuo mental. Em determinados casos, um Lama superior poderá ter várias reencarnações ao mesmo tempo, a exemplo das encarnações do corpo, da voz, da mente e assim por diante. Houve recentemente conhecidas emanações antes da morte, como as de Dudjom Jigdral Yeshe Dorje e Chogye Trichen Ngawang Khyenrab.
O Uso da Urna Dourada.
A medida que a era de degenerescência avança, e que algumas encarnações de grandes Lamas são reconhecidas por motivos políticos, mais e mais são reconhecidos mediante meios inadequados e questionáveis, em decorrência do qual o Dharma sofreu enorme dano.
Durante o conflito entre o Tibete e os Gurkhas (1791-93) o Governo do Tibete precisou pedir apoio militar aos Manchus. Em decorrência, os militares Gurkhas foram expulsos do Tibete, porém posteriormente as autoridades Manchu elaboraram uma proposta de 29 pontos com o pretexto de tornar mais eficiente a administração do governo do Tibete. A proposta incluiu a sugestão de tirar a sorte em uma Urna Dourada, para decidir sobre o reconhecimento das reencarnações dos Dalai Lamas, dos Panchen Lamas e dos Hutuktus, título mongol dado aos Lamas superiores.
Assim este procedimento foi seguido para o reconhecimento de algumas reencarnações do Dalai Lama, Panchen Lama e demais Lamas superiores. O ritual a ser seguido foi elaborado pelo Oitavo Dalai Lama. Jampel Gyatso. Ainda assim , mesmo depois da introdução deste sistema, o procedimento foi dispensado para o Nono, Décimo-Terceiro e para mim mesmo, o Décimo-Quarto Dalai Lama.
Mesmo no caso do Décimo Dalai Lama, a reencarnação autêntica já tinha sido encontrada e na verdade o procedimento não foi observado, porém para agradar os Manchus apenas foi anunciado que observou-se o procedimento.
O sistema da Urna Dourada foi empregado de fato apenas nos casos dos Décimo-Primeiro e do Décimo segundo Dalai Lama. No entanto, o Décimo segundo Dalai Lama já tinha sido reconhecido antes do emprego do procedimento.Logo, houve apenas uma ocasião na qual reconheceu-se um Dalai Lama por este método. De igual forma, entre as reencarnações do Panchen Lama, com exceção do Oitavo e do Nono, não houve ocasiões do emprego deste método. O sistema foi imposto pelos Manchu, porém os tibetanos não tinham fé no mesmo por lhe faltar qualidade espiritual. Contudo, para seu emprego honesto, podemos considerá-lo semelhante ao modo de adivinhação com o uso do método da bola de massa (zen tak).
Em 1880 durante o reconhecimento do Décimo-Terceiro Dalai Lama como reencarnação do Décimo segundo , ainda existiam traços da relação Patrono/sacerdote entre Tibete e os Manchu. Mas este foi reconhecido como a reencarnação inequívoca pelo Oitavo Panchen Lama, pelas previsões dos oráculos de Nechung e Samye, bem como pela observação das visões que apareceram em Lhamoi Latso, e portanto o procedimento da Urna Dourada não foi observado. Vê-se isto com clareza mediante o testamento final do Décimo-Terceiro Dalai Lama do Ano do Macaco D'Água (1933) no qual o mesmo afirma:
"Como todos sabem, fui selecionado não na maneira de costume de sorteio na Una Dourada, porém a minha seleção era previsível e adivinhada. De acordo com estas adivinhações e profecias, fui reconhecido como a reencarnação do Dalai Lama e entronizado.
Ao ser reconhecido como a Décima-Quarta reencarnação do Dalai Lama em 1939, esta relação de Patronato entre Tibete e China já tinha terminado. Logo, não havia porque confirmar a reencarnação mediante o emprego da Urna Dourada. É fato conhecido que o Regente do Tibete e a Assembleia Nacional Tibetana observaram o procedimento de reconhecer a reencarnação do Dalai Lama, levando em conta as previsões dos Lamas superiores, oráculos e visões em Lhamoi Latso; Os chineses não tiveram nenhuma ingerência aqui. N o entanto, mais tarde algumas autoridades interessadas do Guomintang divulgaram mentiras nos jornais, declarando ter concordado em relevar o emprego da Urna Dourada e que Wu Chung-tsin presidiu minha entronização, e assim por diante. Esta mentira foi contestada por Ngabo Ngawang Jigme, Vice-Presidente da Comissão Permanente do Congresso Nacional do Povo, que na República Popular da China era tido como a mais progressiva das pessoas, na Segunda Sessão do Quinto Congresso do Povo da Região Autônoma do Tibete (31 de julho de 1989). Isto fica claro na conclusão de seu discurso, ao dar uma explicação detalhada dos acontecimentos e divulgar documentação comprobatória, quando pergunta:
"Qual a necessidade do Partido Comunista dar sequencia a e insistir nas mentiras do Guomintang?"
Estratégia desonesta e falsas esperanças
No passado recente houve casos de administradores irresponsáveis de influentes Monastérios, que empregavam meios impróprios para o reconhecimento das reencarnações, e que solaparam o Darma, a comunidade monástica e nossa sociedade. Ademais, desde a era Manchu as autoridades políticas da China têm empregado com diversos meios enganosos no budismo, utilizando-se de mestres budistas e os Tulkus como meio para atingir seus objetivos políticos, à medida que se imiscuíam em assuntos do Tibete e da Mongólia. Atualmente os governantes autoritários da República Popular da China, que na condição de comunistas rejeitam a religião mas ainda assim se envolvem em assuntos da religião, impuseram a chamada campanha da reeducação e declararam a Ordem Número Cinco sobre o controle e reconhecimento das reencarnações, que vigora desde 1º de setembro de 2007. Isto é um escândalo e uma desgraça. A imposição de diversos métodos impróprios de reconhecimento das reencarnações para erradicar nossas singular tradição cultural tibetanas esta causando danos difíceis de sanar.
A demais, dizem que estão esperando a minha morte para reconhecer o Décimo-Quinto Dalai Lama. Fica claro a partir de suas recentes regras e regulamentos, de declarações posteriores, que possuem uma estratégia pormenorizada para enganar os tibetanos, os seguidores da tradição budista do Tibete bem como a comunidade mundial. Logo, tendo a responsabilidade de proteger o Dharma e os seres sencientes, contrariando estas intrigas prejudiciais, declaro o seguinte.
A próxima reencarnação do Dalai Lama
Conforme já mencionado, a reencarnação é um fenômeno que ocorre ou mediante a opção da pessoa em questão ou ao menos através da força de seu carma, mérito e preces Assim sendo, a pessoa que vai reencarnar é a única que possui autoridade legítima sobre onde e como ela renascerá e como deverá ser reconhecida a reencarnação.
É fato que ninguém poderá obrigar a pessoa em questão, ou manipulá-la. É com certeza inadequado aos chineses comunistas, que rejeitam de forma explícita até a ideia das vidas passadas e futuras, para não citar o conceito do Tulkus reencarnado, se ocuparem do sistema de reencarnação e em especial das reencarnações dos Dalai Lamas e dos Panchen Lamas. Esta acintosa ingerência vai contra sua própria ideologia política e revela o seu duplo padrão moral. A continuar no futuro esta situação, não será possível aos tibetanos e aos que seguem a tradição budista do Tibete reconhece-la ou aceitá-la.
Quando me aproxime dos noventa anos de idade, consultarei os Lamas superiores das tradições budistas do Tibete e demais pessoas interessadas, seguidores do budismo do Tibete, para reavaliar se a instituição do Dalai Lama deverá ou não continuar. Tomaremos uma decisão com este fundamento. Caso seja resolvido que a reencarnação do Dalai Lama deverá continuar, e que há necessidade de se reconhecer o Décimo-Quinto Dalai Lama, a responsabilidade para tal residirá em primeiro lugar com as autoridades interessadas do Gaden Phodrang Trust do Dalai Lama.
Caberá a eles consultar os diversos titulares das tradições budistas do Tibete bem como os Protetores sob juramento do Dharma, os quais estão ligados de modo inseparável à linhagem dos Dalai Lamas. Dever-se-á buscar o conselho e orientação dos seres em questão e realizar os procedimentos de procura e reconhecimento, de acordo com a tradição. Deixarei instruções nítidas e por escrito sobre a matéria. Guardem em mente que com exceção da reencarnação reconhecida mediante tais métodos legítimos, não haverá reconhecimento ou aceitação de um candidato selecionado para fins políticos, por ninguém, inclusive na República Popular da China.

O Dalai Lama

Dharamsala



Os novos donos da verdade.




A cada dia o número dos "sem religião" aumenta. No Rio de Janeiro os "sem religião" já estão em segundo lugar no crescimento na categoria que analisa a religiosidade humana. Perdendo apenas para as Igrejas protestantes pentecostais.

Em geral consiste de um público universitário, crítico, com situação financeira razoavelmente equilibrada, não aceita imposições e tradições sem sentido. Não havendo mais identificação com as religiões tradicionais; caindo no agnosticismo, na indiferença, ou procurando alternativas nas crenças e práticas orientais ou em um ecletismo sem maiores compromissos.

Visando abocanhar adeptos com esse perfil também têm surgido grupos que, sendo espiritualistas, se dizem ciência, não são religiosos. Até aí tudo bem. Mas, alguns grupamentos, além disso, execram a crença alheia. Desprezam os que possuem religião. Como se isso fosse um mal em si.

A maneira das crenças protestantes esses grupos paracientíficos demonizam o outro. Diminuindo-o. Como são reencarnacionistas não dizem que, eles os outros, os que não compartilham de suas práticas e de sua visão de mundo irão para o inferno, mas sim que não estão evoluindo. Ou, que não estão evoluindo tão rápido como eles.

É sempre um olhar de superioridade para o resto do mundo. Falam muito de fraternidade, assistência, ecologia, mas quando na construção conceptual da ideologia está ínsito que são superiores aos demais seres humanos e, que, são as pessoas privilegiadas pelo extrafísico... Com um a priori tão fascista é possível desenvolver fraternidade ou empatia?




Sem serem materialistas. Acreditam no pós mortem e na reencarnação. Mas, se definindo como ciência, iludem as pessoas quando induzem,(principalmente os mais jovens) a acreditar que o erro da religião é a religião como um todo.

E, ironicamente, acabam reproduzindo o pior da religião. O fanatismo das certezas absolutas, a intolerância. E, o que é pior a pregação/promessa reivindicação de superioridade espiritual de seus adeptos perante as outras pessoas. Dos ateus por serem ateus, dos que tem alguma religião por terem alguma religião, dos místicos por serem místicos.

Pouco a pouco criam um panteão hierárquico em que eles estão por cima da humanidade. Ridicularizando qualquer ente histórico que possa ser um rival a suas reivindicações proselitistas.

Um discurso que se coaduna com a nossa sociedade liberal, individualista e pragmática. Se antes, nas religiões tradicionais as pessoas deveriam realizar ritos e assistir as cerimônias. Agora, nestas chamadas paraciências, eles precisam fazer direitinho às práticas e técnicas espirituais.



Execrando os seres humanos, com discurso inteligente e universitário. Falam muito de lavagem cerebral. E, de como às religiões o fazem. Tirando a pessoa de seu lugar de nascença, vivendo em grupos que de forma inconsciente acabam exercendo uma vigilância doutrinária, sobre como a pessoa se veste, o que vê na tv, quem namora, o que coloca na parede de seu quarto, como se despede dos amigos. Uma pessoa de um grupo desses uma vez me disse dos esforços que fazia para não dizer aDEus, quando se despedia das pessoas, afinal essa coisa de Deus é coisa de guia cego.), se gosta de arte, se toca música, ao invés de estar falando para alguém das ideias da seita, pois arte é coisa de consciência pouco evoluída.( vigiam os outros, reforçando as suas ideias. E, quando flagram algum adepto quebrando as normas, olham com um ar de superioridade não confessada, mas sentida. - Pobrezinho. Não se encaixou ainda, precisa de assistência....

Será que isso não poderia ser chamado de lavagem cerebral?

É um discurso fácil, individualista e confortável. Que tira a pessoa de uma ação prática do mundo, deixando-a dentro de seus quartos e gabinetes com suas técnicas espirituais se achando o supra sumo da evolução humana.



A pessoa olha complacentemente para os outros seres humanos, mas traz ínsito a ideia de que "eu sou mais evoluído", pois eu faço tal ou qual prática. Essa presunção intima confessada ou não, não seria uma lavagem cerebral?


Que critérios podem dizer que uma pessoa é mais evoluída que outra?

Se o critério é a sua crença, e as suas práticas bem dominadas e feitas irrepreensivelmente isso não seria uma visão limitada?

Uma pessoa em sã consciência pode definir quem vai para o céu o inferno a partir de suas crenças e premissas? E, definir que ela e os que pensam como ela como os mais evoluídos, ela, sinceramente pode se olhar no espelho e achar isso?

Limitar as forças evolutivas humanas a uma técnica e a tal ou qual prática não seria dogmatizar em cima de suas verdades pessoais?

Os jovens precisam estar atentos a esses novidadeiros que se julgam o supra sumo da evolução. Seu discurso asséptico com relação a religiosidade humana e cheio de fórmulas acadêmicas podem seduzir, mas trazem consigo, inegavelmente traços de lavagem cerebral de grupo com novas tintas adaptadas a sociedade pós-industrial do século XXI.

A fórmula para é fácil para distinguir, não acredite em quem diz que o seu caminho, pelo fato de ser o seu caminho é o melhor caminho que existe. E, que os outros caminhos ( aí é o X da questão) são apenas preâmbulos evolutivos para o seu caminho.

Anderson F.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Usar o discurso de ser ciência como arma para se sobrepôr aos outros.




Pense com Foucault.


"Quais tipos de saber vocês querem desqualificar no momento em que vocês dizem ser esse saber uma ciência? Qual sujeito falante, qual sujeito discorrente, qual sujeito de experiência e de saber vocês querem minimizar quando dizem: eu, que faço esse discurso, faço um discurso científico e sou cientista?"


FOUCAULT, Michel. Em Defesa da Sociedade: Curso no Collège de France. São Paulo: Martins Fontes, 1999, p.15.



MEDO,NEUROSE, OBSESSÃO E DOMÍNIO MENTAL- UMA PEQUENA ESTRATÉGIA MENTAL.


MEDO,NEUROSE, OBSESSÃO E DOMÍNIO MENTAL- UMA PEQUENA ESTRATÉGIA MENTAL.


O medo é natural está inserido no nosso processo evolucionário, ajudou-nos a sobreviver e chegarmos homo sapiens até aqui. Então o se assustar é normal. Já a ansiedade este medo de longo prazo é altamente destrutivo.

Os motivos da ansiedade podem ser justificáveis ou não, mas quando trazem em suas motivações internas o medo ela nos paralisa, podendo precipitar reações externas equivocadas, atos de violência, inimizades e atentados contra si mesmo.
Uma coisa que me ajudou muito quando estava preso a um processo inibidor de grande monta foi uma leitura de origem budista que me levou a um insight que mais do que palavras tiveram um efeito desassediador, aqui escrevo ao sabor da memória, mas as idéias não são minhas apenas me auxiliaram e auxiliam até hoje:

Nossos problemas nunca estão ali, onde estamos. Ou estão presos a nossa memória no passado, gerando associações, ansiedades e medos ou está no futuro, fruto da imaginação, do pessimismo, da falta de auto-estima.
A maioria dos problemas nunca está no aqui e agora, onde nós estamos. no aqui e agora existem apenas os efeitos seja da imaginação no passado ou no futuro. Neste momento, neste segundo eu estou livre.

E é a partir dessa percepção que eu devo fincar minhas ações. Sem os condicionamentos, recalques e sombras do passado, sem os temores e receios do futuro que ainda não ocorreram.

E quando eu estiver vivendo o momento adverso, aí sim naquele momento eu fixo minha mente no Cristo ou em Deus e nele me refugio.

A Onisciência divina torna-se meu refúgio. Mas logo após o problema ter ocorrido eu não me fixo mais na adversidade, é passado.

O ódio, a mágoa, o medo, o receio, a inibição, a ansiedade quase nunca estão aqui no presente, estão sempre na tela-mental, impregnadas de passado ou de futuro.
Futuro e presente são espaços de tempos variados, podem ter 5 minutos ou 5 anos. O fato concreto é que ou já passou ou ainda há de vir. E o segredinho é fugir da armadilha vincando nossa percepção não na imaginação que escraviza, mas no refúgio divino, realidade do presente.

Como diz Gilberto Gil: "o melhor lugar do mundo é aqui e agora".

Pois no agora raramente está a situação ” X” da angústia. No agora, me perdoem a repetição deve estar nossa vontade de acertar, nosso desejo de crescer, a certeza de nossa imortalidade haja o que houver e de que tudo, realmente tudo está no controle das hierarquias gloriosas que dirigem do mais alto os destinos do homem.

Anderson F. Santos.



Branda chama da compaixão



Permita que a branda chama da compaixão purifique teu ser.
Assim, aprenderás a exteriorizar o melhor de ti e, apesar do esforço despendido no testemunho, experimentarás a paz duradoura.

Tua alma guarda o manancial ofertado pela generosidade do teu Criador.

Por isso, dizia o antigo sábio que os teus olhos sempre haverão de estar voltados ao céu. No solilóquio de tuas inquietações já trazes a atenção voltada para as alturas do teu ser.

"Por mim mesmo nada posso fazer. É meu Pai que faz as obras através de mim", dizia o Divino Semeador.

E também dizia: "Meu Pai e vosso Pai..." para testificar-nos a procedência e o destino da natureza humana em direção às culminâncias da luz divina.




Permita que a chama branda da compaixão purifique teu ser e tu te farás maior, espraiando-te de ti mesmo, horizontalizando-te na humanidade e verticalizando-te na espiritualidade.

"Dá, antes, do teu próprio ser", dizia o poeta da Galiléia, pois que teu ser é vasto e tu somente compreenderás tal vastidão quando aprenderes a ofertar, sem reservas, do teu tesouro oculto.

Permita que a chama branda da compaixão purifique teu ser e perdoa agora. O perdão é a cessação de toda dor e o advento da alegria pura, proveniente do coração liberto na compreensão.

"Perdoa setenta vezes sete", e setenta vezes sete elevar-te-ás vitorioso por disseminares a paz!




Permita que a chama branda da compaixão purifique teu ser, fazendo de ti mesmo o holocausto, sacrificando sobre o altar da existência tuas paixões, teu orgulho e teu antigo e persistente medo em te ofertares, definitivamente, ao amor incondicional...

sábado, 22 de outubro de 2011

Religião, religiosismo X Espiritualidade


Texto sobre o episódio envolvendo os jogadores do Santos numa visita ao Lar Espírita Mensageiros da Luz, que cuida de crianças com deficiência cerebral, para entregar ovos de Páscoa. Uma parte dos atletas, entre eles, Robinho, Neymar, Ganso e Fabio Costa, se recusaram a entrar na entidade e preferiram ficar dentro do ônibus do clube, sob a alegação que são evangélicos.


E René Kivitz, Pastor evangélico e santista desde pequenino, faz as seguintes poderações:

Os meninos da Vila pisaram na bola. Mas prefiro sair em sua defesa. Eles não erraram sozinhos. Fizeram a cabeça deles. O mundo religioso é mestre em fazer a cabeça dos outros. Por isso cada vez mais me convenço que o Cristianismo implica a superação da religião, e cada vez mais me dedico a pensar nas categorias da espiritualidade, em detrimento das categorias da religião.

A religião está baseada nos ritos, dogmas e credos, tabus e códigos morais de cada tradição de fé. A espiritualidade está fundamentada nos conteúdos universais Bíblia e de cada uma das tradições de fé.

Quando você começa a discutir quem vai para céu e quem vai para o inferno, ou se Deus é a favor ou contra à prática do homossexualismo, ou mesmo se você tem que subir uma escada de joelhos ou dar o dízimo na igreja para alcançar o favor de Deus, você está discutindo religião.

Quando você começa a discutir se o correto é a reencarnação ou a ressurreição, a teoria de Darwin ou a narrativa do Gênesis, e se o livro certo é a Bíblia ou o Corão, você está discutindo religião.

Quando você fica perguntando se a instituição social é espírita kardecista, evangélica, ou católica, você está discutindo religião.

O problema é que toda vez que você discute religião você afasta as pessoas umas das outras, promove o sectarismo e a intolerância.

A religião coloca de um lado os adoradores de Allá, de outro os adoradores de Yahweh, e de outro os adoradores de Jesus. Isso sem falar nos adoradores de Shiva, de Krishna e devotos do Buda, e por aí vai.

E cada grupo de adoradores deseja a extinção dos outros, ou pela conversão à sua religião, o que faz com que os outros deixem de existir enquanto outros e se tornem iguais a nós, ou pelo extermínio através do assassinato em nome de Deus, ou melhor, em nome de um deus, com d minúsculo, isto é, um ídolo que pretende se passar por Deus.

Mas quando você concentra sua atenção e ação, sua práxis, em valores como reconciliação, perdão, misericórdia, compaixão, solidariedade, amor e caridade, você está no horizonte da espiritualidade, comum a todas as tradições religiosas. E quando você está com o coração cheio de espiritualidade, e não de religião, você promove a justiça e a paz.

Os valores espirituais agregam pessoas, aproxima os diferentes, fazem com que os discordantes no mundo das crenças se dêem as mãos no mundo da busca de superação do sofrimento humano, que a todos nós humilha e iguala, independentemente de raça, gênero, e inclusive religião.

Em síntese, quando você vive no mundo da religião, você fica no ônibus. Quando você vive no mundo da espiritualidade que a sua religião ensina – ou pelo menos deveria ensinar, você desce do ônibus e dá um ovo de páscoa para uma criança que sofre a tragédia e miséria de uma paralisia mental.

O valor do autoconhecimento

O valor do autoconhecimento
COMO O ESPIRITISMO PODE NOS AJUDAR NOS DIAS DE HOJE!

A vida esta diferente. Disso ninguém dúvida. Os dias correm, dando a impressão generalizada de que algo esta por acontecer. Cresce a ânsia de nos conhecermos mais interiormente e para isso buscamos respostas.(...)


Inversão de valores, aí reside o nosso principal problema, temos bons carros mas não somos motoristas concientes, temos acesso a faculdade, mas não necessariamente seremos profissionais com senso de responsabilidade, temos a tecnologia a nosso favor e a usamos com segundas intenções, erramos quando deixamos de conjugar o verbo ser e passamos a conjugar o verbo ter.

A Doutrina Espírita, com a coerência de quem trabalha paralela a ciência e que necessariamente se atualiza, vem nos trazendo a informação de que nossa busca pode chegar ao fim quando entendermos que somente através do autoconhecimento é que poderemos realmente encontrar as respostas que tanto procuramos. Daí muitos poderiam perguntar: Mas como faremos isso? A resposta já era nos dada pelos filósofos gregos quando diziam: Valorizem as dúvidas. Questionem a si próprio, aos outros , a vida. O quê? Como? Onde? Quando? Por que? Não desistam da busca. Conhecimento é libertação,é sairmos da nossa própria ignorância para sabermos o que realmente estamos fazendo aqui.

Durante muito tempo fomos educados para olhar para fora, quando tudo o que procurávamos estava todo o tempo muito perto.
Agora vivemos o tempo de aprender a ter respeito por nós, a nos amarmos, para que possamos tão somente assim, respeitar e amarmos o próximo , praticando uma das máximas do espiritismo que diz:-Fazei ao teu irmão o mesmo que esperas que façam para ti!
Nos disse André Luis: Para subir, espírito algum dispensará o esforço de si mesmo, no aprimoramento íntimo...

Esforcemo-nos !!!

Que a paz faça morada no coração de todos nós e que sejamos merecedores de nossos sonhos!

Adriana (facilitadora)

Pranayama para reduzir a fome




Shítalí pránáyáma
Shíta significa frescor, frio. O nome deriva do seu efeito refrescante. Nesse exercício a inspiração é feita pela boca, enquanto que a expiração é pelas narinas. Coloque a língua em forma de calha, deixando-a ligeiramente para fora da boca e pressionando-a com os lábios.

Inale, fazendo o ar passar pela língua e sentindo o contato dele com a garganta, laringe e traquéia. Retenha durante um bom tempo. Solte o ar vagarosamente pelas narinas e volte a inspirar pela boca, com a língua formando um canudo. Execute diversos ciclos.

Efeitos: elimina o calor, a sede, a fome e as toxinas acumuladas no organismo. Melhora a digestão e acaba com a acidez estomacal. É indicado para ser feito durante o jejum, pois elimina as sensações de fome e de sede e refresca o hálito.



a) Colocar a língua em forma de calha entre os dentes semicerrados, projectando-a para fora da boca, sem tensão;

b) fazer uma inspiração completa pela boca, fazendo o ar atravessar o canal formado pela língua;

c) fechar a boca com a língua recolhida e reter o ar;

d) expirar lentamente pelas narinas.


vigilância


"Critique diariamente os pensamentos negativos... Você não é obrigado a viver passivamente as idéias que são encenadas no palco de sua mente."


Augusto Cury

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Já sei?


Existem momentos na vida onde a questão de saber se se pode pensar diferentemente do que se pensa, e perceber diferentemente do que se vê, é indispensável para continuar a olhar ou a refletir.

Michel Foucault



O CAMINHO DO GUERREIRO


O CAMINHO DO GUERREIRO

Nathalia Leite
O CAMINHO DO GUERREIRO


Para mim, o mundo é assombroso porque é estupendo, assustador, misterioso, insondável; meu interesse e convencer você cz tomar ciência de que esta aqui, ateste mundo maravilhoso, ateste deserto maravilhoso, veste tempo maravilhoso. Quero convencer você a aprender a tornar cada ato importante e válido, jd que vai ficar aqui por um curto espaço de tempo. Noz verdade, curto demais pura conhecer todas as maravilhas que vele existe." (Dom Juan, em trecho extraído de Viagem a Ixtlan, de Carlos Castaneda)

O Divisor de Águas

No verão de 196O, o antropólogo Carlos Castaneda, da Universidade da Califórnia, foi a Nogales, no Arizona, colher informações para sua tese de pós-graduação sobre o uso de ervas medicinais e psicotrópicas por tribos mexicanas. Lá, mais precisamente num ponto de ônibus, conheceu um velho índio yaqui pertencente a uma antiga linhagem xamânica do México. O feiticeiro, que se auto intitulava Dom Juan Matus, viu em Castaneda um discípulo, iniciando-o numa jornada assustadora e arrasadora pelos mistérios de outras dimensões.

Pouco se sabe de concreto sobre a história pessoal de Castaneda até aquele encontro, uma vez que ele mesmo engendrou um grande esforço para conseguir apagá-la, a pedido de seu mestre. Alguns lhe atribuem origem peruana, enquanto ele próprio disse que nasceu no Brasil, na cidade de Mairiporã, próxima a São Paulo, no dia de Natal, em 1935.


Quando conheceu Dom Juan, Castaneda era como qualquer outro típico homem ocidental: escravizado pela opinião alheia, dependente dos outros, egocêntrico e cheio de inseguranças que tentava obscurecer inutilmente, ostentando uma intelectualidade acadêmica que, posteriormente, percebeu não servir para nada. Em seu primeiro encontro com o brujo (curandeiro), Castaneda recebeu um olhar desconcertante, sentindo que todas suas defesas tinham sido desativadas, o que o fez se sentir extremamente frágil. Dom Juan o induziu a questionar suas certezas mais profundas, a tal ponto que diluiu o mundo pessoal de seu aprendiz. Daí viria o porquê de se "apagar a história pessoal", para que o indivíduo se liberte da "prisão da personalidade" e da importância auto-imbuída e possa mergulhar tranqüilamente pelo infinito - o nagual.

Dom Juan dizia que "ser impecável significa pôr sua vida alinhada de modo a apoiar suas decisões, e então fazer muito mais que o seu melhor para realizar estas decisões". Para isso, ensinava Castaneda a se desprender do ego, que faz as pessoas "pseudo-agirem", isto é, viverem em função do reconhecimento social.

Castaneda contava que, quem de fato o havia escolhido como discípulo, tinha sido Mescalito, uma entidade que habitava o peiote. Sob a orientação de Dom Juan, Castaneda experimentou extraordinárias alucinações através do consumo do peiote, de cogumelos mágicos e da datura - a figueira-do-inferno. Suas experiências com as plantas psicotrópicas foram relatadas em seu primeiro livro, A Erva do Diabo, que teve repercussão imediata entre a geração,flower power.

Durante esses "transes", Castaneda afirmava que podia se transformar em corvo, lutar contra feiticeiras poderosas, conversar com lagartos, penetrar em outras dimensões, e ser instruído por Mescalito sobre a "maneira adequada de viver". Em seus livros, ele explicava que essas plantas eram utilizadas apenas para quebrar a corrente de interpretações que formam a realidade objetiva; elas promoviam um estado de abstração pura, no qual todas as construções mentais que dão origem ao mundo do dia-a-dia desapareciam.

No entanto, ao contrário do que muitos pensam, Castaneda não fazia apologia do uso dessas "plantas sagradas", que só poderiam ser consumidas com o auxilio de um guia. Em entrevista à revista Veja, em 1986, Castaneda disse que "Dom Juan usou psicotrópicos e plantas alucinógenas como um auxílio aos ensinamentos. Uma vez atingido o objetivo, estes veículos se tornaram desnecessários". Navegar em outras dimensões, ele dizia, pode trazer revelações atemorizantes, cujos efeitos poderiam ser devastadores para a psique humana. Castaneda contou que, em suas primeiras experiências, tinha a certeza de que sem um guia teria perdido o caminho de volta à realidade consensual. Disse ainda que, se uma pessoa interrompe acidentalmente a corrente do bom senso e não consegue refazê-la, torna-se psicótica. O bruxo, explica Castaneda, consegue "viajar" voluntariamente e adquirir novas compreensões sem perder os parâmetros do mundo consensual. A "loucura controlada" é o que permite ao feiticeiro adaptar seus vastos conhecimentos à vida prática, pois todos eles só são válidos se forem pragmáticos, alegava Castaneda.

O Tonal e o Nagual

Castaneda definia o tonal como uma espécie de coleção de todas as memórias e informações contidas no consciente, formas de interpretação que têm relação com a cultura. Seria como uma ilha na qual estão presentes todas as coisas que podem ser nomeadas.

Já o nagual seria o oceano indizível existente em torno da ilha, as infinitas possibilidades, uma espécie de silêncio absoluto. Para Castaneda, a cultura ocidental não admite elementos que não se enquadrem no senso comum, na "ilha-tonal". Segundo ele,"a educação formal e informal - ou
seja, aquela que é produto daintegração cultural - do homem ocidental não dá margem a nada estranho ou diferente do consenso social. Aquilo que está fora da norma do nosso bom senso é considerado anormalidade".

De tato, as duas realidades de que Castaneda falava não estão separadas uma da outra. Elas se unem para compor a totalidade, embora a maior parte da humanidade só consiga "perceber" a realidade palpável, objetiva e visível. Os xamãs do antigo México, afirmava Castaneda, eram capazes de compreender a causa primária da manifestação universal e sua força motriz - a qual chamavam de Intento. "Dom Juan dizia que quem organiza as idéias que vêm da fonte não é o xamã, mas o Intento. O xamã é, simplesmente, um condutor impecável", disse Castaneda, em entrevista
à revista chilena Uno Mismo, em 1997.

O escritor sustentava que, para atingir a impecabilidade do Guerreiro, é necessário abandonar toda importância pessoal, e tornar-se consciente de que o caminho a seguir é solitário e individual; não diz respeito a mais ninguém. Dom Juan costumava dizer a seu aprendiz que "num mundo onde a Morte é a caçadora,não há tempo para arrependimentos ou dúvidas, apenas para decisões".

"Dom Juan me ensinou a viver para o agora", disse Castaneda, "a encarar a minha morte como um fato inevitável e existente em minha vida. O conceito de morte deve ser encarado como uma
realidade. Ele me ensinou que, se eu me considerasse como morto, nenhuma das minhas ações teria importância pessoal, e com isso eu poderia mudar; mudanças poderiam ser feitas e tarefas
ser cumpridas".

Ele dizia que os homens ocidentais não aprendem a ser responsáveis durante a infância e que, por isso, crescem infantis. Seu maior intuito, que acredita ter alcançado, era o de deixar de ser "criança-profissional" e se tornar "guerreiro-pirata". O guerreiro seria aquele que vive impecavelmente de acordo com aquilo que sente, e é imprevisível porque pode mudar de direção e seguir outro caminho a qualquer momento, se sua intuição assim o quiser. Dom Juan dizia: "Todos os caminhos são iguais. Eles não levam a lugar algum".

Castaneda morreu de câncer hepático, no dia 27 de abril de 98. Sua última obra foi O Lado Ativo do Infinito, publicado após sua morte e que fala, justamente, sobre a morte. Considerado pela revista Time o líder do renascimento espiritual dos EUA, o discípulo de Dom Juan participou de palestras, conferências, seminários e centros de praticantes da tensegridade, juntamente com suas companheiras.

Plagiado pelos diversos falsos gurus da atualidade, Castaneda era um homem simples, que fugia da publicidade, não permitia que o fotografassem ou gravassem suas entrevistas.

Por muitos anos, ele esteve "desaparecido do mapa", vivendo sob falsa identidade, isolado de seus amigos e do público, atitude que foi interpretada por alguns como "estrelismo" e, por outros, como "sabedoria". Desde o seu aprendizado com o feiticeiro Dom Juan até o fim de sua vida, Castaneda empenhou-se em trilhar o único caminho que, para ele, tinha um
coração: o caminho do guerreiro.

Nathalia Leite




Este artigo não está na íntegra. Você poderá saboreá-lo na íntegra, aqui:

http://www.ippb.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2021&catid=80


Esse Caminho tem um coração?


Neste post, deixo como inspiração um trecho retirado do livro “A Erva-do-Diabo” em que Don Juan explica a Castañeda da importância de encontrar um caminho de vida que seja o verdadeiro para você. Somente para você. Independente de quantas vezes seja preciso experimentá-lo ou mudar de ideia. Esqueça o que os outros acham que você deveria de fazer ou ser. É para você que sua vida deve ter significado. Nas palavras do sábio índio:

“… Tudo é um entre um milhão de caminhos. Portanto, você deve sempre manter em mente que um caminho não é mais do que um caminho; se achar que não deve seguí-lo, não deve permanecer nele, sob nenhuma circunstância. Para ter uma clareza dessas, é preciso levar uma vida disciplinada. Só então você saberá que qualquer caminho não passa de um caminho, e não há afronta, para si nem para os outros, em largá-lo se é isso que o seu coração lhe manda fazer.

Mas sua decisão de continuar no caminho ou largá-lo deve ser isenta de medo e de ambição. Eu lhe aviso. Olhe bem para cada caminho, e com propósito. Experimente-o tantas vezes quanto achar necessário. Depois, pergunte-se, e só a si, uma coisa. Essa pergunta é uma que só os muito velhos fazem. Dir-lhe-ei qual é: esse caminho tem coração?

Todos os caminhos são os mesmos; não conduzem a lugar algum. São caminhos que atravessam o mato, ou que entram no mato. Em minha vida posso dizer que já passei por caminhos compridos, mas não estou em lugar algum. A pergunta de meu benfeitor agora tem um significado. Esse caminho tem um coração? Se tiver, o caminho é bom; se não tiver, não presta. Ambos os caminhos não conduzem a parte alguma; mas um tem coração e o outro não. Um torna a viagem alegre; enquanto você o seguir, será um com ele. O outro o fará maldizer a sua vida. Um o torna forte, o outro o enfraquece.”

Então. O caminho que você escolheu para sua vida, tem um coração? O seu coração?


coração


Sua visão se tornará clara somente quando você olhar para dentro do seu coração. Quem olha para fora, sonha. Quem olha para dentro, acorda.

Carl Jung

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

In to

"Quando você olha para fora, você sonha. Quando olha para dentro, você acorda."

Carl Jung (1875-1961)




Desenvolver o Corpo Mental = Evoluir




"(...)se aceitais constantemente o que de fora vos dão, sem nunca tentardes formar qualquer coisa no vosso íntimo; se durante a vida só souberdes recolher os pensamentos dos outros; se o vosso conhecimento acêrca dos pensamentos se limitar a isso, nesse caso passar-se-ão vidas e vidas sem que o vosso corpo mental se desenvolve; partireis e tornareis a voltar, vida após vida, sem que nenhuma modificação se produza no vosso corpo mental; sereis invariàvelmente um indivíduo rudimentar, não evoluído. Pois só exercendo a própria inteligência, utilizando as suas faculdades dum modo produtivo, exercendo-as, trabalhando com elas, exigindo delas um esfôrço contínuo, só assim é que o corpo mental se desenvolve, só assim é que a evolução verdadeiramente humana pode seguir o seu caminho."

Annie Besant.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Meio ambiente e os luxos da modernidade

Este texto além de engraçado, é reflexivo. Pois mostra com clareza que os avanços da modernidade fizeram o meio ambiente saturar. Coisa que já sabíamos, mas que ás vezes não é devidamente refletido. Soando mais como uma pregação de igreja. Por isso o humor causa, ás vezes mais impacto do que o discurso moralmente correto, que não raro, apesar de ter razão é intrusivo e não consegue atingir o interior das pessoas.




DESABAFO...


"Na fila do supermercado o caixa diz uma senhora idosa que deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não eram amigáveis ao meio ambiente. A senhora pediu desculpas e disse: “Não havia essa onda verde no meu tempo.”



O empregado respondeu: "Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com nosso meio ambiente. "
"Você está certo", responde a velha senhora, nossa geração não se preocupou adequadamente com o meio ambiente.
Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes.
Realmente não nos preocupamos com o meio ambiente no nosso tempo. Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões.
Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente. Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secavam nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas.
Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente, naqueles dias. Naquela época só tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado como?
Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usamos jornal amassado para protegê-lo, não plastico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar.
Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade.
Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o meio ambiente. Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos. Canetas: recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra. Abandonamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lámina ficou sem corte.
Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou de ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas. Tínhamos só uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima.
Então, não é risível que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas não quer abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha época?

domingo, 9 de outubro de 2011

DIvaldo P. Franco Afirma: Chico não é Kardec.

Divaldo narra que conforme as conversas que teve com Chico desde os anos 40, não pode admitir que este seja Kardec.

Análise da excelência metodológica espírita, com Anete Guimarães

Anette Guimarães neste seminário demonstra a lógica, a lucidêz espírita em alto nível. Esclarecimento que amplia as capacidades cognitivas do ser. O saber espírita puro e simples. Imperdível.


Poema de Rumi, narrado por letícia Sabatella com Sagrado Coração da Terra

É realmente maravilhoso....sem palavras! Quando ouvi pela primeira vez foi um extase!




quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Sabedoria Sufi: Sofrestes...








Sofreste em excesso
por tua ignorância,
carregaste teus trapos
para um lado e para outro,
agora fica aqui.

Deus segundo Jean-Yves Leloup


Jean-Yves Leloup é um dos pensadores importantes do mundo contemporâneo. Nascido em 1950, na França, ele é um cidadão do mundo. Filósofo, terapeuta transpessoal, teólogo, ele é padre da igreja ortodoxa na França, e traduziu e interpretou textos bíblicos. Seu pensamento é poético, universalista, multidimensional. Conferencista reconhecido internacionalmente, ele vem regularmente ao Brasil proferir seminários organizados pela Universidade da Paz.

Para Marie de Solemne, uma estudiosa da sua obra, “a considerável força da palavra de Jean-Yves Leloup é que ela é sistematicamente informada, ao mesmo tempo, por uma reflexão filosófica, psicanalítica e espiritual”.





Pergunta – O que é Deus? É uma entidade antropomórfica que toma decisões como se fosse um ser humano, com seu hemisfério cerebral esquerdo, que gosta ou não gosta, que se apega ou rejeita algo? Ou Deus é apenas uma Lei Universal?




Jean-Yves Leloup – Cada um tem sua religião conforme o seu nível de consciência. Nossa imagem de Deus é feita de acordo com o que a nossa consciência pode conter. É por isso que existem imagens de Deus muito infantis – Deus como uma grande mãe ou um grande pai, como uma fonte de segurança. Meister Eckhart escreveu que, para alguns, Deus é como uma vaca leiteira, algo que tem que suprir as nossas necessidades. Para outros, Deus é aquilo que coloca em ordem a sociedade humana e o universo, é a lei natural. Para outros, ainda, Deus é apenas uma palavra, e tudo o que podemos pensar de Deus não é Deus, mas apenas a nossa representação dele. Assim, também, o que conhecemos da matéria não é a matéria, mas apenas o que os nossos instrumentos de compreensão nos permitem perceber. Por isso, quando usamos a palavra Deus, é bom saber do que estamos falando. Ao longo da nossa vida pessoal, nossa imagem de Deus pode mudar. Aquilo que a gente aprendeu no catecismo, em outro momento ganha outro significado. O que aprendemos sobre Química no primeiro grau não é o que aprendemos na universidade. Às vezes, no entanto, ficamos fixados nas imagens da escola de primeiro grau. O mais importante, claro, é a nossa experiência. O que quero dizer quando falo de Deus? Que experiências estão por trás dessa palavra? Para mim, essa é uma experiência de serenidade, de silêncio, de amor, e de luz.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Veja neste video como a transcarioca irá ficar.

Aqui um video que mostra como a transcarioca irá ficar.

Break dance, pura arte.

O rapaz dança muito, até parece eu. O break dance é pura arte e domínio corporal. Deveria estar no Circo de Soleil.


Clóvis nunes e o museu das almas do purgatório

Nesta palestra o pesquisador Clóvis Nunes narra a incrível saga que permitiu-lhe filmar o museu das almas do purgatório em Roma.