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domingo, 18 de setembro de 2011

Os usos neoliberais da arte





Ás vezes vemos textos, frases, ideias que traduzem um pouco de nossos pensamentos. DO artigo de Bené Fonteles pesco estes parágrafos:





"(...)Este também é o Brasil da política dos subsídios econômicos incentivados pela cultura quase mercadológica do seu Ministério da Cultura e não, o da poética dos substratos culturais vindos da dinâmica criadora de seu povo.

É um país em que seus agentes sensíveis, os artistas, esquecem de cantar sua aldeia, e, por assim não interpretá-la, questioná-la e argüí-la, deixam de ser universais. Macaqueando a sintaxe globalizada e uniformizada, eles produzem obras para solitários ambientes museológicos, em vez de gerarem solidárias e responsáveis proposições e transgressões da realidade por meio do re-encantamento poético do humano e de seu mundo."

E mais esta:

" (...) Para que chamar mais atenção da mídia, de colecionadores e "curadores" esdrúxulos e oportunistas do que da nossa necessidade real de educar a sensibilidade? Por que então não investir em afinar sensorialmente a consciência sensível de um público carente de agentes transformadores e transmutadores da realidade?"

E, esta, demais:

"Portanto, eu quero como um revolucionário embora tardio, sacudir nossas atitudes viciadas em projetos de vida aprovados pela Lei de Incentivo à Cultura. E, por mendigarmos patrocínio nas empresas, que aliviam seu ônus econômico e às vezes até sua consciência pelo que prejudicam à saúde humana ou exploram e poluem indevidamente os recursos naturais. Tudo isso, muitas vezes para realizar mais uma exposição vazia, mais um cd sem amor à música, mais um teatro absurdo sem serviço à consciência planetária ou mais um balé para dançar narciso."

Se queres ler na íntegra, lá vai o endereço:

http://www.imediata.com/sambaqui/Bene/index.html

Vale a pena.

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