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quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Matar não adianta

 Defender o assassínio e o uso de armas, o uso da violência por pessoas comuns para resolver o drama da violência parte de uma premissa equivocada: Que matar alguém resolve os problemas da sociedade. Dente por dente e todos acabaremos mortos. Mortos fisicamente e mortos da alma. O ódio é treva no íntimo.

As pessoas renascem nas sociedades terrenas para serem reeducadas. Amadas. Resgatadas. Matá-las é a solução louca de quem tem a visão limitada de que morte é punição.
Essa tradição acachapante das religiões que, presas a uma visão essencialmente terrena, acreditam que se livrar da pessoa pela morte resolve o problema local da pacificação do ambiente.
O ser humano em delito quando morre, ou quando é morto, não sai da psicosfera ambiente da sociedade em que foi morto.
Renascerá ali, normalmente com as mesmas imperfeições. Isso acontece por que para a maioria das pessoas que levam a vida como lazer, a morte não a leva um inferno de punição eterna. Mas para ambientes afins a seus temperamentos.
Podendo ali, sofrer, se já há ganhos evolutivos que levem a repugnância do local ou não.
Daí que entender os motivos da reencarnação podem esclarecer a nós, que sabenos que isso ocorre, como lidar com os violentos, os marginais, os bandidos.
Eles precisam ser reeducados.
E essa reeducação exige dedicação. Exige afeto.
Enquanto isso não ocorrer, essas almas pesarão no campo espiritual das sociedades que lhes negam amparo.
Matar é perda de tempo por que a morte é uma ilusão.
Uma ilusão tão forte que ilude a todos nós. Morte não é punição por que a pessoa continua existindo. E voltará. As soluções sempre serão aquelas que proporcionem a reeducação das almas.
O conhecimento espírita possui material suficiente para que, pelo menos, raciocinemos em termos de uma parassociologia. Ou seja, raciocinar o mundo a partir de uma ótica multidimensional.
Somos imortais. Eu, você, o ladrão e o miliciano, o assassino, o espancador de mulher e o drogado. Se na nossa sociedade abundam a iniqüidade, já sabemos de antemão, não estamos aqui de inocentes. Somos afins a psicosfera existente. O que precisamos saber é, ainda somos parte do problema, ou somos parte da solução?
Se ainda acreditamos na violência como solução, somos parte do problema.
Jesus mostrou com clareza que a vitória espiritual não passa pelo aplauso do mundo. O mundo físico é denso e essa densidade nos confunde, nos ilude, fazendo que nós o vejamos como sendo a única realidade. Isso ocorre por que somos imaturos espiritualmente. Nossa visão é extremamente física.
Jesus venceu a morte, não só a morte física mas a avassaladora massa mental materialista que nos faz perder a noção do que somos e por que aqui estamos.
Jesus desperta seus discípulos para a realidade multidimensional do ser.
Ao amarem, seus discípulos rompem o véu de maia, e começam a se tornar seres multidimensionais. O amor vivido profundamente faz isso. Nos espiritualiza.
Os malfeitores que abundam aqui, são pessoas iludidas também, de que aqui é o unico lugar que existe ou que importa, por isso são presas fáceis à barbárie e a virulência egoista que os possuem e os iludem. Presas fáceis a psicosfera materialista multimilenar.
A reeducação espiritual das almas porém não ocorrerá na rapidez do estalar de um dedo. Isso talvez nos angustie. Mas a grande realidade é que o resgatar do outro, prisioneiro da vida bandida, estará na relacão direta do quanto esta sociedade está predisposta ao amor ao pŕoximo.
É da lei que os nós criados por responsabilidade direta, co-responsabilidades ou cumplicidades, sejam desatados por todos os envolvidos. Por mais que achemos que não temos co-responsabilidade no atual estado das coisas, uma coisa sabemos, renascemos aqui. O acaso não existe.
Optar pela violência como caminho apenas adia as reconciliações e regenerações que teremos que fazer, cedo ou tarde.
Quanto tempo levaremos ainda para entender que Jesus, seu evangelho, seus ensinos são remédios e não varinhas mágicas. Não existem para nosso conforto material ou proteção das intempéries da vida. Mas são remédios para a cura definitiva da pseudo-doença da alma: sua incapacidade de se ver como espírito imortal, criado para amar e servir.
E que como todo remédio, só realizará a cura se for utilizado. NÃO ADIANTA IDOLATRARMOS O REMÉDIO, DAR VIVAS AO REMÉDIO, SE NÃO ESTAMOS PREDISPOSTOS À USÁ-LO.
Anderson F.
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Anderson Fernando, Wellington Faria e outras 10 pessoas
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