Na narrativa dos evangelhos, a vida de Jesus é uma dura lição de simplicidade voluntária. O Mestre ensina a renúncia ao apego pelo conforto físico. Ele dá um exemplo da prática coerente de um ideal nobre.
O Natal celebra um tipo de pobreza externa que nos permite desenvolver uma secreta intimidade com o universo inteiro. A segunda quinzena de dezembro é uma época abençoada do ano. Por isso mesmo, estes dias especiais tornam mais visíveis talvez o medo, a pressa, a angústia e a raiva. Durante os últimos momentos do ciclo de doze meses, somos confrontados pelo que há de mais luminoso na alma, e pelo que há de triste e obscuro.
Cabe transmutar o egoísmo à luz da sabedoria eterna. Há lições por aprender. A dor e a compaixão preparam o renascimento alquímico do ano que vem. Haverá uma chance de recomeçar. Será possível evitar erros. A vida nos convida a tentar o melhor e a renascer por dentro.
(Carlos Cardoso Aveline)
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