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sábado, 27 de julho de 2019

Compreensão evolutiva dos infortúnios




Era o dia 14 de julho. A criança de dois anos estava com a Laurinete, a babá, e caiu do carinho de bebê que virara bruscamente. Na queda bateu com a cabeça, teve várias complicações e em uma semana morreu.
Passados alguns meses, a mãe inconsolável foi ao médium iluminado, este, transbordando amor e doçura, trabalhador da luz, sem nunca ter visto a mãe antes, chamou-a pelo nome e a abraçou. Transmitindo profundo afeto. Então, o trabalhador do amor a perguntou se ela havia agradecido a Laurinete?

Ela conjecturou consigo mesmo, como ele sabia da Laurinete?

O médium da luz então a explicou, Luisinho teria em seu processo encarnatório uma vida curta. Ele desencarnaria naquele ano e muito possivelmente através de uma queda. Com grande chance de ser no dia 14 de julho, como foi.  Era uma encarnação expiatória.

Ela deveria portanto agradecer a Laurinete por que ela a poupou deque o trágico fato ocorresse com ela,  pois ele poderia cair de Cristiana, a mãe.
A mãe, até então magoada e amargurada com Laurinete, agora estava perplexa. Sendo inteligente e lúcida, tendo sua visão de mundo ampliada pois começara a ler livros espíritas, entendeu na força de um insight, a lição.

Era inevitável o trágico desfecho.  Nada tinha que ver com Laurinete, que não teve culpa na queda do carinho. Este tombara num declive de calçada, saindo abruptamente das mãos delicadas da mocinha e virando com violência. Mesmo assim, pai e mãe de Luizinho estavam profundamente magoados com a babá.

Agora, entendendo a situação  espiritual das coisas, entendia que não haviam culpados diretos no acontecimento. Que Laurinete foi mesmo um anjo da misericórdia, Luisinho desencarnaria, estivesse com a babá,  com a mãe, sozinho, com o pai,  cairia.

Essa compreensão deu a Cristiana, a mãe condições de se libertar dessa mágoa e de se equilibrar perante a perda do filho amado.

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