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sábado, 5 de dezembro de 2015
Contra o aborto
Argumentaram que meu discurso anterior estava
cheio de ideologia.
Sim, ideologia todo discurso tem. Simplesmente por que as ideologias baseiam o raciocínio humano. Seja qual for. Mesmo que uma pessoa não se identifique com alguma ideia ou conceito, ela, mesmo aí, traz consigo uma série de ideologias subjacentes. Conscientes e, as piores, inconscientes.
Sim, ideologia todo discurso tem. Simplesmente por que as ideologias baseiam o raciocínio humano. Seja qual for. Mesmo que uma pessoa não se identifique com alguma ideia ou conceito, ela, mesmo aí, traz consigo uma série de ideologias subjacentes. Conscientes e, as piores, inconscientes.
Não utilizei, por acaso, na longa
argumentação apresentada anteriormente , ideias reencarnacionistas, por acaso
não utilizei dessa vez, poderia ter usado. Mas quis basear meus s argumentos queriam
ou pretendiam ser em cima da consciência crítica. Tentando pretensiosamente
fazer uma relação entre os novos discursos utilitaristas, forjados pela
sociedade pós-moderna que, baseada no lucro, formata idéias em que o humano tem
valor menor.
Lembrando a eugenia do nazismo e a
Igreja respaldando a escravidão negra colonial. Discursos ditos confiáveis em
suas épocas e utilizados para respaldar ações contra o ser humano. O aborto que
leva a um argumento que tenta dizer que a criança no útero tem menos direitos
do que a criança fora do útero e que já que não se vê a criança ela pode ser
morta, digas os argumentos que quiserem dizer , me parece que fere Estado
democrático de Direito que tem como apanágio o princípio da igualdade e da
justiça que busca dar aos desiguais um tratamento que busque minimizar as discrepâncias
seja no campo dos direitos, seja no campo social.
Quando disse que ao abortista foi dado a
chance de viver, em momento algum estava me referindo a Deus. Mas aos pais dos
abortistas. Eles, os pais, deram essa chance. Estava pensando em mim que quase
fui abortado, e por sorte meu pai soube e "abortou a ideia" de suas
irmãs. Então peço que leia o que escrevi aí em cima, não para concordar nem
nada, mas você verá que não houve um suposto reencarnacionista ou religioso nos
argumentos.
Também não manipulei argumentos
científicos para me dar razão. Eu usei o argumento científico para relatar um
fato simples: Quando a vida humana surge. E o que li e tenho artigos na
scientific american para respaldar é que isso é medido no momento que cessam as
fusões, e mutações celulares. Quando o que está ali é aquilo que sairá, apenas
com a diferença do desenvolvimento embriogênico, mas sem maiores adendos em sua
composição e isso ocorre após o surgimento do embrião.
Como provavelmente vc não leu o longo
texto que escrevi repito, utilizei a argumentação confrontando o utilitarismo.
O NEOLIBERALISMO como forma de conquista
e ascese demarcou um fracasso moral DA pós-modernidade, como modelo para
relações entre seres humanos e não um fracasso da ética NA pós modernidade. Por
que a organização neoliberal da sociedade deixa as pessoas isoladas, egoístas,
indiferentes, agressivas. Em que os atrativos ao lúdico e ao prazer numa
sofreguidão por viver intensamente, no prazer sem fim, num narcisismo que vai
dar lá no aborto como forma de " se livrar" dos transtornos causados
pelos atos inconseqüentes.
Daí o discurso feminista de levar a
questão do aborto como direito que a mulher tem sobre o seu corpo. Um discurso
cínico, pois o corpo da mulher não implica o filho, a criança que está alie tem
como força biológica natural um impulso à vida. Tente parar de respirar que se
entenderá o que quero dizer, o corpo conspira para querer respirar...impulso
para a vida.
O individualismo, construído pelas
exigências neoliberais, jogou o povo que trabalha na situação atual. Para que
as empresas e as elites prosperem mais e mais, todos sofremos as ameaças de um
recrudescimento da selvageria capitalista que havia no início Revolução
Industrial, antes das idéias de Bem Estar Social que distencionaram as relações
entre trabalhador e empregador. Agora, caminhamos para um caminho que se não
for questionado nos levará a o retorno da barbárie nas relações. Isso já ocorre
com o alargamento do número de horas do trabalho na medida em que precisamos
ter mais de um emprego para se manter....
A China, outrora socialista mercadeja
produtos a preço de banana com mão de obra semi escrava. Laissez faire torna as
relações humanas um salve-se quem puder e uma conseqüente busca por prazer como
processo de compensação fugaz, ao sucesso alcançado ou não alcançado ou
impossível de se alcançar, a atividade lúdica se lastreia e se torna uma grande
indústria de consumo movimentando bilhões de dólares e tudo isso , se reflete
no aborto, pois os efeitos do mercantilismo sem peias, em que as mega
organizações elegem os presidentes das nações tem permitido que discursos de
base utilitarista assemelhem-se aos antigos discursos eugênicos que respaldou o
nazismo com "pseudo-ciência".
Ou seja, falácia. O mesmo imperativo
cínico utilizado pela Igreja para dizer que negro não tinha alma e portanto
poderia ser escravizado.
Para respaldar a cultura do prazer, o
aborto é jogado ao campo da defesa religiosa e portanto lá deve ficar
confinado, deixando que os não religiosos façam o que quiser com "o seu
corpo".
O problema do aborto, no entanto, não é
um problema religioso. É um debate da sociedade e deve ser encarado em toda sua
amplitude. Achar que as questões éticas e morais são questões religiosas é
maximizar o alcance das religiões que nem são tão éticas assim....
O argumento aqui é sobre a vida humana.
A vida em sociedade leva a um questionamento constante aos valores que
cultivamos. A existência cobra de nós, a cada minuto uma tomada de posição
seguindo escolha de valores. Não temos como retirar a idéia de valor nas ações
das coisas por que isso na verdade é impossível, os valores estão permeados de
intenções, crenças, metas, condicionamentos, ideologias. Fazer uma crítica aos
valores que desvalorizam o humano é fundamental em uma sociedade em que somos
colocados no papel secundário de : havidos consumidores. Crentes que é uma
livre escolha entre a Tv de 54 polegadas e a TV de 42 polegadas e a TV wifi ou
a Tv 3d...
Todo ser humano em qualquer lugar do
mundo busca realizar um fim, permeado por valores, a crítica ao aborto aqui
feita pretende denunciar o utilitarismo consumista e hedonista como ponta de
lança de um discurso que minimiza o humano em detrimento do prazer.
O problema é, repito: Eu, você e todos
os abortistas nasceram por que nossos pais o permitiram. E, depois que saímos
do útero, mostramos nossa cara lindinha para todos. Dizer que o ser humano só
se torna ser humano quando mostra a cara para o mundo, é sim, uma falácia
cínica inconsistente cientificamente, e isso , nada tem que ver com acreditar
em Deus ou não ou saber que a reencarnação é um fato ou não.
Isso tem a ver com valores humanos
essenciais que não podem se perder devido as pressões mercantilistas da
pós-modernidade. O discurso relativista absoluto é apenas uma forma cínica de
voltarmos À barbárie nas relações em que os vitoriosos classe média deificam a
si mesmos e acabam com mínimas regras morais que balizam as relações sociais em
nome do prazer imediato e desvairado.
Quem não quer ter filhos após uma
relação sexual deve se organizar para isso. Antes. Isso sim deve ser dito. Sexo
pressupõe um mínimo de responsabilidade com seus resultados. E isso não só é
relativo Às questões do prazer, mas também das conseqüências pós relação.
Sonegar essa informação e estimular campanhas pró-aborto é ao meu ver um
caminho fácil e de adesão rápida, mas irresponsável éticamente com relação aos
valores humanos.
Faça sexo sem matar crianças. Simples
assim
Já parou pra pensar
Já nasceu e não foi abortado. Foi dado aos abortistas a chance de viver
para expressar a sua própria opinião. A questão do aborto é simples e passa por
uma questão ética: A mulher e o homem tem direito de matar uma terceira vida?
Por ser essa terceira vida indesejada? esse imperativo ético é a grande
questão. Discutir proibições de bailes funk, infelizmente só desviam da questão
básica: Eu nasci, o abortista nasceu e sobrevivemos. Será que transtorno é um
motivo suficiente para matar? O aborto é uma tendência crescente numa sociedade
em que o lucro, o individualismo e o bem estar pessoal, imediato e exclusivo
são a busca de todos.
Os valores humanos sempre se modificaram ao longo do tempo. A questão
agora é saber: Para onde vai esse discurso hedonista e individualista. Sim o
estímulo que a mídia dá ao sexo é muito grande. Mas o ser humano só faz,
realmente aquilo que quer fazer. Só dá atenção ao que lhe interessa. E o fato é
que sexo dá muito lucro. Seja em forma de consumo direto, filmes, internet,
sexshop, é uma industria que movimenta mais de 1 trilhão de dólares/ano. Numa
sociedade sem peias morais, sem um idealismo teórico, uma utopia ou melhor em
que os ideais espirituais são considerados utopias, a questão dos limites são
questionáveis e não está de todo errado.
Crenças de uns sejam quais forem não podem estabelecer regras com
relação Àqueles que dela não compartilham. O Estado é laico e deve permanecer
para o bem de todos. Mas....
A questão do aborto ultrapassa os limites das ideologias e esbarra na
realidade científica dos fatos. A tecnologia atual nos trouxe a grata
informação. Após a fecundação o que existe ali o ser humano que nós somos. Vida
humana, desprotegida, mas um ser humano. Nomes diferentes servem apenas para
maquiar, acobertar, fugir da realidade: Nenhum discurso falacioso hedonista,
materialista, idealista, feminista que seja, pode ir contra a vida humana. As
crenças destes não podem ter validade ética quando a questão que está em voga é
a vida humana.
A questão é que a gravidez é um transtorno. Que fazer?
Não traz lucro, embaraça minha vida, é inoportuno; para os abortistas a
questão é simples: mata.
É a desvalorização da vida humana. Tão bem trabalhada pelo catolicismo
brasileiro com relação aos negros no Brasil. Tão bem trabalhada pelo sionismo
israelita com relação aos palestinos, tão bem trabalhada pela eugenia americana
com relação aos negros, tão bem trabalhada pelos nazistas com relação aos
judeus na 2º Guerra. Hoje o aborto é o discurso falacioso das meias verdades
cínicas dos que querem o prazer, o lucro e bem estar, sem compromissos com o
coletivo, com o social.
BOm, nem todos concordam com isso e isso independe de ser
reencarnacionista, espírita, ateu, agnóstico, socialista, darwinista,
protestante, budista, etc...A questão é de sensibilidade.
Legitimar uma lei que parte de uma premissa falsa: Meu corpo me
pertence, logo o bebê que ali está não tem direitos, eu é que tenho. Para
referendar a postura cínica da sociedade de que ela não deve ter
responsabilidade pelo seu ato sexual. Pelas consequências do seu ato sexual me
parece um erro, diria eu, eugênico. lembrando os discursos cínicos dos
eugenistas, dos nazistas e dos escravocratas de todos os tempos: Não é um igual
a mim, não tem direitos.
E os discursos utilizados para referendar essa postura cínica vem com
diversos "supostos" que na história conhecemos bem, por suas
capacidades de inventar realidades ou verdades (pseudo): supostos religiosos,
culturais, sociais, políticos, etc...ao longo dos tempos.
Hoje vivemos um momento glorioso em que não só os vencedores da
história, no caso, o capitalismo utilitarista, hedonista e cego, têm o direito
de dizer o que pensa, mas também, os contra a história vencedora, tenham o
nomeou a ideologia que quiserem ter que não aceitam que o imperativo político
-econômico hegemônico atual defina , com todas as falácias possíveis decisões
sobre a vida humana.
Quem deve viver, quem merece
sobreviver a gestação ou não.
Ao feminino
A todos que são e foram mulheres, que a Força da Vida encha vossas almas de Gloriosa inspiração realizadora.
Que as maravilhosas forças arquetipais do Aspecto feminino do Cosmos nos preencham de sublime inspiração, fazendo desabrochar em nós, a clara visão das coisas.
Mulher, te ver para além das formas, rostos , corpos, imposições midiáticas e usos, que todas as nossas ancestrais que nos pariram, que oportunizaram estarmos aqui, sejam abençoadas, com a Força de nossas energias de gratidão.
Que as Forças do Cosmos que é feminino despertem, sensibilizem nosso ser para os ideais de profunda fraternidade.
Oh Mulheres, que nós saibamos te amar, te respeitar, respeitar seu ser, suas decisões, sua liberdade. Que nós, homens, empreendamos a descoisificação de tua imagem e desreprimamos o nosso yin,
caminhando para nossa completude existencial.
violência: o maior desafio do mundo hoje
Por Viviane Mosé
A violência é o maior desafio do mundo hoje.
De um lado, a intolerância, a segregação, o ódio tanto tempo acumulado; de outro, e este é o nosso caso, a cruel desigualdade social, o abismo entre as classes. Tudo isso invade a escola. A sala de aula é um espaço que reproduz o mundo dos alunos, professores, funcionários, vizinhos. Se a violência do mundo já se evidencia nas escolas, mesmo as particulares da Zona Sul do Rio, imaginem uma sala de aula em uma área de conflito armado?
Conheço professores incríveis que optaram por trabalhar em comunidades violentas, para tentar sanar o imenso prejuízo desses alunos, grande parte das vezes empurrados, por total falta de perspectiva, para o crime. Em outras palavras, para a morte. Mas não há muito mais o que fazer por essas escolas, por essas crianças, a não ser lutar, de modo sistemático e preventivo, contra a violência, essa violência tão nossa, causada pelo descaso histórico do poder público com as classes populares, pelo total abandono de territórios hoje dominados pelo crime.
Resolver esse impasse exige um pacto entre todos, afinal o prejuízo daqueles jovens é também o nosso. Isso, de um modo perverso, hoje já sabemos.
[Viviane Mosé para O Globo - 29.11.2015]
sábado, 14 de novembro de 2015
Sensibilidade e compaixão
Por – Lucy Dias Ramos
Minha sensibilidade aflora quando contemplo o novo amanhecer, embora as nuvens densas não me permitam ver o sol despontando na montanha, mas sua luminosidade abençoa a Terra, evidenciando mais um dia no calendário da vida…
No inverno, já nos acostumamos a aguardar o despertar da Natureza que retarda um pouco mais em sua demonstração de luzes e cores, trazendo para nossa alma o doce enlevo de que estamos inseridos nesta metamorfose natural.
O Perispírito1Somos parte deste Universo e essa interdependência que todos os seres vivos têm com a Natureza é percebida pelos que se colocam em observações mais intensas na busca do conhecimento.
Não é um privilégio constatar essa verdade, basta analisar como reagimos diante do tempo, das mudanças normais dos ciclos e estações, das intempéries, das benesses de um dia de sol, da generosidade da chuva que refresca a terra ressequida pelo excesso de calor e sentiremos que fazemos, realmente, parte da Natureza…
É o nosso habitat, nosso lar, nossa morada e desde nossa criação interagimos com o meio ambiente…
Essas reflexões resultam da observação de mais um dia neste alvorecer e como pretendo conversar com você, querido leitor, sobre sensibilidade introduzi esse assunto com essas ponderações.
Nossa alma exercita através de tudo o que nos chama a atenção ou desperta nossa compaixão para o sentimento enobrecido da piedade que antecede a sublimação do amor através da caridade quando nos dispomos a ajudar nosso próximo.
Quase não se usa mais o termo piedade… Mas habitualmente desejamos muito que os outros se apiedem de nós e muitas vezes em preces contritas formulamos de forma impulsiva rogativas a Deus para que se apiede de nós…
No Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIII, item 17 nas Instruções dos Espíritos, Kardec inseriu uma mensagem do Espírito Miguel (Bordéus, 1862) na qual percebemos a delicadeza com que é descrita essa virtude. Ele a inicia dizendo que:
“A piedade é a virtude que mais vos aproxima dos anjos; é a irmã da caridade, que vos conduz a Deus. Ah! Deixai que o vosso coração se enterneça ante o espetáculo das misérias e dos sofrimentos dos vossos semelhantes. Vossas lágrimas são um bálsamo que lhes derramais nas feridas e, quando por bondosa simpatia chegais a lhes proporcionar a esperança e a resignação, que encanto não experimentais!”[1]
Quando, realmente, somos tocados pelo sentimento de amor ao próximo, a ternura e a bondade conduzirão nossos gestos no atendimento ao que padece as dores da alma e carece de recursos materiais para sobreviver com dignidade.
Ao contrário, o egoísmo e o orgulho distanciam o ser humano deste despertar para a necessidade do outro, esquecidos de que ninguém poderá viver somente em função de seus desejos pessoais e objetivos materiais, sem a mínima preocupação com os que sofrem privações morais e físicas.
Esta mensagem chama nossa atenção para a felicidade que a alma sente quando se deixa levar pelo sentimento nobre da piedade e transcrevo o que o nobre Espírito descreve:
“Envolve-o penetrante suavidade que enche de júbilo a alma. A piedade, a piedade bem sentida é amor; amor é devotamento; devotamento é o olvido de si mesmo e esse olvido, essa abnegação em favor dos desgraçados, é a virtude por excelência, a que em toda a sua vida praticou o divino Messias e ensinou na sua doutrina tão santa e tão sublime.”[2]
A busca do prazer e o esquecimento dos deveres morais para com o próximo, depois de alcançados os anseios egoístas e estritamente materiais, deixam na alma humana um vazio que se transforma em tédio e desencanto.
Alguns indivíduos descuidados com seus deveres para com a comunidade na qual vivem, mostram-se indiferentes às dores alheias e se preservam de qualquer tipo de preocupação com os apelos que lhes chegam para ajudar aos que padecem privações.
A indiferença moral diante do infortúnio alheio é característica de pessoas egoístas e orgulhosas que, ainda, desconhecem o valor da caridade, os benefícios do amor em suas vidas e, principalmente, não cogitam das coisas espirituais porque ignoram ou se colocam indiferentes a esses assuntos desagradáveis que poderiam ofuscar sua felicidade irreal e transitória.
A indiferença quando gera complexo de culpa é danosa ao psiquismo humano, porque traz o desequilíbrio da emoção e frustra a alma dos sentimentos enobrecidos que a fariam viver em clima de paz e plenitude.
familiaCada um de nós faz a diferença quando nos propomos a agir com altruísmo e bondade, quando decidimos que a fraternidade real somente acontecerá se nos dispusermos a amar e compreender o irmão do caminho…
A começar por nós mesmos, amando-nos e aceitando-nos com nossas limitações para entender o próximo em suas dificuldades e equívocos, em suas necessidades e carências.
Quando estamos bem interiormente, aceitando-nos e sendo compassivos para conosco, mais facilmente compreenderemos o outro e seremos capazes de termos compaixão e piedade para com ele.
Iniciaremos com gestos mais simples de simpatia, uma palavra de bondade, um toque de carinho, a mão estendida, o abraço afetuoso e compreensivo, o diálogo esclarecedor e fraterno…
São atitudes de bondade, demonstrando que estamos tentando ampliar o sentimento de amor ao que nos procura necessitado de compreensão e apoio.
Na reciprocidade da vida, quando damos amor é certo que ele voltará para nós em doses que nos surpreenderão, como benesses em momentos de necessidades e carências…
Sêneca já dizia no Século I AC, que onde quer que haja um ser humano, há uma oportunidade para o bem.
Os nossos irmãos budistas colocam a bondade e o amor ao próximo como a religião de todos os que desejam conquistar a paz.
Jesus Cristo, nosso Mestre, coloca o amor como a base de Sua Doutrina, ensinando-nos o caminho da verdade e da vida.
Voltando a falar em sensibilidade que foi o que chamou minha atenção para este assunto, desejo enfatizar a necessidade de nos motivarmos mais e prestarmos mais atenção às necessidades do próximo, procurando externar em gestos de bondade e compreensão o sentimento nobre da piedade que nos leva a ter compaixão pelo que sofre e necessita de ajuda.
E percebo, agora, através da janela diante de mim que a Natureza já se abre em luzes e cores para enfeitar essa manhã e repasso o pensamento nobre de Thich N. Hahn, pacifista e monge budista que viveu no século XX, prometendo a mim mesma ter a mesma atitude:
“Sorrio ao acordar esta manhã. Vinte e quatro horas novinhas estão diante de mim. Prometo vivê-las plenamente em cada momento e olhar com compaixão para todos os seres.” [3]
Desejo, sinceramente, que você faça o mesmo!
Espíritas pela Segunda Vez
O número dos reencarnados detentores de conhecimento anterior do Espiritismo aumenta e aumentará a cada dia.
Quanto mais a individualidade consciente mentalize o Mundo Espiritual numa vida física, mais facilidades obtém para lembrar-se dele em outra.
A militança doutrinária, o exercício da mediunidade ou a responsabilidade espírita vincam a alma de profundas e claras percepções que transpõem a força amortecedora da carne.
Os princípios espíritas, a pouco e pouco, automatiizar-se-ão no cosmo da mente, através de reflexos morais condicionados pela criatura, assentados no sentimento intuitivo da existência de Deus e no pressentimento da sobrevivência após a morte que todos carregam no imo do ser.
Daí nasce o valor inapreciável da leitura, da meditação e da troca de idéias sobre as verdades que o Espiritismo encerra e a sua conseqüente realização no dia-dia terrestre.
Estudar e exercer as obrigações de caráter espírita é construir para sempre, armazenar para o futuro, libertar-se de instintos e paixões inferiores, rasgar e ampliar horizontes e perspectivas que enriqueçam as idéias inatas, destinadas a se desdobrarem quais roteiros de luz, na época da meninice e da puberdade, nas existências próximas.
A maior prova da eternidade do Espiritismo, nos caminhos humanos, é essa consolidação de seus postulados na consciência, de vida em vida, de século em século, esculpindo a memória, marcando a visão, desentranhando a emotividade, sulcando a inteligência e plasmando idéias superiores nos recessos do espirito.
A Terra recepciona atualmente a quinta geração de profitentes do Espiritismo, composta de número maior de criaturas que receberão a responsabilidade espírita pela segunda vez. Esse evento, de suma importância na Espiritualidade, reclama vigilante dedicação dos pais, mais viva perseverança dos médiuns, mais acentuada abnegação dos evangelizadores da infância, maior compreensão de todos.
Um exemplo de alguém, uma página isolada, um livro que se dá, um fato esclarecedor, uma opinião persuasiva, uma contribuição espontânea, erigir-se-ão, muita vez, por recurso mais ativo na excitação dessas mentes para a verdade, catalisando-lhes as reações de reminiscências adormecidas, que ressoarão à guisa de clarins na acústica da alma.
Amigo, o Espiritismo é a nossa Causa Comum. Auxilia os novos-velhos mergulhadores da carne, divide com eles os valores espirituais que possuis. Oferece-lhes a certeza de tua convicção, a alegria de tua esperança, a caridade de tua ação.
Se eles descem à tua procura, é indispensável recordes que esses companheiros reencarnantes contigo e o teu coração junto deles "serão conhecidos", na Vida Maior,"por muito se amarem".
CARLOS LOMBA – do livro Seareiros de Volta
Quanto mais a individualidade consciente mentalize o Mundo Espiritual numa vida física, mais facilidades obtém para lembrar-se dele em outra.
A militança doutrinária, o exercício da mediunidade ou a responsabilidade espírita vincam a alma de profundas e claras percepções que transpõem a força amortecedora da carne.
Os princípios espíritas, a pouco e pouco, automatiizar-se-ão no cosmo da mente, através de reflexos morais condicionados pela criatura, assentados no sentimento intuitivo da existência de Deus e no pressentimento da sobrevivência após a morte que todos carregam no imo do ser.
Daí nasce o valor inapreciável da leitura, da meditação e da troca de idéias sobre as verdades que o Espiritismo encerra e a sua conseqüente realização no dia-dia terrestre.
Estudar e exercer as obrigações de caráter espírita é construir para sempre, armazenar para o futuro, libertar-se de instintos e paixões inferiores, rasgar e ampliar horizontes e perspectivas que enriqueçam as idéias inatas, destinadas a se desdobrarem quais roteiros de luz, na época da meninice e da puberdade, nas existências próximas.
A maior prova da eternidade do Espiritismo, nos caminhos humanos, é essa consolidação de seus postulados na consciência, de vida em vida, de século em século, esculpindo a memória, marcando a visão, desentranhando a emotividade, sulcando a inteligência e plasmando idéias superiores nos recessos do espirito.
A Terra recepciona atualmente a quinta geração de profitentes do Espiritismo, composta de número maior de criaturas que receberão a responsabilidade espírita pela segunda vez. Esse evento, de suma importância na Espiritualidade, reclama vigilante dedicação dos pais, mais viva perseverança dos médiuns, mais acentuada abnegação dos evangelizadores da infância, maior compreensão de todos.
Um exemplo de alguém, uma página isolada, um livro que se dá, um fato esclarecedor, uma opinião persuasiva, uma contribuição espontânea, erigir-se-ão, muita vez, por recurso mais ativo na excitação dessas mentes para a verdade, catalisando-lhes as reações de reminiscências adormecidas, que ressoarão à guisa de clarins na acústica da alma.
Amigo, o Espiritismo é a nossa Causa Comum. Auxilia os novos-velhos mergulhadores da carne, divide com eles os valores espirituais que possuis. Oferece-lhes a certeza de tua convicção, a alegria de tua esperança, a caridade de tua ação.
Se eles descem à tua procura, é indispensável recordes que esses companheiros reencarnantes contigo e o teu coração junto deles "serão conhecidos", na Vida Maior,"por muito se amarem".
CARLOS LOMBA – do livro Seareiros de Volta
segunda-feira, 26 de outubro de 2015
quinta-feira, 22 de outubro de 2015
quarta-feira, 21 de outubro de 2015
terça-feira, 13 de outubro de 2015
Prece
Que as energias limpantes penetrem em nossos inconscientes!!!!
Que essas águas maravilhosas penetrem cada canto, cada parede, cada alma!!!
Que as forças vivas da natureza, juntas tragam a vitória.
Que as forças da Natureza unidas rompam toda dificuldade!!!
Que àqueles que conhecem e coordenam, nos conectem com todos os neófitos do caminho!!!
Que a Divina Presença invada nosso ser e nos traga a harmonia íntima.
Que a Luz gloriosa do Cristo rompa os tentáculos obsessivos agora.
Que todos os seres, de todos os mundos, sejam felizes!!!
Que àqueles que outrora tiveram a sabedoria do manejo dos elementos, olhem para nós agora e nos inspirem!!!
Que as forças vivas, os elementos água, terra, ar e fogo purifiquem nosso inconscientes, livrando-nos da barbárie ancestral, das autoobsessões e das obsessões externas!!!
Pela lei das afinidades todos os que manejam os elementos, suas forças a serviço da Luz inspirem-nos para que entremos em sintonia com o Cosmos.
QUE o Criador, a causa primária, absoluta, aeterna, o sol eterno do Amor nos coloque em sintonia com as forças da natureza, seus raios e inspiração trazendo-nos a libertação do passado negativo: culpas, dependências, angústias, orgulhos, egoísmos, apegos, medos, paixões, depressões, baixa-estima, doença, e desorganização, JÁ!!!!
Acontece agora. Por que Deus é conosco, Deus é AMor e nós servimos a Grande Luz.
sexta-feira, 14 de agosto de 2015
All Creative Work Is Derivative
Humana diversidade nossa. Viva a pluralidade das experiências. Viva o múltiplo, o variado. Salve as milhares de experiências, deuses ,deusas, homens, atos, cores, símbolos, arquétipos, danças, crenças, vidas, experiências, Vambora nessa...
Resiliência
“Agradeço à vida por nada ter sido fácil para mim.”
Ainda que a existência do criador da psicanálise tenha sido
repleta de dificuldades, indivíduos como o neuropsiquiatra
francês Boris Cyrulnik – que escapou ainda criança do campo de concentração onde morreu toda a sua família – passaram por circunstâncias muito mais dramáticas. Porém, em vez de causar sua destruição, essas experiências aumentaram sua força e fi zeram dele uma pessoa mais sábia.
Trata-se de um processo chamado resiliência, que Cyrulnik
comenta em Os patinhos feios:
A resiliência é a arte de navegar pelas correntezas. Um trauma transtornou o ferido e o conduziu numa direção na qual preferia não ter ido. Pelo fato de ter caído em uma corrente que o arrastou e o levou até uma cascata de problemas, o resiliente recorrerá aos recursos internos impregnados em sua memória e deverá lutar para não se deixar arrastar pelo curso natural dos traumas.
Se a correnteza não nos mata, como diz Nietzsche, acabamos ganhando uma experiência essencial que nos ajudará a salvar a nós mesmos e às demais pessoas em futuras provações.
do livro - Nietzsche para estressados
quarta-feira, 22 de julho de 2015
Kardec antevê os estudos sobre a Sincronicidade de Jung.
Na Revista Espírita de julho de 1868, Allan Kardec dá o seu parecer a respeito do assunto, no capítulo intitulado “A Ciência da concordância dos números e a fatalidade”. Diz o Codificador que, embora tenha visto alguns casos singulares de concordância entre as datas de certos acontecimentos, isto se deu em pequeno número, para tirar uma conclusão, mesmo aproximada. Acrescenta, porém, que, por não se ver razão para determinada coisa, não é motivo para dizer que ela não exista.
Explica Allan Kardec que há fatos sobre os quais tem uma opinião pessoal, mas que, neste caso, não tem nenhuma. Contudo, se existir uma Lei que regule a concordância dos acontecimentos, um dia ela será conhecida, pois o Espiritismo, que assimila todas as verdades, não irá repelir mais esta. Tendo sido exposta a questão aos Espíritos, estes disseram haver, no conjunto dos fenômenos morais, como nos fenômenos físicos, relações baseadas em números.
Dizem os Espíritos que a Lei da Concordância das datas não é uma quimera. É, porém, uma das coisas que serão reveladas mais tarde e nos darão a chave de muitos fatos que parecem anomalias. Em vista disto, Kardec levanta uma questão: se os acontecimentos que decidem a sorte da Humanidade, de uma nação, de uma tribo, têm vencimentos regulados por uma lei numérica, não é a consagração de uma fatalidade, como fica, então, o livre-arbítrio do homem?
O próprio Kardec responde que isto não entrava, de maneira alguma, o livre-arbítrio humano, pois todas as leis que regem o conjunto dos fenômenos da Natureza têm consequências fatais, inevitáveis, fatalidade esta indispensável à manutenção da harmonia universal. E explica que o homem que sofre estas consequências está submetido à fatalidade, em tudo quanto não depende de sua livre iniciativa.
Assim, por exemplo, diz Allan Kardec: o homem deve morrer fatalmente. Mas se, voluntariamente, apressa a sua morte, pelo suicídio ou pelos excessos, age em virtude de seu livre-arbítrio. Deve-se comer para viver: é a fatalidade; mas, se comer além do necessário, pratica um ato de sua livre vontade; numa cela, o prisioneiro é livre para mover-se à vontade, no espaço que lhe é concedido. Mas as paredes, que ele não pode transpor, restringem-lhe a liberdade; a disciplina é para o soldado uma fatalidade. Mas ele não é livre em suas ações pessoais.
Enfim, conclui Kardec, tendo o homem o livre-arbítrio, em nada entra a fatalidade em suas ações individuais; quanto aos acontecimentos da vida privada, que muitas vezes parecem atingi-lo fatalmente, têm duas fontes bem distintas: uns são a consequência direta de sua conduta na existência presente; ele não pode queixar-se senão de si mesmo e não da fatalidade, ou, como se diz, de sua má estrela. Os outros são inteiramente independentes da vida presente e perecem, por isto mesmo, devidos a uma certa fatalidade.
Altamirando Carneiro
Explica Allan Kardec que há fatos sobre os quais tem uma opinião pessoal, mas que, neste caso, não tem nenhuma. Contudo, se existir uma Lei que regule a concordância dos acontecimentos, um dia ela será conhecida, pois o Espiritismo, que assimila todas as verdades, não irá repelir mais esta. Tendo sido exposta a questão aos Espíritos, estes disseram haver, no conjunto dos fenômenos morais, como nos fenômenos físicos, relações baseadas em números.
Dizem os Espíritos que a Lei da Concordância das datas não é uma quimera. É, porém, uma das coisas que serão reveladas mais tarde e nos darão a chave de muitos fatos que parecem anomalias. Em vista disto, Kardec levanta uma questão: se os acontecimentos que decidem a sorte da Humanidade, de uma nação, de uma tribo, têm vencimentos regulados por uma lei numérica, não é a consagração de uma fatalidade, como fica, então, o livre-arbítrio do homem?
O próprio Kardec responde que isto não entrava, de maneira alguma, o livre-arbítrio humano, pois todas as leis que regem o conjunto dos fenômenos da Natureza têm consequências fatais, inevitáveis, fatalidade esta indispensável à manutenção da harmonia universal. E explica que o homem que sofre estas consequências está submetido à fatalidade, em tudo quanto não depende de sua livre iniciativa.
Assim, por exemplo, diz Allan Kardec: o homem deve morrer fatalmente. Mas se, voluntariamente, apressa a sua morte, pelo suicídio ou pelos excessos, age em virtude de seu livre-arbítrio. Deve-se comer para viver: é a fatalidade; mas, se comer além do necessário, pratica um ato de sua livre vontade; numa cela, o prisioneiro é livre para mover-se à vontade, no espaço que lhe é concedido. Mas as paredes, que ele não pode transpor, restringem-lhe a liberdade; a disciplina é para o soldado uma fatalidade. Mas ele não é livre em suas ações pessoais.
Enfim, conclui Kardec, tendo o homem o livre-arbítrio, em nada entra a fatalidade em suas ações individuais; quanto aos acontecimentos da vida privada, que muitas vezes parecem atingi-lo fatalmente, têm duas fontes bem distintas: uns são a consequência direta de sua conduta na existência presente; ele não pode queixar-se senão de si mesmo e não da fatalidade, ou, como se diz, de sua má estrela. Os outros são inteiramente independentes da vida presente e perecem, por isto mesmo, devidos a uma certa fatalidade.
Altamirando Carneiro
quinta-feira, 25 de junho de 2015
quinta-feira, 4 de junho de 2015
Amor Pacífico e Fecundo
Amor Pacífico e Fecundo
Não quero amor
que não saiba dominar-se,
desse, como vinho espumante,
que parte o copo e se entorna,
perdido num instante.
Dá-me esse amor fresco e puro
como a tua chuva,
que abençoa a terra sequiosa,
e enche as talhas do lar.
Amor que penetre até ao centro da vida,
e dali se estenda como seiva invisível,
até aos ramos da árvore da existência,
e faça nascer
as flores e os frutos.
Dá-me esse amor
que conserva tranquilo o coração,
na plenitude da paz!
Rabindranath Tagore, in "O Coração da Primavera"
Tradução de Manuel Simões
Não quero amor
que não saiba dominar-se,
desse, como vinho espumante,
que parte o copo e se entorna,
perdido num instante.
Dá-me esse amor fresco e puro
como a tua chuva,
que abençoa a terra sequiosa,
e enche as talhas do lar.
Amor que penetre até ao centro da vida,
e dali se estenda como seiva invisível,
até aos ramos da árvore da existência,
e faça nascer
as flores e os frutos.
Dá-me esse amor
que conserva tranquilo o coração,
na plenitude da paz!
Rabindranath Tagore, in "O Coração da Primavera"
Tradução de Manuel Simões
O déficit de atenção está no comportamento da nossa sociedade e não nas nossas crianças
O déficit de atenção está no comportamento da nossa
sociedade e não nas nossas crianças
Marcela Picanço
Fonte: www.lounge.obviousmag.org – clique e conheça
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“Foi aí que minha mãe resolveu perguntar à minha médica por que eu ficava concentrada nas coisas que eu gostava de fazer. Ela disse que isso era normal. Nas áreas que eu tinha mais habilidade, os sintomas não apareciam de modo que me atrapalhassem. Que doença engraçada, né? Mal do século, eu diria. A nossa sociedade está criando doenças para quem estiver fora do padrão de comportamento esperado. Então, vi que o problema não estava em mim e nem na maioria das crianças que precisa tomar um remédio para entrar num padrão social. O problema está no nosso ensino totalmente precário, que se preocupa mais se o aluno vai passar em medicina do que se ele será um bom cidadão.”
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Alguns dados apontam que nos últimos anos os casos de Déficit de Atenção triplicaram entre nossas crianças. Eu estou entre uma dessas crianças. Com uns treze anos comecei a tomar um remédio com tarja preta chamado Ritalina, que pra mim, de fato fazia uma diferença enorme. Quando eu era criança fui chamada várias vezes de hiperativa, desconcentrada. Meus professores adoravam falar como eu me dispersava rápido. Engraçado, continuo assim, mas hoje tento usar isso ao meu favor. O remédio vai soltando doses ao longo do dia e pode durar até 8 horas. Tomava antes de ir para escola e ficar ligada na aula. Nunca fui boa em matemática, física, química, mas me esforçava o bastante pra não ficar de recuperação. Lembro que eu achava que o remédio fazia uma diferença significativa na hora de fazer uma prova. Eu realmente me transformava, durante 8 horas, em uma pessoa mais focada. O déficit de atenção é mais comum do que se imagina.
Assim que entrei na faculdade resolvi largar o remédio. Fui percebendo, ao longo dos anos, que eu não precisava dele para escrever uma boa redação, ou pra ler um livro que eu gostava, nem pra fazer prova de história. Não precisei do remédio para decorar um dos meus primeiros textos de teatro. Eu nem tomava o remédio pra ir pra aula de teatro e eu era uma pessoa igualmente focada nessas aulas. Foi aí que minha mãe resolveu perguntar à minha médica por que eu ficava concentrada nas coisas que eu gostava de fazer. Ela disse que isso era normal. Nas áreas que eu tinha mais habilidade, os sintomas não apareciam de modo que me atrapalhassem. Que doença engraçada, né? Mal do século, eu diria. A nossa sociedade está criando doenças para quem estiver fora do padrão de comportamento esperado.
Então, vi que o problema não estava em mim e nem na maioria das crianças que precisa tomar um remédio para entrar num padrão social. O problema está no nosso ensino totalmente precário, que se preocupa mais se o aluno vai passar em medicina do que se ele será um bom cidadão.É claro que em alguns casos específicos, o uso da Ritalina é de extrema importância e eficácia, mas acredito que, na maioria das vezes, o Déficit de atenção poderia ser tratado de outras formas. Estudei minha vida toda numa escola diferente, que se importava com a cabeça dos seus alunos e valorizava o que eles tinham de melhor, incentivando a arte, o esporte e a ciência. Lembro que as notas eram dividias em 40% de provas e os outros 60% eram de comportamento. Se você soubesse lidar bem com um grupo, participasse da aula, fosse educado e responsável, já era o suficiente pra passar de ano. E ninguém deixava de estudar, afinal queríamos ter notas boas. Depois fui pra uma escola que tinham tantos alunos que os professores não conseguiam gravar o nome nem dá metade deles. Nunca mais falamos em preconceito ou direitos humanos. Nunca mais falamos sobre ler livros sem ser por obrigação. Depois, mais tarde, os professores reclamavam que líamos pouco, mas como, se tínhamos tão pouco incentivo? Lembro que na minha outra escola ganhei gosto pela leitura quando eu ainda era bem pequena. Devorava livros e mais livros, afinal a gente tinha uma aula só de leitura.
Me mudei para essa nova escola porque eu precisava passar no vestibular, mas eu não via sentido nenhum em nada daquilo. Fui me sentindo cada vez mais idiota porque eu não conseguia ir bem em nenhuma matéria de exatas, mas falaram que pra passar no vestibular era preciso saber mais exatas do que humanas. Aumentei a dose do remédio Ritalina pra poder ficar pelo menos na média. Fico pensando quantas crianças vão ter que se sentir burras e diferentes e tomar um remédio tarja preta pra ficar na média na escola, pra ficar na média na vida, pra ser sempre medíocre porque a educação não nos dá a oportunidade de sermos brilhantes. No ensino médio os adolescentes são constantemente comparados, como em uma empresa, para que haja desde cedo um espirito de competição. Infelizmente essa competição é completamente injusta, pois as pessoas têm habilidades diferentes. Como já disse Albert Einstein “Todo mundo é um gênio, mas se você julgar um peixe por sua capacidade de subir em árvores, ele passará sua vida inteira acreditando ser estúpido” e é exatamente isso que nosso ensino faz.
A qualidade de uma escola é medida pelo número de aprovações que seus alunos têm no vestibular e não pela pessoa que ela está formando para o mundo. Como queremos ter profissionais mais dedicados se, desde pequenos, somos ensinados que se importar com o outro não é o que importa, mas sim ser sempre melhor que todo mundo? Infelizmente, nossa educação forma pessoas cada vez mais quadradas, que pensam dentro de uma caixinha. Não se permitem ir atrás das informações e nem na melhor forma de resolver problemas. As aulas de artes são totalmente técnicas e insuportáveis. Não nos dão oportunidade de sermos realmente quem queremos ser e crescemos adultos chatos, controladores e depressivos.
Infelizmente nosso comportamento é resultado da educação que tivemos e isso só vai mudar quando todas as áreas foram igualmente valorizadas nas escolas e entre os alunos. Cada vez teremos mais crianças com déficit de atenção. Principalmente agora com a tecnologia, que todas elas podem ter acesso rápido a tudo. Por que elas ficariam prestando atenção em uma aula chata? Por que elas ficariam prestando atenção em algo que elas podem aprender em um segundo procurando no Google? O nosso sistema educacional precisa mudar rapidamente, pois não podemos achar que o ensino pode continuar o mesmo de 20 anos atrás, onde não existia tanta informação com facilidade. As crianças estão perdendo o interesse na escola. Elas estão vendo o mundo de possibilidades que existe ao redor delas, vendo tudo que elas podem criar e transformar e os colégios continuam insistindo naquele velho formato. Todas as pessoas têm uma genialidade, mas o mundo insiste, por algum motivo que sejamos medíocres, dentro de um padrão. Não valorizam o aluno bagunceiro, nem o que vive no mundo da lua. Esses que no futuro provavelmente serão os adultos mais criativos. A nossa educação mata a nossa criatividade. Na escola não temos nenhuma oportunidade de nos mostrar e nem de crescer intelectualmente, pois quanto mais velhos ficamos, taxam de ridículo aquilo que fazemos de diferente, mas que se for estimulado, poderia ser genial. É triste a situação em que vivemos, mas já foram inauguradas escolas com uma proposta totalmente diferente de ensino, onde as matérias não são separadas, mas são aprendidas juntas, como se fosse uma só. Os alunos também não são separados por turmas de acordo com a idade, mas sim por habilidades que os alunos apresentam. Espero que esse realmente seja o futuro do nosso ensino e que não criemos mais doenças para fazer as crianças se sentirem anormais. “Somos todos folhas da mesma árvore”, esse era o lema da minha primeira escola. Ainda bem que aprendi assim.
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Curta metragem documentário. O quadrinho nacional na época da ditadura.
Curta metragem documentário. O quadrinho nacional na época da ditadura.
A guerra dos Gibis from Memória Viva on Vimeo.
JUVENTUDE E PENSAMENTO CONSERVADOR NO BRASIL
Mais recente lançamento Educ - Editora da PUC-SP!!!
JUVENTUDE E PENSAMENTO CONSERVADOR NO BRASIL, de
Katya Mitsuko Zuquim Braghini
Mais do que tentar salvar ou demonizar a juventude, esse livro mostra, analisando a política editorial de uma revista específica associada à imprensa em geral, a produção não só de uma noção binária de juventude, mas de toda uma ideologia sobre esse grupo social. Ideologia que mescla pressupostos “naturais” – a juventude como uma fase da vida, repleta de potência – com a clara compreensão de que ela é destinatária inconteste de práticas de formação. Sobre o período, da ditadura civil-militar, o texto também não se equivoca: a polarização entre diversas maneiras de ser jovem era a aposta de um novo e potente mercado que ia da contracultura ao rock, mas também do nascimento dos shopping centers à afirmação da cultura fitness. Cultura de massas, sempre fomentada pelos regimes de exceção, que não se cansam de mobilizar os jovens para as causas mais diversas. A produção de uma sensibilidade para o mercado, de maneira refinada capturada por sua autora, parece ter sido o fim último daquela iniciativa editorial. Que ecos daquela experiência podemos perceber nas formas de ser jovem nos dias de hoje? Faz sentido buscar por aqueles ecos?
EDUC-Fapesp • ISBN 978-85-283-0505-0 • 2015
294 páginas • 16x23 cm • R$ 50,00
O livro encontra-se à venda nos sites das livrarias Cultura, Saraiva e Cia dos Livros e, também, no Espaço Educ (Prédio Novo da PUC- SP), com 30% de desconto.
JUVENTUDE E PENSAMENTO CONSERVADOR NO BRASIL, de
Katya Mitsuko Zuquim Braghini
Mais do que tentar salvar ou demonizar a juventude, esse livro mostra, analisando a política editorial de uma revista específica associada à imprensa em geral, a produção não só de uma noção binária de juventude, mas de toda uma ideologia sobre esse grupo social. Ideologia que mescla pressupostos “naturais” – a juventude como uma fase da vida, repleta de potência – com a clara compreensão de que ela é destinatária inconteste de práticas de formação. Sobre o período, da ditadura civil-militar, o texto também não se equivoca: a polarização entre diversas maneiras de ser jovem era a aposta de um novo e potente mercado que ia da contracultura ao rock, mas também do nascimento dos shopping centers à afirmação da cultura fitness. Cultura de massas, sempre fomentada pelos regimes de exceção, que não se cansam de mobilizar os jovens para as causas mais diversas. A produção de uma sensibilidade para o mercado, de maneira refinada capturada por sua autora, parece ter sido o fim último daquela iniciativa editorial. Que ecos daquela experiência podemos perceber nas formas de ser jovem nos dias de hoje? Faz sentido buscar por aqueles ecos?
EDUC-Fapesp • ISBN 978-85-283-0505-0 • 2015
294 páginas • 16x23 cm • R$ 50,00
O livro encontra-se à venda nos sites das livrarias Cultura, Saraiva e Cia dos Livros e, também, no Espaço Educ (Prédio Novo da PUC- SP), com 30% de desconto.
sexta-feira, 17 de abril de 2015
Nos meandros da esquizofrenia: Visão espírita
Olá, muita paz.
A Esquizofrenia é um distúrbio que envolve varias psicopatias e
disfunções de índole mental que podem interligar-se.
Nas suas formas encontramos uma ruptura da orla psíquica, ou
seja apresentações de distonias das funções inerentes ao psiquismo,
que intuem a distorção de personalidade e a perda do sentido real
adjacente da vida normalizada.
No entanto existem também fatores que são transmitidos pela
sucessão remanescente dum pretérito de antecedentes vivenciais,
aquilo que são as enfermidades viróticas e seus efeitos psicossociais,
socioeconomicos, afetivos e traumáticos marcantes.
Nesta ambivalência o enfermo mergulha numa coexistência
alienatória, procurando nela viver sua libertação de ilusão cônscia
de complexo culporio, que lhe vai tomando o rumo comportamental
numa dimensão só sua e fora do âmbito real, digamos, isola-se
num mundo muito seu, abstrato ao teor de envolvência que gerou a
sua convivência, fecha-se no seu casulo consciencial, que não o da
realidade.
Em tempos remotos, o trato com estes enfermos era aterrorizador
em vez de apaziguador, considerados “loucos e perigosos” eram
colocados em camisas de forças, isolavam-nos em celas, tal qual de
prisioneiros se tratasse, o uso de choques elétricos e por vezes
violência, eram os meios usados para incutir o medo, forma de facilitar
o trato com os mais excitados, enfim entoação à intimidação, que
apenas iria realçar maior revolta no interior da mente atingida por
esta terapia rudimentar , que no fundo reduzia-se ao destituir por falta
de conhecimento, de vidas , que muito poderiam ainda alimentar de
evolução e apenas ficariam na inércia do tempo em sofrimento. Claro
que nada existe ao acaso e a Lei de causa e efeito nos presenteia em
todos os momentos com oportunidades de crescimento da alma, claro
que na ordem de valores existirá sempre um sentido de renovação
nestes episódios , mas que o tempo permitiram vir a ser também pela
sumula do tempo , caminhos para aprendizado no culto da evolução
de defesa e terapia em favor da doença.
Os tempos pela marca da reencarnação for am trazendo novas,
através dos fenômenos de Jung e apoiados nas teorias de Freud, Blender,
Broca , Bleuler (*) e outros.
Freud traz a psicanálise e Jung a psicologia analítica, uma
inovação enorme para a complexibilidade da enfermidade, mas que
apesar diferirem na analise projecionista, tem um cunho de grande
evolução.
Carl Gustav Jung se distingue da psicanálise iniciada por Freud, por
uma noção mais alargada da libido e pela introdução do conceito de
inconsciente coletivo.
“Diferentemente de Freud, Jung via o inconsciente não apenas
como um repositório das memórias e das pulsões reprimidas, mas
também como um sistema passado de geração em geração, vivo em
constante atividade, contendo todo o esquecido e também
neoformações criativas, organizadas segundo funções coletivas e
herdadas. O inconsciente coletivo que propõe não é, apesar das
incessantes incompreensões de seus críticos, composto por memórias
herdadas, mas sim por pré-disposições funcionais de organização do
psiquismo.”
Esta evolução afirma-se pela ligação que Jung colocava nos
fenômenos espirituais os quais Freud, como ateu, não partilhava, mas
fica o registro de que os Hospícios deixaram de existir para “loucos”
mas para doentes com personalidades complexas a necessitar de
análise e estudo permanente, tendo a complexibilidade de atendimento
e terapia melhorado.
As alternativas alteraram-se de tal forma que, inclusive,
determinadas fases do restabelecimento podia se realizar em casa
com a família e com isso criar o elo emocional de proximidade,
incentivando dessa forma o próprio doente, dando-lhe confiança. Claro
que cada caso é um caso, mas no geral do processo, a terapia de grupo
tem sempre um forte componente de empenhamento maior e um cariz
(semblante, aspecto) de emoção que se faz sentir como tônico
recuperador.
“E a pedagogia de aproximação, se tornou um barômetro de grandeza
maior, tal qual através do dialogo que temos em doutrinação nos
trabalhos espirituais. Eles necessitam de doutrinação, diálogo, amor,
atenção e autoconfiança”; Lembro o “conhece-te a ti mesmo”.
O reflexo dos fantasmas, da melancolia, do medo e revolta, não se
curam com hostilidade, mas com a voz da tolerância, amor e da
renúncia, porque não existe espírito à face da terra e na erraticidade que não precise disso!?(estando ao mesmo nível).
O transtorno esquizofrênico, a alienação mental e distorção da
realidade traz nestes Seres vínculos de transitoriedade revoltosos,
porque não conseguem assimilar com fluidez as emoções, os
sentimentos, fechando-se no seu mundo que é preciso abrir, porém
muito desse espaço consciencial é tomado pela obsessão
multifacetada e abre-se pelo vácuo do inconsciente através de
ideoplastias constantes que necessitam de ser tomadas em conta
e com plena relevância, um exame analítico, não resolve, ele
carece de um acompanhamento psicoterapeutico e espiritual que,
como sabemos, é uma disfunção do espírito, visto ser o núcleo da
doença. Porém é necessário tratar do perispírito por ser ele o
responsável pelas distonia orgânica e psíquica, acompanhadas
com influência perniciosa de espíritos de menor índole,
requerendo constante envolvência fluídica benfeitora de forma a
toldar o seu pensamento com boas vibrações. A fluidoterapia tem
aí o seu papel importante.
Quando falamos em adolescentes forma-se uma reformulação da
sintomologia, mais identificada pela associação ao medo, preocupação
em demasia com o corpo, obsessões bem vincadas pela marca de
fragilidades enormes de conduta, envolvendo os próprios familiares
nessa teia de reajuste (Hipocondria), demasiado apego aos ditames da
doença (basta um simples adormecimento de um dedo para se mostrar
completamente desequilibrado), outros fatores que se ajustam as estes
casos, vinculação a estupefacientes e álcool recriam a delusão (falsa
crença), perda de lucidez, aprisionamento a conflitos conscienciais e a
caustificação dos mesmos pela ideoplastia do terror, que faz empedrenir
(ou empedernir = empedrar, endurecer) o coração e manifestar a
violência no cerne do coração. Aqui é a reeducação no foro moral que
se torna implacável na fórmula da provação compulsória.
Hoje os meios são mais generosos, fruto do estudo constante e da
evolução humana. O desenvolvimento de várias medicações e
intervenções psicossociais tem melhorado muito a perspectiva de
pacientes com esquizofrenia. Os antipsicóticos já controlam os sintomas
do transtorno sem causar tantos efeitos adversos estigmatizantes.
Orientação e outras intervenções psicossociais podem ajudar os
pacientes e seus familiares a aprenderem a controlar o transtorno mais
efetivamente, reduzir a perturbação social e ocupacional, melhorando
a reintegração social de pessoas com esquizofrenia.
Estes são os três componentes principais do tratamento da
esquizofrenia:
• Medicamentos para aliviar os sintomas e prevenir recaídas;
• Educação e intervenções psicossociais para ajudar os pacientes
e seus familiares a solucionar problemas, lidar com o estresse, enfrentar
a doença e suas complicações, e ajudar a prevenir recaídas;
• Reabilitação social para ajudar os pacientes a se reintegrarem
na comunidade recuperando a atividade educacional ou ocupacional.
Os médicos devem respeitar os princípios descritos na Declaração
da World Psychiatric Association de Madrid, publicada em 1996:
“que salientou a importância de se manter a par dos
desenvolvimentos científicos, transmitindo informações atualizadas
e aceitando o paciente como um parceiro no processo terapêutico”.
Também é importante que as várias técnicas de tratamento sejam
oferecidas de uma forma integrada, por exemplo, usando os princípios
de equipes de tratamento (Kanter 1989). Isso garante que todos os
esforços estejam focalizados sobre as mesmas metas e que o
paciente e seus familiares identifiquem uma linha terapêutica comum
nos planos de tratamento. Finalmente, os médicos devem incentivar
seus pacientes e familiares a participarem de grupos de apoio, que
podem fornecer ajuda e orientações valiosas para enfrentar melhor
a doença.
Educação em termos práticos nas intervenções psicossociais tem
de ter como sentido reduzir sintomas positivos e negativos, melhorar a
aderência ao tratamento, prevenir recaídas, melhorar as habilidades
sociais e de comunicação. A intervenção psicossocial é o complemento
ideal para as terapias medicamentosas.
Os problemas enfrentados por pessoas com esquizofrenia são
sociais, emocionais, pessoais, clínicos e de discriminação.
Não adianta rigorosas técnicas médicas e de reabilitação social,
sem medicação combinada e reabilitação, daí no complio (**) social
poder ser revitalizado no aproveitamento à espiritualidade pelo estigma
da auto estima, do apoio moral e da energia recuperativa perispiritual
pela transfusão fluídica, reforçando o fulcro ativo dos medicamentos
utilizados, pela água fluidificada e pela força da fé fervorosa e
desanuviamento pela prece consoladora, forças maiores que
adestradas à vontade são um solvente expressivo para a vida destes
irmãos.
Victor Passos
Fonte: http://www.forumespirita.net/fe/artigos-espiritas/nosmeandros-esquizofrenia-visao-espiritual/#ixzz27UNTuSsW
Bibliografia:
- World Psychiatric Association Section of Old Age Psychiatry
Consensus Statement on Ethics and Capacity in older people with mental
disorders” http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol37/n4/169.htm
European Dementia Consensus Network Consensus Statements.
Disponível em: http://edcon-dementia.net/en/consensusoverview.php.
Acesso em: 30 jun 2010.
- “Autismo” Uma Leitura Espiritual - Herminio Miranda
- Livro Dos Médiuns de Allan Kardec
- “Memórias de um suicida” Yvonne A. Pereira
A Esquizofrenia é um distúrbio que envolve varias psicopatias e
disfunções de índole mental que podem interligar-se.
Nas suas formas encontramos uma ruptura da orla psíquica, ou
seja apresentações de distonias das funções inerentes ao psiquismo,
que intuem a distorção de personalidade e a perda do sentido real
adjacente da vida normalizada.
No entanto existem também fatores que são transmitidos pela
sucessão remanescente dum pretérito de antecedentes vivenciais,
aquilo que são as enfermidades viróticas e seus efeitos psicossociais,
socioeconomicos, afetivos e traumáticos marcantes.
Nesta ambivalência o enfermo mergulha numa coexistência
alienatória, procurando nela viver sua libertação de ilusão cônscia
de complexo culporio, que lhe vai tomando o rumo comportamental
numa dimensão só sua e fora do âmbito real, digamos, isola-se
num mundo muito seu, abstrato ao teor de envolvência que gerou a
sua convivência, fecha-se no seu casulo consciencial, que não o da
realidade.
Em tempos remotos, o trato com estes enfermos era aterrorizador
em vez de apaziguador, considerados “loucos e perigosos” eram
colocados em camisas de forças, isolavam-nos em celas, tal qual de
prisioneiros se tratasse, o uso de choques elétricos e por vezes
violência, eram os meios usados para incutir o medo, forma de facilitar
o trato com os mais excitados, enfim entoação à intimidação, que
apenas iria realçar maior revolta no interior da mente atingida por
esta terapia rudimentar , que no fundo reduzia-se ao destituir por falta
de conhecimento, de vidas , que muito poderiam ainda alimentar de
evolução e apenas ficariam na inércia do tempo em sofrimento. Claro
que nada existe ao acaso e a Lei de causa e efeito nos presenteia em
todos os momentos com oportunidades de crescimento da alma, claro
que na ordem de valores existirá sempre um sentido de renovação
nestes episódios , mas que o tempo permitiram vir a ser também pela
sumula do tempo , caminhos para aprendizado no culto da evolução
de defesa e terapia em favor da doença.
Os tempos pela marca da reencarnação for am trazendo novas,
através dos fenômenos de Jung e apoiados nas teorias de Freud, Blender,
Broca , Bleuler (*) e outros.
Freud traz a psicanálise e Jung a psicologia analítica, uma
inovação enorme para a complexibilidade da enfermidade, mas que
apesar diferirem na analise projecionista, tem um cunho de grande
evolução.
Carl Gustav Jung se distingue da psicanálise iniciada por Freud, por
uma noção mais alargada da libido e pela introdução do conceito de
inconsciente coletivo.
“Diferentemente de Freud, Jung via o inconsciente não apenas
como um repositório das memórias e das pulsões reprimidas, mas
também como um sistema passado de geração em geração, vivo em
constante atividade, contendo todo o esquecido e também
neoformações criativas, organizadas segundo funções coletivas e
herdadas. O inconsciente coletivo que propõe não é, apesar das
incessantes incompreensões de seus críticos, composto por memórias
herdadas, mas sim por pré-disposições funcionais de organização do
psiquismo.”
Esta evolução afirma-se pela ligação que Jung colocava nos
fenômenos espirituais os quais Freud, como ateu, não partilhava, mas
fica o registro de que os Hospícios deixaram de existir para “loucos”
mas para doentes com personalidades complexas a necessitar de
análise e estudo permanente, tendo a complexibilidade de atendimento
e terapia melhorado.
As alternativas alteraram-se de tal forma que, inclusive,
determinadas fases do restabelecimento podia se realizar em casa
com a família e com isso criar o elo emocional de proximidade,
incentivando dessa forma o próprio doente, dando-lhe confiança. Claro
que cada caso é um caso, mas no geral do processo, a terapia de grupo
tem sempre um forte componente de empenhamento maior e um cariz
(semblante, aspecto) de emoção que se faz sentir como tônico
recuperador.
“E a pedagogia de aproximação, se tornou um barômetro de grandeza
maior, tal qual através do dialogo que temos em doutrinação nos
trabalhos espirituais. Eles necessitam de doutrinação, diálogo, amor,
atenção e autoconfiança”; Lembro o “conhece-te a ti mesmo”.
O reflexo dos fantasmas, da melancolia, do medo e revolta, não se
curam com hostilidade, mas com a voz da tolerância, amor e da
renúncia, porque não existe espírito à face da terra e na erraticidade que não precise disso!?(estando ao mesmo nível).
O transtorno esquizofrênico, a alienação mental e distorção da
realidade traz nestes Seres vínculos de transitoriedade revoltosos,
porque não conseguem assimilar com fluidez as emoções, os
sentimentos, fechando-se no seu mundo que é preciso abrir, porém
muito desse espaço consciencial é tomado pela obsessão
multifacetada e abre-se pelo vácuo do inconsciente através de
ideoplastias constantes que necessitam de ser tomadas em conta
e com plena relevância, um exame analítico, não resolve, ele
carece de um acompanhamento psicoterapeutico e espiritual que,
como sabemos, é uma disfunção do espírito, visto ser o núcleo da
doença. Porém é necessário tratar do perispírito por ser ele o
responsável pelas distonia orgânica e psíquica, acompanhadas
com influência perniciosa de espíritos de menor índole,
requerendo constante envolvência fluídica benfeitora de forma a
toldar o seu pensamento com boas vibrações. A fluidoterapia tem
aí o seu papel importante.
Quando falamos em adolescentes forma-se uma reformulação da
sintomologia, mais identificada pela associação ao medo, preocupação
em demasia com o corpo, obsessões bem vincadas pela marca de
fragilidades enormes de conduta, envolvendo os próprios familiares
nessa teia de reajuste (Hipocondria), demasiado apego aos ditames da
doença (basta um simples adormecimento de um dedo para se mostrar
completamente desequilibrado), outros fatores que se ajustam as estes
casos, vinculação a estupefacientes e álcool recriam a delusão (falsa
crença), perda de lucidez, aprisionamento a conflitos conscienciais e a
caustificação dos mesmos pela ideoplastia do terror, que faz empedrenir
(ou empedernir = empedrar, endurecer) o coração e manifestar a
violência no cerne do coração. Aqui é a reeducação no foro moral que
se torna implacável na fórmula da provação compulsória.
Hoje os meios são mais generosos, fruto do estudo constante e da
evolução humana. O desenvolvimento de várias medicações e
intervenções psicossociais tem melhorado muito a perspectiva de
pacientes com esquizofrenia. Os antipsicóticos já controlam os sintomas
do transtorno sem causar tantos efeitos adversos estigmatizantes.
Orientação e outras intervenções psicossociais podem ajudar os
pacientes e seus familiares a aprenderem a controlar o transtorno mais
efetivamente, reduzir a perturbação social e ocupacional, melhorando
a reintegração social de pessoas com esquizofrenia.
Estes são os três componentes principais do tratamento da
esquizofrenia:
• Medicamentos para aliviar os sintomas e prevenir recaídas;
• Educação e intervenções psicossociais para ajudar os pacientes
e seus familiares a solucionar problemas, lidar com o estresse, enfrentar
a doença e suas complicações, e ajudar a prevenir recaídas;
• Reabilitação social para ajudar os pacientes a se reintegrarem
na comunidade recuperando a atividade educacional ou ocupacional.
Os médicos devem respeitar os princípios descritos na Declaração
da World Psychiatric Association de Madrid, publicada em 1996:
“que salientou a importância de se manter a par dos
desenvolvimentos científicos, transmitindo informações atualizadas
e aceitando o paciente como um parceiro no processo terapêutico”.
Também é importante que as várias técnicas de tratamento sejam
oferecidas de uma forma integrada, por exemplo, usando os princípios
de equipes de tratamento (Kanter 1989). Isso garante que todos os
esforços estejam focalizados sobre as mesmas metas e que o
paciente e seus familiares identifiquem uma linha terapêutica comum
nos planos de tratamento. Finalmente, os médicos devem incentivar
seus pacientes e familiares a participarem de grupos de apoio, que
podem fornecer ajuda e orientações valiosas para enfrentar melhor
a doença.
Educação em termos práticos nas intervenções psicossociais tem
de ter como sentido reduzir sintomas positivos e negativos, melhorar a
aderência ao tratamento, prevenir recaídas, melhorar as habilidades
sociais e de comunicação. A intervenção psicossocial é o complemento
ideal para as terapias medicamentosas.
Os problemas enfrentados por pessoas com esquizofrenia são
sociais, emocionais, pessoais, clínicos e de discriminação.
Não adianta rigorosas técnicas médicas e de reabilitação social,
sem medicação combinada e reabilitação, daí no complio (**) social
poder ser revitalizado no aproveitamento à espiritualidade pelo estigma
da auto estima, do apoio moral e da energia recuperativa perispiritual
pela transfusão fluídica, reforçando o fulcro ativo dos medicamentos
utilizados, pela água fluidificada e pela força da fé fervorosa e
desanuviamento pela prece consoladora, forças maiores que
adestradas à vontade são um solvente expressivo para a vida destes
irmãos.
Victor Passos
Fonte: http://www.forumespirita.net/fe/artigos-espiritas/nosmeandros-esquizofrenia-visao-espiritual/#ixzz27UNTuSsW
Bibliografia:
- World Psychiatric Association Section of Old Age Psychiatry
Consensus Statement on Ethics and Capacity in older people with mental
disorders” http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol37/n4/169.htm
European Dementia Consensus Network Consensus Statements.
Disponível em: http://edcon-dementia.net/en/consensusoverview.php.
Acesso em: 30 jun 2010.
- “Autismo” Uma Leitura Espiritual - Herminio Miranda
- Livro Dos Médiuns de Allan Kardec
- “Memórias de um suicida” Yvonne A. Pereira
sábado, 21 de março de 2015
Invente um novo começo
"É melhor ser alegre do que ser triste, a alegria é a melhor coisa que existe assim é como a luz no coração!! "
Primeiro fique sozinho.
Primeiro fique sozinho.
Primeiro comece a se divertir sozinho.
Primeiro amar a si mesmo.
Primeiro ser tão autenticamente feliz, que se ninguém vem, não importa; você está cheio, transbordando.
Se ninguém bate à sua porta, está tudo bem -
Você não está em falta.
Você não está esperando por alguém para vir e bater à porta.
Você está em casa.
Se alguém vier, bom, belo.
Se ninguém vier, também é bom e belo
Em seguida, você pode passar para um relacionamento.
Agora você se move como um mestre, não como um mendigo.
Agora você se move como um imperador, não como um mendigo.
E a pessoa que viveu em sua solidão será sempre atraídos para outra pessoa que também está vivendo sua solidão lindamente, porque o mesmo atrai o mesmo.
Quando dois mestres se encontram - mestres do seu ser, de sua solidão -felicidade não é apenas acrescentada: é multiplicada.
Torna-se uma tremendo fenômeno de celebração.
E eles não exploram um ao outro,, eles compartilham.
Eles não utilizam o outro.
Em vez disso, pelo contrário,
ambos tornam-se UM e
desfrutam da existência que os
rodeia.
Osho
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