Apesar de estar longe evolutivamente dessa grande alma, eu discordarei do mesmo (Talvez por isso mesmo), em parte.
Essa visão, apesar de reforçar a tolerância que devemos ter com o ponto de vista do outro. Com as crenças do outro, com as verdades do outro. E, isso é fato. Cada ser humano é um universo. Tolice é tentar convencer as suas verdades e convicções ao outro. Querer ter razão é sempre um bom caminho para criar guerra e antipatias. Devemos, sim, aprender a respeitar o outro com toda sua singularidade. Isso, não quer dizer que tenhamos que concordar com as ideias do outro. Ao contrário, por vezes, mesmo que o outro não nos compreenda, devemos deixar demarcado nossas convicções, mas que fiquem claras: São nossas. Não são " a verdade", mas são aquilo que achamos, a partir das experiências e visões de mundo que construímos.
É por isso que, apesar de ser poeticamente bonita, essa afirmação, ela não é, exatamente, uma verdade.
Muitas crenças, práticas, ritos e formatos religiosos antes de ajudar a alma em seu adiantamento, fazem-na retardar seu processo, devido a necessidade de reparar tudo que, influenciado por crenças muito terra a terra, a pessoa fez de danoso, ao planeta, às pessoas, a natureza.
Alguns caminhos pela sua própria estrutura farão com que se demore mais eternidades para que a alma desperte. Religião é um nome guarda-chuva. Pois abriga-se debaixo desse nome, centenas de crenças, práticas e ritos que, nem sempre ajudam as pessoas de fato.
Olhando com um olhar multidimensional, muitas religiões que tem no ritual sua força, prendem seus adeptos, após o desencarne deste, a esses mesmos ritos. Ritos esses que respeitamos, mas sabemos, em geral, não influenciam muito no processo de ascese consciencial do ser.
Pode ajudar a consertar nossos brinquedos quebrados. Mas não nos dá soluções definitivas.
Pode simplesmente estimular o fanatismo, a fé cega, a ambição, a intolerância, a violência e uma série de ações que poderão, antes de fazer com que a pessoa avance, a retarde.
As religiões, na sua grande maioria, estão presas ao uso do ritual e a idolatria. Então, discordo de Gandhi que, ao falar isso, estava olhando com um olhar bom para o pensamento religioso que, se olhado com olhos espirituais,sempre terá , na maioria das religiões, coisas boas.
Mas o fato é que, historicamente falando, as religiões não conseguiram,na sua grande maioria, estimular o ser humano a amar mais.
Nós espíritas, n sua grande maioria, não temos ideia do alcance do saber espírita. Circunscrevendo-o ao panteão das religiões humanas.
O saber espírita não é algo que se aprisione com fanatismos e isolacionismos infantis.
O Saber espírita traduz, para o homem ocidental, verdades cósmicas, verdades que ultrapassam as crenças humanas comuns e seus preconceitos. Alavancando a alma as incomensuráveis leis que regem o Universo.
É bem mais amplo do que ser apenas mais uma religião. É o saber espírita a própria tradução de leis cósmicas ou divinas. Saber esse que devemos difundir com todo o amor de nossas almas. Não com vaidades, arrogâncias ou ortodoxias fanáticas, mas por amor ao despertar das almas. Um amor pedagógico que alavanca as almas do seres.
Por isso não nos confundamos, o saber espírita, bem entendido, é fator de emancipação da alma. Poucos grupos religiosos no nosso planeta conseguirão transmitir esses saberes e esse estímulo evolutivo aos seus adeptos, simplesmente por desconhecerem tais coisas.
Anderson.
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