Chico era KARDEC?
Envio texto que escrevi no fórum da lachatre comentando o brilhsante artigo de Dora Incontri ali contido à época sobre Chico ser a reencarnação de Kardec.
Achei importante a mensagem da Dora Incontri sobre este tema.Creio que um
dos maiores problemas que esta polêmica levanta é a da
"infantilização" ou "fantasismo", colocando os conceitos espiritualizantes
sérios da D. Espírita ao lado da fantasia. Doutrina Espírita é algo sério e com
seriedade deve ser levado. Chico Xavier pelo que nos informa a obra Eu Sou
Camille Desmoulins estava reencarnado como uma menina que pede a a Robespierre
que salve seu pai da degola, este não salva, esta menina dura um pouco mais e
acaba desencarnando alguns anos mais tarde. Ao que parece também estava
envolvido no drama reencarnatório de D. Esmeralda Bittencourt no massacre de
São Bartolomeu. Está juntamente com todo um grupo que reencarnou no Brasil no
século XX, (Herminio de Miranda, Cesar Burnier, Luciano do Anjos, Waldo Vieira,
Zeus Wantuil, Esmeralda Bittencourt, Newton Boechat, Emmanuel, Fabiano de
Cristo, Gregório- libertação, Divaldo P. Franco, etc...)
É uma alma antiga, que participou de diversos momentos da História do
ocidente, e que através de seus méritos deu um grande impulso ao seu processo
evolutivo. Um completista em sua última encarnação mas não era Kardec. Kardec traz consigo um traço de
personalidade próprio e inconfundível como bem salientou a articulista, Dora
Incontri. Devemos estar atentos as tentativas infantis de confundir a Doutrina
Espirita com um excesso de opiniões pessoais forjadas de comunicação mediúnica.
Kardec é Kardec, Chico é Chico, ambos trabalharam, choraram, se sacrificaram
para que a humanidade pudesse se espiritualizar. O que com certeza eles mais
querem não é que fantasiemos sua passagem aqui na terra, mas que sigamos os
seus passos corretos, os seus bons exemplos e aprendamos com seus equívocos a
não fazer o mesmo.
Acredito que as pessoas ligadas seriamente ao movimento espírita, e que
conviveram com o Chico em seus áureos tempos, poderiam dar-nos as
impressões do mesmo quando vivo. A propósito disso, assistimos ao Luciano dos
Anjos em palestra proferida no Centro Espírita Leon Denis, palestra brilhante
sobre Allan Kardec, informar a quase 2000 pessoas que lá estavam, que Chico
Xavier lhe disse pessoalmente que seria a reencarnação de uma das médiuns que
trabalharam com Kardec quando da confecção de O Livro dos Espíritos. Creio que
essa informação dá um basta as especulações sobre o tema.
Kardec não era Chico,
nem foi Elias, muito menos João Batista. Olha só aonde chegamos: Fantasias
bíblicas para aqueles que vêem no livro histórico-tradicional a palavra de
Deus. Assim, vinculando as figuras bíblicas, ao movimento espírita estaríamos
respaldados biblicamente.
Assim, Chico seria Kardec que seria Elias que seria João Batista que foi dito por Jesus ser o maior de todos depois do Cristo. Esquece-se como foram elaborados os textos do Novo Testamento. Esquece-se do resto do texto que dará maior luz sob o contexto de tal afirmação: “Em verdade vos digo que, entre os nascidos de mulher, não surgiu nenhum maior do que João, o Batista e, no entanto, o menor no reino dos céus é maior do que ele.desde os dias de João batista até agora, o Reino dos Céus foi tomado pela violência e violentos se apoderaram dele. Porque todos os profetas bem como a Lei profetizaram até João. E, se quiserdes dar crédito, ele é o Elias que deve vir. Quem tem ouvidos ouça.” Mateus 11, 11-15.Lógico que um texto tem contexto cultural e diversidade de apropriações e interpretações. Portanto, esse breve comentário não pretende ser a verdade no país das teologísses. Mas uma possibilidade de percepção, dentre outras:Jesus está se referindo não a superioridade evolutiva de João batista- Elias, sobre todos os outro seres humanos. Mas afirmando que este indivíduo que fora Elias e depois reecarnou-se como João estava ligado a uma forma de ser profeta: violenta, inflexível e partidária que os não diferenciava, até então, da maioria das pessoas.A partir de Jesus, tudo seria diferente, ele inaugura uma Nova Forma de agir e de ser. Por isso Elias/João, era grande na Terra .
Por isso Elias/João, era grande na Terra mas no plano espiritual, não. Ele não havia atingido o Reino dos Céus que se atinge não cortando cabeças (Elias)ou xingando asperamente as pessoas em erro(João). Mas amando.A mensagem de Jesus inaugura um novo paradigma que efetivamente leva a pessoa ao reino dos céus. “Quem quiser ser o primeiro que seja o Último”, servir ao próximo, amar ao próximo, “Quem é meu próximo?”, Jesus invectiva a renúncia do interesse pessoal e o devotamento a humanidade. Isto posto, vemos que a partir de uma noção errada, calcada em um percepção ingênua de evolução: depois de Jesus “fulano é o mais evoluído do mundo”, logo, fulano é Kardec. Kardec é o espírita mais evoluído, logo ele é Chico. Vamos de meia verdade a meia verdade, perdendo tempo e inserindo a Doutrina Espírita no reino da fantasia.
Abdicamos da ponderação kardequiana, positiva, desapaixonada, para o biblismo apologético. Renunciamos aos estudos, seguimos os achismos, mediúnicos ou não e aceitamos escritos. Está faltando não é pureza doutrinária, coisa que nos tornamos craques, esquecendo que muitos destes puristas zelosos, apenas criam campo para suas versões pessoais, disto ou daquilo. (Nada de novo, a história humana foi e é escrita por muitas dessas disputas de poder que perpassam todas as atividades humanas, inclusive e muito notoriamente, no campo religioso. )Está faltando pautarmos nossas análises com o mesmo bom senso de Kardec, que na introdução do Evangelho seg o Espiritismo avisava-nos da problemática das interpretações dos textos bíblicos e as teologias. O papel aceita qualquer coisa. E podemos ter a opinião que quisermos, o que não podemos é jogar a proposta espírita propugnado por kardec e continuada bravamente por L. Denis, Delanne e durante tantas décadas tão lúcida, amorosa e sabiamente por Chico Xavier ser jogada num conjunto de análises que visam transformar pessoas que dedicaram com muitos esforços, lágrimas e renúncias em santos, quase deuses.
Achismos bem formulados em escritos bem diagramados não se tornam verdades doutrinárias. Mensagens mediúnicas isoladas e emitidas por médiuns que sempre tiveram opiniões pessoais que apenas referendam as opiniões de um médium ou de um grupo, também não. Nem a Doutrina Espírita, muito menos Kardec, precisam dessa verticalização bíblicizista . A Reencarnação é um conceito sério que deve nos levar a reflexões profundas sobre nosso autoconhecimento, nossas vaidades e nossas idolatrias. E não para cairmos em velhas repetições de um passado reencarnatório tumultuado, no qual como sabemos buscava-se ganhar notoriedade politico-social sendo o defensor de verdades doutrinárias absolutizantes.
Podemos ter a opinião que quisermos sobre quem foi a reencarnação de quem, mas e principalmente no caso Kardec-Chico Xavier, pilares do espiritismo brasileiro. Devemos deixar bem claro, a mídia e ao público espírita e não espírita que se trata de opinião pessoal. E a melhor postura, ao meu ver, seria esperar que outros médiuns, menos comprometidos com o tema, oriundos de fora de Minas Gerias, e mesmo de outros países pudessem vir a confirmar tais invectivas, e, só assim divulgar as páginas mediúnicas, sem pressa de rápida divulgação. Como, exemplarmente fez D. Yvonne Pereira no caso das cidades espirituais. Esperou anos até que saísse a obra Nosso Lar para só aí divulgar o seu maravilhoso “Memórias de um Suicida.” E olha que neste caso era um trabalho mediúnico de boa cepa. Desinteressado. O que não ocorre no caso “Kardec ser C.Xavier.” Que : “se non è falso è male trovato”.
Assim, Chico seria Kardec que seria Elias que seria João Batista que foi dito por Jesus ser o maior de todos depois do Cristo. Esquece-se como foram elaborados os textos do Novo Testamento. Esquece-se do resto do texto que dará maior luz sob o contexto de tal afirmação: “Em verdade vos digo que, entre os nascidos de mulher, não surgiu nenhum maior do que João, o Batista e, no entanto, o menor no reino dos céus é maior do que ele.desde os dias de João batista até agora, o Reino dos Céus foi tomado pela violência e violentos se apoderaram dele. Porque todos os profetas bem como a Lei profetizaram até João. E, se quiserdes dar crédito, ele é o Elias que deve vir. Quem tem ouvidos ouça.” Mateus 11, 11-15.Lógico que um texto tem contexto cultural e diversidade de apropriações e interpretações. Portanto, esse breve comentário não pretende ser a verdade no país das teologísses. Mas uma possibilidade de percepção, dentre outras:Jesus está se referindo não a superioridade evolutiva de João batista- Elias, sobre todos os outro seres humanos. Mas afirmando que este indivíduo que fora Elias e depois reecarnou-se como João estava ligado a uma forma de ser profeta: violenta, inflexível e partidária que os não diferenciava, até então, da maioria das pessoas.A partir de Jesus, tudo seria diferente, ele inaugura uma Nova Forma de agir e de ser. Por isso Elias/João, era grande na Terra .
Por isso Elias/João, era grande na Terra mas no plano espiritual, não. Ele não havia atingido o Reino dos Céus que se atinge não cortando cabeças (Elias)ou xingando asperamente as pessoas em erro(João). Mas amando.A mensagem de Jesus inaugura um novo paradigma que efetivamente leva a pessoa ao reino dos céus. “Quem quiser ser o primeiro que seja o Último”, servir ao próximo, amar ao próximo, “Quem é meu próximo?”, Jesus invectiva a renúncia do interesse pessoal e o devotamento a humanidade. Isto posto, vemos que a partir de uma noção errada, calcada em um percepção ingênua de evolução: depois de Jesus “fulano é o mais evoluído do mundo”, logo, fulano é Kardec. Kardec é o espírita mais evoluído, logo ele é Chico. Vamos de meia verdade a meia verdade, perdendo tempo e inserindo a Doutrina Espírita no reino da fantasia.
Abdicamos da ponderação kardequiana, positiva, desapaixonada, para o biblismo apologético. Renunciamos aos estudos, seguimos os achismos, mediúnicos ou não e aceitamos escritos. Está faltando não é pureza doutrinária, coisa que nos tornamos craques, esquecendo que muitos destes puristas zelosos, apenas criam campo para suas versões pessoais, disto ou daquilo. (Nada de novo, a história humana foi e é escrita por muitas dessas disputas de poder que perpassam todas as atividades humanas, inclusive e muito notoriamente, no campo religioso. )Está faltando pautarmos nossas análises com o mesmo bom senso de Kardec, que na introdução do Evangelho seg o Espiritismo avisava-nos da problemática das interpretações dos textos bíblicos e as teologias. O papel aceita qualquer coisa. E podemos ter a opinião que quisermos, o que não podemos é jogar a proposta espírita propugnado por kardec e continuada bravamente por L. Denis, Delanne e durante tantas décadas tão lúcida, amorosa e sabiamente por Chico Xavier ser jogada num conjunto de análises que visam transformar pessoas que dedicaram com muitos esforços, lágrimas e renúncias em santos, quase deuses.
Achismos bem formulados em escritos bem diagramados não se tornam verdades doutrinárias. Mensagens mediúnicas isoladas e emitidas por médiuns que sempre tiveram opiniões pessoais que apenas referendam as opiniões de um médium ou de um grupo, também não. Nem a Doutrina Espírita, muito menos Kardec, precisam dessa verticalização bíblicizista . A Reencarnação é um conceito sério que deve nos levar a reflexões profundas sobre nosso autoconhecimento, nossas vaidades e nossas idolatrias. E não para cairmos em velhas repetições de um passado reencarnatório tumultuado, no qual como sabemos buscava-se ganhar notoriedade politico-social sendo o defensor de verdades doutrinárias absolutizantes.
Podemos ter a opinião que quisermos sobre quem foi a reencarnação de quem, mas e principalmente no caso Kardec-Chico Xavier, pilares do espiritismo brasileiro. Devemos deixar bem claro, a mídia e ao público espírita e não espírita que se trata de opinião pessoal. E a melhor postura, ao meu ver, seria esperar que outros médiuns, menos comprometidos com o tema, oriundos de fora de Minas Gerias, e mesmo de outros países pudessem vir a confirmar tais invectivas, e, só assim divulgar as páginas mediúnicas, sem pressa de rápida divulgação. Como, exemplarmente fez D. Yvonne Pereira no caso das cidades espirituais. Esperou anos até que saísse a obra Nosso Lar para só aí divulgar o seu maravilhoso “Memórias de um Suicida.” E olha que neste caso era um trabalho mediúnico de boa cepa. Desinteressado. O que não ocorre no caso “Kardec ser C.Xavier.” Que : “se non è falso è male trovato”.
Além da declaração de Luciano dos Anjos, que aludi em outra mensagem
acima. Outra fonte que poderia nos fornecer respostas sobre este assunto, estão
nos textos de cartas não publicados pela FEB, e que são citados como existentes
tanto pela autora de “Testemunhos de Chico Xavier”, quanto pelo então
presidente da FEB, Francisco Thiesen, ambos declaram existir outros textos, que
não poderiam ser publicados naquele instante.
Acredito que, agora seja um bom momento, para aclarar estes e outros assuntos, que naquele momento não foram aclarados, bem como ouvirmos o que Arnaldo Rocha, que conviveu muitos anos com Chico Xavier, sabe sobre o assunto.
Acredito que, agora seja um bom momento, para aclarar estes e outros assuntos, que naquele momento não foram aclarados, bem como ouvirmos o que Arnaldo Rocha, que conviveu muitos anos com Chico Xavier, sabe sobre o assunto.
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