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segunda-feira, 30 de julho de 2012

Open Mind





O mundo está aberto para todos... 
Só que todos não tem a mente aberta para o mundo!!!

Ensinar...

Ensinarás a voar, Mas não voarão o teu voo.
Ensinarás a sonhar, Mas não sonharão o teu sonho
 Ensinarás a viver, Mas não viverão a tua vida.
 Ensinarás a cantar, Mas não cantarão a tua canção.
Ensinarás a pensar, Mas não pensarão como tu.
 Porém saberás que cada vez que voem, Sonhem, vivam, cantem e pensem
Estará a semente do caminho
 Ensinado e aprendido.
 (anônimo)

Husky Rescue - New Light Of Tomorrow

Vejam até o final.


daniel_waples - hang_drum_solo HD



Muito Bom. 
Arte, Sensibilidade e ritmo. 
Batuque e leveza. 
Ar e Fogo.
Telúrico e Celestial. 

Uma palavra: Belíssimo.

Mirabai - Guru Ram Das



Suavidade, espiritualidade, tranquilidade. Que minha alma irradie esse som, saldando a todos vocês, meus gurus do dia a dia. Pessoas que compartilham comigo a aventura de viver

Ler deveria ser Proibido



LER DEVERIA SER PROIBIDO 
(texto original-Guiomar de Grammont)


"A pensar fundo na questão, eu diria que ler devia ser proibido.

Afinal de contas, ler faz muito mal às pessoas: acorda os homens para realidades impossíveis, tornando-os incapazes de suportar o mundo insosso e ordinário em que vivem. A leitura induz à loucura, desloca o homem do humilde lugar que lhe fora destinado no corpo social. Não me deixam mentir os exemplos de Dom Quixote e Madame Bovary.

O primeiro, coitado, de tanto ler aventuras de cavalheiros que jamais existiram meteu-se pelo mundo afora, a crer-se capaz de reformar o mundo, quilha de ossos que mal sustinha a si e ao pobre Rocinante. Quanto à pobre Emma Bovary, tomou-se esposa inútil para fofocas e bordados, perdendo-se em delírios sobre bailes e amores cortesãos.

Ler realmente não faz bem. A criança que lê pode se tornar um adulto perigoso, inconformado com os problemas do mundo, induzido a crer que tudo pode ser de outra forma. Afinal de contas, a leitura desenvolve um poder incontrolável. Liberta o homem excessivamente. Sem a leitura, ele morreria feliz, ignorante dos grilhões que o encerram. 











Sem a leitura, ainda, estaria mais afeito à realidade quotidiana, se dedicaria ao trabalho com afinco, sem procurar enriquecê-la com cabriolas da imaginação.

Sem ler, o homem jamais saberia a extensão do prazer. Não experimentaria nunca o sumo Bem de Aristóteles: o conhecer. Mas para que conhecer se, na maior parte dos casos, o que necessita é apenas executar ordens? Se o que deve, enfim, é fazer o que dele esperam e nada mais?

Ler pode provocar o inesperado. Pode fazer com que o homem crie atalhos para caminhos que devem, necessariamente, ser longos. Ler pode gerar a invenção. Pode estimular a imaginação de forma a levar o ser humano além do que lhe é devido.






Além disso, os livros estimulam o sonho, a imaginação, a fantasia. Nos transportam a paraísos misteriosos, nos fazem enxergar unicórnios azuis e palácios de cristal. Nos fazem acreditar que a vida é mais do que um punhado de pó em movimento. Que há algo a descobrir. Há horizontes para além das montanhas, há estrelas por trás das nuvens.

Estrelas jamais percebidas. É preciso desconfiar desse pendor para o absurdo que nos impede de aceitar nossas realidades cruas.

Não, não dêem mais livros às escolas. Pais, não leiam para os seus filhos, pode levá-los a desenvolver esse gosto pela aventura e pela descoberta que fez do homem um animal diferente. Antes estivesse ainda a passear de quatro patas, sem noção de progresso e civilização, mas tampouco sem conhecer guerras, destruição, violência. Professores, não contem histórias, pode estimular uma curiosidade indesejável em seres que a vida destinou para a repetição e para o trabalho duro.

Ler pode ser um problema, pode gerar seres humanos conscientes demais dos seus direitos políticos em um mundo administrado, onde ser livre não passa de uma ficção sem nenhuma verossimilhança. Seria impossível controlar e organizar a sociedade se todos os seres humanos soubessem o que desejam. Se todos se pusessem a articular bem suas demandas, a fincar sua posição no mundo, a fazer dos discursos os instrumentos de conquista de sua liberdade.

O mundo já vai por um bom caminho. Cada vez mais as pessoas lêem por razões utilitárias: para compreender formulários, contratos, bulas de remédio, projetos, manuais etc. Observem as filas, um dos pequenos cancros da civilização contemporânea. Bastaria um livro para que todos se vissem magicamente transportados para outras dimensões, menos incômodas. E esse o tapete mágico, o pó de pirlim-pim-pim, a máquina do tempo.

Para o homem que lê, não há fronteiras, não há cortes, prisões tampouco. O que é mais subversivo do que a leitura?

É preciso compreender que ler para se enriquecer culturalmente ou para se divertir deve ser um privilégio concedido apenas a alguns, jamais àqueles que desenvolvem trabalhos práticos ou manuais. Seja em filas, em metros, ou no silêncio da alcova. Ler deve ser coisa rara, não para qualquer um.

Afinal de contas, a leitura é um poder, e o poder é para poucos.

Para obedecer não é preciso enxergar, o silêncio é a linguagem da submissão. Para executar ordens, a palavra é inútil.

Além disso, a leitura promove a comunicação de dores e alegrias, tantos outros sentimentos. A leitura é obscena. Expõe o íntimo, torna coletivo o individual e público, o secreto, o próprio. A leitura ameaça os indivíduos, porque os faz identificar sua história a outras histórias. Torna-os capazes de compreender e aceitar o mundo do Outro. Sim, a leitura devia ser proibida.

Ler pode tornar o homem perigosamente humano"







domingo, 29 de julho de 2012

Muktah Mai - Desonrada injustamente



Clara, reflexões sobre o livro Desonrada, em 27.02.2011

Terminei de ler o livro Desonrada. Ainda estou em choque. Seja pelo acoplamento à história verídica, seja pela indignação ante à ilimitada degradação humana. Mukhtar Mai, sofreu estupro coletivo, aprovado pela Jirga (conselho tribal) de sua aldeia. O motivo: seu irmão, de apenas 12 anos de idade teria dirigido a palavra a uma mulher de 27 anos, de uma casta superior à sua. O garoto também foi espancado e sodomizado. Mas por seu crime de honra, sua irmã, Muktah foi condenada a sofrer o estupro coletivo.
 O prefácio de Miriam Leitão resume o drama e o livro discorre o caso, a coragem, o enfrentamento de uma mulher simples, analfabeta, contra todo um sistema social-cultural-religioso patológico.

Uma outra paquistanesa, casada, mãe de uma menina de dois anos, grávida de um bebê de dois meses, foi sequestrada sob as vistas de seu marido rendido por um revolver na cabeça. Motivo: ele recusou-se a continuar recebendo certo vizinho que vinha frequentemente ter refeições em sua casa. A vingança, em sua esposa, prática comum é vingar-se na mulher, durou dois meses em que esta ficou presa em uma cela, servida de água e comida como a um cão, sendo diariamente violada por diferentes homens que vinham servir-se dela. Todos os criminosos permanecem impunes, até a data de publicação do livro, em 2005.

Receio buscar fontes recentes quanto ao desfecho do caso de Muktah Mai, e mesmo que tenha sido feita justiça, é uma entre milhares de casos. No Paquistão, como em vários outros países, a mulher vale menos que uma cabra. Não tem direito à escolhas, opinião, nem sequer de voz. Frequentemente, vítimas de toda sorte de violência – psicológica, estupro, espancamento, ácido, morte. A evolução caminha lentamente.

Em outros países, poderíamos culpar o país, a cultura e/ou a religião. Mas a verdade é que somente os níveis subumanos de consciência explicam as atrocidades cometidas contra as mulheres, neste caso, bem documentadas, no Paquistão.

Como tudo o que critico, esforço-me para identificar como posso colaborar para a causa feminista, para acabar com a violência contra as mulheres – no Paquistão, ao redor do mundo, no Brasil, na minha cidade, no meu meio... A única coisa que me ocorre neste momento, contudo, é alertar os que estiverem ao meu alcance quanto a esta realidade, que façamos uma corrente, esclarecendo a gravidade da questão, que não deixemos ninguém calar, e, no mínimo, educar os meus filhos. Lembrando que não importa a dimensão, pequena ou grande, nem o tipo – físico ou psicológico, da violência. Não deve haver espaço para nenhum tipo de violência. Por isso encaminho esta mensagem com o pedido de que divulguem a todos esta causa, para que todos possam refletir e estar atentos a como contribuir para superar a violência contra as mulheres. Se alguém tiver uma boa ideia, conte comigo.
artigo 
Clara Elise Vieira

Extraído de http://claressencia.blogspot.com.br/2012_02_01_archive.html 


Adendos:


ESTELA WILLEMAN POSTOU EM SEU SITE, TRADUZIDO DO “NEW YORK TIMES” (TRECHO): 
 “Enquanto membros da tribo dançavam alegremente, vários homens arrancaram a sua roupa e se revezaram em estuprá-la por decisão de um ‘Conselho de Sábios Religiosos’, para se vingar do irmão da vítima. Depois, eles a obrigaram a andar nua em frente aos moradores da aldeia. Na sociedade muçulmana conservadora do Paquistão, o dever da vítima era bem claro: depois disso, ela deveria se suicidar.” 
—————————————-

O resgate da honra.  
Ronaldo Soares
“Às vezes, basta que dois homens entrem em disputa por um problema qualquer para que um deles se vingue na mulher do outro.
Nas aldeias, é muito comum que os próprios homens façam justiça, invocando o princípio do ‘olho por olho’.
O motivo é sempre uma questão de honra, e tudo é permitido a eles. Cortar o nariz de uma esposa, queimar uma irmã, violar a mulher do vizinho.” 
A paquistanesa Mukhtar Mai apertou seu exemplar do Corão contra o peito quando ouviu, na presença de mais de 100 homens, a sentença que o conselho de sua aldeia acabara de lhe impor: um estupro coletivo.
Integrante de uma casta inferior, Mukhtar fora até lá apenas para pedir clemência para o irmão mais jovem. Era ele o réu no julgamento. Estava prestes a ser condenado à morte por ter se envolvido com uma mulher de um clã superior, fato nunca inteiramente esclarecido. O líder tribal – que era o chefe do tal clã – ignorou o pedido de Mukhtar, então com 28 anos, e ordenou a punição. Ela foi imediatamente arrastada por quatro homens armados, como “uma cabra que vai ser abatida”, segundo sua própria descrição. Eles a agarraram pelos braços e puxaram suas roupas, o xale e o cabelo. Indiferentes a seus gritos e súplicas, levaram-na para dentro de um estábulo vazio e, no chão de terra batida, violentaram-na, um após o outro.

“Não sei quanto tempo durou essa tortura infame, uma hora ou uma noite. Jamais esquecerei o rosto desses animais”, conta a paquistanesa. 

Mais do que o desfecho de uma querela tribal, o livro narra como Mukhtar transformou sua tragédia pessoal em uma causa: a defesa dos direitos das mulheres em seu país. E, com isso, tornou-se um símbolo da luta das mulheres no mundo islâmico. 

Nos três dias seguintes ao estupro, permaneceu trancada em seu quarto. Não conseguia comer nem falar. Como normalmente ocorre com as mulheres vítimas de violência sexual em seu país, pensou em suicidar-se. 

__ “Até hoje eu sinto a dor, mas aprendi a mitigar esse sofrimento”, disse Mukhtar a VEJA. “O que me conforta é que abri uma escola para meninas. Quando vejo as alunas estudando e brincando, eu me sinto honrada, é isso que atenua a minha dor.” 

A camponesa pobre e analfabeta, nascida Mukhtaran Bibi, virou uma ativista conhecida mundo afora pelo codinome Mukhtar Mai, que significa “grande irmã respeitada” em urdu, o idioma oficial de seu país. Seu livro, publicado no ano passado, é o terceiro na lista dos mais vendidos na França. Nele, conta como se deu essa transformação. Narra sua luta por justiça e relata as barbaridades cometidas contra mulheres em seu país. 

A tragédia de Mukhtar teria virado apenas mais um episódio sem conseqüências na longa história de violações dos direitos humanos no Paquistão. O que mudou seu destino foi uma reportagem, publicada em um jornal da região, contando sua história. A notícia correu mundo, e as autoridades locais se viram forçadas a agir. A polícia a procurou em casa. E ela, numa atitude corajosa, não recuou diante da oportunidade de denunciar seus agressores. Foram levados a julgamento os quatro estupradores e outros dez responsáveis pela sentença ilegal. Embora comum no cotidiano das pequenas aldeias paquistanesas, esse tipo de violência é crime segundo as leis do país. Uma decisão de segunda instância absolveu cinco dos acusados. Mukhtar recorreu, e atualmente o caso tramita na Suprema Corte do Paquistão. A batalha judicial lhe rendeu ameaças de morte e custou a vida de um primo, assassinado pelo clã inimigo. 
Mukhtar não desafiou apenas o poder local em Meerwala, um vilarejo de agricultores distante 600 quilômetros da capital do Paquistão, Islamabad, onde quase não há comércio e que só recentemente passou a ter energia elétrica. Ela iniciou um movimento que contesta a condição feminina em seu país e questiona hábitos ancestrais como a jirga, conselho tribal que a condenou ao estupro.
Em alegações de desonra, a solução encontrada muitas vezes é impor vergonha à família, por meio de suas mulheres.

COmentários da bloguista de assassinados por homens:


Como diz Rania Al-Baz (que entendeu isso da maneira mais dura), espancada até quase a morte pelo “marido”, um músico frustrado que ela sustentava, “homem não pode existir sem controle”. Não pode também deter nenhuma forma de poder porque tende a destruir tudo o que toca em função de seus limites Naturais. Homem é um macho inferior, por isso não pode se auto-afirmar senão em detrimento dos outros. Na Natureza, quando uma Fêmea se auto-afirma, é sempre ou pela sobrevivência ou em detrimento de si mesma pela sobrevivência do mais fraco. Homens, pequenos como são, não abusam senão dos que lhes “parecem” mais fracos… Acharam que Mukhtar era uma dessas, mas quebraram a cara. Quebrariam com todas se todas percebessem do que os homens tem inveja.

Apesar de analfabeta, Mai tinha uma mente e memória privilegiadas e uma vocação Natural para a educação. Antes do horror dos estupros, ela ensinada voluntariamente bordado as mulheres e o Corão as crianças, que aprendera ouvindo! Em seu entendimento, ela concluiu que escolas na região, voltadas exclusivamente para MENINAS poderiam mudar alguma coisa daquela passividade diante da selvageria contra elas. A escola criada para meninos foi sem duvida nenhuma fruto de coerção contra ela, num País onde quem manda são os homens e tudo gira em torno das necessidades pequenas e doentias deles.









sexta-feira, 27 de julho de 2012

Diretrizes - Para refletir

Diretrizes para o homem
 Você receberá lições, pois estará matriculado na escola da vida em período integral. Você terá oportunidades para aprender a cada dia que passa. Você poderá usar estas oportunidades ou deixá-las passar simplesmente. Não há erros, apenas lições. Uma lição se repetirá até que tenha sido aprendida. Quando conseguir isso, poderá então passar para a próxima lição.

Aprender lições é um processo interminável. Se você está vivo, sempre haverá uma lição para aprender. O crescimento é resultado de um processo de tentativa e erro: uma experimentação. Os experimentos fracassados são tão parte do processo quanto os experimentos que funcionam.

Você tem um corpo físico. Poderá amá-lo ou detestá-lo, mas ele será seu ao longo de toda a sua existência. Lá não é melhor que aqui. Quando o seu lá se transformar em aqui, você apenas estará obtendo outro lá que, mais uma vez, parecerá melhor que aqui. Os outros são apenas espelhos da sua própria imagem.

 Você não pode amar ou detestar alguma coisa em outra pessoa sem que isso reflita alguma coisa que você ama ou detesta em si mesmo. É você quem escolhe o que quer fazer da sua vida.

Você tem todas as ferramentas e recursos de que precisa. O que faz com eles, é problema seu. A escolha é sua. As respostas às questões da vida estão dentro de você. Tudo que você tem a fazer é prestar atenção, ouvir e confiar. PP/TFA

terça-feira, 24 de julho de 2012

Perplexo perante o Infinito


Eu meu eu e o Universo.


Já refletiu e percebeu sobre a grandeza do Universo?

Perplexo perante o infinito. A Grandiosidade Cósmica Da Causa Primária.
 Contemplando a imensidão do mar de estrelas, quedo-me  Perplexo pela infinitude do Universo.
Minha alma me diga, até quando, até quando tanta contradição?
Funde meus átomos a todas as estrelas...
Arrebate-me alma, ser, psique, forma, vida no infinito.
Sacia a sede de minha'lma pela Plenitude.

Insight-me para que entenda por que querendo tanto Unir-me ao infinito, arrasto-me ainda no chão das incoerências diárias....



Sacia a sede de minha'lma pela Plenitude.

Insight-me para que entenda por que querendo t
anto Unir-me ao infinito, arrasto-me ainda no chão das incoerências diárias....

Insight-me para que entenda por que querendo tanto Unir-me ao infinito, arrasto-me ainda no chão das incoerências diárias....


E fico espantado, oh vida minha, pela teimosia em me ver apenas como ser material.



Anuncio da hora do fim e o fim das Ilusões

http://br.noticias.yahoo.com/blogs/rafael-cortez/an%C3%BAncio-da-hora-fim-184342065.html


Veja o artigo no link e depois leia os meus cometários. E um comentário inicial de L. Freire:


"And at last but not least, porque simplesmente a gente olha para aquilo e, de repente, não parece mais diversão. Fica um ar de "uhu, uhu, mas qual o sentido de tanto uhu?". Talvez sirva para "pegar mulher", mas o paradoxo é que isso faz mais sentido para quem não pegou mulher ainda... A não ser que solte assim que pegue, ad nauseum.

Então uma hora a gente quer brincar, e não consegue. Sobra no máximo um certo carinho, uma melancolia - assim como quando olhávamos para os brinquedos de nossa infância. Sentimos que, de algum modo, envelhecemos. Hora de trocarmos o vazio de todas as possibilidades do mundo pela solidez de uma só. De gostarmos de um jantar a dois, de poucos amigos mais próximos em lugar de infinitos colegas distantes. De deixarmos o amasso das que passam por muitas mãos para termos, enquanto dure, o amor de uma só.

Hora de notar que amadurecemos. E que, ao contrário do que temíamos, isso não parece nada ruim."

(Lázaro Freire)

Meus comentários:


Relacionamentos maduros, que trazem experiências evolutivas relevantes não se encontrarão em quem só quer diversão, baladas e baladas. A pessoa não cria o clima sério necessário para isso. Depois de muita azaração e vômitos, o que resta? Vazio. Incompletude. E aí, o desgaste. O que antes era essencial se torna algo passável, antes imprescindível, agora "que perda de tempo".São estações da ama. Para quem quer algo mais sólido, a leveza superficial do ser não preenche mais.
Para quem ainda está nessa, I'm sorry. Respeito, mas me reservo no direito de me retirar desta vida, deste marasmo.
O artigo do yahoo, ainda que termine com um tom de deboche, e o comentário do Lázaro fecha o assunto com nota dez. Reflete os que buscando e buscando entendem que é hora de mudança. Depois dos 35, não tem como mais fingir que tem 23.
Para alguns ainda dói isso.
Que fazer?

Cada um no seu momento evolutivo. Nem melhor, nem mais evoluído, mas cada um no seu momento evolutivo. Pois é . Liberdade para todos, perdão para todos, auxiliar a todos, mas sem conivências.

Repespectivar a vida em busca de algo com mais qualidade e profundidade.
Evolução exige esforço, entrega e mudanças...

O nosso problema é não perceber a necessidade da mudança. Mudar o quê? Mudar por quê? Quem é você para isso dizer? Quer na minha vida se meter?

O animal ruge. Não quer ser sacrificado. Espanta o espiritual. O corpo mental fica obnubilado, turvo, pouco utilizado. E, assim, as percepções superiores da alma, mais uma vez, ficam embotadas. Lembram do gráfico que fiz no quadro neste sábado? Pois é. Ele dá "pano pra manga" se bem refletido.

Não reconhecer que para que coisas diferentes ocorram atitudes diferentes precisam ser empregadas. E repete, e repete, e sansaricamente repete erros e escolhas. E sofre. E fica de birra para com a vida, e se violenta, e agride o outro e se agride.... e sofre...

Diversão sim. Fuga não.

O adolescente em nós, teima em ir embora. Farra, bebedeiras, ficações, vômitos, vexames e decepções.

Diversão sempr é bom, precisamos dessa canja de galinha para alma, mas não existe só isso.


Boas pessoas achamos em qualquer lugar. Em geral nossa sociedade tem se caracterizado pela fugacidade das relações. isso não quer dizer que possamos encontrar a pessoa especial da nossa vida em qualquer lugar.
Uma alma especial, a pessoa que poderá nos completar  em qualquer lugar pode ser encontrado. na esquina da rua, no baile, no parque, na praia, na balada, no templo, na feira, indicada  por amigos, no trânsito,  no trabalho. Inegável. Inúmeros relacionamentos maravilhosos começam assim. E inúmeros relacionamentos que começaram em lugares ditos respeitáveis deram em crise, traição, dor, mágoa.
E encontrar alguem acadêmico, diplomado ou militar ou religioso não é garantia de felicidade. Claro que não.


Existe um certo padrão neste estilo de vida e os ambientes mais apropriados para reproduzi-lo.

Relações profundas exigem profundidade. Saídas e ficações em tese, e a princípio, trazem maior dificuldade para isso acontecer. Mas podem acontecer. Claro que sim. Apenas depende de sorte. De o após encontro ter algo a rolar além de sexo, carícias e beijos e tchaus. 

Lidando com os jovens a muito tempo vemos essa tendência a leveza, aos amores liquefeitos, voláteis,  uma febre em relação a fluidez e a superficialidade das relações. isso de forma alguma quer dizer que nas saídas na night não possamos achar uma companheira legal que irá nos marcar pelo resto da vida. Simplesmente não temos como saber não é mesmo?


E em relação a isso não existe proibições de nenhum tipo e sim existe respeito, o que o artigo quer deixar claro é que o estilo de vida "pega muitas, muitos," "ficação", "saio aqui saio ali," "vômito na privada" , dirigir bêbado, acordar com roupa diferente e não se lembrar, acordar com uma mulher do lado e nem saber o nome dela, etc, etc, esse estilo, alguns não querem mais. E, concluiram isso. isso não quer dizer que não se possa ir a um baile ou a um pagode, ou sair para dançar, se divertir e até namorar , nada disso. Adoro dançar e coisa e tal, oqu e se queria dizer ali é que para algumas pessoas que tem uma dada visão de mundo o estilo "balada/ficação" não cabe mais. E por isso mesmo não tem mais a ansiedade de buscar em tais locais o partner para dar um asaída e ver o que vai rolar depois....



vamos nos divertir, vamos dançar, vamos sorrir e cativar os amigos. E se a pessoa quiser fazer das noitadas de final de semana um estilo de vida, nada contra. Cada um na sua. Sem censuras, sem dramas, sem pregações para os outros....

O povo quer samba, suor, sexo e cerveja, distração, distração e distração. O que me parece é que nem só de curtição vive o homem. E, amadurecimento exige esforço. Não acontece por osmose.

Os atributos superiores do ser exigem atenção, com o risco de, se menosprezados sofrermos uma obnubilação das percepções que nos afastaram da realidade da nossa essência. Em tudo o caminho do meio. Nem bitolação orgíaca nas diversões que não fazem pensar, só "matam o tempo", nem fanatismos dogmáticos, isolamentos castradores ou visões generalizantes fanáticas. Informar. Refletir sobre a realidade espiritual do ser e a partir daí a gir com relação a vida com essas informações adicionais.
O Corpo Mental é nosso destino na evolução da alma. O espírito puro o enverga em suas últimas jornadas terrenas em busca do infinito. Aqui , nós seres ainda muito animalizados temos a difícil tarefa de começar a ativá-lo em seus aspectos superiores, para acordarmos para a nossa verdadeira vida, que é espiritual; para acordá-lo necessário é usar as forças da alma que, o atingem. Amor ao próximo, altruísmo, fraternidade pura.

O corpo mental existe, é fato, é possível até se desdobrar com ele e ter experiências de altíssimo nível, maravilhosas, inesquecíveis. Mas em geral nossa sanha lúdica tolda nossa percepção espiritual, nos atando aos remeleixos sôfregos da alma carente e cega.

Existem coisas que precisamos estar abertos para descobrir, para entender. Respeitamos todos os estilos de vida, quem somos nós para censurar quem quer que seja. E, na verdade o fato é que realmente bons relacionamnetos poderemso encontrar em qualquer lugar, desde que estejamos atentos e querendo isso. mas o que o artigo falava era do estilo de vida balada/ficação/bebedeira....

COmo educadores nosso dever é informar. Se possuo uma informação e sei que é um fato, me sinto no dever de informar. O que farão com essa informação, o que eu faço com essa informação é processo particular de cada um, íntimo e pessoal.

Vamos repespectivar por que a vida na Terra não é bem uma viagem de férias....





Estrelas e Amigos

As pessoas têm estrelas que não são as mesmas. Para uns, que viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam de pequenas luzes. Para outros, os sábios, são problemas. Para o meu negociante, eram ouro. Mas todas essas estrelas se calam. Tu porém, terás estrelas como ninguém... Quero dizer: quando olhares o céu de noite, (porque habitarei uma delas e estarei rindo), então será como se todas as estrelas te rissem! E tu terás estrelas que sabem sorrir! Assim, tu te sentirás contente por me teres conhecido. Tu serás sempre meu amigo (basta olhar para o céu e estarei lá). Terás vontade de rir comigo. E abrirá, às vezes, a janela à toa, por gosto... e teus amigos ficarão espantados de ouvir-te rir olhando o céu. Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir! Antoine de Saint-Exupèry

segunda-feira, 23 de julho de 2012

ladrão devolve dinheiro às vítimas

http://g1.globo.com/Noticias/PlanetaBizarro/0,,MUL258897-6091,00.html

Lendo isso é que agente vê que o ser humano ainda tem jeito.

 Tem ou não tem?


Arrependido, ladrão devolve dinheiro às vítimas 15 anos depois

Turco manda carta à polícia contando que furtou toca-fitas de quatro carros em 1992.
Junto com a carta, envia 400 euros para ressarcir os proprietários e pede perdão.
Um ladrão turco enviou uma carta à polícia relatando seu arrependimento por ter furtado toca-fitas de quatro carros... em 1992. Junto com a carta, ele colocou 400 euros (pouco mais de R$ 1 mil) como forma de pagamento pelos toca-fitas que surrupiou das quatro vítimas, no final de 2007.

O ladrão, que continua anônimo, endereçou a correspondência ao departamento de segurança de Kirikkale (Turquia).

Nela, ele conta detalhes dos crimes e pede que a polícia envie 100 euros a cada um dos proprietários dos carros. Pede ainda que seja perdoado pelo que fez.
Três vítimas do ladrão arrependido foram localizadas no final de 2007, segundo informou o chefe de polícia Salim Akca à agência de notícias Anatolia.

O dinheiro da quarta, da qual a polícia não tem pistas, foi doado a crianças carentes.
"Espero que este incidente sirva de exemplo para todos os criminosos", disse o chefe Akca.


sábado, 14 de julho de 2012

Ser Bom.


Possessão e a mudança de opinião de Kardec sobre o tema.


Amigos, eu estou estudando sobre o assunto possessão, para fazer uma palestra no próximo sábado em Nilópolis e achei interessante este artigo/ pesquisa, por que Kardec ao longo do tempo, muda de opinião. Seguindo suas pesquisas. Ou seja, ele diante dos fatos tem a humildade de modificar sua opinião e não cristalizá-la. Interessante à postura de Kardec para todos nós que temos nele um modelo ímpar de espírita. Um pesquisador de mente aberta e dialogando com o mundo e não um chefe de seita ou de religião.

Anderson.



FERNANDO A. MOREIRA
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)
A possessão, segundo Kardec
“Importa que cada coisa venha a seu tempo. A verdade é como a luz; o homem precisa habituar-se a ela pouco a pouco, do contrário fica deslumbrado.” (Allan Kardec)
Há possessos? Existe a possibilidade de dois Espíritos coabitarem num mesmo corpo? O mergulho cronológico nas obras da Doutrina Espírita nos leva ao seu berço, “O Livro dos Espíritos”:
1857
Questão 473 - Pode um Espírito tomar temporariamente o invólucro corporal de uma pessoa viva, isto é introduzir-se num corpo animado e obrar em lugar do outro que se acha encarnado nesse corpo?
– O Espírito não entra em um corpo como entrais numa casa. Identifica-se com um Espírito encarnado, cujos defeitos e qualidades sejam os mesmos que os seus, a fim de obrar conjuntamente com ele. Mas, o encarnado é sempre quem atua, conforme quer, sobre a matéria de que se acha revestido. Um Espírito não pode substituir-se ao que está encarnado, por isso que este terá que permanecer ligado ao seu corpo até ao termo fixado para sua existência material. (1)
Kardec retira suas conclusões, prepara e formula a pergunta seguinte, e os Espíritos respondem:
Questão 474 - Desde que não há possessão propriamente dita, isto é, coabitação de dois Espíritos no mesmo corpo, pode a alma ficar na dependência de outro Espírito, de modo a se achar subjugada ou obsidiada ao ponto de sua vontade vir a achar-se, de certa maneira, paralisada?
– Sem dúvida e são esses os verdadeiros possessos. Mas é preciso saibais que essa denominação não se efetua nunca sem que aquele que sofre o consinta, quer por sua fraqueza, quer por desejá-la. Muitos epilépticos ou loucos, que mais necessitam de médico que de exorcismos, têm sido tomados por possessos.
Os Espíritos, aí, fazem uma nítida distinção entre os verdadeiros e os falsos possessos.
Os verdadeiros são os subjugados até ao ponto de sua vontade vir a achar-se, de certa maneira, paralisada; os falsos são os que não correspondem aos casos de obsessão, necessitando tratamento médico.
Comenta ainda Kardec, após a resposta dos Espíritos:
“O termo possesso só se deve admitir como exprimindo a dependência absoluta em que uma alma pode achar-se a Espíritos imperfeitos que a subjuguem.”
1858
Se havia alguma dúvida sobre a opinião do Codificador até aquele momento, ele a desfaz no texto da Revista Espírita, por ele dirigida: (2)
“Antigamente dava-se o nome de possessão ao império exercido pelos maus Espíritos, quando sua influência ia até a aberração das faculdades. Mas a ignorância e os preconceitos, muitas vezes, tomaram como possessão, aquilo que não passava de um estado patológico. Para nós, a possessão seria sinônimo de subjugação. Não adotamos esse termo (...) porque ele implica igualmente a idéia de tomada de posse do corpo pelo Espírito estranho, uma espécie de coabitação ao passo que existe apenas uma ligação. O vocábulo subjugação da uma idéia perfeita. Assim, para nós, não há possessos, no sentido vulgar da palavra; há simplesmente obsedados, subjugados e fascinados.”
Fica bastante claro que, para ele, até aqui, não existia possessão.
1861
O texto acima é parecido com o exarado no “O Livro dos Médiuns” (3), com uma diferença significativa no parágrafo, qual seja, a troca da palavra “ligação”, por “constrangimento”.
1862
Momentaneamente, temos a impressão de que estariam respondidas as indagações formuladas na inicial, mas, apesar dessas considerações, o termo possessão reaparece na Revista Espírita: (4)
“Ninguém ignora que quando o Cristo, nosso muito amado mestre, encarnou-se na Judéia, sob os traços do carpinteiro Jesus, aquela região havia sido invadida por legiões de maus Espíritos que, pela possessão, como hoje, se apoderavam das classes sociais mais ignorantes, dos Espíritos encarnados mais fracos e menos adiantados (...) é preciso lembrar que os cientistas, os médicos do século de Augusto, trataram, conforme os processos hipocráticos, os infelizes possessos da Palestina e que toda sua ciência esbarrou ante esse poder desconhecido. (Erasto)”
Na mesma revista e no mesmo ano, (5) Kardec, nos “Estudos sobre os Possessos de Morzine”, acrescenta a seguinte consideração:
“O paroxismo da subjugação é geralmente chamado de possessão.”
1863
A retomada do termo tinha uma razão, e Kardec é bem incisivo na sua opinião na Revista Espírita, sobre os mesmos Possessos de Morzine, que certamente o impressionaram e influíram na mudança de sua conceituação sobre possessão, e valeram doze citações no índice remissivo da Revista Espírita (1862, 63, 64, 65 e 68), além de outros estudos, na mesma revista, como, por exemplo, quando analisa “Um Caso de Possessão”. (6) (7) Senão vejamos:
“Temos dito que não havia possessos, no sentido vulgar do vocábulo, mas subjugados. Voltamos a esta asserção absoluta, porque agora nos é demonstrado que pode haver verdadeira possessão, isto é, substituição, posto que parcial, de um Espírito errante a um encarnado.(...) Não vendo senão o efeito, e não remontando à causa, eis por que todos os obsedados, subjugados e possessos passam por loucos (...). Eis um primeiro fato, que o prova, e apresenta o fenômeno em toda a sua simplicidade. (...)”
(O Sr. Charles) Declarou que, querendo conversar com seu velho amigo, aproveitava o momento em que o Espírito da Sra. A..., a sonâmbula, estava afastado do corpo, para tomar-lhe o lugar. (....). Eis algumas de suas respostas.
– Já que tomastes posse do corpo da Sra.A... poderíeis nele ficar ?
– Não; mas vontade não me falta.
– Por que não podeis ?
– Porque seu Espírito está sempre ligado ao seu corpo. Ah! Se eu pudesse romper esse laço eu pregaria uma peça.
– Que faz durante este tempo o Espírito da Sra. A....
– Está aqui ao meu lado; olha-me e ri, vendo-me em suas vestes.
O Sr. Charles (...) era pouco adiantado como Espírito, mas naturalmente bom e benevolente. Apoderando-se do corpo da Sra. A... não tinha qualquer intenção má; assim aquela Sra. nada sofria com a situação, a que se prestava de boa vontade.
Aqui a possessão é evidente e ressalta ainda melhor dos detalhes, que seria longo enumerar. Mas é uma possessão inocente e sem inconvenientes.
Na mesma página, no entanto, Kardec descreve um caso de possessão da Sra. Júlia, agora dirigida por um Espírito malévolo e mal intencionado.
Há cerca de seis meses tornou-se presa de crises de um caráter estranho, que sempre corriam no estado sonambúlico, que, de certo modo, se tornara seu estado normal. Torcia-se, rolava pelo chão, como se se debatesse, em luta com alguém que a quisesse estrangular e, com efeito, apresentava todos os sintomas de estrangulamento.
Acabava vencendo esse ser fantástico, tomava-o pelos cabelos, derrubava-o a sopapos, com injúrias e imprecações, apostrofando-o incessantemente com o nome de Fredegunda, infame regente, rainha impudica, criatura vil e manchada por todos os crimes, etc. Pisoteava como se acalcasse aos pés com raiva, arrancando-lhe as vestes. Coisa bizarra, tomando-se ela própria por Fredegunda, dando em si própria redobrados golpes nos braços, no peito, no rosto, dizendo: “Toma! Toma! É bastante,  infame Fredegunda? Queres me sufocar, mas não o conseguirás; queres meter-se em minha caixa, mas eu te expulsarei.” Minha caixa era o termo que se servia para designar o próprio corpo.(...)
Um dia, para livrar-se de sua adversária, tomou de uma faca e vibrou contra si mesma, mas foi socorrida a tempo de evitar-se um acidente.
Vemos, aí, a luta de dois Espíritos pelo mesmo corpo. Este Espírito, Fredegunda, foi posteriormente evocado em sessões mediúnicas e convertido ao bem. (8)
Mas, voltando aos Possessos de Morzine, (9) diz Kardec referindo-se ao perispírito:
“Pela natureza fluídica e expansiva do perispírito, o Espírito atinge o indivíduo sobre o qual quer agir, rodeia-o, envolve-o, penetra-o e o magnetiza. (...) Como se vê, isto é inteiramente independente da faculdade mediúnica (...)”
Estes últimos, sobretudo (os possessos do tempo de Cristo), apresentam notável analogia com os de Morzine.
Na mesma revista e no mesmo ano, selecionamos e pinçamos, para dimensionarmos a extensão daquela possessão coletiva: (10)
“Os primeiros casos da epidemia de Morzine se declararam em março de 1857 (...) e em 1861 atingiram o máximo de 120. (...)
(...) o caráter dominante destes momentos terríveis é o ódio a Deus e a tudo quanto a ele se refere.”
1864
Ainda sobre a possessão da Sra. Júlia (12), refere-se Kardec na Revista Espírita, (11):
“No artigo anterior (1863) descrevemos a triste situação dessa moça e as circunstâncias que provavam uma verdadeira possessão.”
O grau de intensidade das possessões e sua reatividade a tentativa de exorcização, vai bem descrita na Revista Espírita: (12)
“Desde que o bispo pisou em terras de Morzine”, diz uma testemunha ocular, “sentindo que ele se aproximava, os possessos foram tomados de convulsões as mais violentas; e (...) soltavam gritos e urros, que nada tinham de humano. (...)
As possessas, cerca de setenta, com um único rapaz, juravam, rugiam, saltavam em todos os sentidos. (...) A última resistiu a todos os esforços; vencido de fadiga e de emoção, ele (o bispo) teve que renunciar a lhe impor as mãos; saiu da igreja trêmulo, desequilibrado, as pernas cheias de contusões recebidas das possessas, enquanto estas se agitavam sob suas benções.” (...)
Encontramos no Evangelho segundo o Espiritismo (13) a seguinte referência sobre possessão e reforma íntima:
“(...) para isentá-lo da obsessão, é preciso fortificar a alma, pelo que necessário se torna que o obsidiado trabalhe pela sua própria melhoria, o que as mais das vezes basta para se livrar do obsessor, sem recorrer a terceiros. O auxílio destes se faz indispensável, quando a obsessão degenera em subjugação e em possessão, porque aí não raro o paciente perde a vontade e o livre arbítrio.”
No mesmo livro (14), há considerações sobre as causas da possessão:
“O Espírito mau espera que o outro, a quem ele quer mal, esteja preso ao seu corpo e assim, menos livre, para mais facilmente o atormentar, ferir nos seus interesses, ou nas suas mais caras afeições.
Nesse fato reside a causa da maioria dos casos de obsessão, sobretudo dos que apresentam certa gravidade, quais os de subjugação e possessão.”
1867
Ainda na Revista Espírita (15) encontramos informações de como é esta perda do livre arbítrio e como impedi-la:
“Objetar-me-eis, talvez, que nos casos de obsessão, de possessão, o aniquilamento do livre arbítrio parece ser completo. Haveria muito a dizer sobre esta questão porque a ação aniquiladora se faz mais sobre as forças vitais materiais do que sobre o Espírito, que pode achar-se paralisado, dominado e impotente para resistir, mas cujo pensamento jamais é aniquilado, como foi possível constatar em muitas ocasiões. (...)
Procedeis em relação aos Espíritos obsessores ou inferiores que desejais moralizar (...) algumas vezes conscientemente, quando estabeleceis, em torno deles uma toalha fluídica, que eles não podem penetrar sem vossa permissão, e agis sobre eles pela força moral, que não é outra coisa senão uma ação magnética quintessenciada.”
1868
Em “A Gênese”, (16) Kardec disserta sobre domicílio espiritual, típico caso de coabitação, ou como agora quer Hermínio Miranda, “condomínio espiritual, com síndico e convenção”.
“Na possessão, em vez de agir exteriormente, o Espírito atuante se substitui, por assim dizer, ao Espírito encarnado, tomando-lhe o corpo por domicílio, sem que este, no entanto, seja abandonado por seu dono, pois que isso só se pode dar pela morte. A possessão, conseguintemente, é sempre temporária e intermitente, porque um Espírito desencarnado não pode tomar definitivamente o lugar de um encarnado, pela razão que a união molecular do perispírito e do corpo só se pode operar no momento da concepção.
De posse momentânea do corpo do encarnado, o Espírito serve-se dele como se seu próprio fora: fala pela sua boca, vê pelos seus olhos, opera com seus braços conforme o faria se estivesse vivo. Não é como na mediunidade falante, em que o Espírito encarnado fala transmitindo pensamento de um desencarnado; no caso da possessão é mesmo o último que fala e obra (...)”
“Na obsessão há sempre um Espírito malfeitor. Na possessão pode tratar-se de um Espírito bom que queira falar e que, para causar maior impressão nos ouvintes, toma do corpo de um encarnado, que voluntariamente lho empresta, como emprestaria seu fato a outro encarnado.”
“Quando é mau o Espírito possessor, (...) ele não toma moderadamente o corpo do encarnado, arrebata-o (...)”
Seguindo ainda, no mesmo livro:
“Parece que ao tempo de Jesus, eram em grande número, na Judéia, os obsidiados e os possessos (...) Sem dúvida, os Espíritos maus haviam invadido aquele país e causado uma epidemia de possessões.” (17)
Com as curas, as libertações do possessos figuram entre os mais numerosos atos de Jesus.(...) “Se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, é que o reino de Deus veio até vós.” (S. Mateus, cap. XII, 22 e 23) (18)
Deduzimos com base no exposto que, para que exista possessão, é preciso que o Espírito obsessor identifique-se com o Espírito encarnado; aquele atinge o indivíduo sobre o qual quer agir, rodeia-o, envolve-o, penetra-o e o magnetiza; o aniquilamento do livre arbítrio parece ser completo, porque a ação aniquiladora se faz mais sobre as forças vitais materiais do que sobre o Espírito, que pode achar-se paralisado, dominado e impotente para resistir, mas cujo pensamento jamais é aniquilado, pois o encarnado é que atua conforme quer, sobre a matéria de que se acha revestido e portanto aquela dominação não se efetua nunca sem que aquele que a sofre o consinta, quer por sua fraqueza, quer por desejá-la; em vez de agir exteriormente ao Espírito encarnado, toma-lhe o corpo por domicílio, sem que este, no entanto, seja abandonado por seu dono, pois isso só se po de dar pela morte, por isso, a possessão é sempre momentânea, temporária e intermitente. Para se libertar da possessão, é preciso fortificar a alma, pelo que necessário se torna que o obsidiado trabalhe para sua própria melhoria, estabelecendo em torno de si uma toalha fluídica, que eles não possam penetrar sem sua permissão, agindo sobre eles pela força moral, por uma ação magnética quintessenciada. Na possessão isto só é possível, com a ajuda indispensável de terceiros.
Portanto, respondendo às indagações iniciais deste trabalho, podemos dizer que Kardec analisou todas as facetas e prismas da possessão e concluiu que existe possessão e também coabitação.
Uma obra, como a da Codificação Espírita, é indivisível e portanto deve ser analisada como um todo, jamais devendo ser fragmentada ou dividida, na análise de seu conteúdo; existem vários temas, nas obras básicas (O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo O Espiritismo, A Gênese, O Céu e o Inferno) e na Revista Espírita, em que as verdades foram estudadas à luz dos conhecimentos adquiridos no dia-a-dia e suas opiniões, às vezes alteradas, sem que correspondessem a uma mudança de idéia, mas, sim, a uma evolução de verdade em verdade, degrau a degrau na escada ascensional do conhecimento, como convém a um cientista sábio, astuto, inteligente, honesto e, antes de tudo, humilde, coisa rara, aliás.
A fé raciocinada sob a égide desta humildade, aconselhada e praticada pelo mestre lionês, levou-o à busca incessante da verdade, que sempre caracterizou suas ações, a correta elucidação conceptual de possessão, incitando-nos também a libertarmo-nos de duas outras, a dos dogmas e a do fanatismo.
Tenhamos igual têmpera e nos deixemos contaminar pela sua lição e pelo seu exemplo; a lição inclina, o exemplo arrasta.
Bibliografia:
(1) KARDEC, Allan . O Livro dos Espíritos, ed. FEB, 1987, perg. 473, pg. 250.
(2) Revista Espírita , 1858, pg. 278.
(3) KARDEC, Allan . O Livro dos Médiuns, ed. FEB, 1982 , item 240, pg. 300.
(4) Revista Espírita, 1862, pg. 109.
(5) Idem , 1862, pg. 359.
(6) Idem , 1863, pg. 373.
(7) KARDEC, Allan . Obsessão, ed. “O Clarim”, 1993, pg. 225.
(8) Idem , pg. 229.
(9) Revista Espírita, 1863 pg. 01.
(10) Idem, 1863, pg. 103.
(11) Idem, 1864, pg. 11.
(12) Idem, 1864, pg.225.
(13) KARDEC, Allan . O Evangelho Segundo o Espiritismo, ed. FEB, 1995, pg. 432.
(14) Idem, pg. 171.
(15) Revista Espírita, 1867, pg. 192.

(16) KARDEC, Allan . A Gênese, ed. 
FEB, 1980, pg. 306.
(17) Idem, pg. 330.
(18) Idem, pg. 32 9.
 

sexta-feira, 13 de julho de 2012

EI Você, acorde para a vida!



EI Você, acorde para a vida!


Organize-se!


Não viva de esperas, faça do tempo que tem de sobra o melhor possível, não só pra você, acredite que dentro de inúmeras possibilidades de dar TUDO errado, existem muitas de dar CERTO. Seja positivo mesmo quando tudo se volta contra você. Não fique encucado se culpando ou culpando alguém pelas coisas que acontece na sua vida, a vida é feita de momentos que as vezes escolhemos e momentos que nos pegam de surpresa, cada momento traz sua quota de desafio, aprendizado e regozijo. Por isso, simplesmente viva tudo o que é proporcionado para você. Com o coração aberto e um sorriso amigo, sempre bem humorado, olhando o lado melhor de cada coisa.


Tudo que é livre é melhor, assim como a brisa, siga sem destino certo, não prenda a vida, deixe que ela te mostre os desafios  de cada momento. Ninguém é perfeito, você não acertará sempre, mas com o coração aberto e cheio de visão positiva atrairá, com certeza, o melhor para você.


Assim como o sol, tudo tem seu tempo, às vezes você brilha, às vezes é apagado com as nuvens e dias nublados, mas não se abale, amanha poderá brilhar novamente, assim como a lua e as estrelas, tenha certeza que seu dia de BRILHAR vai aparecer, mas saiba aproveitar e preste atenção ele pode passar e você nem notar, chances não foram feitas para serem desperdiçadas, organize-se, não viva preso a regras restritivas ou moralistas demais, elas podem ser apenas fuga. Viva com amor, ame Às pessoas, ame tudo que é gestado, tudo que respira, tudo que aparece em frente a sua retina. Ame com dedicação e nunca se esqueça dos seus sonhos, são seus sonhos, pense nisso, as vezes uma vida cheia de regrinhas escritas pelos outros a partir de limitações e dogmatismos faz com que a gente se intimide e esqueça nossos sonhos, nossos projetos, caminhos de ser feliz. Não se deixe manipular e lembre-se, SER é bem mais do que TER.


Pelo menos uma vez na vida, chore na frente de quem nunca imaginou chorar, ligue para pessoa que você sempre quis ligar e nunca teve coragem, diga o que sente de verdade aos seus amigos mesmo que isso incomode alguns deles, vá no cinema sozinho e aproveite o filme que ninguém queria ver com você, dê vexame positivo, cante, dance, quebre as barreiras da timidez auto imposta, e não deixe que o que os outros pensam de você te aprisione em papéis restritivos. 


Aja, cuta-se, priorize a sua liberdade, a sua felicidade, pois você fazendo os seus sonhos acontecerem ajuda o mundo a ficar melhor, é menos um revoltado, recalcado, reprimido andando nas ruas.


Faça aquela viagem mesmo sem a grana que deveria ter para ela, deixe toda a decepção amorosa para trás, isso trará sofrimento, mas acredite não aquela pessoa que não correspondeu seus sentimentos não era o melhor para você, o seu amor verdadeiro está por vir e quanto mais rápido você deixar para trás a pessoa que demonstra, fala e deixa claro que não te ama, melhor, por que você mais rapidamente estará predisposto para que o universo traga o amor da sua vida. Não vale a pena amar sozinho muito menos sofrer à dois.




Existem milhares de coisas para se fazer, mas é simples, faça você mesmo sua lista e VIVA bem,  lembre-se sempre, essa é a sua vida e você precisa valorizar o momento presente ao máximo, por que é no presente que fazemos as coisas acontecerem, não devemos ficar presos às lembranças do ontem, nem as ansiedades do amanhã. O melhor momento da vida é aqui e agora. Essa vida física é a grande oportunidade que temos para aprender, crescer, reciclar, ampliar visões, irradiar sentimentos bons, não perca tempo com derrotismos. A mente positiva focada no presente faz milagres acontecerem, aqui e agora. É você quem escreve o livro da história da sua vida. Sai da lama jacaré, ame-se, organize-se, priorize o melhor e seja feliz.






Julio Cesar e Anderson Fernando


Texto Original em: http://todososmedos.blogspot.com.br/2011/05/organize-se.html

Organize-se


Pense no quanto você gosta de ter todas as suas coisas arrumadas, limpas e organizadas? O quanto você realmente aprecia gastar seu tempo nas tarefas de organização pessoal? Sim, certamente! Isso é o que eu pensava. Vamos enfrentá-la! Ninguém gosta de ter que passar horas se organizando, sentir dificuldade em se desfazer de algo, e ver ainda que tem um monte de lixo que se acumulou ao longo de um período de tempo em que a organização não estava em sua mente. Você precisa chegar lá não importa o quão assustador que parece porque, eventualmente, o caos começa a assombrá-lo.

É um fato comprovado que as pessoas são mais produtivas quando trabalham em um ambiente organizado e arrumado. Aqueles que pretendem trabalhar melhor em sua própria versão de "caos controlado" pode estar dizendo uma grande mentira como uma desculpa para não se manter no controle das coisas, só acho que eles funcionam melhor assim, porque não sabem realmente nenhuma maneira de se organizarem! Mas tenho certeza que se for dada uma escolha entre seu espaço desorganizado e outro que está perfeitamente organizado, iria escolher o último. Então, vamos começar com alguns conselhos que vão ajudá-lo a resolver sua desordem e chegar no topo da sua organização pessoal.

- Você precisa reservar tempo suficiente para fazer face ao projeto de organização. Mesmo se você tenha um longo dia pela frente, é melhor se esforçar para acabar de uma vez ao invés de espalha-lo ao longo dos dias (a não ser que seja um espaço muito grande e totalmente desorganizado). Mantenha um dia totalmente livre para você e evite as distrações.


- Crie uma lista de coisas que você deseja realizar. E você precisa ser mais específico do que apenas escrever "limpar" na lista! Existe um arquivo que não precisa estar em seu escritório ou talvez mais uma pilha de cobertores velhos que você deseja doar para o abrigo? Ou algumas contas antigas e papelada que precisa ser cortada e eliminada. Qualquer tarefa que você deseja realizar deve estar na lista. É um fato que as pessoas que fazem listas são mais propensos a realizar seus objetivos do que alguém que não os anota.

- Compre todas os produtos organizadores antes de sua limpeza agendada. Coisas como caixas e cestos, caixas de armazenamento são grandes aliados para organizar tudo, desde roupas a papeladas e DVD. Você pode comprar este tipo de produto em qualquer lugar e até mesmo optar por soluções de armazenamento decorativos para aquelas coisas que você não pode esconder em um armário, assim eles são facilmente incorporadas à sua decoração.




Rafaela Lima -Ring surf