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sexta-feira, 17 de abril de 2015

Nos meandros da esquizofrenia: Visão espírita

Olá, muita paz.

A Esquizofrenia é um distúrbio que envolve varias psicopatias e
disfunções de índole mental que podem interligar-se.
Nas suas formas encontramos uma ruptura da orla psíquica, ou
seja apresentações de distonias das funções inerentes ao psiquismo,
que intuem a distorção de personalidade e a perda do sentido real
adjacente da vida normalizada.

No entanto existem também fatores que são transmitidos pela
sucessão remanescente dum pretérito de antecedentes vivenciais,
aquilo que são as enfermidades viróticas e seus efeitos psicossociais,
socioeconomicos, afetivos e traumáticos marcantes.

Nesta ambivalência o enfermo mergulha numa coexistência
alienatória, procurando nela viver sua libertação de ilusão cônscia
de complexo culporio, que lhe vai tomando o rumo comportamental
numa dimensão só sua e fora do âmbito real, digamos, isola-se
num mundo muito seu, abstrato ao teor de envolvência que gerou a
sua convivência, fecha-se no seu casulo consciencial, que não o da
realidade.

Em tempos remotos, o trato com estes enfermos era aterrorizador
em vez de apaziguador, considerados “loucos e perigosos” eram
colocados em camisas de forças, isolavam-nos em celas, tal qual de
prisioneiros se tratasse, o uso de choques elétricos e por vezes
violência, eram os meios usados para incutir o medo, forma de facilitar
o trato com os mais excitados, enfim entoação à intimidação, que
apenas iria realçar maior revolta no interior da mente atingida por
esta terapia rudimentar , que no fundo reduzia-se ao destituir por falta
de conhecimento, de vidas , que muito poderiam ainda alimentar de
evolução e apenas ficariam na inércia do tempo em sofrimento. Claro
que nada existe ao acaso e a Lei de causa e efeito nos presenteia em
todos os momentos com oportunidades de crescimento da alma, claro
que na ordem de valores existirá sempre um sentido de renovação
nestes episódios , mas que o tempo permitiram vir a ser também pela
sumula do tempo , caminhos para aprendizado no culto da evolução
de defesa e terapia em favor da doença.
Os tempos pela marca da reencarnação for am trazendo novas,
através dos fenômenos de Jung e apoiados nas teorias de Freud, Blender,
Broca , Bleuler (*) e outros.

Freud traz a psicanálise e Jung a psicologia analítica, uma
inovação enorme para a complexibilidade da enfermidade, mas que
apesar diferirem na analise projecionista, tem um cunho de grande
evolução.

Carl Gustav Jung se distingue da psicanálise iniciada por Freud, por
uma noção mais alargada da libido e pela introdução do conceito de
inconsciente coletivo.

“Diferentemente de Freud, Jung via o inconsciente não apenas
como um repositório das memórias e das pulsões reprimidas, mas
também como um sistema passado de geração em geração, vivo em
constante atividade, contendo todo o esquecido e também
neoformações criativas, organizadas segundo funções coletivas e
herdadas. O inconsciente coletivo que propõe não é, apesar das
incessantes incompreensões de seus críticos, composto por memórias
herdadas, mas sim por pré-disposições funcionais de organização do
psiquismo.”

Esta evolução afirma-se pela ligação que Jung colocava nos
fenômenos espirituais os quais Freud, como ateu, não partilhava, mas
fica o registro de que os Hospícios deixaram de existir para “loucos”
mas para doentes com personalidades complexas a necessitar de
análise e estudo permanente, tendo a complexibilidade de atendimento
e terapia melhorado.

As alternativas alteraram-se de tal forma que, inclusive,
determinadas fases do restabelecimento podia se realizar em casa
com a família e com isso criar o elo emocional de proximidade,
incentivando dessa forma o próprio doente, dando-lhe confiança. Claro
que cada caso é um caso, mas no geral do processo, a terapia de grupo
tem sempre um forte componente de empenhamento maior e um cariz
(semblante, aspecto) de emoção que se faz sentir como tônico
recuperador.

“E a pedagogia de aproximação, se tornou um barômetro de grandeza
maior, tal qual através do dialogo que temos em doutrinação nos
trabalhos espirituais. Eles necessitam de doutrinação, diálogo, amor,
atenção e autoconfiança”; Lembro o “conhece-te a ti mesmo”.
O reflexo dos fantasmas, da melancolia, do medo e revolta, não se
curam com hostilidade, mas com a voz da tolerância, amor e da
renúncia, porque não existe espírito à face da terra e na erraticidade que não precise disso!?(estando ao mesmo nível).

O transtorno esquizofrênico, a alienação mental e distorção da
realidade traz nestes Seres vínculos de transitoriedade revoltosos,
porque não conseguem assimilar com fluidez as emoções, os
sentimentos, fechando-se no seu mundo que é preciso abrir, porém
muito desse espaço consciencial é tomado pela obsessão
multifacetada e abre-se pelo vácuo do inconsciente através de
ideoplastias constantes que necessitam de ser tomadas em conta
e com plena relevância, um exame analítico, não resolve, ele
carece de um acompanhamento psicoterapeutico e espiritual que,
como sabemos, é uma disfunção do espírito, visto ser o núcleo da
doença. Porém é necessário tratar do perispírito por ser ele o
responsável pelas distonia orgânica e psíquica, acompanhadas
com influência perniciosa de espíritos de menor índole,
requerendo constante envolvência fluídica benfeitora de forma a
toldar o seu pensamento com boas vibrações. A fluidoterapia tem
aí o seu papel importante.

Quando falamos em adolescentes forma-se uma reformulação da
sintomologia, mais identificada pela associação ao medo, preocupação
em demasia com o corpo, obsessões bem vincadas pela marca de
fragilidades enormes de conduta, envolvendo os próprios familiares
nessa teia de reajuste (Hipocondria), demasiado apego aos ditames da
doença (basta um simples adormecimento de um dedo para se mostrar
completamente desequilibrado), outros fatores que se ajustam as estes
casos, vinculação a estupefacientes e álcool recriam a delusão (falsa
crença), perda de lucidez, aprisionamento a conflitos conscienciais e a
caustificação dos mesmos pela ideoplastia do terror, que faz empedrenir
(ou empedernir = empedrar, endurecer) o coração e manifestar a
violência no cerne do coração. Aqui é a reeducação no foro moral que
se torna implacável na fórmula da provação compulsória.
Hoje os meios são mais generosos, fruto do estudo constante e da
evolução humana. O desenvolvimento de várias medicações e
intervenções psicossociais tem melhorado muito a perspectiva de
pacientes com esquizofrenia. Os antipsicóticos já controlam os sintomas
do transtorno sem causar tantos efeitos adversos estigmatizantes.
Orientação e outras intervenções psicossociais podem ajudar os
pacientes e seus familiares a aprenderem a controlar o transtorno mais
efetivamente, reduzir a perturbação social e ocupacional, melhorando
a reintegração social de pessoas com esquizofrenia.
Estes são os três componentes principais do tratamento da
esquizofrenia:

• Medicamentos para aliviar os sintomas e prevenir recaídas;
• Educação e intervenções psicossociais para ajudar os pacientes
e seus familiares a solucionar problemas, lidar com o estresse, enfrentar
a doença e suas complicações, e ajudar a prevenir recaídas;

• Reabilitação social para ajudar os pacientes a se reintegrarem
na comunidade recuperando a atividade educacional ou ocupacional.
Os médicos devem respeitar os princípios descritos na Declaração
da World Psychiatric Association de Madrid, publicada em 1996:
“que salientou a importância de se manter a par dos
desenvolvimentos científicos, transmitindo informações atualizadas
e aceitando o paciente como um parceiro no processo terapêutico”.
Também é importante que as várias técnicas de tratamento sejam
oferecidas de uma forma integrada, por exemplo, usando os princípios
de equipes de tratamento (Kanter 1989). Isso garante que todos os
esforços estejam focalizados sobre as mesmas metas e que o
paciente e seus familiares identifiquem uma linha terapêutica comum
nos planos de tratamento. Finalmente, os médicos devem incentivar
seus pacientes e familiares a participarem de grupos de apoio, que
podem fornecer ajuda e orientações valiosas para enfrentar melhor
a doença.

Educação em termos práticos nas intervenções psicossociais tem
de ter como sentido reduzir sintomas positivos e negativos, melhorar a
aderência ao tratamento, prevenir recaídas, melhorar as habilidades
sociais e de comunicação. A intervenção psicossocial é o complemento
ideal para as terapias medicamentosas.

Os problemas enfrentados por pessoas com esquizofrenia são
sociais, emocionais, pessoais, clínicos e de discriminação.
Não adianta rigorosas técnicas médicas e de reabilitação social,
sem medicação combinada e reabilitação, daí no complio (**) social
poder ser revitalizado no aproveitamento à espiritualidade pelo estigma
da auto estima, do apoio moral e da energia recuperativa perispiritual
pela transfusão fluídica, reforçando o fulcro ativo dos medicamentos
utilizados, pela água fluidificada e pela força da fé fervorosa e
desanuviamento pela prece consoladora, forças maiores que
adestradas à vontade são um solvente expressivo para a vida destes
irmãos.

Victor Passos

Fonte: http://www.forumespirita.net/fe/artigos-espiritas/nosmeandros-esquizofrenia-visao-espiritual/#ixzz27UNTuSsW

Bibliografia:

- World Psychiatric Association Section of Old Age Psychiatry
Consensus Statement on Ethics and Capacity in older people with mental
disorders” http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol37/n4/169.htm
European Dementia Consensus Network Consensus Statements.
Disponível em: http://edcon-dementia.net/en/consensusoverview.php.
Acesso em: 30 jun 2010.
- “Autismo” Uma Leitura Espiritual - Herminio Miranda
- Livro Dos Médiuns de Allan Kardec
- “Memórias de um suicida” Yvonne A. Pereira