"O que você procura, está procurando você" -
Rumi
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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
terça-feira, 28 de janeiro de 2014
A COMPETIÇÃO OCUPA O ESPAÇO DO AMOR
Roberto T. Shinyashiki
Durante a infância, a maior parte das crianças se habitua a viver ouvindo dos pais mensagens como: "Você não é importante", "Lugar de mulher é na cozinha" etc. As situações de desvalorização, gravadas há muito tempo, geram nas pessoas o sentimento de que os parceiros as ameaçam quando elas mostram o seu valor.
Existem dois tipos de competição: um, que a maioria das pessoas conhece, caracteriza-se pela lutar por ser o melhor. O outro é o esforço para ser o pior - quando duas ou mais pessoas competem, procurando provar quem tem maiores problemas ou quem sofre mais.
Isso acontece, por exemplo, quando alguém telefona para uma pessoa amiga a fim de expor seus problemas, mas ela os desqualifica, mostrando que suas dificuldades são bem maiores.
Em qualquer tipo de competição, o que existe é a desvalorização da capacidade do outro.
Quando alguém compete, perde de vista seus objetivos, como no caso do homem que fica desqualificando a mulher, esquecendo-se de que ele a escolheu para viverem juntos, em harmonia.
É comum observar que há mais interesse em saber o que a outra pessoa está fazendo, para superá-la, do que nas próprias capacidades e possibilidades de ação.
A vontade de sobrepujar o outro é impulsionada por um desejo de vingança, que pode ter se estabelecido há muito tempo em uma relação dolorosa. E o mais grave é que esse sentimento acaba se generalizando.
De uma forma não consciente, o homem e a mulher procuram vingar-se , em nome do passado, em todas as mulheres e homens que porventura, venham a encontrar.
É óbvio que, em tal relacionamento, o amor não pode fluir. A palavra amor - o sentimento nesse caso não existe - é usada como arma para neutralizar, irritar e manipular o outro.
E esse falso amor acaba por obstruir a vida do parceiro, criando-lhe problemas, desestimulando-o e impedindo-o de crescer ou até mesmo de divertir-se.
A inveja nasce da incapacidade de admirar, nos outros, o que eles têm ou conseguem.
A partir dessa incapacidade, começam-se a negar as virtudes dos outros ou a desvalorizá-las. E, sempre que alguém cria uma situação de desvalorização do outro, está preparando uma oportunidade para ele se vingar.
Porque ninguém aceita passivamente uma humilhação! A pessoa até pode se comportar com passividade, mas, quando surgir uma oportunidade, irá manifestar seus ressentimentos. Imagine uma situação, não rara, desse tipo:
O marido marca um jantar com pessoas de sua firma, sem consultar a esposa. Ela fica muito irritada por não ter sido consultada, mas não diz nada e, no dia do jantar, como revide, atrasa-se muito. Ele se sente profundamente aborrecido com o fato e decide: "Já que ela está me provocando com esse atraso, eu vou ignorá-la no jantar".
A mulher, sentindo-se desprezada pelo marido durante a noite, decide se embriagar. Ele fica com raiva por sua mulher estar dando tal vexame e retira-se com ela, esbravejando o tempo todo até chegar em casa.
Tais grosserias aumentam o sentimento de insatisfação da mulher, que continua a beber. Ao mesmo tempo, ele se desespera mais, passa a gritar e vai ficando mais tenso. Decide fazer sexo para relaxar e praticamente a obriga a manter relações sexuais com ele.
Ao se sentir ainda mais desrespeitada, e como forma de vingança, ela insinua que ele é incompetente sexualmente e que, com ele, não sente o menor prazer. A situação vai se agravando e cada um vai acumulando razões para vingança. E acabam esquecendo que o motivo básico pelo qual estão vivendo juntos é criar uma situação de harmonia e crescimento.
Infelizmente, muitos casais, logo após um período de cooperação, assumem uma postura destrutiva, um em relação ao outro, onde se desvalorizam quase diariamente. Esquecem que, cada vez que despreza o outro, no fundo está desprezando a si mesmo.
A melhor maneira de acabar com o sentimento de inveja e vingança é reconhecer, com coragem, o que o outro tem de bom e anunciar isso tanto quanto puder.
O elogio verdadeiro e a capacidade de admirar o parceiro tendem a apagar os resíduos do passado e ajudam a tomar consciência de que a realidade de hoje é completamente diferente da situação vivida no passado.
Isso depende apenas de treinamento! Treinar encontrar qualidades no companheiro, e elogiá-lo, nos leva ao aprendizado de que todo ser humano tem virtudes e valores dignos de ser notados.
Essa vingança de que falamos pode manifestar-se das mais diversas formas possíveis. Pode acontecer numa relação em que um ama e o outro não, ou na qual a intensidade e a extensão do amor são muito diferentes em cada um.
Caso não exista o sentimento de vingança em um dos parceiros, essa relação poderá compensar-se e equilibrar-se. Mas também é possível que seja rompida por parte daquele que não se envolveu afetivamente. E é honesto e louvável, quando se rompe uma relação desse tipo.
Quando existe uma determinação de vingança escondida, lá no fundo, mesmo que um dos parceiros se entregue de verdade ao amor, o outro, o "vingativo", estará visando à aventura, ao oportunismo, ao prestígio, mesmo que, inconscientemente, talvez busque a confirmação de uma afirmação que lhe foi colocada na infância, como verdade absoluta, do tipo: "Todo homem é um aproveitador".
Neste caso, a dinâmica e o movimento dos dois são completamente diferentes: a pessoa que ama dirige todo o seu amor para o outro, que apenas finge amar. Essa situação não se sustenta por muito tempo. Quando a pessoa que ama percebe que estava sendo enganada, sofre muito. Esse sofrimento é fruto do desejo de vingança que o outro havia guardado no passado.
A vingança, em muitos casos, provém da inveja. Na maioria das vezes, inveja-se aquilo que não se tem: coisas, sentimentos, posturas ou pessoas junto das quais se desejaria estar. E, em geral, não se toma consciência disso. Não se faz a ligação de cada manifestação de inveja com o desejo mais profundo de ter algo ou de ser tornar igual a alguém.
Quando eu olho para você,
Não consigo deixar de sentir
Um gosto mofado de passado...
Momentos já vividos, que eu procuro esquecer.
Sensações antigas, que contaminam o sabor
do novo, de você e do nosso amor.
Texto do Livro:
"Amar pode dar certo"
Roberto T. Shinyashiki
Editora Gente
domingo, 26 de janeiro de 2014
TIMIDEZ
"Quantas pessoas poderíamos ter tirado 'para dançar' na vida e não o fizemos por ofertar sacrifícios ao nada? Sacrifício ao deus da timidez, ao deus da vergonha, ao deus do medo de ser rechaçado e assim por diante."
- Nilton Bonder em A Alma Imoral
TUDO ESTÁ EM SUAS MÃOS
TUDO ESTÁ EM SUAS MÃOS
Você tem na vida aquilo que escolher.
E sua mente é tão poderosa
que vai lhe entregar
exatamente o que você pedir.
Se você pensa que pode
ou se pensa que não pode,
de qualquer jeito você está certo
e receberá na mesma medida
que foi determinada pela sua palavra,
pelo seu pensamento.
A vida que você leva foi criada por você...
Se você continuar fazendo
o que sempre fez,
vai continuar obtendo
o que sempre obteve.
O sucesso de sua vida sempre esteve, e
sempre estará em suas MÃOS.
Embates entre religião e ciência
As duas são incompatíveis. Primeiro que Religião em si, não existe. Ciência existe e tem seus métodos e exclusões, sem o qual deixa de ser ciência.
Religião por sua vez é um conceito mega abrangente que abarca coisas muito diferentes entre si, forçadamente colocadas com o nome religião, a partir de um olhar eurocêntrico.
Isso causa muitos problemas como pude expor em minha monografia. Roma por exemplo, sua religião cívica não é, exatamente uma religião no sentido que entendemos.
Igualmente ocorre com gregos e muitos outros povos.
Assim, em muitos povos a crença nos deuses e a guerra estão intrinsecamente inter-relacionadas. O deus ou deuses estão sempre relacionados ao povo. A conquista do povo, resulta na conquista do deus. A vitória “prova” ao crente que os deuses ou são mais fortes ou são o único, como é o caso da visão Hebraica.
Ou mesmo como em muitos episódios na Roma Antiga, significaria para eles que o deus do outro povo passou para o seu lado.
Associar crenças a deuses ou ao invisível como RELIGIÃO, tendo sempre, inconscientemente ou não, as religiões monoteístas cristãs como modelo para olhar as outras manifestações é um erro grave que percebo em muitos textos acadêmicos.
O eurocentrismo cristão fazendo “ligas” e domando o olhar do pesquisador, incapaz de abandonar condicionamentos que antes de serem religiosos, são culturais e de longa duração.
Sempre que vejo alguém falar religião é isso, religião é aquilo, me pergunto o que a pessoa está querendo provar com isso, pois religião como uma coisa não existe. O que existe são "religiões", crenças, experiências, específicas e nem sempre passíveis de serem equiparadas.
Tratar as diversas manifestações de crença, práticas, ritos, mitos, visão de mundo y otras cositas más com o nome religião, me parece aceitável se nos referirmos ao vulgo comum,
mas deve ser trabalhada com muito apuro do que se quer dizer, pois esse conceito é muito inebriante, fácil, condicionado e limitante, tornando sempre arriscado sua abordagem se não for bem criteriosa e demarcada suas significações se a abordagem for pesquisística.
Religião deve buscar aprimorar seu discurso, olhar para as descobertas científicas e, se sua teologia permitir usufruir seus adeptos desses saberes. Mas, a rigor, tem limites frágeis, pois é crença. È fidelidade a ideias que não se provam, nem querem se provar. O diálogo não deve existir para convencer, mas por que sendo dosi campos de saber humano, precisam se respeitar.
A rigor as religiões estão fadadas a extinção. A descoberta das leis espirituais que dirigem o cosmos acabarão, mais cedo, mais tarde com a necessidade de sacerdotes e hierarquias, intermediários para com a divindade. O processo ficará , paulatinamente na mão da pessoa. Ela entra em contato comDeus, sem intermediários.
A espiritualidade emergente já está assim. As pessoas hoje, não estão tão ligadas a gurus e sacerdotes, buscam a espiritualidade a partir de si. É lógico que ainda teremos os seguidores cegos dos outros por um bom tempo, mas na medida que as sociedades maturarem seu processo educacional, politico e ético, naturalmente se caminhará para uma relação com sua espiritualidade mas independente, se responsabilizando de fato pelas suas escolhas, aluz de um conhecimento espiritual inteligente, sábio e vivenciado.
A ciência sabe que a religião sempre que teve oportunidade a calou, a limitou, a condicionou a suas teologias cegas. Por isso, todo cuidado é pouco. Um cientista pode seguir a religião que quiser, mas não deve confundir suas crenças pessoais com a ciência que pesquisa. Por pena de estar utilizando de "métodos científicos" para converter os não adeptos. Não é crime isso, vejam bem. Mas é o uso do "discurso de autoridade" visando convencer os outros de que as suas crenças, em geral meramente tradicionais, são: A verdade.
Anderson.
Ita Portugal
"Abençoadas sejam todas as voltas que a vida dá, pois numa dessas, a gente esbarra com a rainha, o sábio, o tolo,o rico, o bonito, o feio.
A gente esbarra no mundo e percebe que no final do jogo, todos partilham do mesmo vestiário.
A peça termina.
Os aplausos cessam.
A cortina se fecha e tanto o vilão quanto o mocinho dividem o mesmo camarim.
Abençoada seja a alma sedenta que sossegará após ser alimentada, sem sequer exigir sofisticados manjares.
Abençoado o cansaço de cada dia que não escolherá cama, mas repousará em qualquer banco achando ser um castelo.
Abençoado o suor do trabalho e as mão calejadas que anunciam a ocupação no lugar da estupidez de mentes vazias.
Bendito seja o silêncio, que se faz de vidente para a crueldade das palavras tolas.
Bendito o riso, que ocupa lugar privilegiado na face sóbria de quem sabe viver.
Abençoado o peso do saco de interrogações e da sacola de oportunidade que é manto sagrado de quem tem coragem para viver.
Abençoada as precipitadas declarações de amor, pois alivia o peito apertado e assegura a ausência do medo.
Abençoado seja o dia em que o acaso nos faça tropeçar em poesia."
Ita Portugal
A gente esbarra no mundo e percebe que no final do jogo, todos partilham do mesmo vestiário.
A peça termina.
Os aplausos cessam.
A cortina se fecha e tanto o vilão quanto o mocinho dividem o mesmo camarim.
Abençoada seja a alma sedenta que sossegará após ser alimentada, sem sequer exigir sofisticados manjares.
Abençoado o cansaço de cada dia que não escolherá cama, mas repousará em qualquer banco achando ser um castelo.
Abençoado o suor do trabalho e as mão calejadas que anunciam a ocupação no lugar da estupidez de mentes vazias.
Bendito seja o silêncio, que se faz de vidente para a crueldade das palavras tolas.
Bendito o riso, que ocupa lugar privilegiado na face sóbria de quem sabe viver.
Abençoado o peso do saco de interrogações e da sacola de oportunidade que é manto sagrado de quem tem coragem para viver.
Abençoada as precipitadas declarações de amor, pois alivia o peito apertado e assegura a ausência do medo.
Abençoado seja o dia em que o acaso nos faça tropeçar em poesia."
Ita Portugal
sábado, 18 de janeiro de 2014
Melhor um cão ou desencanar das projeções....
No nosso desafio diário no lidar com os outros seres humanos, urge percebermos que o outro não é só aquilo que ele diz de si, daquilo que ele demonstra para ti, que o outro não pode ser avaliado tão somente pelo desempenho sexual dele na cama, pela cor dos olhos, pelo país de origem, pela ajuda que nos deu, pelos erros que comete, pelo número de namoros que teve, pela sua idade, pelas suas crenças, por que temos pena dele, pelo seu conhecimento, pelas coisas bonitinhas que escreve no facebook, pelo que possui, tampouco pela sua profissão ou pelo seu biotipo.
Nossas inseguranças, experiências, gostos, memórias, lembranças e carências tendem a criar em cima do outro uma entidade irreal. Nós construímos um ser ideal , fruto de tudo que nosso ser carente, distraído e acomodado não desenvolveu em si. Esquecemos que na vida real, um relacionamento cheio de expectativas moldadas em fantasias irreais é a chave do fracasso. O outro é o outro e só.
A própria ansiedade em construir, (dessa vez), o relacionamento ideal, é isso mesmo, legítimo, mas se não tivermos efetivado os devidos auto-confrontos, teremos mais uma vez, idealizações, que nos levarão para uma cegueira patológica sobre o outro.
E graças as carências que queremos suprir, buscando acertar dessa vez, (de qualquer maneira), criamos vendas nos olhos, sujeitando-nos, apequenando-nos, esquecendo-nos.
Tentando através de um pseudo-relacionamento, artificial e falso, acreditar e perdoar tudo, para não perdê-lo ou aceitar tudo para tentar reconquistá-lo, não a pessoa real, mas o príncipe ou princesa idealizados. Numa permissividade reprovável, se prejudicando como indivíduo e como ser humano.
Ou então essa ansiedade levará a uma prostituição-branca de si mesmo, prostituição essa perfeitamente defendida pela pessoa, na troca desvairada de sexo pelo sexo. Ou, na esperança infantil de que isso seduzirá o outro para si.
(relacionamentos frutos do tesão e do jogo de sedução são apenas formas de distração, pouco tem que ver com o que digo aqui e provavelmente quem está nessa, não lerá esse texto. Simplesmente porque esse tipo de pessoa está na vida para se divertir e gozar e privilegia quem o faça sorrir e quem o elogie, não concordará com nada ou com pouca coisa do que está escrito aqui. Tudo bem, viva a democracia, ninguém é melhor do que ninguém e, ler ou não um texto grandes desses aqui, não garantem nada, apenas nos auxiliam a pensar ou re-olhar velhos temas e velhos hábitos mentais.)
Essa ansiedade carente também poderá trazer um caminhão de expectativas que, por serem idealizadas, ou seja, esperadas do outro, levarão as escolhas erradas, aos desgastes, as cobranças, as comparações, a novas e frustrantes experiências....
Ninguém é a solução de ninguém e alma gêmea não existe. Bons relacionamentos são, como tudo que é excepcional e bonito na vida, fruto de trabalho árduo, em si, em dar o melhor de si, para a vida e para o outro.....
Entrega e não cobrança. Afinidade e diálogo e não elogio e cama e, sobretudo, ideias afins....
Não se trata aqui de concordar e pensar igual ou ser da mesma profissão ou de mesma religião, nada disso, a vida mostra que pessoas de religiões e profissões, aparentemente distantes, como evangélico e católico, militar e professor, policial e médico ou advogado e artista, podem sim, dar-se muitíssimo bem, como conhecemos casos assim.
Pois falamos de outra coisa de de Jornada de Vida. Olhar na mesma direção. Foco e interesse mútuos no crescimento do outro. A afinidade deve ser nos objetivos de vida. Olhando de uma forma maior.
Não importa como isso se dará, somos todos experiências em construção, então cada casal terá seus focos diferenciados, específicos, mas é necessário que esse interesse de almas ocorra. Isso levará que mesmo que tenham religiões, crenças e profissões diferentes, que eles busquem algo maior que os motivem a compartilhar essa jornada histórica que é a sua vida...
Infelizmente, criamos e alimentamos fantasias e expectativas por que é mais fácil manter relacionamentos assim e permitindo-nos assim perpetuar nossos egoísmos e nossas vampirizações...
Melhor é buscarmos a maturidade não tentando sempre detonar ou sobrevalorizar os outros.
Nem ofender, agredir e rotular para se julgar melhor, nem se diminuir, se retrair ou se desleixar por se julgar pior. Buscar não num outro hipotético e idealizado a solução dos problemas emocionais. Mas buscar construir-se como ser humano, amigo, transparente, dedicado e fraterno = maturidade emocional. Buscar no mundo fora de nós, externar os sentimentos nobres de nossa alma.
Mas, sempre lembrando, antes de pensarmos em jornadas históricas, focos e ideais e afins, que simplesmente comecemos namoros sem tantas cobranças e sem tantos passados, sem tantas projeções e sem perder o foco nos nossos objetivos de vida.
Se valorizarmos isso, naturalmente nossas projeções se desfazem e estaremos aptos a Reconhecer se o enamoramento inicial ou o interesse inicial levará a algo que vai valer a pena ou se foi apenas projeção idealizada fruto de carências, tesões e auto-afirmações infantis de nosso ser...
Idealizações = Projeções = Comparações =infantilizações = egões = quem exige tudo, não está disposto a dar nada.
Nossas inseguranças, experiências, gostos, memórias, lembranças e carências tendem a criar em cima do outro uma entidade irreal. Nós construímos um ser ideal , fruto de tudo que nosso ser carente, distraído e acomodado não desenvolveu em si. Esquecemos que na vida real, um relacionamento cheio de expectativas moldadas em fantasias irreais é a chave do fracasso. O outro é o outro e só.
A própria ansiedade em construir, (dessa vez), o relacionamento ideal, é isso mesmo, legítimo, mas se não tivermos efetivado os devidos auto-confrontos, teremos mais uma vez, idealizações, que nos levarão para uma cegueira patológica sobre o outro.
E graças as carências que queremos suprir, buscando acertar dessa vez, (de qualquer maneira), criamos vendas nos olhos, sujeitando-nos, apequenando-nos, esquecendo-nos.
Tentando através de um pseudo-relacionamento, artificial e falso, acreditar e perdoar tudo, para não perdê-lo ou aceitar tudo para tentar reconquistá-lo, não a pessoa real, mas o príncipe ou princesa idealizados. Numa permissividade reprovável, se prejudicando como indivíduo e como ser humano.
Ou então essa ansiedade levará a uma prostituição-branca de si mesmo, prostituição essa perfeitamente defendida pela pessoa, na troca desvairada de sexo pelo sexo. Ou, na esperança infantil de que isso seduzirá o outro para si.
(relacionamentos frutos do tesão e do jogo de sedução são apenas formas de distração, pouco tem que ver com o que digo aqui e provavelmente quem está nessa, não lerá esse texto. Simplesmente porque esse tipo de pessoa está na vida para se divertir e gozar e privilegia quem o faça sorrir e quem o elogie, não concordará com nada ou com pouca coisa do que está escrito aqui. Tudo bem, viva a democracia, ninguém é melhor do que ninguém e, ler ou não um texto grandes desses aqui, não garantem nada, apenas nos auxiliam a pensar ou re-olhar velhos temas e velhos hábitos mentais.)
Essa ansiedade carente também poderá trazer um caminhão de expectativas que, por serem idealizadas, ou seja, esperadas do outro, levarão as escolhas erradas, aos desgastes, as cobranças, as comparações, a novas e frustrantes experiências....
Ninguém é a solução de ninguém e alma gêmea não existe. Bons relacionamentos são, como tudo que é excepcional e bonito na vida, fruto de trabalho árduo, em si, em dar o melhor de si, para a vida e para o outro.....
Entrega e não cobrança. Afinidade e diálogo e não elogio e cama e, sobretudo, ideias afins....
Não se trata aqui de concordar e pensar igual ou ser da mesma profissão ou de mesma religião, nada disso, a vida mostra que pessoas de religiões e profissões, aparentemente distantes, como evangélico e católico, militar e professor, policial e médico ou advogado e artista, podem sim, dar-se muitíssimo bem, como conhecemos casos assim.
Pois falamos de outra coisa de de Jornada de Vida. Olhar na mesma direção. Foco e interesse mútuos no crescimento do outro. A afinidade deve ser nos objetivos de vida. Olhando de uma forma maior.
Não importa como isso se dará, somos todos experiências em construção, então cada casal terá seus focos diferenciados, específicos, mas é necessário que esse interesse de almas ocorra. Isso levará que mesmo que tenham religiões, crenças e profissões diferentes, que eles busquem algo maior que os motivem a compartilhar essa jornada histórica que é a sua vida...
Infelizmente, criamos e alimentamos fantasias e expectativas por que é mais fácil manter relacionamentos assim e permitindo-nos assim perpetuar nossos egoísmos e nossas vampirizações...
Melhor é buscarmos a maturidade não tentando sempre detonar ou sobrevalorizar os outros.
Nem ofender, agredir e rotular para se julgar melhor, nem se diminuir, se retrair ou se desleixar por se julgar pior. Buscar não num outro hipotético e idealizado a solução dos problemas emocionais. Mas buscar construir-se como ser humano, amigo, transparente, dedicado e fraterno = maturidade emocional. Buscar no mundo fora de nós, externar os sentimentos nobres de nossa alma.
Mas, sempre lembrando, antes de pensarmos em jornadas históricas, focos e ideais e afins, que simplesmente comecemos namoros sem tantas cobranças e sem tantos passados, sem tantas projeções e sem perder o foco nos nossos objetivos de vida.
Se valorizarmos isso, naturalmente nossas projeções se desfazem e estaremos aptos a Reconhecer se o enamoramento inicial ou o interesse inicial levará a algo que vai valer a pena ou se foi apenas projeção idealizada fruto de carências, tesões e auto-afirmações infantis de nosso ser...
Idealizações = Projeções = Comparações =infantilizações = egões = quem exige tudo, não está disposto a dar nada.
Pensando um pouco mais além...
Parece inicialmente uma postagem fácil de se concordar. Mas há problemas nesse tipo de afirmação.
Se alguém te odeia existe motivo. Se o motivo é percebido, reconhecido ou admitido pela pessoa é outra questão.
No nosso mundo, todo temos razão e é por isso que ainda estamos por aqui, excesso de razões, e é por isso que estamos cheios de perseguidores visíveis e invisíveis: ter razão.
A a firmação tem um q de verdade. É da psicologia, são as projeções. O problema é que o diagnóstico da projeção é pessoal e precisa ser feito a partir de uma relação pessoal entre um terapeuta devidamente qualificado e o paciente que ele quer ajudar.
Quando eu digo que o outro me odeia por que eu sou reflexo de tudo que ele quer, na verdade eu não sei se isso é verdade ou não. Eu não conheço o outro, eu não fiz uma anamnese com ele, eu não o ouvi eu não quero ajudá-lo, eu estou apenas julgando-o. E um tipo perverso de julgamento por que não é assistencial. EU o coloco como perturbado e consequentemente eu o coloco abaixo de mim.
Na verdade é uma agressão. Eu estou apenas revidando o que o outro fez de mal para comigo, só isso. Revide, competição (ele tem problemas mentais, logo, eu estou melhor do que ele, logo eu sou melhor do que ele...)
A solução infelizmente não está em ter razão ou admitir que sabe por que a pessoa gosta ou não, mas em assistir o outro. Ter razão é pequeno e temos isso há milênios. O novo é sair do mundo das razões, abrir mão do desejo de ser vítima e assistir a todo mundo....
Quanto aos motivos do por que o outro não vai com a minha cara, melhor estudarmos a JANELA DE JOHARI e fazermos os nossos auto-confrontos....
terça-feira, 14 de janeiro de 2014
domingo, 12 de janeiro de 2014
O Mito de Sísifo
O Mito de Sísifo
Certa vez, uma grande águia sobrevoou sua cidade, levando nas garras uma bela jovem. Sísifo reconheceu a jovem Egina, filha de Asopo, um deus-rio, e viu a águia como sendo uma das metamorfoses de Zeus.
Mais tarde, o velho Asopo veio perguntar-lhe se sabia do rapto de sua filha e qual seria seu destino. Sísifo logo fez um acordo: em troca de uma fonte de água para sua cidade ele contaria o paradeiro da filha. O acordo foi feito e a fonte presenteada recebeu o nome de Pirene e foi consagrada às Musas.
Assim, ele despertou a raiva do grande Zeus, que enviou o deus da morte, Tânatos, para levá-lo ao mundo subterrâneo. Porém o esperto Sísifo conseguiu enganar o enviado de Zeus. Elogiou sua beleza e pediu-lhe para deixá-lo enfeitar seu pescoço com um colar. O colar, na verdade, não passava de uma coleira, com a qual Sísifo manteve a Morte aprisionada e conseguiu driblar seu destino.
Durante um tempo não morreu mais ninguém. Sísifo soube enganar a Morte, mas arrumou novas encrencas. Desta vez com Hades, o deus dos mortos, e com Ares, o deus da guerra, que precisava dos préstimos da Morte para consumar as batalhas.
Tão logo teve conhecimento, Hades libertou a Morte e ordenou-lhe que troxesse Sísifo imediatamente para os Infernos. Quando Sísifo se despediu de sua mulher, teve o cuidado de pedir secretamente que ela não enterrasse seu corpo.
Já no reino subterrâneo dos mortos, Sísifo reclamou com Hades da falta de respeito de sua esposa em não o enterrar. Então suplicou por mais um dia de prazo, para se vingar da mulher ingrata e cumprir os rituais fúnebres. Hades lhe concedeu o pedido. Sísifo então retomou seu corpo e fugiu com a esposa. Havia enganado a morte pela segunda vez.
Mas um dia Sísifo morreu de velhice e Zeus enviou Hermes para conduzir sua alma ao Hades. No Hades, Sísifo foi considerado um grande rebelde e teve um castigo, juntamente com Prometeu, Títio, Tântalo e Ixíon. Por toda a eternidade Sísifo foi condenado a rolar uma grande pedra de mármore com suas mãos até o cume de uma montanha, sendo que toda vez que ele estava quase alcançando o topo, a pedra rolava novamente montanha abaixo até o ponto de partida por meio de uma força irresistível. Por esse motivo, a tarefa que envolve esforços inúteis passou a ser chamada “Trabalho de Sísifo”.
Certa vez, uma grande águia sobrevoou sua cidade, levando nas garras uma bela jovem. Sísifo reconheceu a jovem Egina, filha de Asopo, um deus-rio, e viu a águia como sendo uma das metamorfoses de Zeus.
Mais tarde, o velho Asopo veio perguntar-lhe se sabia do rapto de sua filha e qual seria seu destino. Sísifo logo fez um acordo: em troca de uma fonte de água para sua cidade ele contaria o paradeiro da filha. O acordo foi feito e a fonte presenteada recebeu o nome de Pirene e foi consagrada às Musas.
Assim, ele despertou a raiva do grande Zeus, que enviou o deus da morte, Tânatos, para levá-lo ao mundo subterrâneo. Porém o esperto Sísifo conseguiu enganar o enviado de Zeus. Elogiou sua beleza e pediu-lhe para deixá-lo enfeitar seu pescoço com um colar. O colar, na verdade, não passava de uma coleira, com a qual Sísifo manteve a Morte aprisionada e conseguiu driblar seu destino.
Durante um tempo não morreu mais ninguém. Sísifo soube enganar a Morte, mas arrumou novas encrencas. Desta vez com Hades, o deus dos mortos, e com Ares, o deus da guerra, que precisava dos préstimos da Morte para consumar as batalhas.
Tão logo teve conhecimento, Hades libertou a Morte e ordenou-lhe que troxesse Sísifo imediatamente para os Infernos. Quando Sísifo se despediu de sua mulher, teve o cuidado de pedir secretamente que ela não enterrasse seu corpo.
Já no reino subterrâneo dos mortos, Sísifo reclamou com Hades da falta de respeito de sua esposa em não o enterrar. Então suplicou por mais um dia de prazo, para se vingar da mulher ingrata e cumprir os rituais fúnebres. Hades lhe concedeu o pedido. Sísifo então retomou seu corpo e fugiu com a esposa. Havia enganado a morte pela segunda vez.
Mas um dia Sísifo morreu de velhice e Zeus enviou Hermes para conduzir sua alma ao Hades. No Hades, Sísifo foi considerado um grande rebelde e teve um castigo, juntamente com Prometeu, Títio, Tântalo e Ixíon. Por toda a eternidade Sísifo foi condenado a rolar uma grande pedra de mármore com suas mãos até o cume de uma montanha, sendo que toda vez que ele estava quase alcançando o topo, a pedra rolava novamente montanha abaixo até o ponto de partida por meio de uma força irresistível. Por esse motivo, a tarefa que envolve esforços inúteis passou a ser chamada “Trabalho de Sísifo”.
domingo, 5 de janeiro de 2014
sexta-feira, 3 de janeiro de 2014
Um punhado de sal
Sabedoria que amplia....
Começando o ano reflexivamente.
Um punhado de sal
"O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo S CONCLUAM d'água e bebesse.
- Qual é o gosto? - perguntou o Mestre.
- Ruim. - disse o jovem sem pensar duas vezes.
O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse junto com ele ao lago. Os dois caminharam em silêncio, e quando chegaram lá o mestre mandou que o jovem jogasse o sal no lago. O jovem então fez como o mestre disse.
Logo após o velho disse:
- Beba um pouco dessa água.
O jovem assim o fez e enquanto a água escorria do queixo do jovem o Mestre perguntou:
- Qual é o gosto?
- Bom! - o jovem disse sem pestanejar.
- Você sente o gosto do sal? - perguntou o Mestre.
- Não. - disse o jovem.
O Mestre então sentou ao lado do jovem, pegou em suas mãos e disse:
- A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos. Quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido de tudo o que está a sua volta. É dar mais valor ao que você tem em detrimento ao que ao que você perdeu. Em outras palavras: É deixar de ser copo, para tornar-se um Lago."
Começando o ano reflexivamente.
Um punhado de sal
"O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo S CONCLUAM d'água e bebesse.
- Qual é o gosto? - perguntou o Mestre.
- Ruim. - disse o jovem sem pensar duas vezes.
O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse junto com ele ao lago. Os dois caminharam em silêncio, e quando chegaram lá o mestre mandou que o jovem jogasse o sal no lago. O jovem então fez como o mestre disse.
Logo após o velho disse:
- Beba um pouco dessa água.
O jovem assim o fez e enquanto a água escorria do queixo do jovem o Mestre perguntou:
- Qual é o gosto?
- Bom! - o jovem disse sem pestanejar.
- Você sente o gosto do sal? - perguntou o Mestre.
- Não. - disse o jovem.
O Mestre então sentou ao lado do jovem, pegou em suas mãos e disse:
- A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos. Quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido de tudo o que está a sua volta. É dar mais valor ao que você tem em detrimento ao que ao que você perdeu. Em outras palavras: É deixar de ser copo, para tornar-se um Lago."
SUPERAÇÃO
MUITAS PESSOAS COMEÇAM SEUS EMPENHOS EM ALGO ATÉ QUE A AUSÊNCIA DE RESULTADOS MÁGICOS IMEDIATOS FAZ COM QUE ELES CONCLUAM QUE É MUITO DIFÍCIL, MUITO INCERTO.
O VERDADEIRO COMPROMISSO COM ALGO É QUANDO SEUS ESFORÇOS PAREÇAM INÚTEIS, QUANDO VOCÊ NÃO CONSEGUE VER OS BENEFÍCIOS, E QUANDO SUA MENTE DÁ-LHE UMA MULTIDÃO DE BOAS DESCULPAS PARA VOCÊ PARAR, VOCÊ MANTÉM, VOCÊ PERSEVERA.
MESMO PROGREDINDO UM MÍNIMO, JÁ É UM PASSO EM FRENTE.
A MOTIVAÇÃO LEVA AO DESAFIO, O DESAFIO LEVA A PERCORRER O CAMINHO. SE O CAMINHO É O QUE VOCÊ ACHA QUE É O MELHOR PARA VOCÊ, O PERCURSO DEVE SER VISTO COMO VITÓRIA. A PERSEVERANÇA É A VITÓRIA.
Compartilhar sentimentos bons
Quando você está compartilhando sua alegria, você não cria uma prisão para ninguém — você simplesmente se dá.
Você nem mesmo espera gratidão ou agradecimento, porque você está se dando, não para obter qualquer coisa, nem mesmo gratidão.Você está se dando porque você está tão pleno, você tem que se dar.
Osho, em "The Fire Of Truth".
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