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terça-feira, 24 de abril de 2012

As diversas reencarnações de Chico Xavier

As diversas reencarnações de Chico Xavier


No livro “Chico, Diálogos e Recordações”, o autor Carlos Alberto Braga realiza um trabalho sério e dedicado por quatro anos com Arnaldo Rocha, que teve quase 50 anos de convivência com Chico Xavier. Arnaldo revelou uma série de reencarnações de si mesmo e de “Nossa Alma Querida”, como se refere a Chico. Arnaldo Rocha foi o doutrinador de um grupo de desobsessão que Chico Xavier participava. O nome era “Grupo Coração Aberto”, onde muitas revelações sobre vidas passadas na história planetária foram reveladas.

O resultado do trabalho pode ser parcialmente visto nos livros “Instruções Psicofônicas” e “Vozes do Grande Além”. Dentre várias encarnações de Francisco Cândido Xavier, algumas já foram elucidadas:

Hatshepsut (Egito) (aproximadamente de 1490 AC a 1450 AC)

Era uma farani – feminino de faraó – que herdou o trono egípcio em função da morte do irmão. A regência dela foi muito importante para o Egito, já que suspendeu os processos bélicos e de expansão territorial. Trouxe ao povo um pensamento intrínseco e mais religioso. Viveu numa época em que surgiram as escritas nos papiros, o livro dos mortos. Hatshepsut foi muito respeitada e admirada pelo povo egípcio. Obesa e diabética, com câncer nos ossos, desencarnou em torno dos 40 anos, por causa de uma infecção generalizada. Hatshepsut foi a primeira faraó (mulher) da história. Governou o Egito sozinha por 22 anos, na época o Estado era um dos mais ricos.

Chams (Egito) (por volta de 800 AC)

Rainha do Egito durante o império babilônico de Cemirames. Vários amigos de Chico Xavier também estavam encarnados na época, como Camilo Chaves, o próprio Arnaldo Rocha e Emmanuel, que era sacerdote e professor de Chams.

Sacerdotisa (Delphos-Grécia) (cerca de 600 AC)

Não se tem registros de qual o nome Chico Xavier recebeu nesta encarnação. Ela se tornou sacerdotisa por causa do tio (Emmanuel reencarnado), que a encaminhou para a sacerdotisação.

Lucina (Roma-Itália) (aproximadamente 60 AC)

Lucina era casada com o general romano chamado Tito Livonio (Arnaldo Rocha reencarnado), nos tempos da revolução de Catilina. Nesta jornada, Lucina teve como pai Publius Cornelius Lentulus Sura, senador romano, avô de Publius Cornelius Lentulus (Emmanuel).

Flavia Cornélia (Roma-Itália) (de 26 DC a 79 DC)

Nesta encarnação, Chico Xavier era filha do senador romano Publius Cornelius Lentulus (Emmanuel). Arnaldo Rocha confidenciou que quando Chico se lembrava da reencarnação de Flavia sentia muitas dores, porque ela teve hanseníase. Também se percebia um forte odor que se exalava.

Lívia (Ciprus, Massilia, Lugdunm e Neapolis) (de 233 DC a 256 DC)

Foi abandonada numa estrada e achada por um escravo, que trabalhava como afinador de instrumento, e tinha o nome de Basílio (Emmanuel reencarnado). Ele a adota e coloca o nome de Lívia – ler Ave Cristo. Nesta ocasião, Arnaldo Rocha era Taciano, um homem casado que tinha uma filha chamada Blandina (Meimei reencarnada).

Certa vez, os três se encontraram e Taciano chegou a propor uma relação conjugal com Lívia, que era casada com Marcelo Volusian.

Quando a proposta foi feita, Lívia alertou que todos tinham um compromisso assumido, tanto Taciano com sua esposa, quanto ela com o seu marido.

Na oportunidade, Lívia disse: “Além de tudo, nós temos que dar exemplo a essa criança. Imagina ela ter uma referência de pais que abandonam esses compromissos.

Confiemos na providência divina porque nos encontraremos em Blandina num futuro distante”, numa clara alusão ao primeiro encontro entre Arnaldo Rocha e Chico Xavier, na Rua Santos Dumont, em Belo Horizonte, em 1946, quando o médium revelou as mensagens de Meimei do Plano Espiritual.

Clara (França) (por volta de 1150 DC)

Chico Xavier, quando esteve na França, foi nas ruínas dos Cátaros e se lembrou quando, em nome da 1ª Cruzada, toda uma cidade foi às chamas. Essa lembrança foi dolorosa para Chico. No século seguinte, a 2ª Cruzada foi coordenada por Godofredo de Buillon (Rômulo Joviano encarnado – patrão de Chico Xavier na Fazenda Modelo em Pedro Leopoldo), que tinha um irmão chamado Luis de Buillon (Arnaldo Rocha reencarnado), casado com Cecile (Meimei ou Blandina reencarnada). Godofredo e Luis tinham mais um irmão, com o nome de Carlos, casado com Clara (Chico Xavier, reencarnado).

Meimei, no livro “Meimei Vida e Mensagem”, de Wallace Leal Rodrigues, descreve todos esses nomes, sem falar das reencarnações, e se refere a Chico como quem tem o afeto das mães, numa clara citação das várias encarnações femininas que teve o médium: “… Meu afeto ao Carlos, Dorothy, Lucilla, Cleone e a todos os que se encontram mencionados em nossa história, sem me esquecer do Chico, a quem peço continue velando por nós com o afeto das mães, cuja ternura é o orvalho bendito, alertando-nos para viver, lutar e redimir” (mensagem psicofônica de Meimei pelo médium Chico Xavier, em 13 de agosto de 1950).

Lucrezja di Colonna (Itália) (Século XIII)

Nesta encarnação, Chico Xavier nasceu na família de Colonna, assim como Arnaldo Rocha, que era Pepino de Colonna, e Clóvis Tavares, na época Pierino de Colonna. Os três viveram na época de Francisco de Assis e tiveram contatos, encarnados, com este espírito iluminado.

Joanne D’Arencourt (Arras-França) (Século XVIII)

Joanne D’Arencourt fugiu da perseguição durante a Revolução Francesa sob a proteção de Camile Desmoulins (Luciano dos Anjos, reencarnado). Veio desencarnar tuberculosa em Barcelona em 1789.

Joana de Castela (Espanha) (1479 a 1556)

Joana de Castela era filha de reis católicos – Fernando de Aragão (Rômulo Joviano, encarnado) e Isabel de Castela. Casou-se com Felipe El Hermoso, neto de Maximiliano I, da Áustria, da família dos Habsburgos. O casamento foi político, mas apressado pelo grande amor que existia. Desde criança, Joana via espíritos e, por viver numa sociedade católica, era considerada como louca. Com a desencarnação dos pais de Joana, o marido Felipe e, o pai dele, Felipe I (Arnaldo Rocha reencarnado) disputavam o trono.

Para evitar que Joana de Castela assumisse, acusaram ela de louca, porque via e falava com os espíritos. Depois que Felipe desencarnou, Joana foi enclausurada por 45 anos em Tordesilhas, na Espanha. A dor era muito grande, mas o que a consolava era o contato com os espíritos. A clausura tem muita relação com a vida de Chico Xavier. Foi uma espécie

de preparação para o que viria. Chico sempre foi muito popular, mas fazia questão de sair do foco para que a Doutrina Espírita fosse ressaltada.

Ruth Céline Japhet (Paris-França) Encarnação anterior à de Chico

Xavier (1837/1885)

Sua infância lembra os infortúnios de Chico Xavier, tal a luta que empreendeu pela saúde combalida. Era médium desde pequena, mas só por volta dos 12 anos começou a distinguir a realidade entre este mundo e o espiritual. Na infância, confundia os dois. Acamada por mais de dois anos, foi um magnetizador chamado Ricard quem constatou que ela era médium (sonâmbula, na designação da época), colocando-a em transe pela primeira vez. Filha de judeu, Ruth Céline Japhet contribuiu com Allan Kardec para trabalhar na revisão de “O Livro dos Espíritos” e do “Evangelho Segundo o Espiritismo”, durante as reuniões nas casas dos Srs. Roustan e Japhet. Isso pode explicar por que Chico sabia, desde pequeno, todo o Evangelho. Em palestra proferida em Niterói no dia 23 de abril, o médium Geraldo Lemos Neto citou este fato: “Desde quando ele tinha cinco anos de idade, Chico guardava integralmente na memória as páginas de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. A história de Chico Xavier todos nós sabemos. Ele somente veio ter contato com a Doutrina Espírita aos 17 anos de idade”, finalizou.

Para contrariar o pressuposto de que Chico Xavier foi Allan Kardec, o próprio médium mineiro relatou a admiração pelo codificador em carta publicada no livro “Para Sempre Chico Xavier”, de Nena Galves, Chico Xavier afirma:
“Allan Kardec vive. Esta é uma afirmativa que eu quisera pronunciar com uma voz que no momento não tenho, mas com todo o meu coração repito: Deus engrandeça o nosso codificador, o codificador da nossa Doutrina. Que ele se sinta cada vez mais feliz em observar que as suas idéias e as suas lições permanecem acima do tempo, auxiliando-nos a viver. É o que eu pobremente posso dizer na saudação que Allan Kardec merece de todos nós. Sei que cada um de nós, na intimidade doméstica, torná-lo á lembrado e cada vez mais honrado não só pelos espíritas do Brasil, mas de todo o mundo. Kardec vive”.

PUBLICADO NO JORNAL CORREIO ESPÍRITA EM JUNHO DE 2010

VOLUNTARIADO E FELICIDADE


VOLUNTARIADO E FELICIDADE

A busca pela felicidade faz com que a gente se movimente no mundo. Viajamos para procurá-la, casamos, fazemos terapia, ganhamos dinheiro, participamos de grupos, buscamos reconhecimento e estudamos. Tudo isto correndo atrás da felicidade. Mas todos conseguem encontrá-la?
Não temos como responder esta pergunta, mas podemos elencar algumas práticas que podem ajudar no alcance da felicidade. Segundo Suzan Andrews, estudiosa do assunto, existe uma fórmula para a felicidade. F=G+C+AV (Felicidade = Genes + Condições externas + Atividades volitivas).
Isto significa que a felicidade é influenciada pelos genes, mas não é geneticamente determinada, afirma o geneticista David Lykken. “A estrutura cerebral pode ser modificada por meio da prática. Se você realmente quiser ser mais feliz do que os seus avós legaram aos seus genes, precisa aprender a fazer coisas que façam sentido para você, dia após dia, e evitar aquilo que o joga para baixo”, complementa o geneticista.
Suzan Andrews em seu livro a “Ciência de Ser Feliz” aponta algumas práticas relacionadas à solidariedade que podem fazer parte de nosso dia a dia:
1. Praticar a gratidão: existem inúmeras coisas na vida, grandes e pequenas, pelas quais podemos nos sentir gratos. Reflita sobre o que é ser grato e faça uma lista.
2. Faça o bem: estudos demostram que as pessoas felizes são mais propensas a agir de forma altruísta. Fazer atividade voluntária, ajudar estranhos e auxiliar colegas, podem ser atividades que aumentem a sensação de bem estar.
Outras atividades que contribuem para felicidade são: Ioga, automassagem, exercícios de respiração e relaxamento profundo, meditação e fazer coisas que tenham a ver com seus valores e virtudes. O autoconhecimento é a grande chave para a felicidade. Só temos que começar!
O voluntariado, que é uma das ações mais livres do ser humano, pode ser um grande caminho para esta busca!

Prof. João Paulo

Espero a Minha Vez -Nx Zero


Espero a Minha Vez
Nx Zero

Espero a Minha Vez
Nx Zero

Se o medo e a cobrança, tiram minha esperança,
Tento me lembrar, de tudo que vivi,
E o que tem por dentro, ninguém pode roubar.

Descanso agora, pois os dias ruins, todo mundo tem,
Já jurei pra mim, não desanimar.
E não ter mais pressa, pois sei que o mundo vai girar,
O mundo vai girar, eu espero a minha vez.

O suor e o cansaço, fazem parte dos meus passos,
O que nunca esqueci, é de onde vim,
E o que tem por dentro, ninguém pode roubar.

Descanso agora, pois os dias ruins, todo mundo tem,
Já jurei pra mim, não desanimar.
E não ter mais pressa, eu sei que o mundo vai girar,
O mundo vai girar, e eu espero a minha vez.

E eu não to aqui pra dizer o que é certo e errado,
Ninguém tá aqui pra viver em vão.
Então é bom valer a pena,
Então é pra valer a pena, ou melhor não.

Os dias ruins todo mundo tem,
Já jurei pra mim, não desanimar
E não ter mais pressa, pois sei que o mundo vai girar,
O mundo vai girar, e eu espero a minha vez.

Simples Assim













simples assim

 o verde que você vê
não é o verde
 o verde que você vê
 é o verde que você vê
 o vento que você ouve
 não é o vento
 o vento que você ouve
é o vento que você ouve
 a vida que você vive
 não é a vida
 a vida que você vive
 é a vida que você vive
 a verdade que você sabe
 não é a verdade
 a verdade que você sabe
 é a verdade que você sabe.

 Marcelo Ferrari

A Parede e a Verdade

A parede e A verdade
 Quer fazer a diferença? Construa uma parede.
 Quer mudar o mundo? Pinte sua parede de amarelo manga.
 Quer ensinar o tom certo? Escreva a teoria do amarelo manga na parede.
Quer que todos leiam? Coloque a parede no meio da rua.
 Quer transformar sua teoria em religião? Fale mal da parede dos outros.
Quer ser considerado messias? Diga que construiu a parede do nada.
 Quer que todos acreditem nisto? Esconda os tijolos com massa corrida.
 Quer criar uma franquia? Escreva o livro da construção da parede.
Quer ter muitos franqueados? Diga que é pecado construir paredes diferentes.
Quer que os franqueados acreditem? Diga que do outro lado da parede é o inferno.
Quer se sentir poderoso? Sente-se no topo da parede.
Quer fingir que é humildade? Olhe para baixo.
Quer saber a verdade? Observe sua parede.

 Marcelo Ferrari

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Procura-se



O apoio mútuo, o diálogo e a amizade são ingredientes imprescindíveis para um casal que quer ser uma dupla evolutiva. Ou seja, queira crescer como ser humano tendo na parceira/o, o companheiro de jornada, na história da nossa vida.
O problema é que um exige o apoio, o carinho, o cuidado do outro. Sem ter como prioridade dar, mas receber. Aí o relacionamento deixa de ser “evolutivo, amplificador, gratificante, para ser um fardo, um peso, algo sufocante.
Nossas carências tornam nossos relacionamento doentes. Devemos nos cuidar, nos autoconhecer e oferecer a dupla que faz parceria afetiva conosco o nosso melhor. Deve ser não um jogo de belas palavras longe da vivência, mas vontade íntima, cumplicidade, acordo tácito nessa direção.

O Professor Mais Calmo do Mundo





Professor sofre. Baixos salários, desinteresse e desrespeito de todos. Diretores de escola, Pais e alunos. O estresse é alto.

Dar aula é muito interessante, mas gera muito estresse. Infelizmente um país como o nosso, que é uma farsa, não há por parte das pessoas que aqui vivem, uma valorização do ato de aprender. Do ato de pesquisar, de crescer e produzir. Consequentemente há um profundo individualismo onde, as classes médias, principais responsáveis pela decadência do ensino público e da saúde pública neste país. Pois por poderem pagar colégios caros e bons aos seus filhos e planos de saúde maravilhosos. Ignoram quase que completamente os rumos que seu dinheiro pago, no caríssimo Imposto de Renda, toma na mão da ratoaria dos grandes partidos políticos que saqueiam a décadas este país.
No dia que a classe média, como um todo, disser: basta a tanto desvio de renda e exigir do governo de fato, responsabilidade com o nosso dinheiro, a educação e a saúde pública melhoram, a mídia que depende dela para sobreviver, a classe média, se junta a ela e tudo se modifica. Os partidos pararão de colocar como presidentes dessas instituições públicas, políticos que só estão ali, para fechar negócios milionários com empresas terceirizadas e prestadoras de serviço.
Se a classe média um dia acordar terá na mídia um aliado terrível que exilará em definitivo, empresários, políticos e juízes que teimam em querer que este país seja ainda uma “colônia de exploração” no caso, a metrópole não está lá fora, são esses tais citados acima. Os ricos que posam para “caras” e outras que tais.
Uma máfia política, ricae parasitária que tanto mal faz a maioria da população.
Enquanto isso não ocorre, nossos jovens estarão nessa, de corpo mole , para o estudo. Alheios a tudo que não lhes der satisfação imediata.
Os nossos grandes artistas são em sua maioria pessoas ricas, milionárias, casadas com ricos milionários que são ou empresários ou políticos ou filhos destes. Assim ganham a admiração do povo, nada fazem para mudar as coisas, e se tornam como se tornou todos os partidos políticos ou 90% deles, cooptados pela Grande Máfia.
Por isso neste país nossos jovens são tão musicais.
Por isso nossos jovens têm nestes tais seus modelos
( o número de festas, bailes, grupos de pagode romântico, rock, sertanejo romântico, funk , são muito, muito grande. Em poucos países do mundo você tem um número tão grande de jovens focados nisso. Festa, festa, festa, festa chopp, festa vacaria, festa funk, festa, festa, festa. O lúdico atinge níveis inacreditáveis. Vejam bem, nada contra os bailes. Não é isso. O problema que isso corre diante do grande vazio que existe nesses jovens. Vazio de busca, metas, interesses, vazio...
Que estimula, é claro, a busca pela frivolidade como forma de vida.
O que leva a uma multidão de seres humanos a viverem sem se perceberem seres humanos em sua plenitude.
E, isso não é pregação religiosa. Plenitude cultural, estética, emocional, que dá visões mais amplas e mais condições de possibilidades de ver a realidade, reagir sobre ela e dominá-la.
Isso, infelizmente é mais radical em nosso país do que nos outros países ocidentais.

Nossos jovens são tão sensuais, leia-se sexuais, tão precocemente sexualizados, tão precocemente pais ( o Brasil é um dos líderes mundiais de gravidez abaixo dos 21 anos) é gente o sexo e a “ficação” tem seu preço. Erotização que traz uma série de problemas psicológicos e emocionais, que refletem no altíssimo índice de violência contra as crianças, violência contra as mulheres e incapacidade de auto-diferenciação sexual.

Tão precocemente alcoolizados (também somos um dos recordistas disto) morrem tanto assassinados ( também somos um dos países recordistas desta modalidade) Morrem tanto em acidente de trânsito e cometem muito acidentes de trânsito ( idem recordistas). E temos índices baixíssimos de rendimento escolar. ( um dos últimos se comparados aos países democráticos do mundo) Baixa noção cultural em história, (para quê?), artes, filosofia (que isso?), leia-se : percepção espaço temporal de si.
A leitura de um jovem alemão ou de um jovem americano do ensino fundamental, é superior a leitura de boa parte de nossa população universitária, para termos uma ideia.
Isso irá mudar algum dia? Sim. Mas, diante do que vemos no horizonte, se a classe média não acordar e perceber que a educação, a saúde pública são um problema seu.
Acredito que só a partir do século XXIII (23) começaremos a ter um Brasil melhor.... E viva a comeerj, que é dentro dos seus limites, um incentivo micro para uma melhoria no horizonte consciencial da nossa juventude. Há muita coisa por fazer, crescer, melhorar, mas é o que há de melhor nesse país para um “início do princípio do começo” para um novo olhar.
Desculpem, sei que foi longo e que provavelmente ninguém irá ler. Afinal é sobre isso mesmo que estou falando, a preguiça intelectual de nossa gente, mas aproveitei o ensejo para dizer uma e outra palavrinha.

Anderson.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Deus bíblico : fusão de vários deuses pagãos

Deus bíblico pode ser fusão de vários deuses pagãos, dizem especialistas
Personalidade e atributos de Javé são compartilhados com outras divindades do Oriente.
Pai celestial El, jovem guerreiro Baal e até 'senhora' Asherah teriam sido influências.


Reinaldo José Lopes
Do G1, em São Paulo


A afirmação pode soar desrespeitosa para judeus ou cristãos, mas não está muito longe da verdade: Javé, o Deus do Antigo Testamento, parece ter múltiplas personalidades. Para ser mais exato, especialistas que estudam os textos bíblicos, lêem antigas inscrições encontradas nos arredores de Israel ou escavam sítios arqueólogicos estão reconhecendo a influência conjunta de diversos deuses pagãos antigos no retrato de Javé traçado pela Bíblia.

A idéia não é demonstrar que o Deus bíblico não passa de mais um personagem da mitologia. Os pesquisadores querem apenas entender como elementos comuns à cultura do antigo Oriente Próximo, e principalmente da região onde hoje ficam o estado de Israel, os territórios palestinos, o Líbano e a Síria, contribuíram para as idéias que os antigos israelitas tinham sobre os seres divinos. As conclusões ainda são preliminares, mas há bons indícios de que Javé é uma fusão entre um deus idoso e paternal e um jovem deus guerreiro, com pitadas de outras divindades – uma delas do sexo feminino.

O deus cananeu El, retratado como um pai sábio e idoso, foi muito importante nos primórdios da religião israelita (Foto: Reprodução)

O ponto de partida dessas análises é o fundo cultural comum entre o antigo povo de Israel e seus vizinhos e adversários, os cananeus (moradores da terra de Canaã, como era chamada a região entre o rio Jordão e o mar Mediterrâneo em tempos antigos). A Bíblia retrata os israelitas como um povo quase totalmente distinto dos cananeus, mas os dados arqueólogicos revelam profundas semelhanças de língua, costumes e cultura material – a língua de Canaã, por exemplo, era só um dialeto um pouco diferente do hebraico bíblico.

Memórias de Ugarit
Os cananeus não deixaram para trás uma herança literária tão rica quanto a Bíblia. No entanto, poucos quilômetros ao norte de Canaã, na atual Síria, ficava a cidade-Estado de Ugarit, cuja língua e cultura eram praticamente idênticas às de seus primos do sul. Ugarit foi destruída por invasores bárbaros em 1200 a.C., mas os arqueólogos recuperaram numerosas inscrições da cidade, nas quais dá para entrever uma mitologia que apresenta semelhanças (e diferenças) impressionantes com as narrativas da Bíblia. “Por isso, Ugarit é uma parte importante do fundo cultural que, mais tarde, daria origem às tribos de Israel”, resume Christine Hayes, professora de estudos clássicos judaicos da Universidade Yale (EUA).

Uma das figuras mais proeminentes nesses textos é El – nome que quer dizer simplesmente “deus” nas antigas línguas da região, mas que também se refere a uma divindade específica, o patriarca, ou chefe de família, dos deuses. “Patriarca” é a palavra-chave: o El de Ugarit tem paralelos muito específicos com a figura de Deus durante o período patriarcal, retratado no livro do Gênesis e personificado pelos ancestrais dos israelitas: Abraão, Isaac e Jacó.

Nesses textos da Bíblia há, por exemplo, referências a El Shadday (literalmente “El da Montanha”, embora a expressão normalmente seja traduzida como “Deus Todo-Poderoso”), El Elyon (“Deus Altíssimo”) e El Olam (“Deus Eterno”). O curioso é que, na mitologia ugarítica, El também é imaginado vivendo no alto de uma montanha e visto como um ancião sábio, de vida eterna.

Tal como os patriarcas bíblicos, El é uma espécie de nômade, vivendo numa versão divina da tenda dos beduínos; e, mais importante ainda, El tem uma relação especial com os chefes dos clãs, tal como Abraão, Isaac e Jacó: eles os protege e lhes promete uma descendência numerosa. Ora, a maior parte do livro do Gênesis é o relato da amizade de Deus com os patriarcas israelitas, guiando suas migrações e fazendo a promessa solene de transformar a descendência deles num povo “mais numeroso que as estrelas do céu”.

Israel ou “Israías”?
Outros dados, mais circunstanciais, traçam outros elos entre o Deus do Gênesis e El: num dos trechos aparentemente mais antigos do livro bíblico, Deus é chamado pelo epíteto poético de “Touro de Jacó” (frase às vezes traduzida como “Poderoso de Jacó”), enquanto a mitologia ugarítica compara El freqüentemente a um touro. Finalmente, o próprio nome do povo escolhido – Israel, originalmente dado como alcunha ao patriarca Jacó – carrega o elemento “-el”, lembra Airton José da Silva, professor de Antigo Testamento do Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto (SP).

“É o nome do deus cananeu, mais um indício de que Israel surge dentro de Canaã, por um processo gradual”, diz Silva. Ele argumenta que, se Javé fosse desde sempre a divindade dos israelitas, o nome desse povo seria “Israías”. Isso porque o elemento adaptado como “-ías” em português (algo como -yahu) era, em hebraico, uma forma contrata do nome “Javé”. Curiosamente, o elemento se torna dominante nos chamados nomes teofóricos (ligados a uma divindade) dados a israelitas no período da monarquia, a partir dos séculos 10 a.C. e 9 a.C.

E esse nome (provavelmente Yahweh em hebraico; a sonoridade original foi obscurecida pelo costume de não pronunciar a palavra por respeito) é um enigma e tanto. As tradições bíblicas são um tanto contraditórias, mas pelo menos uma fonte das Escrituras afirma que Javé só deu a conhecer seu verdadeiro nome aos israelitas quando convocou Moisés para ser seu profeta e arrancar os descendentes de Jacó da escravidão no Egito. (A Moisés, Deus diz que apareceu a Abraão, Isaac e Jacó como “El Shadday”.) O problema é que ninguém sabe qual a origem de Javé, o qual nunca parece ter sido uma divindade cananéia, exatamente como diz o autor bíblico.

Senhor do deserto
A esmagadora maioria dos arqueólogos e historiadores modernos não coloca suas fichas no Êxodo maciço de 600 mil israelitas (sem contar mulheres e crianças) do Egito, por dois motivos: a semelhança entre Israel e os cananeus e a falta de qualquer indício direto da fuga. Mas muitos supõem que um pequeno componente dos grupos que se juntaram para formar a nação israelita tenha sido formado por adoradores de Javé, que acabaram popularizando o culto. Quem seriam esses primeiros javistas? Uma pista pode vir de alguns documentos egípcios, que os chamam de Shasu – algo como “nômades” ou “beduínos”.

“Duas ou três inscrições egípcias mencionam um lugar chamado 'Yhwh dos Shasu', o que, para alguns especialistas, parece ser 'Javé dos Shasu'. Talvez sim, talvez não. Não temos como saber ao certo”, diz Mark S. Smith, pesquisador da Universidade de Nova York e autor do livro “The Early History of God” (“A História Antiga de Deus”, ainda sem tradução para o português).

“É menos provável que o culto a Javé venha de dentro da Palestina e da Síria, e um pouco mais plausível que ele tenha se originado em certas regiões da Arábia”, diz Airton da Silva. Mark Smith lembra que algumas das passagens poéticas consideradas as mais antigas da Bíblia – nos livros dos Juízes e nos Salmos, por exemplo – referem-se ao “lar” de Javé em locais denominados “Teiman” ou “Paran”. Aparentemente, são áreas desérticas, apropriadas para a vida de nomadismo. “Muitos especialistas localizam essa região no que seria o noroeste da atual Arábia Saudita, ao sul da antiga Judá [parte mais meridional dos territórios israelitas]”, diz Smith.

Guerreiro divino
Seja como for, quando Javé entra em cena com seu “nome oficial” durante o Êxodo bíblico, a impressão que se tem é que ele já absorveu boa parte das características de um outro deus cananeu: Baal (literalmente “senhor”, “mestre” e, em certos contextos, até “marido”), um guerreiro jovem e impetuoso que acabou assumindo, na mitologia de Ugarit e da Fenícia (atual Líbano), o papel de comando que era de El.

Indícios dessa nova “personalidade” de Deus surgem no fato de que, pela primeira vez na narrativa bíblica, Javé é visto como um guerreiro, destruindo os “carros de guerra e cavaleiros” do Faraó e, mais tarde, guiando as tribos de Israel à vitória durante a conquista da terra de Canaã. Tal como Baal, Javé é descrita como “cavalgando as nuvens” e “trovejando”. E, mais importante ainda, uma série de textos bíblicos falam de Deus impondo sua vontade contra os mares impetuosos (como no caso do Mar Vermelho, em que as águas engolem o exército egípcio por ordem divina) ou derrotando monstros marinhos.

Há aí uma série de semelhanças com a mitologia cananéia sobre Baal, o qual derrotou em combate o deus-monstro marinho Yamm (o nome quer dizer simplesmente “mar” em hebraico) ou “o Rio” personificado. Na mitologia do Oriente Próximo, as águas marinhas eram vistas como símbolos do caos primitivo, e por isso tinham de ser derrotadas e domadas pelos deuses.

Javé também é associado à chuva e à fertilidade da terra pelos antigos autores bíblicos – atributos que aparecem entre as funções de Baal. Há, porém, uma diferença importante entre os dois deuses: outra narrativa de Ugarit fala do assassinato de Baal pelas mãos de Mot, o deus da morte, e da ressurreição do jovem guerreiro – provavelmente uma representação mítica do ciclo das estações do ano, essencial para a agricultura, já que Baal era um deus que abençoava a lavoura.

O lado guerreiro de Javé é talvez o mais difícil de aceitar para a sensibilidade moderna: quando os israelitas realizam a conquista da terra de Canaã, a ordem dada por Deus é de simplesmente exterminar todos os habitantes, e às vezes até os animais (embora, em alguns casos, os homens de Israel recebam permissão para transformar as mulheres do inimigo em concubinas).

Textos de outra nação da área, os moabitas (habitantes de Moab, a leste do Jordão) ajudam a lançar luz sobre esse costume aparentemente bárbaro. Um monumento de pedra conhecido como a estela de Mesa (nome de um rei de Moab em meados do século 9 a.C.) fala, ironicamente, de uma guerra de Mesa com Israel na qual o rei moabita, por ordem de seu deus, Chemosh, decreta o herem, ou “interdito”. E o herem nada mais é que a execução de todos os prisioneiros inimigos como um ato sagrado. Tratava-se, portanto, de um elemento cultural de toda a região.

Lado feminino
Se a “múltipla personalidade” de Javé pode ser basicamente descrita como uma combinação de El e Baal, há uma influência mais sutil, mas também perceptível, de um elemento feminino: a deusa da fertilidade Asherah, originalmente a esposa de Baal na mitologia cananéia. Normalmente, Deus se comporta de forma masculina na Bíblia, e a linguagem utilizada para falar de sua relação com os israelitas é, muitas vezes, a de um marido (Deus) e a esposa (o povo de Israel). Mas o livro bíblico dos Provérbios, bem como alguns outras fontes israelitas, apresenta a figura da Sabedoria personificada, uma espécie de “auxiliar” ou “primeira criatura” de Deus que o teria auxiliado na obra da criação do mundo.

Segundo o texto dos Provérbios, Deus “se deleita” com a Sabedoria e a usa para inspirar atos sábios nos seres humanos. Para muitos pesquisadores, a figura da Sabedoria incorpora aspectos da antiga Asherah na maneira como os antigos israelitas viam Deus, criando uma espécie de tensão: embora o próprio Deus não seja descrito como feminino, haveria uma complementaridade entre ele e sua principal auxiliar.

Pesquisa comprova que ioga melhora a memória


Pesquisa comprova que ioga melhora a memória

A ioga traz benefícios cognitivos e afetivos importantes para quem a pratica, como melhora da memória e redução dos níveis de estresse. Essas são as conclusões de um estudo científico brasileiro sobre o tema, conduzido pelo Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

A nova pesquisa, publicada em uma revista científica internacional, preenche uma lacuna nos estudos sobre o impacto neuropsicológico da ioga, uma vez que a maioria das investigações sobre a prática carece de controles adequados que garantam o rigor científico ou a aplicação universal dos resultados. Neste estudo, foram utilizados voluntários saudáveis que não praticavam ioga. Eles foram recrutados no Batalhão Visconde de Taunay, em Natal (RN).

Os cientistas conseguiram autorização do coronel Odilon Mazzine Junior para realizar uma atividade atípica para o grupo de 17 soldados que participaram do estudo: uma hora de ioga, duas vezes por semana, durante um semestre. Outros 19 militares não participavam das aulas e serviram como grupo de controle, para que os resultados pudessem ser comparados.

A bióloga Regina Helena da Silva, coordenadora do estudo, pratica ioga há cerca de uma década, mas nunca tinha colocado o exercício sob a lente da psicobiologia, sua área de pesquisa. Animou-se, no entanto, quando o também biólogo Kliger Kissinger Fernandes Rocha pediu que ela o orientasse no doutorado. Ele é professor de ioga e reconhecia as limitações dos estudos sobre o tema. Por isso, sugeriu abordá-lo em uma tese. O trabalho, publicado na revista científica Consciousness and Cognition, é fruto deste interesse.

Os militares foram avaliados no início e no fim do estudo. Foram aplicados testes de memória e formulários para averiguar o nível de estresse e outras condições psicológicas, bem como testes fisiológicos. "Notamos uma melhora de 20% na memória de longo prazo nos militares que praticaram ioga", afirma Rocha. "É um porcentual que indica um considerável ganho cognitivo", completa. As informações são do Jornal da Tarde.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

MINIMAMENTE FELIZ ...


MINIMAMENTE FELIZ ...

A felicidade é a soma das pequenas felicidades. Li essa frase e soube, naquele momento, que meu conceito de felicidade tinha acabado de mudar.
Na vida real, o que existe é uma feli...cidade homeopática, distribuída em conta-gotas. Um pôr-de-sol aqui, um beijo ali, uma xícara de café recém-coado, um livro que a gente não consegue fechar, uma pessoa que nos faz sonhar, uma amiga que nos faz rir...
São situações e momentos que vamos empilhando com o cuidado e a delicadeza que merecem alegrias de pequeno e médio porte e até grandes (ainda que fugazes) alegrias. Eu contabilizo tudo de bom que me aparece, sou adepta da felicidade homeopática.
Esperar para ser feliz, aliás, é um esporte que abandonei há tempos. E faz parte da minha 'dieta de felicidade' o uso moderadíssimo da palavra 'quando': 'quando eu ganhar na Mega Sena', 'quando eu me casar', 'quando tiver filhos', 'quando meus filhos crescerem', 'quando eu tiver um emprego fabuloso' ou 'quando encontrar um homem que me mereça', tudo isso serve apenas para nos distrair e nos fazer esquecer da felicidade de hoje.
Como tantos já disseram tantas vezes, aproveitem o momento, amigos. E quem for ruim de contas recorra à calculadora para ir somando as pequenas felicidades. Podem até dizer que nos falta ambição, que essa soma de pequenas alegrias é uma operação matemática muito modesta para os nossos tempos. Que digam. Melhor ser minimamente feliz várias vezes por dia do que viver eternamente em compasso de espera.
(Leila Ferreira, jornalista)

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Aprenda, aprenda, aprenda....


Elogio do Aprendizado

Bertolt Brechet

Aprenda o mais simples!
Para aqueles
Cuja hora chegou
Nunca é tarde demais!
Aprenda o ABC;
não basta, mas Aprenda!
Não desanime!
Comece!
É preciso saber tudo!
Você tem que assumir o comando!

Aprenda, homem no asilo!
Aprenda, homem na prisão!
Aprenda, mulher na cozinha!
Aprenda, ancião!
Você tem que assumir o comando!
Frequente a escola, você que não tem casa!
Adquira conhecimento, você que sente frio!
Você que tem fome, agarre o livro:é uma arma.
Você tem que assumir o comando.




Não se envergonhe de perguntar, camarada!
Não se deixe convencer
Veja com seus olhos!
O que não sabe por conta própria
Não sabe.
Verifique a conta
É você que vai pagar.
Ponha o dedo sobre cada ítem
Pergunte: O que é isso?
Você tem que assumir o comando.

Bertolt Brechet, Elogio do Aprendizado, in Poemas 1913 – 1956, São Paulo, Brasiliense, 1986, p. 121

segunda-feira, 9 de abril de 2012

A História dos Direitos Humanos (legenda)

Direto do Piaui Herald: Nasa encontra vida inteligente na Rede TV!



A Rede TV que a gente não sabe bem porque existe ou sei lá o que.
Ocupa a grade da tv aberta com um grande vazio de informação. Essa crônica ai em baixo, retrata bem o que é essa rede de canal e a sua importância no cenário da cultura nacional.


"Nasa encontra vida inteligente na Rede TV!
Após cinco anos de pesquisas com uma sonda especial, cientistas da Nasa finalmente encontraram indícios de vida inteligente na Rede TV!. "Foi duro, mas perseveramos. Tivemos que alternar o operador da sonda, pois ele desaprendia todo nosso treinamento depois de assistir ao TV Fama por três dias seguidos. Lutamos contra alienígenas cheios de botox e silicone no planeta do Dr. Hollywood e identificamos emanações insalubres de frases desconexas no programa da Luciana Gimenez", desabafou o especialista Ray Arnold, enquanto seu assessor repetia catatonicamente: "que babado, gente".
Quando o governo americano ameaçava suspender o financiamento do programa, sem esperança de atingir os objetivos, a sonda entrou num estúdio vazio e encontrou um contrarregra lendo um livro. A imagem causou euforia instantânea e todos os cientistas se reuniram para acompanhar, em tempo real, quais seriam seus próximos movimentos. O contrarregra, que foi identificado como Pedro Soares, se levantou para beber água e cruzou com um companheiro. "Está chovendo lá fora?", perguntou Pedro. Ao ouvir uma resposta negativa, disse: "que bom". O diálogo, que foi classificado como o mais coerente desde que a emissora passou a se chamar Rede TV!, serviu como prova irrefutável de que pode existir vida inteligente num raio de 15 km do estúdio do Super Pop.
Após comemorar o êxito da missão, o governo americano anunciou o dobro da verba para financiar uma exploração que vai procurar vida inteligente no próximo Big Brother Brasil. "Que babado, gente", disse Ray Arnold, visivelmente infectado."

Extraído no Piauí Herald:

http://origin.revistapiaui.estadao.com.br/blogs/herald/cultura/nasa-encontra-vida-inteligente-na-rede-tv


Se os humanos perturbarem o equilíbrio da Terra, serão pisoteados e jogados fora





Se os humanos perturbarem o equilíbrio da Terra, serão pisoteados e jogados fora

O humanismo é uma religião esquecida

Os recentes relatórios científicos informando sobre mudanças climáticas praticamente irreversíveis ou de remota reversão, impõem ao homem abstrato a necessidade de entender onde foi, afinal, que errou.

Evidentemente o vilão número um do aquecimento global é o homo oeconomicus gestado nas usinas de carvão do princípio da Revolução Industrial e, claro, suas subsequentes derivações tecnológicas que teimam cada vez mais em consumir combustíveis fósseis combinado com um modelo perdulário e predatório de produção e consumo – seja no setor primário, seja na indústria de transformação.

Na sua obra Cinco ensaios sobre a psicanálise, Freud detectou aquilo que chamou de feridas narcísicas do homem da modernidade. A primeira ferida foi causada por Copérnico ao provar que o homem e seu pequeno planeta não eram o centro do Universo. A segunda ferida foi causada por Darwin ao mostrar que o homem é tão-somente um elo na evolução das espécies vivas, e não uma criatura especial de Deus para dominar a Natureza. A terceira ferida foi obra do próprio Freud ao mostrar que “o Eu não somente não é senhor na sua própria casa, mas também está reduzido a contentar-se com informações raras e fragmentadas daquilo que se passa fora da consciência, no restante da vida psíquica”.

Em suma, diz Freud, arrasador, somos periféricos, ligeiramente pós-primatas e temos uma consciência opaca, quase sonâmbula.



O homem que formulou constructos de religiões e filosofias para adornar a própria condição, sem as quais a vida seria mais penosa, aos poucos dá-se conta que não passa de mais um dos tantos animais da vasta fauna terrena. Não foi Platão e Descartes que apontaram a consciência como o elemento distintivo entre os humanos e os outros animais?

Pois hoje quem estiver com os olhos e a estreita janela da consciência abertos para aceitar que nós humanos não devemos ter tanta importância assim, está de fato contribuindo para a salvação do Planeta e o início prático da biofilia - o amor endereçado a todas as coisas vivas.

Esses densos temas estão discutidos por John Gray na obra Cachorros de Palha - Reflexões sobre humanos e outros animais (Ed. Record). Como se vê, o britânico Gray abala as convicções mais arraigadas de todos nós, atirando com pontaria em ícones humanistas, tanto à direita, quanto à esquerda. Ora extraindo inspiração da poesia, onde vale-se até de Fernando Pessoa, ora da literatura de Conrad, ora da filosofia de Hume, de Schopenhauer, de Kant, e de Nietzsche, ele consegue fazer-nos pensar que, de fato, a sombra escura do homem é bem maior do que o seu real tamanho natural.

O livro é um trabalho inspirado e muito bem escrito sobre antropologia filosófica, mas passa longe dos jargões e da linguagem hermética dos iniciados. Sobre John Gray se pode dizer que talvez seja um Schopenhauer sem a ranhetice deste, sem aquela misoginia agressiva, e que nunca empurrou a empregada do alto da escada, como o filósofo alemão.

Da biologia molecular, Gray trabalha com o que afirma Jacques Monod, segundo o qual a vida é uma casualidade que evoluiu pela seleção natural de mutações randômicas (aleatórias, contingentes). E que, portanto, nem a filosofia, nem as religiões (cuja moralidade entre o certo e o errado está informada por Deus, e que este afinal vai garantir-nos um sentido para a vida), e muito menos o progresso tecnológico podem afastar-nos da jogada de sorte de sermos o resultado (bem ou mal) sucedido de uma loteria cósmica.

O grande alvo de Gray é o humanismo pretensioso dos Iluministas, segundo o qual pode-se perfeitamente substituir a religião tradicional pela fé secular na humanidade. Gray lembra que para a hipótese Gaia, a vida humana não tem mais sentido do que a vida dos fungos.

Gaia, aliás, está na raiz do título Cachorros de Palha. Segundo uma antiga escrita taoísta, nos rituais chineses, cachorros de palha eram usados como oferendas para os deuses. Durante o ritual eram tratados com reverência e respeito. Quando tudo terminava, e não sendo mais necessários, eram pisoteados e jogados fora: "Céu e terra não têm atributos e não estabelecem diferenças: tratam as miríades de criaturas como cachorros de palha" - diz a escrita do sábio Lao-Tsé.

E completa John Gray: "Se os humanos perturbarem o equilíbrio da Terra, serão pisoteados e jogados fora".

Uma leitura que nos reconcilia com os animais e com o Planeta, sem a chatice da conversa "verde" e nem a falsa piedade dos consumidores de pet shop e mascotes caseiros.



Artigo de Cristóvão Feil. Publicado originalmente na revista mensal do MST, em setembro de 2007.

terça-feira, 3 de abril de 2012

O político e seu discurso




Não sei quem bolou isso, mas retrata bem a realidade oligárquica e corrupta do político brasileiro.




ANTES DA POSSE x DEPOIS DA POSSE


(Basta ler o mesmo texto, DE BAIXO PARA CIMA, linha a linha)


ANTES DA POSSE


O nosso partido cumpre o que promete.

Só os tolos podem crer que

não lutaremos contra a corrupção.
Porque, se há algo certo para nós, é que
a honestidade e a transparência são fundamentais.

para alcançar os nossos ideais
Mostraremos que é uma grande estupidez crer que
as máfias continuarão no governo, como sempre.
Asseguramos sem dúvida que
a justiça social será o alvo da nossa ação.
Apesar disso, há idiotas que imaginam que
se possa governar com as manchas da velha política.
Quando assumirmos o poder, faremos tudo para que
se termine com os marajás e as negociatas.
Não permitiremos de nenhum modo que
as nossas crianças morram de fome.
Cumpriremos os nossos propósitos mesmo que
os recursos econômicos do país se esgotem.
Exerceremos o poder até que
Compreendam que
Somos a nova política..



DEPOIS DA POSSE



Basta ler o mesmo texto,

DE BAIXO PARA CIMA, linha a linha