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domingo, 28 de agosto de 2011

#orgulhodesernordestino: Twitter, racismo e estupidez



#orgulhodesernordestino: Twitter, racismo e estupidez



Os computadores do TSE ainda estavam quentes de tanto processar voto na segunda-feira passada, quando a estudante de Direito paulistana Mayara Petruso achou por bem navegar pela rede social. “Nordestino não é gente”, escreveu no Twitter. “Faça um favor a SP, mate um nordestino afogado!” Não satisfeita, de lá pulou para o Facebook – “Deem direito de voto pros nordestinos e afundem o País de quem trabalha para sustentar os vagabundos que fazem filho para ganhar o bolsa 171.”

Estupidez pura.

Mayara não foi a única a atacar nordestinos naquela segunda-feira. Uma parcela de eleitores insatisfeitos com o resultado do pleito tomou o caminho do preconceito. É como se dissessem: quem vota contra minha opção algum defeito há de ter. Há um equívoco essencial aí: Dilma não venceu apenas no Nordeste. Também teve maioria em Estados do Sudeste, como Rio e Minas. Mas não importa. Aos preconceituosos, qualquer estereótipo é irresistível.

Mayara não é um caso isolado embora talvez tenha sido a mais agressiva. Também não dá para dizer que a reação racista ao resultado do pleito tenha sido generalizada. Foi pontual.

Mais impressionante do que a estupidez dos comentários, no entanto, foi o tamanho da repercussão na rede. Na terça-feira, a hashtag que dominou o Twitter foi #orgulhodesernordestino. Era gente contando histórias pessoais, prestando solidariedade, desabafando. Perante o ódio, a internet serviu a um levante contra o preconceito.

E a uma surra sem precedentes na moça. Ela apagou seu perfil no Twitter, no Facebook, desapareceu. Terminou demitida do escritório de advocacia onde fazia estágio e tem uma ameaça de processo por crime de racismo movida pela OAB de Pernambuco. Há quem peça sua prisão. Advogados, como jornalistas, têm a obrigação de medir o que escrevem. Que lhe sirva de lição.

Na forte reação aos comentários de Mayara, é importante entender que lições ficam para nós. A principal está na resposta para uma pergunta fundamenta: São Paulo é tão preconceituosa quanto a moça fez parecer?

A resposta pode estar escondida no Google Insights for Search, a ferramenta do serviço que nos permite compreender que padrão uma busca específica segue. Buscas pelo nome “Mayara Petruso” começaram a pipocar no dia primeiro, tiveram queda ligeira no feriado de Finados e deram um salto ainda maior no dia 3. Tudo faz sentido: a notícia de que a internet tinha uma nova vilã corria e teve gente indo ao Google procurando detalhes da história.

O mais interessante, no entanto, é saber quem estava buscando por Mayara. E não eram nordestinos. Eram, principalmente, paulistas.

Buscas pela palavra “nordestino” também cresceram nos três primeiros dias de novembro. E, novamente, foram buscas realizadas de dentro de São Paulo, não no resto do País. “Preconceito” e “racismo” foram outras palavras cuja frequência de buscas aumentou. Nestes casos, a Bahia dividiu com São Paulo o interesse.

Segundo o TrendsMap.com, ferramenta que acumula a história dos assuntos mais populares do Twitter e os divide geograficamente, gente de São Paulo se engajou ativamente na campanha #orgulhodesernordestino. Mais do que gente do Rio Grande do Norte e no mínimo tanto quanto baianos, cearenses e pernambucanos.

Há racismo em São Paulo, mas São Paulo não é racista. Os números do Google mostram que nenhum lugar do Brasil se mobilizou mais por conta das declarações de Mayara do que São Paulo. E a ampla população paulista no Twitter se entregou de alma no movimento de resposta, encampando o mote do orgulho geográfico.

Estereótipos não são tentadores apenas para os preconceituosos. Estão aí para que qualquer um lance mão deles quando busca um argumento fácil. As declarações de Mayara Petruso não circularam apenas no Brasil. Ela apareceu na imprensa britânica, na americana, na espanhola.

A notícia que circulou pouco foi a notícia melhor. Perante uma estupidez, o Brasil inteiro, independentemente de geografia, se incomodou e respondeu. Somos todos muito melhores do que isso. Ainda bem.

Pedro Dória



Em: http://blogs.estadao.com.br/pedro-doria/tag/eleicoes/, por Pedro Dória

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Você já lembrou de vidas passadas.


Retrocognição espontânea, também conhecido como lembrança de outras vidas.
Ao contrário do que normalmente se diz. Esse contato com nosso passado encarnatório é muito frequente. Quando dormimos nós realizamos uma emancipação da alma. Isso permite que assumamos as potencialidades inerentes ao espírito que somos.

Quantomais conhecimento tivermos sobre essas potencialidades, mas facilmente acessaremos as lembranças das atuações dessas potencialidades quando estamos dormindo.

O desconhecimento e a falta de atenção a "essas coisas" como que nublam, o espírito para acessar sua memória cósmica quando acorda.

Isso implica dizer que as rememorações retrocognitivas nos assolam constantemente. No entanto, o acesso àmemória cerebral destesfatos quando acordados nas atividades do dia a dia se tornam mais difíceis pela falta de conhecimento, falta de atenção, desinteresse, crença de que não existe essa possibilidade. Todos esses entraves bloqueiam a rememoração retrocognitiva. mesmo que ela ocorra durante o sono.
O mais comum é que as lembranças do passado desta vida sejam mais fáceis de serem lembradas. Pelo simples fato de que nossos condicionamentos limitam o acesso às outras vidas.

Existe um tabu sobre a proibição de se lembrar do passado.


Na verdade tais proibições divinas não existem. Eu entendo que o impedimento é natural.

Os impedimentos também estão atrelados ao processo evolutivo. Entendamos:nossa capacidade de perdoar, nosso desapego da auto-imagem, enfim, nossa maturidade emocional.

Quanto maior a nossa capacidade de amar as pessoas, coisas e seres. Maior será a limpeza dos canais de percepção. Mas, de forma alguma significa que ter essa facilidade signifique ser evoluido.

As faculdades anímicas desenvolvidas não estão diretamente relacionadas a superioridade evolutiva. Superioridade evolutiva nunca é auto proclamada.
Ela transparece pelos atos bons. Pelos bons sentimentos, pela dedicação à humanidade. Pelo sentimento de unidade. Já, a pessoa que proclama superioridade espiritual, atrelando faculdades, crenças, a isso. Demonstra traços inegáveis de inferioridade moral. Quem é, não precisa declarar isso, simplemente porque isso não é relevante.

Fruto do desconhecimento.

Por incrível que pareça, muitos vezes, os fenômenos não ocorrem conosco,
simplesmente por que os ignoramos. Eles até ocorrem, mas, como não temos
nossa atenção voltada para essa possibilidade, não as registramos. O
mesmo , eu acho, minha opinião, ocorre com as sincronicidades. Elas ocorrem a todo momento, mas não às percebemos. O problema é que queremos um fenômeno retumbante e trombateador.

não nos deemos nos detalhes, no sutil, nas minúncias que se
percebidas podem até vir se tornar algo impactante.



Acho que se anotarmos nossos sonhos todos os dias, disciplinadamente
teremos em seis meses alguns fenômenos , entre eles premonições e
lembranças de vidas passadas.
o problema não é que somos proibidos em ter acesso ( raport) com tais
lembranças ou percepções.
O problema é que, ou desconhecemos tais possibilidades ou conhecemos
e não damos a tais fenômenos a atenção devida.
As anotações diárias, se quiser pode- se antes realizar uma prece
pedindo a Deus, ou protetores espirituais ou ao próprio subconsciente
que permita que se rememore.
Isso deve ser feito com disciplina, todos os dias. 6 meses.
Após , oquê, tenho certeza surgiram desde flashes, até grandes rasgosdelembranças retrocognitivas. Sobretudo se tal exercício for feito com o intuito de auto conhecimento.

Anderson F.


estressô- disparô ? relaxe


Diante do horror do mundo, temos de ser felizes - estressô- disparô ? relaxe





Relaxe onde estiver

A vida passa depressa... de repente você está passando... o que você
pode fazer para si próprio, neste instante, que seja agradável?...

Mesmo que você esteja num cubículo, numa prisão ou num parque... não
importa... importa a liberdade que a sua mente pode criar... Crie um
espaço neste minuto... ilumine... inspire... abra o peito... sinta o
ar entrando... sinta seu corpo se soltando... expire... solte a
raiva... a desilusão... se dê um momento inteiro só com você... abra
o peito...

Crie sua proteção... um som... um pássaro cantando... ou uma música
suave... ou o som do silêncio, de dentro de você... sintonize seu
corpo... pés no chão... cabeça acompanhando essas palavras... solte o
peso do corpo... solte a imaginação...
Expire... Inspire... dê atenção ao seu corpo, à sua respiração
Calma... (inspirando) Relaxando...(expirando)

Protegida...(inspirando). Amparado...(expirando)
Inspirando...to calmo Expirando... estou em paz

Pense que coisa boa lhe virá à mente agora... uma praia?... uma
montanha?... uma rosa?... qualquer coisa que lhe traga a sensação de
paz... relaxe e sinta o prazer de ter um momento de liberdade...

Você está aprendendo a sair do sufoco. Faça isso sempre que o peito
apertar. Você terá aprendido a viver um minuto inteiro no presente...
e bem positivo...

Bibliografia : Síndrome do Pânico - um sinal que desperta de Sofia
Bauer Pág. 11




quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Chico Xavier queria fazer papel de santo?

Chico Xavier, após sua morte pessoas que deveriam respeitar o trabalho árduo contra as trevas da ignorância, implementado por toda a sua vida.

Trabalho que fez CHico renunciar a fortunas, bons casamentos e todo impecílio que tentasse desvirtuá-lo da nobilíssima missão que as forças superiores que dirigem os destinos planetários lhe conferiu.

Sua nobre e impoluita imagem vem sendo arranhada por profissionais de propaganda que tentam usar o seu nome ára ganhar projeção no meio espiritual. Essas pessoas, que se dizem adesos à ciências psíquicas (?) mas que na verdade são chefes de seitas fundamentalistas, na sua campanha agressiva contra a imagem de CHico Xavier , tentam acusá-lo de ter tido como objetivo querer ser santo.

Demonstrando uma profunda falta de compreensão de qual foi o verdadeiro papel do mesmo na Terra. Ou, o que nãso gostariamos de pensar, uma profunda má-fé ou, até, mesmo um processo de auto -fascinação.

Bom, como no campo histórico valem não as acu~sações ou tentativas de difamações, mas os fatos. Postamos aqui uma narrativa de Herculano Pires que deixa claro, que Chico Xavier, NUNCA, se posou de santo. Nem nunca assim o quis. Suas palavras e atitudes o atestam ao longo de sua vida. Mas, Às gerações novas, que não pesquisam e, que podem ter acessos a tais calúnioas e infâmias deixamos aqui este breve relato para quê conheçam um pouco da personalidade Real de |CXHico Xavier. E, não a que querem adversários gratuitos inventar.

Logo, após o trecho que aborda o assunto, acima citado, colocaremos o artigo de Herculano na íntegra.

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Chico Xavier face a face.

Herculano Pires.

(...) Chico Xavier não reclama porque sua missão é unir e não dividir. Perguntamos a Chico se o fato de estar sempre mediunizado não o perturba. Chico lembra que na infância e na adolescência isso o perturbava. E acrescenta: “Vivemos sempre com o retrato que fazem de nós e com a nossa própria realidade interior. Te­mos de nos ajustar a uma e a outra. Aceito o mundo a os homens como eles são, a continuo eu mesmo. Só o tempo me deu esse equilíbrio. E isso não é fruto de santidade, como pensam alguns, nem de perfeição, co­mo dizem outros - é fruto de experiência”.

Este é um dos pontos que nos dão a prova da autenticidade de Chico Xavier: não se faz de santo, nem de perfeito, nem de mestre. Quando o dr. Ranieri publicou um livro com o título de Chico Xavier, o Santo dos Nossos Dias, o médium se aborreceu como se o tivessem ofendido. Não quer que façam dele uma imagem irreal. Sabe que as faculdades paranormais são naturais e que todos as possuem em menor ou maior grau. Está convicto de que todos evoluímos para Deus através da experiência que desenvolve nossas potencialidades espirituais. Não se julga superior a ninguém, pois se considera um semovente do espiritismo, lembrando o dia em que teve de inventariar os bens da fazenda em que trabalhava e descobriu essa palavra: ”Foi então que descobri também o meu lugar”.(...)

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Face a face com Chico Xavier
O contato pessoal com Chico Xavier nos dá a medida do homem-psi. Estamos em Uberaba, face a face com Chico Xavier. Na­da encontramos de impressionante, de surpreendente. Temos pela frente um homem aparentemente comum, vestido com simplicidade, de corpo e estatura medianos, doente dos olhos, e que impede de realizar leituras e estudos que lhe atribuem os que não o conhecem. Chico fala com naturalidade e fluência. Antonio Zago comenta esse fato e o médium sorri, lembrando-nos seus tempos de menino, de adolescente, de jovem, quando gostava de aplicar nas conversas pa­lavras estranhas que ouvia dos outros, achava bonitas mas não sabia o que significavam. “Foi então - diz ele - que Emmanuel começou a me chamar a atenção e corrigir-me.”

Para quem não conhece a vida real desse homem, a miséria que enfrentou desde criança, a doença da vista que o perseguiu sem cessar, isso poderia parecer desculpa, encenação. Mas a verdade brota espontânea do seu falar mineiro, de sua gesticulação natural. Perguntamos se a percepção dos espíritos ao seu redor, o contato permanente com o mundo dos mortos não o perturba. “No principio - responde ele - eu pensava que era visitado ocasionalmente pelos espíritos e me sentia até incomodado. Com o tempo fui compreendendo que aquilo fazia parte de minha vida.”

Os repórteres sempre o enfrentaram com desconfiança. Cada reportagem sobre as suas atividades e cada entrevista com ele estão marcadas de suspeitas a ironias. Em Pedro Leopoldo, a cidadezinha em que nasceu a viveu longos anos, trabalhando em serviços pesados para sustentar-se e ajudar a família numerosa, foi vitima de agressões e chantagens. Certa vez o obrigaram a ajoelhar-se num banheiro para fotografá-lo em atitude ridícula. Não obstante, foi nessa época que produziu as obras psicográficas mais significativas. Os espíritos o assistiam, suprindo a falta de assistência humana. Dois repórteres famosos o maltrataram e o subjugaram. Apresentaram-se como estrangeiros, dando-lhe nomes supostos. Quando iam se retirar, Emmanuel lhe disse que os presenteasse com livros psicografados. Chico autografou os livros a os repórteres partiram apressada­mente. Ao chegarem ao Rio, tiveram a surpresa de verificar que Chico autografara os volumes com os seus nomes verdadeiros. Um deles hoje é espírita e seu admirador.

O saudoso escritor Osório Borba escrevia um livro contra Chico Xavier. O autor de A Comédia Literária desejava provar que Chico não passava de pasticheiro. Encontrou-se comigo e Cid Franco em Belo Horizonte. Íamos a Pedro Leopoldo, visitar o médium. Osório não nos revelou o que estava fazendo mas pediu para acompanhar-nos. Quando voltamos para Belo Horizonte e fomos a um bar, Osório se abriu: “Vou pro­var que o Chico é um pasticheiro, seja consciente ou inconsciente. Ele me impressionou bem, mas tenho de provar isso. Meu livro está quase pronto”. Discutimos a respeito e entre os vários casos que vieram à baila citei-lhe Augusto dos Anjos. Osório, para meu assombro, me disse: “Está aí um ponto curioso. Chico o pasticha bem, mas cometeu em Parnaso de Além-Túmulo um engano imperdoável: atribuiu a Antero de Quental o soneto Número Infinito, que pastichou para Augusto”. Protestei e mostrei-­lhe que esse soneto era um réplica admirável do próprio Augusto dos Anjos ao soneto Último Número que ele tinha escrito em vida. Osório enfureceu-se, protestou, agitou o bar. Prometeu que chegando ao Rio verificaria isso a me escreveria. Nunca me escreveu a respeito e nunca, também, publicou o livro contra Chico.

Lembro-me disso face a face com Chico e lhe pergunto: “Por que foi que esse maravilhoso soneto de Augusto dos Anjos, verdadeira ficha de identidade do poeta, não figurou na nona edição do Parnaso, comemorativa do 40° anos de sua publicação?” Chico baixou os olhos e respondeu: “Não sei. Desde a quinta edição do Parnaso que eles tiraram esse soneto”. E desviou o assunto. Eles são os seus editores da FEB, a cujo departamento editorial Chico cedeu gratuitamente uns oitenta livros. Nem sequer para a sua obra psicografada este homem que deu sua vida ao trabalho mediúnico pode exigir o respeito que ela merece.

Soubemos depois de outras alterações nesse e em outros livros. Mas Chico Xavier não reclama porque sua missão é unir e não dividir. Perguntamos a Chico se o fato de estar sempre mediunizado não o perturba. Chico lembra que na infância e na adolescência isso o perturbava. E acrescenta: “Vivemos sempre com o retrato que fazem de nós e com a nossa própria realidade interior. Te­mos de nos ajustar a uma e a outra. Aceito o mundo a os homens como eles são, a continuo eu mesmo. Só o tempo me deu esse equilíbrio. E isso não é fruto de santidade, como pensam alguns, nem de perfeição, co­mo dizem outros - é fruto de experiência”.

Este é um dos pontos que nos dão a prova da autenticidade de Chico Xavier: não se faz de santo, nem de perfeito, nem de mestre. Quando o dr. Ranieri publicou um livro com o título de Chico Xavier, o Santo dos Nossos Dias, o médium se aborreceu como se o tivessem ofendido. Não quer que façam dele uma imagem irreal. Sabe que as faculdades paranormais são naturais e que todos as possuem em menor ou maior grau. Está convicto de que todos evoluímos para Deus através da experiência que desenvolve nossas potencialidades espirituais. Não se julga superior a ninguém, pois se considera um semovente do espiritismo, lembrando o dia em que teve de inventariar os bens da fazenda em que trabalhava e descobriu essa palavra: ”Foi então que descobri também o meu lugar”.

Quando Chico passou a usar peruca para cobrir a calva e a vestir-se melhor para se apresentar em público, muita gente o acusou de vaidade. Ainda há pouco alguns repórteres se referiram a isso. Mas Chico pergunta se lhe assiste o direito ou a qualquer outra pessoa, de ferir a sensibilidade alheia e desrespeitar auditórios e assembléias a pretexto da humildade.

”Devemos cuidar da nossa aparência física, como cuidamos da espiritual. Não temos o direito de chocar os outros e enfear o mundo com as nossas deficiências”. Poderão pensar que isso é uma boa desculpa, mas quem conhece Chico Xavier de perto sabe que essa é realmente a sua atitude. “Não posso ser vaidoso de mim mesmo, pois tudo o que fiz não foi feito por mim mas pelos espíritos, devo a Emmanuel tudo o que sou”.

A última de Chico é esta: sua atual reencarnação foi desapropriada pelos espíritos. “Agora estou tranqüilo. Não me pertenço mais. Estou nas mãos deles para o que eles determinarem. O primeiro plano de Emmanuel foi de trinta livros, que cumpri ate 1947; o segundo foi de 60, cumprido ate 1958; de 59 para cá não me compete saber dos seus planos, mas apenas obedecer. É o que estou fazendo e não sei a quantos livros chegaremos.”

Psicografia e automatismo
A obra psicográfica de Chico Xavier se impõe não só pelo valor moral e espiritual, mas também pela autenticidade estilística e temática dos escritores comunicantes. Há uma série de romances romanos transmiti­da por Emmanuel - Há Dois Mil Anos, 50 Anos Depois, Paulo a Estevão, Ave Cristo e Renuncia - que constituem verdadeiro desafio aos que pretendem explicar a psicografia de Chico Xavier pelo pasticho ou pelo automatismo. Roberto Macedo elaborou um Vocabulário Histórico-Geográfico dos Romances de Emmanuel que foi publicado pelo Departamento Editorial da FEB (Federação Espírita Cristã Brasileira) e que mostra a complexidade de dados de que o autor teve de ser­vir-se para escrevê-los. Acontece que o médium nunca possuiu cultura suficiente para tanto nem dispôs de material de consulta ou mesmo de tempo para usá-lo.

Como Chico Xavier recebeu esses romances? Sentado a mesa do Centro Espírita Luis Gonzaga ou numa sala de arquivo da fazenda em que trabalhava em Pedro Leopoldo e dispondo apenas de lápis e papel.

A técnica de transmissão paranormal por ele descrita concorda plenamente com a verificada pelas pesquisas parapsicológicas atuais em casos diversos, particularmente nos casos de visões a aparições. Emmanuel não se limitava a ditar os romances por efeitos auditivos ou intuitivos ou ainda a escrevê-los pela psicografia automática. No caso de Paulo e Estevão, por exemplo, essa técnica era iniciada por projeções dos episódios do romance numa tela psíquica (implicando um caso típico de retrocognição ou visão do passado) só de­pois dessa projeção é que médium passava a escrever, sob impulso da entidade espiritual, que lhe movia a mão em processo semi-mecânico. Quem estiver habituado a leituras parapsicológicas deve lembrar-se do livro de Tyrrel, Aparições ou do livro Os Canais Ocultos da Mente da sra. Louise Rhine, em que esse processo é descrito e analisado. A ocorrência desse fenômeno com Chico Xavier não se limita aos casos de psicografia, o que vale por confirmação das suas declarações a respeito. A flexibilidade mediúnica de Chico é extraordinária e os testemunhos insuspeitos das mais variadas formas de ocorrências são numerosos. A escrita automática, como se sabe, muito antes dos estudos de Pierre Janet e outros, já era conhecida dos espíritas. O automatismo psicomotor que a produz resulta da passagem para a mente de correntes de idéias do inconsciente do médium em estado de transe hipnótico ou mediúnico. Esse automatismo é o instrumento, o mecanismo de que se servem os espíritos na produção da psicografia.

É grande a variedade de tipos de manifestação psicográfica, não só entre vários médiuns como na atividade de um mesmo médium. A psicografia pode ser apenas intuitiva (o médium captando mentalmente o fluxo de idéias da entidade comunicante) ou intuitivo-mecânica (o que vale dizer semi-mecânica) pois nesse caso o médium recebe o fluxo de idéias no mesmo tempo em que a sua mão é impulsionada a escrever com grande rapidez. Pode ser também auditiva (o médium ouve o ditado oral da entidade e escreve) ou auditivo-mecânica. E pode ser simplesmente mecânica. Com Chico Xavier a forma mais freqüente, ao que parece, e a intuitivo-mecânica.

Além da serie de romances romanos, suficiente para provocar o interesse dos pesquisadores mais categorizados, Chico Xavier possui na sua obra vários volumes de estudos científicos como Pensamento e Vida, Mecanismos da Mediunidade, Nos Domínios da Mediunidade, Evolução em Dois Mundos, em que a soma de conhecimentos e dados é simplesmente atordoante. Não há possibilidade de se explicar a produção de um só desses livros sem a intervenção de outras mentes na atividade do médium. A pesquisa dos fenômenos theta e o pronunciamento favorável de eminentes parapsicólogos. A permuta de pensamentos entre mentes extra-somáticas e mentes humanas autoriza a aceitação da tese espírita admitida pelo médium.

O livro Evolução em Dois Mundos originou-se de um processo de parceria mediúnica a distancia. Chico Xavier, que então residia em Pedro Leopoldo, recebia naquela cidade os capítulos impares, e Waldo Vieira, que residia em Uberaba, recebia os capítulos pares. A distância entre as duas cidades é de setecentos e poucos quilômetros. A seqüência do livro e o próprio estilo dos capítulos são perfeitos, demonstrando a origem única do trabalho psicográfica dos dois médiuns.

Certamente se pode perguntar o que distingue a psicografia da escrita-automática. A distinção é feita através dos dados objetivos da escrita. Se ela se revela pelo conteúdo e pela forma (as idéias, a temática e o estilo), pela caligrafia e a assinatura, por da­dos pessoai inconfundíveis da entidade comunicante; só o preconceito pode levar um investigador a atribui-la ao animismo (segundo a terminologia espírita) ou ao automatismo psíquico inconsciente (segundo a linguagem psicológica). As duvidas levantadas por meio de hipóteses fantasiosas, co­mo a da captação pelo médium de conteúdos de mentes de pessoas distantes ou de captação num possível inconsciente coletivo, estão fora de moda. A pesquisa intensiva mostrou o absurdo dessas hipóteses.

Continua no próximo Boletim

(Publicado no Boletim GEAE Número 470 de 10 de fevereiro de 2004)




A deslumbrante psicografia de Chico Xavier: O caso do soneto Número infinito de Augusto dos Anjos. Em dois tempos.

Osório, o contraditor demovido pelos fatos.

Herculano Pires.



(...) O saudoso escritor Osório Borba escrevia um livro contra Chico Xavier. O autor de A Comédia Literária desejava provar que Chico não passava de pasticheiro. Encontrou-se comigo e Cid Franco em Belo Horizonte. Íamos a Pedro Leopoldo, visitar o médium. Osório não nos revelou o que estava fazendo mas pediu para acompanhar-nos. Quando voltamos para Belo Horizonte e fomos a um bar, Osório se abriu: “Vou pro­var que o Chico é um pasticheiro, seja consciente ou inconsciente. Ele me impressionou bem, mas tenho de provar isso. Meu livro está quase pronto”. Discutimos a respeito e entre os vários casos que vieram à baila citei-lhe Augusto dos Anjos. Osório, para meu assombro, me disse: “Está aí um ponto curioso. Chico o pasticha bem, mas cometeu em Parnaso de Além-Túmulo um engano imperdoável: atribuiu a Antero de Quental o soneto Número Infinito, que pastichou para Augusto”. Protestei e mostrei-­lhe que esse soneto era um réplica admirável do próprio Augusto dos Anjos ao soneto Último Número que ele tinha escrito em vida. Osório enfureceu-se, protestou, agitou o bar. Prometeu que chegando ao Rio verificaria isso a me escreveria. Nunca me escreveu a respeito e nunca, também, publicou o livro contra Chico.

Lembro-me disso face a face com Chico e lhe pergunto: “Por que foi que esse maravilhoso soneto de Augusto dos Anjos, verdadeira ficha de identidade do poeta, não figurou na nona edição do Parnaso, comemorativa do 40° anos de sua publicação?” Chico baixou os olhos e respondeu: “Não sei. Desde a quinta edição do Parnaso que eles tiraram esse soneto”. E desviou o assunto. Eles são os seus editores da FEB, a cujo departamento editorial Chico cedeu gratuitamente uns oitenta livros. Nem sequer para a sua obra psicografada este homem que deu sua vida ao trabalho mediúnico pode exigir o respeito que ela merece.

Herculano Pires.

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O Parnáso de Além Túmulo constitui-se na primeira obra psicografada de Chico Xavier, lançada em julho de 1932 pela Federação Espírita Brasileira. Esta primeira edição trazia sessenta poemas, assinados por nove poetas brasileiros, quatro portugueses e um anônimo. A partir da segunda edição, publicada em 1935, novos poemas foram sendo colocados na obra até à 6ª edição, publicada em 1955, quando fixou-se a quantidade de poemas em duzentos e cinqüenta e nove, de cinquenta e seis autores desencarnados luso-brasileiros. Nesta edição de 1955 o poema Número Infinito foi retirado. E até a edição que possuo, a 13º edição, não foi recolocado. Aqui reproduzimos este soneto na íntegra no artigo do Ramiro Gama.



Ramiro Gama no intróito de seu livro "Lindos casos de CHico Xavier":


PALAVRAS NECESSÁRIAS

Em 1931, residíamos em Três-Rios, no Estado do Rio, e éramos o
Presidente do “GRUPO ESPÍRITA FÉ E ESPERANÇA”.
Por este motivo, carteávamo-nos com M. Quintão e Dr. Guillon Ribeiro —
este, Presidente e, aquele, Vice Presidente da Federação Espírita Brasileira.
Como gratidão ao muito que estes grandes amigos nos davam, através de
suas correspondências verdadeiramente evangélicas, que muito nos
esclareceram, oferecemo-lhes nossa monografia sobre ““Augusto dos Anjos””
com a qual tomamos posse na “Academia Pedro II”, hoje “Carioca de Letras”.
Em troca, recebemos, do primeiro, uma carta encomiando nosso humilde
trabalho literário e, do segundo, outra não menos encomiástica, acompanhada
de um exemplar do “REFORMADOR”, registrando poesias psicografadas pelo
médium Francisco Cândido Xavier e assinadas por ““Augusto dos Anjos””, —
com um pedido para que fizéssemos uma crônica, dando-lhes nossa impressão
sobre o grande trabalho que se iniciava no mediunismo dos nossos dias, em
terras do Brasil.
* * *
Nossos olhos caíram sobre o poema VOZES DE UMA SOMBRA e se
maravilharam. Aquilo era mesmo, todo inteiro, de “Augusto dos Anjos”, mas de
um “Augusto dos Anjos” melhorado, mais crente e menos pessimista. Seu
poema era bem um Hino à Verdade do Homem Eterno e Redimido e, ao
mesmo tempo, uma resposta cabal ao materialismo doentio do seu “POEMA”
“NEGRO”, escrito quando encarnado.

* * *
Mas uma dúvida envolvia nosso pensamento Dizíamos de nós para
conosco: por que o inimitável burilador do “EU”, logo que sentira a justiça da
imortalidade do Espírito, para melhor identificar-se, não se dera pressa em
desmentir, como um ato de gratidão a Deus, o mal-entendido que nos deixou
com seu “ÚLTIMO NÚMERO”, feito 15 minutos antes de desencarnar?
Escrevemos, então, aos caros amigos da Casa de Ismael, dizendo-lhes da
nossa dúvida e da nossa descoberta. E, dias depois, recebíamos, pelo correio,
como a melhor das respostas, um exemplar do “PARNASO DE ALÉMTÚMULO”.
Folheando-lhe as páginas, famintamente, surpreendemo-nos com
uma infinidade de poesias de vários poetas. E, procurando, com ânsia e mais
famintamente, o lugar em que se achavam as de “Augusto dos Anjos”, mais
ainda nos surpreendemos em encontrar, logo de começo, o “NÚMERO
INFINITO”. Jubilamo-nos aliviados; então, “Augusto dos Anjos”, o mágico
criador de imagens emocionantes e inéditas, lera nosso pensamento, traduzira
nossa dúvida, e ali estava atendendo-nos e comovendo-nos, sobremodo...

“GLORIA IN EXCELSIS”! Os mortos estavam mesmo de pé e, pelo seu
grande médium Francisco Cândido Xavier, iriam falar aos vivos da terra!
E escrevemos a crônica abaixo que constou de O Reformador de setembro de 1932 e que diz bem de nosso estado de alma e de como
recebemos o maravilhoso livro:


“PARNASO DE ALÉM-TÚMULO”
Esta criatura simples e boa que se chama Francisco Cândido Xavier,
graças à misericórdia de Deus, acaba de dar significativo e lindo presente ao
Espiritismo hodierno, oferecendo-lhe um livro de poesias de poetas de alémtúmulo,
que a sua mediunidade limpa e segura psicografou.
E tanto mais valioso o seu livro à Doutrina de Jesus quanto se sabe que,
emparedado no seu próprio sonho de ser humilde e bom, dono de uma
instrução mediana, e, mesmo assim, obtida a golpes de esforço próprio —
Francisco Cândido Xavier obteve (e obterá se Deus quiser) poesia do além,
sintetizando culturas variadas e, confessadamente por ele, acima da que
possui, e cuja autenticidade assombra pela forma estilar, valor idealístico e
sentido característico dos que as assinam.
O Espiritismo precisava deste livro. Ele só, estou certo, dará muito que
pensar aos orgulhosos e infelizes materialistas... Ele é e será, já agora, a
“DELENDA CARTAGO” da crítica —, apaixonada, ou dos fanáticos das
religiões sem asas; mas também, sem dúvida é e será um dique formidável às
marés da incredulidade. Lendo-o, mesmo sem se conhecer o médium e a sua
cultura, tem-se um consolo e uma certeza imensos: Francisco Cândido Xavier
é um instrumento limpo, uma harpa afinada e de ouro dos irmãos do espaço. E
o Espiritismo, mais uma vez, se afirma neste princípio soberano e tão discutido
—, e ainda pouco acreditado ou compreendido: os mortos vivem, melhor e
mais do que nós, e podem falar e escrever por nosso intermédio, tanto ou
melhor, como se vivos fossem na terra.
Nós, que militamos — graças a Deus — no campo espírita e que até há
bem pouco militávamos na corrente literária da nova geração, perfilando figuras
do Brasil mental, entre as quais a de “Augusto dos Anjos”, — podemos em
verdade dizer da alegria boa e sincera, grande e confortadora, que nos invadiu
a alma, ao certificarmo-nos de que todos os versos do “PARNASO DE ALÉMTÚMULO”
são, de fato, dos poetas que os assinam.
Dos versos de “Augusto dos Anjos”, psicografados por Francisco Cândido
Xavier, então, fora um sacrilégio pensar ao contrário. São bem dele, mas de
um “Augusto dos Anjos” já bem mais espiritualizado, piedoso, cristão e senhor
da Verdade Única do Evangelho de Jesus e ventilador de temas mais dignos
da sua imensa cultura filosófica.
* * *

Nós, que lhe conhecemos todos os versos, linha a linha, que lhe
decoramos os rítmos, que nos extasiamos com seu verbalismo individual e
único, tão decantado por “Euclides da Cunha”, integrando-nos naquele
Amazonas de belezas, confessamos: ao ler, em “PARNASO DE ALÉMTÚMULO”
“VOZES DE UMA SOMBRA”, ficamos profundamente encantados.
O poeta científico do “EU”, “o torturado”, “o armazenador de dores”, o
jeremiador pessimista, que foi, — consanguíneo mental dos “Carlyle”, dos
“Dante”, dos “Pascal”, dos “Pöe” e dos “Spencer”, hoje, é mais humanista, mais
geral e nos parece o mesmo na pujança mental, no verbalismo galhardo na
qualidade e quantidade esplendorosas dos seus conceitos, mas tão diferente
do seu “SENTIR” de encarnado. Graças a Deus! Ganhou o que lhe faltava para
ser maior e despertar em si o Anjo, que possuía e não sabia ver, quando na
terra.
*

Vejamos como progrediu, moral e intelectualmente. No seu verso: HINO Á
DOR, ele cantava, quando encarnado:
“A DOR ...
Nasce de um desígnio divino...”
“DOR! Saúde dos seres que se fanam,
Riqueza da alma, psíquico tesouro,
Alegria das glândulas do choro
De onde todas as lágrimas emanam...
* * *
Mas esquecia-se de dizer que ela não nasce de um “DESIGNIO DIVINO”
como muitos acreditam. Calava-se e, às vezes, se revoltava, como no
“POEMA” “NEGRO”, contra os seus males, na maioria, provindos da falta de
resignação e da dúvida mantida com seu ateísmo, conforme o perfilamos.
Agora, porém, serena, culta e cristãmente, ele nos afirma:
“A DOR...
Não nasce de um “DESIGNIO DIVINO”,
Nem da fatalidade do destino
Que destrói nossas células sensitivas;
Vem-nos dos próprios males que engendramos
Em cujo ignoto báratro afundamos,
Através de existências sucessivas”
Encarnado ou desencarnado, “Augusto dos Anjos” é o mesmo abusador
de: “MORTE”, “DOR”, “VERMES”, “MATERIA”, etc. E, como em todo poeta de
sua estirpe, o mesmo repetidor de frases marmóreas, como em “VOZES DE
UMA SOMBRA”, — filigranas de cinzel, síntese da ciência de “Darwin” e de
“Descartes” — provando-nos que seu vocabulário não foi esquecido, mas
aumentado e enriquecido.
Do além nos diz:

“Como vivem o novo e o obsoleto,
O ângulo obtuso e o ângulo reto
Dentro das linhas da geometria...”
Na Terra dissera:
“O ângulo obtuso, pois, e o ângulo reto
Uma feição humana e outra divina...”

Assim também, em “NÚMERO INFINITO”, que é um continuador
expressivo do “ÚLTIMO NÚMERO”, — feito 15 minutos antes de desencarnar.
— Neste, como encarnado, dizia que tudo morre, pensando ser o seu Último
Número... Agora, desencarnado. certifica-se de que ele é “INFINITO”...

ÚLTIMO NÚMERO (feito como encarnado)

Hora de minha morte. Hirta, ao meu lado,
A idéia exterlorava-se.... No fundo
Do meu entendimento moribundo
Jazia o “ÚLTIMO NÚMERO” cansado.
Era de vê-lo, imóvel, resignado,
Tragicamente de si mesmo oriundo
Fora da sucessão, estranho ao mundo,
Com o reflexo fúnebre de Incriado.
Bradei: — Que fazes ainda no meu crânio?...
E o “ÚLTIMO NÚMERO”, atro e subterrâneo,
Parecia dizer-me: É tarde, amigo,
Pois que a minha antogênica grandeza
Nunca vibrou em tua língua presa,
Não te abandono mais! Morro contigo!


NÚMERO INFINITO (feito como desencarnado)


Sístoles e diástoles derradeiras
No Hirto peito, rígido e gelado.
E eu via o “ÚLTIMO NÚMERO” extenuado
Extertorando sobre as montureiras.
Escuridão, ânsias e inferneiras.
Depois o ar, o oxigênio eterizado.
E depois do oxigênio o ilimitado,
Resplendente clarão de horas primeiras.
Busquei a última visão das vistas foscas.
O derradeiro Número entre as moscas,
À camada telúrica adstrito.
E eu vi, vítima dúctil da desgraça,
Vi que cada minuto que se passa
É nova luz do Número Infinito.
* * *

E assim, continua o nosso “Augusto dos Anjos”, melhorado, colocando sua vasta inteligência a serviço da Causa da Verdade. E, humanizado e piedoso,
menos herético, mais sábio e esclarecido sobre o “DONDE VIEMOS” E “PARA
ONDE VAMOS”, mostrando-nos ser um escafandrista dos mares da Verdade e
um pesquisador mais seguro das coisas do Infinito, — dá pensamento às
árvores, humaniza as sombras, penetra a alma do éter e ministra ao mundo
incrédulo, lições magníficas da imortalidade da alma e da pluralidade das existências
e dos mundos habitados, através dos versos de ouro do “PARNASO
DE ALÉM-TÚMULO’: “VOZ DO INFINITO”, “VOZ HUMANA”, “ALMA”,
“ANÁLISE”, “EVOLUÇÃO”, “HOMO”, “INCÓGNITA”, e “EGO SUM”, — que bem
poderiam ser enfeixados, sozinhos, num livro, que excederia de muito o
primeiro “EU”.
Sentimos não poder transcrever aqui todos eles. Pois, tão belos, em parte,
quanto esses seus últimos versos, só, justamente, os versos famosos do “EU”.
Bem nos mostra, no Além, que a Arte continua sendo para sua inteligência,
o que lhe foi na terra: — um espelho de Anel, a refletir sempre a beleza e a
Grandeza das Obras de Jesus!
Graças damos ao Criador por permitir tal graça: qual a de lermos
autênticos versos de Poetas de Além-Túmulo, como os de “Augusto dos
Anjos”. E abençoada seja, para todo o sempre, a mediunidade de Francisco
Cândido Xavier!

Ramiro Gama* * *

domingo, 21 de agosto de 2011

seitas - definição

As seitas são agrupamentos de caráter voluntário. Os indivíduos têm certa possibilidade de decidir (teoricamente, uma possibilidade absoluta de decidir) com respeito a sua adesão aos dogmas da seita. O crente deve eleger a seita, embora se trate, na realidade, de uma eleição reciproca ( a seita admite ou rejeita essa pessoa). Para passar a ser um de seus membros se requer certa prova de mérito: o indivíduo tem de ser digno de pertencer a ela. Há nisso um forte sentido de identidade: aquele que é admitido se converte em "um dos nossos". E este "dos nossos" se coloca acima de todos os demais "nossos", crescendo em força no sentido em que a seita reclama para si um acesso especial e, normalmente, exclusivo as verdades sobrenaturais. A seita é um grupo que exige de seus membros uma submissão plena e consciente que se não chega a eliminar todos os demais compromissos deve, ao menos, situar-se acima deles, quer se refiram ao estado, a tribo, a classe social ou a família.

Relacionado a estas características, se encontra o fato que a seita se considera a si mesma como uma elite. Enquanto possuidora da única e verdadeira doutrina, dos ritos adequados e dos modelos corretos de retidão no comportamento social, se considera a si mesma com um grupo aparte, arrogando para si normalmente a salvação exclusiva. As seitas mostram normalmente uma inclinação para o exclusivismo. O estar afiliado a elas se situa acima de todos os demais compromissos de tipo secular, e normalmente exclui os demais compromissos religiosos. Ao separar-se dos outros grupos, as seitas impugnam a santidade e autoridade dos mesmos; o fato de pertencer a uma seita determinada supõe, assim, um distanciamento, e talvez uma hostilidade, frente a outras seitas e grupos religiosos.

Do rigor destes atributos se segue que a maioria das seitas, sendo voluntárias, têm uma vida muito intensa e impõe a seus membros responsabilidades, assim como contam também com certos procedimentos para expulsar os desviados. A seita não é uma entidade inconsciente, como poderia ocorrer com uma casta ou um clã em determinadas circunstâncias sociais. Em outras palavras: não é um grupo social que se considere como uma unidade "natural". Em oposição ao modo tradicional que tinham os judeus de conceber sua fé, ou os povos latinos de conceber o catolicismo, a seita tem consciência de si mesma, e sua formação e recrutamento são processos conscientes e deliberados. Por isso, é também um grupo que possui um sentido de sua própria integridade e que pensa que essa integridade pode ser ameaçada pelos membros despreocupados ou insuficientemente comprometidos. Por isso, as seitas expulsam aqueles que se mostrem indignos delas.

Isto impõe, por sua vez, uma série de normas a cada um dos seus membros.

Eles hão de seguir a vida do perfeito sectário e, por conseguinte, a voluntariedade de sua submissão e a prova de que merece ser membro do grupo somente serão possíveis se tenham um sentido de compromisso pessoal. Como as seitas não admitem discriminações quanto ao grau de compromisso, a integridade da seita e claramente a integridade que reina entre seus membros. O autocontrole, a consciência e a retidão são, pois, importantes características do sectarismo.

Embora as seitas professem uma série de ensinamentos, de mandamentos e de práticas distintos dos que mantêm os ortodoxos, esta alternativa não supõe jamais uma total e absoluta negação de todos os elementos existentes na tradição ortodoxa, pois de outro modo não poderíamos qualificar a seita de ser uma seita. Ela ainda se mantêm, ou procura manter-se, e mesmo defender sua posição de ser a forma mais pura e legitima da fé original. Se trata fundamentalmente de acentuar uma série de matizes diferentes, acrescentando-se alguns elementos novos e suprimindo outros. Para propor esta alternativa a seita deve recorrer a algum principio de autoridade distinto daquele que é inerente a tradição ortodoxa, defendendo, ao mesmo tempo, sua supremacia. A autoridade invocada por uma seita pode ser a suprema revelação de um líder carismático, pode consistir em uma reinterpretação dos escritos sagrados, ou bem pode ser a idéia de que os verdadeiros fiéis obterão uma revelação por si mesmos.
Normalmente, o adepto assume seu compromisso com a seita de forma distinta dos demais homens: com efeito, a seita se converte no ponto mais importante com respeito a sua pessoa. Quando se faz alusão a ele, o que interessa saber antes de qualquer outro dado, e que se trata de um membro de tal ou qual seita.
Qualquer de nós, arrastados pelo desejo de impor ao mundo uma ordem conceitual, sente a tentação de buscar limites precisos e categorias inequívocas. As seitas parecem uma afirmação quase natural desse mesmo principio. E não poderia ser de outro modo, dado que as seitas são entidades sociais construídas pelos homens e com consciência de si mesmas. Sem renunciar a esse enunciado geral, temos de admitir que na realidade pode resultar tão árduo o trabalho de definir com certeza as características de uma seita como nos trabalhos antropológicos o é definir entidades as vezes tão vagas que são as tribos. As seitas, semelhantemente as tribos, mantêm uma forte concepção de "nós" em contraposição com todos os demais. Mas este "nós" pode variar quanto a sua aplicação, como ocorre com as tribos, e apresentar limites pouco definidos. Quem se acha completamente comprometido normalmente não tem problemas, mas há casos em que estão vinculados as seitas os chamados"simpatizantes" que jamais procuraram a admissão nelas, ou que jamais a conseguiram. Possuem também em seu bojo jovens que não poderão fazer parte dela até alcançarem certa idade.

E, o que é mais significativo, as seitas podem considerar a alguns movimentos, de certo modo, mais próximos da verdade que outros. Isto pode ocorrer, por exemplo, quando dentro de uma seita ocorre um cisma.

No principio, os grupos cindidos entre si possivelmente lançarão anátemas múltiplos, fortalecendo consideravelmente seu sentido de autoidentificação pelo fato de terem um inimigo palpável. Mas, uma vez que a ruptura inicial sumir no esquecimento, ambos os grupos podem chegar a admitir que têm mais em comum que motivos de separação, levando os velhos antagonismos de caráter reciproco a se apaziguarem.


STATUS DE ELITE.

Até que ponto uma seita considera a si mesma como uma elite social é algo que depende de toda uma série de fatores concretos, os mais importantes dos quais são a tradição escatologica recebida e o caráter das relações que os membros da seita mantêm com os de fora.


quarta-feira, 17 de agosto de 2011

ANÁLISE E COMPARAÇÃO BREVE, ENTRE AS IDEIAS DA CONSCIENCIOLOGIA DE WALDO VIEIRA E A DOUTRINA ESPÍRITA.

           


Parto de uma breve análise da obra conscienciológica "Onde a Religião Termina?" de Marcelo da Luz para estabelecer uma crítica comparativa entre Doutrina Espírita e a Conscienciologia. Uma análise específica da obra do Marcelo da Luz farei posteriormente.


Anderson F. Santos.

Adepto de Waldo Vieira lança livro contra as "ingenuidades" das religiões. Usando sua inteligência refinada, adquirida, quando ainda adepto (padre) de uma dessas religiões, para tentar provar, sem querer provar nada a ninguém,( assim ele diz, e o Waldo também, sei...) que as suas ideias não só são melhores, como são "A Verdade" e as outras pessoas, presas, limitadas e não intermissivistas,  coitadinhas, ( o que? - leia o artigo para saber oque é isso)  inevitavelmente terão que passar um dia pela conscienciologia. Ela, a conscienciologia, é o caminho, a verdade e a vida da evolução de todos os seres humanos terrícolas, (Isso por que eles não querem provar nada para ninguém, nem pregar.... afinal "pra quê?" eles têm a verdade, não é mesmo?)


Marcelo da Luz, adepto de Waldo Vieira, lança livro interessante contra as ingenuidades das religiões tradicionais, com análises por vezes inteligentes, mas sempre preso ao paradigma consciencial repete, ad nauseam, o absolutismo vieiriano.

Não ficando apenas na análise profunda sobre o que conhece bem, se rende ao discurso globalizante e totalitário conscienciológico e tenta respaldar com sua intelectualidade refinada, a premissa waldovieiriana de que se é religião: não presta. Fala de Deus? - é infantil, se fala de espiritualidade e não se está falando ou narrando a partir da visão de mundo"científica" da conscienciologia, é coisa infantil.

 Assim, para respaldar suas afirmações, ele cria uma categoria universal: religião.

Envolve diferentes aspectos da religiosidade humana dentro desta abordagem "mega-abrangente" em que, assim como fazem muitos grupos fundamentalistas, nada além deles é digno de ser seguido pelo homem superior intermissivista. Ou você segue Waldo Vieira ou você é um zero à esquerda evolutivo. Surpreende o autor que, demonstra uma erudição refinada, mas deslumbrado, não parece perceber que ao condenar o discurso totalitário das religiões cristãs ocidentais, realiza, ele mesmo, apesar de todas as ressalvas que faz, (que são as mesmas que Waldo Vieira faz, ele apenas as repete) um discurso dogmático e fundamentalista.

 Uma visão totalitária, paradoxalmente, similar às abordagens que são feitas pelas religiões e que ele, na sua obra, condena. Adotando uma visão parcial e dogmática, envolvendo o Espiritismo no mesmo saco, como se tudo fosse  a mesma coisa e como se a Doutrina Espírita concordasse ou respaldasse as incoerências do catolicismo e do protestantismo.

 Ele adota raciocínios rápidos que demonstram suas convicções pessoais, presas ao universo interpretativo conscienciológico. Não abre para dúvidas, há certezas. Ele sabe. A conscienciologia está certa, ponto final,  logo, os outros, os que têm um discurso diferente são inferiores. neste sentido adota para o espiritismo um tratamento similar ao de Vieira, "fala de Deus?" soy contra. Repete uma característica típica da conscienciologia,   análises simplistas, envolvendo tudo e todos com meias verdades, construídas através de análises rasas e superficiais.

Eles adotam postura similar às das ideias dos antigos hebreus da antiguidade: de que há escolhidos para trazer as revelações (profetas), no caso deles, por trazer verpons (verdades de ponta - que são tudo que o Waldo traz, pensa ou diz) e, esse escolhido foi Waldo Vieira. Demonstrando que, apesar do uso da utensilagem discursiva científica para abordar a espiritualidade e a grande ênfase no autoconhecimento,  A conscienciologia como um todo,  e não só o Waldo Vieira, possui visão de mundo extremamente fundamentalista e isolacionista.

Marcelo da Luz, um crente convicto de Waldo Vieira, faz um estudo sobre o catolicismo, igrejas protestantes e as religiões em geral, radicalizando   e generalizando suas análises, lançando um olhar abrangente demais contra diversos grupos sociais que tenham na religiosidade, na mística ou na mediunidade sua base de referência, estando assim, o erudito Marcelo da Luz, sintonizado com o que se espera de um professor de conscienciologia: repetir ipsis litteris, o discurso radical, anti-fraterno e isolacionista de Waldo Vieira.

Marcelo acerta e muito quando fala do que conhece bem, o catolicismo. Auxiliado por bibliografia especializada parte para o protestantismo, mas, paradoxalmente entra no auto-engano religioso, quando se deixa levar comodamente por uma visão mega-abrangente de religião, colocando num grande saco convenientemente grupos sociais, religiões, práticas espirituais históricamente, conceitualmente, psicologicamente e filosoficamente bem distantes entre si.

Tais análises abrangentes, típicas de um sociologismo totalitário, marcadamente eurocêntrico do século XIX e XX , em que se partia de uma premissa de verdade para analisar fenômenos sociais, culturas e povos diferentes dos europeus daquela época, essas premissas eurocêntricas partiam do suposto de que a visão de mundo racional, cristã ocidental eram  o supra sumo da evolução humana, logo, os outros, ou se tornariam um igual e evoluiriam ou permaneceriam presos aos seus primitivismos, pobres diabos, até que um europeu superior os re-colonizasse e ensinasse o que convém a um ser humano superior.

Pois bem, a conscienciologia repete esse discurso obsoleto e ingênuo do século XIX, que Marcelo da Luz, por força de sua formação, não desconhece, mas mesmo assim, o repete apaixonadamente e acriticamente.


Facilita e muito a vida de quem, em um auto-engano conveniente, busca exorcizar a religião e propor a supremacia evolutiva, (eu disse evolutiva e não racial, mas....já viu onde essa CRENÇA,  uma vez internalizada pode chegar....)

Como se no campo de análises que ele mesmo se propõe, pudesse fazer uma ligação entre formas de ver o mundo tão distantes como o protestantismo e o espiritismo, por exemplo. O que a bem da verdade, não é possível. Se a pessoa quiser ter uma visão sincera de uma coisa e outra.

O protestantismo, por exemplo, graças a sua radical presunção de verdade, as pressões que fazem aos seus adeptos no formato de falar, escrever, se vestir e de como fazer sexo, em suas características fundamentalistas e radicais tem muito mais pontos de contato com a Conscienciologia, por exemplo, do que com o Espiritismo.

Marcelo da Luz, perfeitamente afinizado com as certezas absolutistas  conscienciológicas em que se refere a tudo que não seja ela mesma, parte para cima de diversas outras filosofias espiritualistas que possam fornecer adeptos as ideias "novas"  que W. Vieira semeia.

Daí o mesmo, ainda que não totalmente senhor do assunto: Doutrina Espírita,  a envolve em suas conjecturas conscienciológicas, sem se perceber que, a base de tudo que a conscienciologia prega,  é oriundo da própria Doutrina Espírita.  Excetuando-se, é claro, o gosto excessivo e repetitivo vieiriano de criar novas palavras em cima do que já existe, ficando assim , com a ilusão de ser o autor da coisa, chamado por eles de verpon, que é na verdade, na grande maioria das vezes, o gosto por inventar palavras compulsivamente, evitando análises profundas das ideias.

Demonstrando assim ser, Marcelo da Luz, apenas um repetidor das ideias waldovieiranas, o que não deixa de ser uma pena, pois seu livro é um dos raríssimos casos, dentre os livros dos adeptos de Vieira, que realmente demonstra algum conteúdo útil e original.

Na realidade, boa parte dos livros conscienciológicos de outros escritores, além de Waldo Vieira, apenas repetem as ideias deste, num repetitivismo cansativo, fidelíssimos às ideias vieirianas num nível que raramente ocorre no interior da movimento espírita com relação à Kardec. Pois o espírita estudioso não se limita apenas a repetir o que Kardec disse, mas reflete o paradigma espírita em  cima da realidade histórico-temporal em que vive. Daí termos no interior do movimento espírita autores com estilos e abordagens variados e mesmo, que se contrariem entre si. Coisa que na conscienciologia é  impossível, na medida que, seus adeptos apenas se dão ao trabalho de repetir, repetir e repetir o que Waldo Vieira escreveu ou disse em seus textos, tertúlias e seminários.

Graças, não Às ideias totalitárias, dogmáticas e excludentes da conscienciologia. Que invita seus adeptos a escreverem seus livros em grande maioria cheios de parágrafos curtos e cheios de afirmações prontas, sem análises profundas, mas com invectivas de donos da verdade, método utilizado por Waldo Vieira em boa parte do que escreve. Mas a sua formação erudita adquirida, paradoxalmente, as expenças do catolicismo.

Para a conscienciologia é inadmissível, irracional, ilógico e coisa de espírito inferior ser adepto de qualquer coisa, nos tempos atuais, que não seja a própria conscienciologia.

Marcelo da Luz, é ex-padre, reinventa a roda, repetindo o que os espíritas explicam desde o século XIX sobre uma série de questões relacionadas às religiões tradicionais.
Ex-católico deslumbrado com as ideias da conscienciologia que, para ele, são novidades. Fala das religiões e principalmente do catolicismo e do protestantismo, ou seja, das religiões cristãs tradicionais que ele conhece bem.
Repetindo o que a Doutrina Espírita desde Kardec já deixou bem claro. Jesus não é Deus.

O livro do Marcelo da Luz é mais um em que, o chamado paradigma consciencial, lança vistas para o outro, para o que não compartilha de suas ideias, para, após intensas análises, algumas com muita lucidez e úteis,
com certeza, admitamos, em muitas de suas observações, principalmente ao que se refira a observações vivenciadas pelo autor dentro do catolicismo. E as incongruências, admitidas e também criticadas no seio protestante, à teologia protestante da prosperidade.

NO entanto, o autor esquece sua formação humanística e associa, ao nosso ver, devido a ideologia que segue. Que as formas e práticas religiosas, mágicas e cúlticas estão relacionadas diretamente aos indivíduos que a praticam, sua cultura, tradição e compreensão da realidade. O autor, na sanha de dar existência  e consistência a categoria: RELIGIÃO, para depois desconstruí-la, magistralmente à luz da conscienciologia, generaliza. Esquecendo que muitas das críticas que faz, podem ser encontradas no interior de muitas "RELIGIÕES "  que critica.

Esse tendenciosismo ocorre por que realiza análises a partir da visão waldovieiriana, limitada e tão dogmática e sectária, quanto boa parte dos grupos analisados por Marcelo.

Fica claro que o autor , muito rico de bibliografia acadêmica, crítica às religiões e grupos espirituais que não compartilham de sua visão de mundo. É óbvio que ele deve, por ser conscienciólogo, defender suas ideias e mesmo explicar por que as considera ideais para si. Nisso não há nada demais. Todos temos esse direito.

O problema é que o constructo conscienciológico, se estimula de forma positiva a pesquisa espiritual, traz sub-repticiamente, uma tendência de supremacia evolutiva irreal, ilusória, ingênua. Que uma vez utilizadas no corpus de seus livro, demonstram que apesar de toda sua lucidez iconoclasta, ele é incapaz  de perceber que, muito do que fala, é realizado, de forma ingênua, dentro do grupamento a que pertence.

Ou seja, o espírito de secção, de separação de primazia, de certezas absolutas, que eles, da conscienciologia,  douram dizendo que são verdades relativas de ponta, mas como são as de ponta são mais próximas do que seria a verdade absoluta, o que se o leitor entendeu bem, o jogo de palavras, dá no mesmo.
Esse jogo de palavras é usado ad nauseam pelos conscienciólogos, sectariamente e eles que falam tanto do auto-engano e da cosmoética , mas acriticamente, são incapazes de observarem as consequências das raízes,  dos fundamentos de seu discurso. Com esse sectarismo exacerbado a conscienciologia busca através de um  discurso acadêmico e com críticas antigas as religiões em geral, dinamitar todo ou qualquer escola religiosa, mística, esotérica, mediúnica, se colocando como o último caminho ou a partir de um certo "nível evolutivo"  único que um "espírito lúcido" pode escolher, se não o escolhe é por que não é intermissivista, logo, não atingiu o patamar evolutivo deles, logo, não se deve perder tempo com essa , no dizer de Waldo Vieira e repetido por seus professores: "raia miúda."


O leitor atento pensará estar aqui proferindo ato agressivo ao definir esse grupamento espiritual/místico/religioso de seita sectária, não se surpreenda. Não há aqui uma crítica leviana ou debochada, ad hominem.  Waldo Vieira busca em seus discursos dinamitar a Doutrina Espírita perante seus adeptos. A deslavagem cerebral feita por Vieira é tão impactante que adeptos e ex-adeptos da conscienciologia falam e repetem coisas sobre a Doutrina Espírita e sobre Jesus, sem terem tido, de fato, procurado estudar a Doutrina Espírita e sua complexidade.

Não estamos aqui, defendendo cegamente a Doutrina Espírita. Nem o propósito deste texto é o de converter adeptos da conscienciologia. A Doutrina Espírita não tem, em seu discurso e abordagem, a intenção proselitista. Pois entende que é perfeitamente possível ao adepto da conscienciologia dedicado e sincero, atingir grandes avanços em seu processo evolutivo, se utilizar das ferramentas anímicas e mediúnicas ali fornecidas, para servir  e amar ao próximo. Ou seja, na Doutrina espírita o que se quer é que as pessoas possam realizar a caridade, caridade compreendida como esclarece Kardec, em seu tríplice aspecto (ação assistencial com intenções altruísticas, (benevolentes), indulgentes (compassivas) e perdoadoras). 


Acredito mesmo que no campo das afinidades, quem se dedica e se afina com a abordagem conscienciológica, dificilmente terá interesse na abordagem tríplice da Doutrina Espírita: Filosofia, Ciência e religião (Aspectos morais e espirituais e não um compromisso com as tradições religiosas ocidentais, entendamos bem). 

Waldo Vieira repete tanto e tanto a superioridade evolutiva de suas ideias que mesmo um ex-adepto vê outras escolas condicionados com as premissas vieirianas. Sair disso e se tornar espírita, teósofo, budista ou Rosa Cruz, é quase impossível. As falácias vieirianas peremptórias surtem certo efeito, principalmente por que ele construiu um discurso concienciológico muito apetecível às modernas correntes universitárias. Vestindo suas ideias de cunho iniciático e  taumaturgológicas com todo um verniz acadêmico, que é sim, atraente e sedutor.

Quando lhe parece útil adota as ideias pró-aborto, cita Nietzsche, Moreno, Ausubel e faz pregação positiva das ideias ateístas. Tudo muito agradável às classes médias universitárias. Ok. Mas por trás desse discurso sedutor traz consigo, infelizmente, um discurso antigo, iniciático e separatista.  

 Visto que há não só a repetição conceitual falsa da superioridade dos intermissivistas, que seduz, há a repelência ao discurso religioso, que sabemos, ser mesmo incongruentes com as ideias reencarnacionistas e evolutivas trazidas ao mundo físico pela Doutrina espírita a partir de 1857.  ( Ler sobre isso obras como " O céu e o Inferno" de AllanKardec, Cristianismo e Espiritismo de Leon Denis, Cristianismo uma mensagem esquecida, de Hermínio de Miranda e Espiritismo e as Igrejas Reformadas, de Jayme Andrade.)

Como há também, a Doutrina Espírita em seus estudos avançados deixa claro a questão das afinidades, que são respeitadas com seriedade por qualquer espírita esclarecido.
 Há equívocos, idolatrias, comodismos e fanatismos dentro de nossos arraiais. Mas são, a rigor, falhas humanas, nossas, não conceituais.
Mas Kardec, demonstrando ter um olhar para além da curva, para além de seu tempo, deixou claras ressalvas sobre os rumos da Doutrina. Não se colocando como modelo, mas deixando claro que os ensinos éticos morais de Jesus traziam o que o ser humano precisa para dinamizar seu processo evolutivo. Amor, serviço, caridade, assistência, socorro, amparo, não agressão, não comparação e otimismo e sintonia com o alto. Tudo o mais, todo o corpus teológico religioso  e as polêmicas sobre sua estada são desnecessárias e dispensáveis. E, hoje, os estudos mais modernos sobre o Jesus histórico, demonstram que os textos mais antigos existentes sobre Jesus, mostram que ele era um instrutor ético moral e não um milagreiro. (Ver sobre isso sobre o evangelho de "Q")


  Quando avaliada de perto verificamos que existem no campo conceitual,  características sectárias típicas de seitas guruístas dirigidas por uma figura taumatúrgica, estão muito bem demarcadas na conscienciologia.


Vejamos:

Seu propositor já afirmou em suas tertúlias que seu interesse é destruir acabar com o espiritismo e correlatos, por serem ultrapassados.  Pois os considera um atravessador das informações espirituais. Paradoxalmente sua abordagem das coisas espirituais é bem mais excludente do que a abordagem espírita que não se assenta em opiniões de um só médium, mas de amplos estudos e análises variados ao longo de 150 anos de contatos e experiências com o extrafísico. Kardec dedicou um cuidado, justamente para que a Doutrina Espírita não fosse presa aos personalismos dos médiuns geniais...por mais genial e surpreendente fosse tal médium.

Essa expressão: destruir, denota uma rivalidade e agressividade inconciliáveis com o próprio discurso de quem se quer ser"assistencial". mas essa agressividade é salientada repetidamente com conceitos que denotam uma presunção de que as suas "verdades de ponta", são de fato, a única verdade.

Afirma que com a projeciologia o adepto sai do corpo e vê a verdade por si mesmo. A sua verdade.

Esquece, propositalmente, de esclarecer aos seus seguidores que na Doutrina Espírita a saída fora de corpo é utilizada e feita desde o século XIX. Kardec deu a ela amplo espaço em seus livros. Kardec teve experiências fora do corpo, bem como andava com médiuns que possuíam tal faculdade. Chico Xavier, Peixotinho e Eurípedes Barsanulfo não só saiam fora do corpo como conseguiam fazer a bilocação. Se materializar em outro local, tornando-se visíveis para as pessoas do ambiente.

Nas reuniões mediúnicas desobsessivas a projeção do corpo e a clarividência são corriqueiras...
Isso sem dizer nas experiências projetivas de umbandistas, rosacruzes, projetores independentes, esotéricos, estudiosos do Instituto Monroe, estudiosos e aprendizes de projetores como Moisés Esagui, Wagner Borges, Geraldo Medeiros, entre outros, além dos estudos esotéricos da gnose. Mas quero dar ênfase as projeções nas milhares de reuniões mediúnicas espíritas por que são extremamente assistências e desobsessivas, auxiliando a população em desassédios complicados e sérissimos.

Ele sonega essas informações fazendo crer a seus seguidores o exclusivo projetivo da projeciologia. Meias verdades. Manipulação.

Seus adeptos são estimulados a se mudarem para Foz do Iguaçu e a viverem em comunidade. Ok, mas tendem se não estiverem atentos, devido as premissas conceituais aqui veiculadas, a se tornarem extremamente fechadas nesse mundo. Primeiro por que não são do local. Segundo por que uma vez longe de seus familiares e amigos não conscienciólogos estarão muito mais focados no voluntariado e imersos neste mundo. Vejam bem, não há, a princípio nada demais, mas quando começamos a perceber que, o amparo recebido, as energias salutares e as experiências espirituais vividas positivas podem levar ao adepto a confirmação pela própria experiência de que, afinal é isso mesmo, "- estou realizando o trabalho mais evoluído do planeta neste momento. (messianismo)

Desconhecendo que na verdade, parafraseando o filme Campo dos Sonhos, sempre que "se construir, ele virá." Ou seja, experiências espirituais salutares e desassediantes acontecem sempre que as intenções sejam assistenciais, socorristas, altruísticas, sempre que ocorram interesses em educar as pessoas.

Deslumbrado com o fato de que os exercícios para realizar desdobramento, incorporação e clarividência funcionam o adepto aceita sem questionar todo o pacote conscienciológico.

O adepto não refletiu que a projeção/desdobramento sendo algo humano, existe desde tempos imemoriais e não serve para referendar verdades absolutas. Pois adeptos e não adeptos de filosofias, religiões e seitas a realizaram. Sempre adequando a realidade percebida no plano extrafísico às suas crenças, como nos esclarece brilhantemente Herculano Pires em sua magistral obra "O Espírito e o Tempo."

O homem preenche com as suas categorias culturais/ crenças/ mitos/ racionalidades e interditos o percebido no mundo extrafísico e esse responde, servindo como uma espécie de respaldo da fé. É vivência, não é teoria, é vivência que obtêm resposta. Respostas que são verbalizadas no linguajar sócio cultural do experimentador.

De modos que a vivência espiritual precisa ser analisada não pela escola, mas pelos frutos que produz. É o "fora da caridade não há salvação" de Kardec. Básico, simples, lógico e sobretudo, imparcial.

Essa base referencial dá segurança ao experimentador. Visões sectárias, infelizmente, não dão.

Isso quer dizer que as experiências espirituais dos conscienciólogos são guiadas por obsessores.
Não.

Isso seria entrar na batalha por conversões que Vieira faz. Para nós espíritas, inútil, mesquinha e sectária. A qualidade espiritual dos espíritos (consciex - consciência extrafísica na conscienciologia) do seguidor das ideias de Vieira, como do budista, como do batista, estão relacionadas não ao que eu acho das ideias dessa escola. Mas pelo que as intenções íntimas do individuo, o alcance assistencial do seu ato, da melhoria que proporciona as pessoas e ao mundo ao seu redor.

Essa é a visão espírita. Isso é universalismo.

A melhor apreensão da realidade só é possível quando a pessoa tem menos apriorismos, menos egocentrismos e menos sectarismos narcisísticos megalomaníacos. Mais preocupada em ser útil aos orientadores espirituais realmente avançados. Do que em ver suas verdades pessoais confirmadas.

Orientadores espirituais desencarnados sérios não vestem camisas sectárias.

Isso não está argumentado sobre falácias. Uma pessoa só pode ser um divulgador da conscienciologia se aprovado pela instituição como tal. Para isso ele precisa deixar claro que sua adesão é plena e total. Para isso deve evitar ler livros (indicados no livro 700 experimentos como sendo perda de tempo) um verdadeiro index. Deve evitar ter qualquer objeto ligado a qualquer pensamento filosófico, místico, religioso ou oriental no corpo , em casa, no escritório. Pois sendo objetos de arte ou não são considerados muletas. Ou o adepto o faz, ou o mesmo estará excluído do clube seleto de intermissivistas.

Não deve se casar com pessoa alguma. Deve formar uma dupla evolutiva. Que diferentemente do casamento atrela o casal a uma série de procedimentos adredemente demarcados por Waldo Vieira para que a dupla seja realmente uma dupla.

Isso, anos atrás levou e leva a uma série de adeptos a separação. Pois se o cônjuge não compartilha das ideias conscienciológicas a pessoa está em prisão cármica e isso é um traço de inferioridade. Ultimamente com a idade avançada, talvez por observar certo exagero, e por ser consultado on line por um sem número de pessoas, o propositor Waldo Vieira moderou este discurso um pouco, lembrando a necessidade de uma maior perseverança na manutenção do casamento para quem tem filhos. Mas, quem ouviu por anos o mesmo fazer um discurso radical sobre priorização evolutiva. Waldo alegou que no passado não poderia falar isso pois ainda não estavam maduros para ouvir isso.

Ué, mas não é ele que diz não fazer concessão?

Não são os seus seguidores Àqueles que tem “curso intermissivo avançado” que trocando em miúdos, se apregoam os seres humanos conhecidos mais evoluídos do planeta...?

Enquanto em muitas Igrejas protestantes o sonho das obreiras é casar com um pastor. Na conscienciologia o sonho do adepto é se juntar entre os seus e formar uma dupla. Corresponder as expectativas exigidas pelas instituições conscienciológicas para se tornar um professor.

Uma vez professor ele repetirá ipsis litteris tudo o que o Waldo Vieira pensa. Fazendo pequenas adaptações na forma de expressar. Por isso o jargão: “não acredite em nada...”
O tão propalado “ princípio da descrença” não existe na conscienciologia. Os pesquisadores não podem ser imparciais. Quem quiser ter liberdade para fazer pesquisa psíquica sem amarras, terá que ir para a parapsicologia ou para a ciência espírita. Na conscienciologia o “professor de conscienciologia” ou o “pesquisador independente” – leia-se pesquisador adepto da conscienciologia ainda não professor de conscienciologia não tem independência, não podem questionar nenhuma ideia do Waldo Vieira, e , se o fizer, terá que se retirar. Não terá espaço ali. Não poderá se dizer conscienciólogo, perderá o alto posto de intermissivista...

Pois é, por mais incrível que pareça: tudo não passa de propaganda sedutora. Inteligente, bem dourada, mas apenas propaganda para atrair adeptos universitários, alérgicos a religião e ao ultrapassado discurso religioso tradicional.

A instituição conscienciologia define quem é e quem não é conscienciólogo. Nisso não há ciência, muito menos pensamento libertário.

Essa legitimação institucionalizadora é uma prerrogativa de um grupo com algum nível de sectarismo. Na Doutrina Espírita isso não existe.

Utilizando de um discurso carregado nas tintas contra as religiões, os orientalismos, os místicos e a filosofia espírita, parece que a cosncienciologia está instaurando algo novo. Parece. Mas, o que está fazendo de fato, como toda seita sectária o faz. É criar lavagens cerebrais inteligentes, ilusões, falsas certezas, bloqueando seus seguidores de pensarem por si próprios, discursando que seguido suas ideias estão sendo imparciais, lúcidos, inteligentes e científicos.

Não creio que seja um ato de má fé. Maquiavélico. Por parte do Waldo e seus seguidores.

É limitação mesmo.

A filosofia conscienciológica tentando ser a maxiplus ultra se tornou àquilo mesmo que diz ou quis combater.

Intolerante, avassaladora,  antifraterna, isolacionista.

É fato. Em mais de um evento espiritualista ou parapsicológico, que ao ser convidado um adepto da conscienciologia ele bradar em alto e bom tom a supremacia evolutiva dele e dos adeptos da conscienciologia sobre todos que estão ali.

Waldo Vieira chama de "soco na cara, fratura exposta", A IMPACTOTERAPIA.

ISSO NÃO É CIÊNCIA. É má educação e auto -fanatismo mesmo. Explico. A pessoa está tão certa de que está certa. Que todas as suas ações se justificam.

Assim agiram os papas de todos os tempos, Tamerlão, Toquermada, os sacerdotes da América pré-colombiana, assim agiram todos que não tinham a visão amorosa assistencial.

Estudos sérios do campo psicológico desde Freud revelam claramente que a figura inquisitorial e mandativa não atinge o paciente. A impactoterapia é isso. A visão ilusória de que dizendo suas verdades a pessoa se corrige. Que utilizando a vontade a pessoa cura sua mente, simplesmente.

Os estudos modernos nos mostram que somos s eres de pensamento- emoção- intuição,de grande complexidade , um dialogo agressivo não é suficiente para "curar" pessoas.
A Impacto terapia "acredita" que a mera verbalização pode curar ou renovar o psiquismo humano.

E, antes que se diga que isso é por que o Waldo Vieira está já muito velho, e esse é o jeitão dele. Deixemos claro, seus adeptos usam do mesmo artificio. É conceitual.

Não é de uma pessoa, faz parte da conscienciologia. Tem adeptos que até não a usam, ou conseguem se conter diante de adeptos de outros pensamentos espirituais, mas é ínsito de que as premissas conscienciológicas não são fraternas. Pois elas são construídas conceitualmente na base da intolerância.

- curso intermissivo - guia cego- impactoterapia- porta voz dos serenões- uso exaustivo de linguagem inventada para parecer científica- tudo isso são premissas estudadas, difundidas e são a base da estrutura que sedimenta a conscienciologia.
Ela, apesar de usar de um superpsicologismo. Que tem o seu valor. Faz um desfavor ao autoconhecimento de seus adeptos. Pois as premissas waldovierianas são intolerantes. Todo o conceitual teórico da conscienciologia é estruturado em uma hierarquia rigidamente construída.

Segundo essa estrutura conceptual. Você, habitante do planeta Terra evolui, a partir de um certo ponto na direção da conscienciologia. 

Curso intermissivo ou curso intermissivo avançado: A definição pode variar entre um e outro. São os cursos que o desencarnado faz no mundo espiritual.  Antes havia a distinção entre o curso intermissivo e o curso intermissivo Avançado. Assim davam espaço aos que não seguiram as ideias vieirianas de ter um patamar evolutivo QUASE  similar ao deles. Então, para que não se caísse num Chauvinismo crasso, eles faziam uma concessão àqueles que deram contribuições a humanidade teriam feito um curso intermissivo,(exemplo: Jung, Freud, Moreno, Rogers, Ausubel) mas que não era avançado. 
Mas isso meio que se perdeu. Ainda que essa abertura conceitual possa ser utilizada quando confrontados pelo absurdo conceitual dessa teoria. A verdade é que para eles ser intermissivista ou intermissivistas avançado é aceitar as ideias da conscienciologia. A pessoa é que tem que dizer se é intermissivistas ou não, para isso precisa assumir as ideias concienciológicas para si.
 O que fez os adeptos da conscienciologia terem curso intermissivo avançado, enquanto os outros seres humanos, não? Aí eles pegam mais um conceito espírita e o torcem, de forma disforme. Eles dizem que é que eles tinham uma ficha espiritual de serviços que favoreceu isso.

Tudo bem? Não.

Aí, estão confessadas a superioridade do adepto. Se você adere a conscienciologia,  tem afinidade e defende as suas ideias, você, segundo eles, tem curso avançado. Vidas pretéritas vitoriosas. E, os outros seres humanos do planeta? Os que não seguem as ideias waldovierianas? Bom, esses, coitadinhos, são cegos com guias cegos. 
Os médiuns, chamados de parapsiquistas na conscienciologia, são, como sabemos, sujeitos a vaidade. Isso por terem dons psíquicos. Sejam eles naturais, de berço, ou, desenvolvidos via técnicas, o fato é que, a mediunidade, uma vez aflorada, tende a dar no médium uma jactância, uma arrogância, uma pretensão de saber. Essa vaidade tende a crescer, na medida que, o médium vê seu trabalho dar certo, funcionar, ter contato com dimensões e mentores iluminados, comprovações ou mesmo ver que, realmente, está auxiliando as pessoas.
Pois bem, essa tendência, na Doutrina Espírita, é combatida, por infantilizar o médium e dificultar o acesso deste,  a sintonia superior. A simplicidade e os valores colhidos nos ensinos do Cristo, como “aquele que quiser ser o maior, seja o primeiro a servir”,  entre outros ensinos, dão ao médium a noção de que a mediunidade com Jesus é uma ferramenta evolutiva para seu crescimento. Já Waldo Vieira, ao contrário, dá aos médiuns da conscienciologia a ideia de que eles são “os tais”. Que estão diretamente apoiados pelos serenões. E que em breve serão “des-per-tos” ou seja, seres humanos totalmente imunes a assédios. Além de todas as questões já ditas sobre curso intermissivo. Essa filosofia conscienciológica, ao meu ver, desfigura o médium, principalmente se ele, chega na conscienciologia muito jovem, devido a sua própria inexperiência, e as teses vieirianas de “inversão existencial”, podem, (eu disse podem, não estou dizendo que as pessoas reais, as que adotam essas técnicas e crenças, de fato, são assim ou assado. Mas uma vez repito. Estou tentando me ater aos conceitos), dar ao adepto jovem, a ilusão de que evolução é algo ligado a técnicas e a crenças. E, uma vez iludido.....

Isso, ao meu ver, mostra que Waldo Vieira apesar de ter sido espírita, ou ter passado pelo espiritismo, entendeu pouco, não só a Doutrina Espírita, mas os ensinos que ele mesmo psicografou. E, até mesmo, muitas instruções que recebeu fora do corpo. Como podemos ver em seu livro de relatos de experiências fora do corpo, Projeções da Consciência. (Para entender o que digo, melhor ler o original editado pela Lake editora, e não o retraduzido que eles editam). Em diversas experiências relatadas em vários capítulos, a um apelo dos mentores a universalidade, ao amparo a todos e a evolução ombro a ombro.

Mesmo na experiência mais interessante que ele tem, que é a do último capítulo. Em que sai em corpo mental, todos os parceiros que são por ele citados que estão em corpo mental, são ou foram espíritas. Mas, ele, hoje, perguntado sobre isso, tenta dar justificativas por que aqueles espíritas estavam lá, tentando minimizar sua presença. Traindo com interpretação teológica conscienciológica, a própria independência que ele diz fazer no início da obra. Demonstrando com clareza que de 1979 quando ainda espírita, para cá, algo mudou. E não foi para melhor. Seu projeto de construção da conscienciologia estruturou no bojo desta um profundo sectarismo. Os médiuns que estão na conscienciologia hoje, trazem uma profunda incapacidade de ver no outro um igual. Por que, tal como nos magos da antiguidade, se veem como entes superiores.

E, isso desfigura na nascente, qualquer processo sério de autoconhecimento. Induzindo, ao auto-engano. Óbvio para quem está de fora, imperceptível para quem adere. E, há uma autocorrupção. Pois, a pessoa, se julgando intermissivista avançada por que aderiu a seita, pode esconder até de si mesmo, erros, falhas, apegos, limitações. Eu disse pode, e não que todos fazem isso. Vai depender muito do “simancol” de cada um. Não quero fazer generalizações apressadas como os companheiros seguidores de Vieira.

A pessoa até pode perceber que seu passado não é tão retumbante assim. Graças a possibilidade de ter experiências retrocognitivas reais. Mas aí, ela se vê em um dilema conceitual. Se o passado dela não é bem lá dos melhores. Como pode ter uma ficha de trabalho melhor do que a do Leonardo Boff, a do Betinho, a do Gandhi, a do Sai Baba, A da Madre Tereza de Calcutá, a de Damião de Veuster. Entre outros. Pois estes aqui citados ou eram religiosos ou eram marxistas. E, fizeram assistência real aos seres humanos, habitantes da nave mãe Terra. Mas, segundo as premissas conscienciológicas, são pouquíssimo evoluidos pois não aderiram ao ideário vieiriano. Sei, por uma série de razões e experiências que não é o caso aqui citar, que um bom número de adeptos da conscienciologia foram adeptos do nazismo e do fascismo na Europa do século XX. Co-responsáveis por uma das maiores tragédias que ocorreram no mundo. Uma afinidade com a conscienciologia possivelmente estaria na identificação/afinidade na alguma parte do inconsciente. Dos ideários sobre eugenia, e as crenças de superioridade racial /espiritual dos Árias. Que são a síntese de erros cometidos séculos atrás por exilados transmigrados, orgulhosos e que se sentiam “uma raça superior”. Bom, esse povo renasceu na Europa e na China, no Japão no século XIX e XX e vimos no que deu sua não afinidade com o Cristo. Massacres de milhões de pessoas. Segunda Guerra, União Soviética, China...

É possível que a conscienciologia reeduque essas almas pouco afeitas ao Cristo. Sim. Mas, conceitualmente, a nosso ver, ela é defeituosa. Fanatizante e repete erros estruturais que se não corrigidos a levarão a se tornar em uma nova Igreja Católica medieval, intolerante e isolada.

E, vejam bem, eles não podem mudar, simplesmente. Não podem abandonar as ideias do curso intermissivo, guia cego, a hierarquia conscienciológica como um fim em si mesmo:

 converter-se a conscienciologia, depois EV, depois tenepes- projeção- desperto-teleguiado-evolciólogo- serenão. Pois mudar isso cairiam no risco de não conseguir se diferenciar da Doutrina Espírita. Esta sim, Conceitualmente muito mais bem estruturada, muito mais realista e muito menos sectária. Tem seus problemas, sim. Mas, adstritos a rigor aos adeptos e suas ideias. Nenhum deles é conceitual.

O adepto que não entende isso, age semelhante ao pastor da Igreja Universal que cheio de boa vontade e "santa humildade " se nega a ver sobre que bases estão sedimentadas a igreja Universal. Ou ao padre que se nega a enxergar que os diversos concílios realizados pela igreja a fora, atestam o fato de que as ideias dos papas e dos cardeais mais brilhantes são a Igreja. As premissas estão corroídas com premissas falsas ou obsoletas.

A estrutura.

Entende?


Ainda que sendo do bem e apregoando coisas positivas. E , se apropriando da visão evolutiva espírita, até certo ponto. A conscienciologia até pode dar ao adepto dedicado bons frutos espirituais. Isso, a Doutrina Espírita admite. Mas, não a admite só a eles. Como eles pensam. Mas, também aos católicos sérios que querem amar ao próximo, aos judeus sérios que querem servir a humanidade, aos muçulmanos, aos budistas, aos sem religião, aos parapsicólogos, aos batistas, aos metodistas, aos xintoístas, aos taoistas, aos teosofistas aos rosacrucionistas e muitos outros. Por que para nós, espíritas, não é o grupo, as técnicas, ou o discurso que dará a pessoa amparo e felicidade espiritual, mas como a pessoa usa os conhecimentos que tem em mãos para ser útil à humanidade.

Não existe isso de Espírito superior dar, de antemão recursos privilegiados a alguém por ser adepto deste ou daquele grupo. Tudo, na visão espírita, está relacionado a ficha de trabalho efetivamente efetuado em vida pela pessoa. Não discursos. Não apenas técnicas espirituais e/ou bioenergéticas.

Elas ajudam? Sim.
Podem ser úteis? Sim.
São imprescindíveis? Não.

Kardec no século XIX já alertava sobre as táticas ingênuas de elogio fácil proferido por espíritos que tinham o intuito de exercer fascínio de grupo.
Os modernos estudos sociológicos esclarecem como o discurso radical e agressivo aos que são tidos como adversários e como a promessa do paraíso seduz adeptos em grupamentos religiosos e místicos no mundo todo. Existindo aquela sensação de reencaixe social.
Encontrei os meus!
Para isso o adepto precisa ter certeza de ser superior aos outros. ( ver os estudos sérios sobre a sedução nazista)
De estar em uma missão especial e diferenciada. De estar próximo e ser mesmo íntimo do profeta do deus ou do próprio deus. (No caso conscienciológico substitua por serenão.)

Para quem é espírita muitas afirmações relacionadas as religiões tradicionais poderão parecer sensatas. Mas deixam claro, que seu discurso está calcado não só em mostrar as profundas incongruências do catolicismo e do protestantismo, mas de tentar envolver de uma forma ingênua o Cristo como responsável por isso. E, consequentemente o Espiritismo estaria errado por apregoar as ideias do Cristo. Desconhecendo o como e o porquê a Doutrina Espírita o faz.

Porque na verdade, isso não interessa aos seguidores de Vieira. O que interessa é fazer uma afirmação de sua nova fé, repetir os conceitos do guru, e utilizar seus conhecimentos acadêmicos para mascarar as ideias fundamentalistas da conscienciologia, calcados em uma espécie de nazismo espiritual.

São apenas repetições doutrinárias do discurso anti-espírita do Waldo Vieira. A pessoa sempre irá ver neste e em outros textos da conscienciologia a ênfase em ter suas próprias experiências. Mas, o fato é que tendo o adepto da conscienciologia experiência ou não a fidelidade doutrinária de seus autores as ideias Waldo vieiranas é de 100°. Muito maior do que acontece na Doutrina espírita. Onde realmente se tem experiência variada do contato com o mundo espiritual, há de fato, debate de igual para igual, e há divergência de opinião, publicada. Desde o seu início.
Utilizando-se de má-fé e de meias verdades tenta colocar, sem dizer explicitamente isso, que o ser conhecido mais evoluído é seu mestre e guru, Waldo Vieira. Por isso o mesmo repete de forma cansativa todas as ideias do mesmo.
Se o autor, ex- católico expõe com certo azedume e agressividade pontos de incoerência, já bem falados e discutidos na Doutrina Espírita sobre os erros do cristianismo ortodoxo. Sua intenção é claramente tentar mostrar que a conscienciologia é o destino para todas as almas. Incorre no mesmo erro que foi uma das principais premissas que levaram as religiões cristãs e o islamismo, entre outros a tantos atos violentos em sua história. Se acreditarem como donos da verdade e ser a porta única para a salvação.
Pois de fato, uma análise tranquila e desapaixonada das premissas conscienciológicas deixam claro, que ela é conceitualmente intolerante, exclusivista e elitista.
As críticas de carácter proselitista à Doutrina Espírita são bem pensados. A conscienciologia tem nos espíritas seu maior filão para conversões.
E, a propaganda sua principal arma. A conscienciologia vende um peixe , que, aos olhos mais incautos ou desatentos parece coisa nova, quando na verdade é um regressismo medieval.
Não defendemos aqui, as incongruências do cristianismo católico, protestante e outros. A Doutrina Espírita tem, ao longo dos últimos 150 anos, escrito um número extenso de livros sobre o tema.
O Céu e o inferno, de Allan Kardec, A gênese, de Allan Kardec, cristianismo e espiritismo de Leon Denis , Religião de Carlo Imbassahy, Cristianismo a mensagem esquecida de Hermínio de Miranda, Espiritismo e as igrejas reformadas, Agonia das religiões entre outras obras, deixam bem claro a posição espírita com relação ao que foi feito pelo homem nos últimos 2000 anos com os ensinos de Jesus.
Se no brilhante livro de Leon Denis chamado cristianismo e espiritismo, ele com muita lucidez demonstra como os dogmas do cristianismo ocidental está defasado. Ele inicia o livro com o respeito que todo espírita tem a qualquer tipo de conhecimento. Isso, por que ao contrário da conscienciologia, a Doutrina Espírita apregoa que não é uma Igreja, doutrina ou um guru que traz a “salvação”, mas o amor ao próximo, a assistência , a caridade, o serviço real, não apenas imaginário, a luz do dia, vivência de fraternidade com o todos que trará a libertação espiritual.
Na conscienciologia não é assim. O crescimento espiritual segundo Waldo Vieira em suas tertúlias e livros, passa obrigatoriamente em se tornar adepto da conscienciologia.
Eles têm uma escala no qual o individuo para conseguir atingir o estágio mais evoluído e ser um espírito puro – consciência livre- ele precisa seguir:
Consciência vulgar – o não adepto da conscienciologia; depois se tornar adepto da conscienciologia, se tornar praticante de suas técnicas energéticas, se tornar um professor lúcido das ideias da conscienciologia e dai em diante até chegar a ser um serenão.
Então na proposição conceitual da conscienciologia, da qual não se explica muito, apenas expõe, como já disse, a passagem pela conscienciologia é obrigatória.
Sem muitas explicações sobre o como e o porquê. É porquê o waldo vieira diz que é. E, você é livre para discordar dele. Mas, longe dali, você não aceita por que você não é intermissivista, se fosse você aceitaria numa boa. Como você não aceita, você é pouco evoluído.
Ele, portanto usa do conceito de evolução para justificar o porquê de ser seguido. Por isso não existem livros na conscienciologia sobre temas básicos que eles aceitam. Como sobrevivência após a morte, ou reencarnação. O adepto da conscienciologia que quiser ter leitura sobre isso terá que obrigatoriamente busca r literatura fora dela, espírita, teosófica ou espiritualista americana. Ou, crer nas afirmações categóricas de vieira e seus seguidores.
Por isso podemos dizer que não há esclarecimento, pois não se busca dar esclarecimento sobre os porquês de suas afirmações. Acusa-se, ironiza-se, e critica-se muito todos que não sejam conscienciologia, mas na hora de mostrar o porque não há explicações profundas, apenas afirmação pela afirmação.

Waldo Vieira é o profeta dos serenões. Seus seguidores repetem suas ideias e os conscienciólogos se julgam os escolhidos por terem curso intermissivo.
(curso intermissivo avançado segundo Waldo Vieira seria um curso das suas ideias que a pessoa teve ao nascer – só os seres mais evoluídos e mais uteis aos serenões o têm – e são esses que compõe hoje os adeptos da conscienciologia).
Só eles têm amparo do mundo dos espíritos (anjos -amparadores), os outros os religiosos e os ateus têm guia cego (demônios).

Independentemente do que estas pessoas façam, digam ou pensem. Segundo Waldo Vieira se você fala de Deus, faz prece, medita ou recita um mantra você está nas trevas; e, só vem até você, guias cegos - que são loucos desencarnados ignorantes e sectários.

Só os conscienciólogos têm amparadores. Estes amparadores são avessos a qualquer prece, símbolo religioso, oração, símbolo esotérico e que tais...
Só ajudam os que desses artifícios não se utilizam e, principalmente, aos adeptos da conscienciologia.

Marcelo da Luz na sua retórica só repete o que o Waldo fala, ele é um seguidor. Surpreende quem não conhece, mas é apenas isso, um seguidor de guru.
Como ex-padre confunde e se deixa seduzir pelo discurso mega- abrangente do Waldo Vieira que para “acabar com todos” –palavras waldovieirianas – engloba todos e tudo em um mesmo saco. RELIGIÃO = TUDO IGUAL. Logo, inferior, logo responsável pela violência que há no mundo. Logo, algo, que deve ser ultrapassado pela conscienciologia.
Acusa as religiões de possuírem visão sectária. Ok, concordamos que muitas as têm.
Mas, solta aos olhos do bom observador o caráter proselitista da conscienciologia. Um proselitismo voraz, avassalador e que torna seus adeptos incapazes de conseguirem algo de bom fora das suas ideias. O que deveria causar estranheza, visto que a conscienciologia, apesar de toda a tentativa de douração de pílula de seu propositor, modificando os nomes, chamando os antigos nomes como tendo sido “envilecidos”. Nada diz de novo. Tudo que diz, é redundância do que foi dito seja pela Doutrina Espírita em 90º dos casos, seja pela teosofia, seja pela parapsicologia, seja pelos estudos do Robert Monroe, etc.

Mas o comportamento dos adeptos desse grupamento é extremamente hostil. E o que é pior hostil conceitualmente. Ambicionando um controle total do discurso espiritual. Tendo Waldo Vieira suas ideias e sua visão de mundo, como sendo o conteúdo máximo das coisas espirituais.
É uma visão sectária e A-histórica. As religiões são diversas no tempo e no espaço e invariavelmente reproduziram os homens e sua época. Suas necessidades, aspirações, construções políticas, sociais e culturais. Apesar disso, os conceitos religiosos trazem rudimentos de princípios emancipadores, que podem ser utilizados ou não pel pessoa mais sensível naquele momento a valores mais humanos e mais espirituais a essências das mudanças que hoje vemos na sociedade. Homens houve que sacrificaram para que a massa ignara pudesse receber através dos evos rudimentos de ensinamentos espirituais. Isso é o que A Doutrina Espírita explica.

Os ensinos e revelações mágicos, religiosos, místicos, culturais, trazem durante toda a jornada histórica do homem na Terra. A presença do plano espiritual superior em um trabalho lento de semeadura evolutiva. Waldo Vieira apesar de ter coadjuvado Chico Xavier na feitura do Evolução em dois mundos de André Luiz, ao construir sua seita. Rompe com essa visão evolutiva.

Para ele – Waldo Vieira/ conscienciologia - amparo só existe a partir de um certo patamar: Estar na conscienciologia.

Antes disso os seres humanos são deixados às moscas, para ver se constroem com suas mãos uma evolução melhorzinha.
Como o Waldo não argumenta, afirma. Não construiu um processo,lógico, para suas premissas, até por que elas partem de afirmações de poder. “Eu sei”. “Os serenões me disseram”, etc. Ele as camufla com um forte discurso sobre “não acredite em nada”.
Mas, esconde um: “só pergunte para saber mais”. Lá a fidelidade doutrinária é 100º, isso porque todos apenas repetem o que o Waldo disse ou não disse.

Waldo determina tudo:
Não se deve casar, faz-se dupla evolutiva.
Não se devem ter filhos.
Deve-se viajar.
A forma de fazer sexo.
Separo ou não separo.
O que devo ter em casa. Que objetos.
O conscienciólogo não diz “adeus.”
Entre outras coisas...
Nas tertúlias as perguntas são as mais corriqueiras possíveis sobre o que o adepto deve ou não fazer ou como se portar. Se as respostas, as mais das vezes não contrariam os princípios da lógica e do bom senso, denunciam que esses tais – mais evoluídos- estão longe de pensar por si mesmos. E, de viver apenas suas próprias experiências.

Há o médium Waldo Vieira, que nas entrelinhas vende o peixe de ser o maior médium que existe, por ser o mais evoluído. E, há seus seguidores, que nunca discutem o que o mestre diz ou prega. Apenas seguem. Mas, apesar disso se definem como paraciência.
E detonam A Doutrina Espírita chamando-a de seita, doutrina ou que tais, sempre pejorativamente, sempre visando prosélitos. Manipulando a realidade das coisas.
se você começa a argumentar com lógica e refutar tais afirmações de poder: é por que é. Você é considerado um “borboleta” um demissionário de tarefa, um incomplexis, uma série de nomes – (xingamentos). Que apenas reafirmam o sectarismo de seita que está ínsito nesta que se propõe ser a mãe de todos os saberes da Terra.
Sim, mãe de todos saberes da Terra, pois estaria acima de qualquer forma de pensamento humano, seja filosófico, seja religioso, seja científico. E, que , por isso, todos devem estar lá, nela, se quiserem evoluir de fato e ter amparo. Afinal de contas como o próprio Waldo diz, e é repetido por todos os seus seguidores. Se você pode ter o mais por que ter o menos. O mais é claro, é a conscienciologia.

Mas, na visão waldológica-conscienciológica religião é responsável por violência. Discurso impreciso, pouco científico e anacrônico, visando apenas o espírito de seita. È uma das formas de lavagem cerebral: A generalização conceitual.
As definições são formas utilizadas para estabelecer conceitualmente campos de conhecimento. Religião é uma forma imperfeita mais, até certo ponto válida para estabelecer certas práticas humanas que estabelecem contato com o espiritual, com o divino, com o transcendente.
As definições sobre religião irão se diferenciar de autor para autor. O que fica claro são métodos de análise. Mas, de forma alguma o termo religião pode ser colocado como uma instância única. Explico-me, dizer – a religião é o ópio do povo. Expressão de cunho marxista historicamente atrelada aos papéis desempenhados pelo cristianismo na Europa.

Essa definição nada tem que ver com as crenças espirituais dos papua na Nova Guiné. Ou com as práticas xamânicas dos ianomâmis. Ou com as ideias surgidas com a Teosofia no final do século XIX. Essa afirmação é localizada, feita através da observação de uma situação local. Não serve para todas as expressões religiosas que existiram e existem no mundo.
Usar um conceito amplo e difuso como religião para dizer ou afirmar algo sobre ela, não guardando as diversas especificidades existentes no espaço e no tempo, é um discurso ideológico que tem claros fins de convencimento e conversão.

Lembrando bem os protestantes evangélicos sectários que acreditam que toda a forma de conhecimento espiritual que não seja o protestantismo está no inferno.
Eles acreditam que evolução consciencial está atrelada a pessoa se converter à conscienciologia. Por isso Waldo Vieira para ele mesmo e para seus seguidores é mais evoluído que Jesus, Gandhi, Chico Xavier, Emmanuel, Divaldo Franco, Maria de Nazareth, Einstein, Bohr, Piaget, J.B.Rhine, Stanislav Grof, Krishnamurti, Leadbeater, SaiBaba, Blavastki, kardec, Leon Denis, Annie Besant, Papus, Rudolph Steiner,Santos Dumont, Marx, Freud, Carlos Chagas, Oswaldo Cruz, Darwin, Madre Tereza, Buda, Moisés, Maomé, Martin Luther King, Roosevelt, Fernando Pessoa, Drummond, Betinho, FLorence NAgthingale, Crookes, Ratzinger, Kung, JUng, Flammarion, Francisco de Assis, Beethoven, Spencer LEwis, Amma, Ramatis, RamaKrishna, Fleming, Plotino, Platão, Aristóteles, Pitágoras....
Ignoraram em seus escritos OS SERENÕES, o ateísmo e as ideias waldovieirianas, ipsis litteris et por cause, são pouco evoluídos.

Todos na hierarquia inventada pelo próprio Waldo Vieira sequer foram despertos, coisa que ele já é, conforme sua análise "científica e isenta" ISSO POR QUE NA CONSCIENCIOLOGIA não vale a ficha de trabalho e de utilidade que o indivíduo fez na Terra.

Pelo fato de que eles não fizeram curso intermissivo, e não fizeram por que não seguiram as ideias do Waldo Vieira, segundo os adeptos do da waldolatria. Para ter curso avançado é necessário CRER nas ideias de Waldo Vieira, considerá-las o "max plus ultra" - mesmo sendo mera repetição rica de semântica e de idolatrias do que o espiritismo, o Rosacruz, a teosofia e a parapsicologia escreveram, explicaram e revelaram.

Diacronicamente para ela, só tem algo de evolutivo se a pessoa repete Às ideias do waldo vieira. Isso para eles é esclarecimento. Eu chamo de fascínio de grupo.
O Waldo diz que os seres mais evoluídos são os serenões e depois os evoluciólogos. Só que não cita nenhum. Por quê?

Por que assim qualquer pessoa poderia comparar a tal biografia e as ideias desses supostos, com alguns citados, ai em cima.
Ou o que é pior ele cairia na coisa óbvia. Seja quem for que ele citar, se algum dia ele citar, não fez a conscienciologia. Condição primordial para que alguém seja evoluído na conscienciologia.

Mas, apesar de ter premissas grosseiramente ingênuas o discurso conscienciológico atinge bem certo tipo de pessoa da nossa sociedade atual. Classe média alta, universitária, a-religiosa, liberal, mais ligado à direita, bem sucedido através de seu esforço – self made man –
Frustrada com experiências ou com o discurso religioso. Que gosta de pesquisar e, traduzindo as expectativas da classe média burguesa ocidental rejeita o discurso mais à esquerda e mais socialista do cristianismo.

Fala em assistência e em Megafraternidade, mas igual aos protestantes, o que quer dizer com isso é converter à conscienciologia, suas ideias e práticas.
Consegue através de meias verdades converter incautos à suas idéias sectárias e agressivas, fazendo crer que evolução é igual a alguma mediunidade, neologismomania obssessiva, semantica fechada em seita - é preciso estar dentro dela para entender o que dizem - e a arrogância de se alto proclamar escolhido (intermissivista).
A questão é clara: conscienciologia é religião e das mais sectárias. Seu guru Waldo VIeira tem como principal atributo a propaganda. Seu dito norteador é pura propaganda:

"A diretriz norteadora das discussões conscienciológicas é o princípio da descrença: não acredite em nada. Nem mesmo naquilo que você lê aqui. Experimente. Tenha suas próprias experiências."

O neófito zerado de experiência espiritual se surpreende com tais ditos. Ele tem nenhuma ouraras experiências. Então ao fazer as experiências espirituais e ter resultado, ele entende que o bom resultado - (o desdobramento existe, a reencarnação existe) está atrelado ao fato de que as ideias conscienciológicas estão certas. Para isso Waldo Vieira destrói na base da ironia, do deboche, do desrespeito, da infâmia e da agressividade qualquer possibilidade de seus adeptos terem algum respeito às personalidades acima citadas. Principalmente se forem espíritas, teosofistas, rosa-cruzes e esotéricos em geral, por serem adversários que têm experiências tão ou mais interessantes do que as dele, e apesar de tudo que ele e seu staff reproduz não são sectárias como ele mesmo o é.

A conscienciologia volta com a ideia medieval obscurantista de que fora de tal lugar não há salvação, ligando a emancipação espiritual do ser não ao que ele é como pessoa, mas ao fato dele estar atrelado ao corpus de ideia conscienciológico. Esse erro conceitual, por si só, deve deixar claro ao espírita que a conscienciologia, longe de ser algo novo, é o recrudescimento da forma iniciática de lidar com o espiritual. Ou seja, regressismo,De certa forma extinta por Jesus, que saiu à luz do dia para ajudar as pessoas. E preconizou que é no ato de auxilio e socorro e não nas técnicas espirituais, bioenergéticas, anímicas que estaria o próximo patamar do ser que quer realmente progredir.

Por isso tanta agressividade do Waldo Vieira aos espíritas, ao Chico Xavier e tantos outros. Ele precisa impor-se para os seus e para os espíritas que o houve e lê, que ele é muito mais evoluído do que qualquer espírita. Mas, sua doutrina é fraca, agressiva, calcada nas ideias de um homem só e, não esclarece. Pode parecer estranho que a uma doutrina que fala tanto em esclarecimento se acuse de não esclarecer. Explico. Todos os conceitos da conscienciologia veiculado por Waldo Vieira a partir de seu livro 700 experimentos são colocados não em uma análise profundo sobre os temas como faz magistralmente Kardec, Leon Denis , Carlos Imbassahy , Herculano Pires, Hermínio de Miranda, etc...

Ele estabelece as afirmações com pequenas frases paragrafadas de poder. A afirmação pela afirmação. E estabelece esse modelo de linguagem paragrafada cheia de afirmações de poder pela própria afirmação em si. Nada explica, nada esclarece. Quando arguido sobre isso o autor dizia desprezar a filosofia, que a conscienciologia era muito mais ampla que a filosofia pois tinha a vivência. Essa refutação que agrada e auto afirma seu dístico de que a pessoa deve ter suas próprias experiências. (que, como tudo que envolve a conscienciologia, não é afirmação original, pois pertence ao Buda e ao budismo, que eles, os conscienciólogos, também desprezam, acham menor, pelo simples fato de não ser a conscienciologia.)
Pois então, essa afirmação é uma premissa falsa. A conscienciologia não está interessada na pessoa ter sua própria experiência e tirar suas conclusões. Não. Ela tem um corpus doutrinário muito bem definido, estar nela consiste em aceitar estes cânones. Lógico que a partir daí, como qualquer espírita sabe, os fenômenos espirituais vividos pelos adeptos conscienciólogos terão a visão conscienciológica de interpretação. Todo fenômeno anímico-mediúnico passa pelo sistema de crenças da pessoa. Sempre foi assim desde que o mundo é mundo.
Tanto isso é um fato que o Waldo Vieira não pega nenhuma afirmação oriunda de clarividência ou de desdobramento que contrarie seus cânones. Que não esteja atrelado a sua forma de pensar e construir a realidade. Tendo mesmo chegado a afirmar que fora da conscienciologia nem havia projeção ou desdobramento mais muito onirismo e fantasia.

Daí o porquê dos seus adeptos serem em livros, vídeos e cursos serem 100° fiéis proposições doutrinárias do mesmo.
Vejam bem, isso não é nenhum mal. Todos deve ter a crença que quiser, a Doutrina espírita não tem essa característica agressiva e mega -abrangente. Na Doutrina espírita se discute ideias e não pessoas.

Além do que está claro para Waldo e seus seguidores que presença espiritual fora da conscienciologia não existe. O simples fato de a pessoa pertencer a qualquer linha espiritual que tenha práticas mediúnicas ou anímicas que não seja da conscienciologia significa na visão do guru Waldo vieira que estas pessoas têm "guias cegos". Falou de Deus: guia cego, não afirmou aceitar as ideias da conscienciologia, nem as citou: guia cego.

Então não há universalismo. Apesar da conscienciologia no bastião de seitas, religiões e grupos ocultistas e que tais, ser a que mais usa essa palavra: Universalismo. Por tudo que afirmamos aqui, que podem ser verificadas nos vídeos e áudios do mesmo que circulam por aí, vemos que essa palavra serve apenas como propaganda, bem urdida e bem fundamentada, mas não seguida. Ao contrário seu adepto utilizando dessas palavras, incompreensivelmente a desfigura, como eles mesmos dizem, envileceram-na, pois seu grupamento religioso, por que religiosamente segue as proposições vieirianas, não podem ser universalistas, pois isso pressupõe um olhar fraterno para com todas as pessoas. E, os intermissivistas, os seres mais evoluídos da Terra, os únicos no planeta que tem amparo espiritual sério, só podem olhar para os outros "de cima". Condescendentes. Compassivos. O próprio Waldo VIeira em muitas respostas que dá em suas tertúlias invectiva aos intermissivistas (os seguidores das suas ideias) a tratarem os não intermissivistas como a pulga, o gato e o cachorro. Como eles , os intermissivistas são muito superiores aos demais seres humanos, não devem perder tempo com as consréus,(nós, os não conscienciólogos), mais bicho que humanas.

(Isso não lembra as propagandas sobre os judeus feito no cinema alemão nazista?)

"A gatinha lá em casa eu não fico falando de conscienciologia para ela."
(Waldo Vieira)

Ao se referir sobre os que não seguem as suas técnicas. E a pessoa acredita. Lavagem cerebral de grupo. Fisgada pela vaidade de se tornar parte de um grupo superior.

É uma pena. Muitas de suas proposições e ideias são interessantes. Mas por isso mesmo se tornou arrogante. Viu e analisou muitas coisas e fechou questão tentando ser o máximo. Se perdeu.

Suas técnicas auxiliam, Sim. Podem ser úteis, sim. São o único caminho para chegarmos a emancipação espiritual e atingirmos o plano mental, cessando o ciclo de reencarnações na Terra. Opa!

"ói o sectarismo medieval religioso aí gente..."

"Ói os magos neutros tentando o regressismo capelino de novo, aí gente..."

A dele pode funcionar, mas a dos outros também. Não há exclusivismos.


As invectivas básicas- estruturais da conscienciologia se tornaram "A Verdade" para os seus. Aí eles dizem, "é verdade relativa".

Gente!!! Vamos ser sinceros, jogo de palavras. Se é a única verdade admitida por um grupo. Se esse grupo está tão certo de que está certo de seu exclusivismo, de sua verdade e de sua superioridade evolutiva espiritual....

Então o que é relativo nisso aí? É tão absoluto como a crença protestante.

Pior, por que ele teve contato com os informes espíritas, e , mesmo assim, fascinou-se e fechou-se em suas próprias experiências. Exclusivou-se. Sectarizou-se. Secta. Seita.

É fé, não vivencia crítica. Vivencia crítica temos nós, espíritas, que temos liberdade de questionar, debater ( de fato), concordar ou não.

Mas, a pessoa fica presa ao estigma: Ah, mas vocês espíritas são religião, seguem Jesus. Religião não tem pesquisa.

Mentira.

Manipulação da verdade. Infelizmente.

Sim. A religiosidade é um dos aspectos da Doutrina Espírita. A religiosidade está entrelaçada a visão cósmica do ser. Criado pela causa primária como evoluciente. Espírito em progresso.

A Doutrina Espírita é religião nesta acepção. Na acepção de propor ao seu adepto a religação com as forças cósmicas, divinas, puras, super evoluidas, de onde ele veio.

Mas, não é religião no sentido de estar ligada a herança religiosa humana. por que não se sectariza. Não se institucionaliza, não enquadra ninguém.

Não se propõe como caminho único, mas trabalha para que seus pressupostos paradigmáticos se tornem conhecidos pela humanidade. Nós espíritas somos unidos pela base, pelos princípios básicos. Mas somos livres nas opiniões, formas de efetivar o conhecimento espírita, nas pesquisas, etc...


Por isso mesmo, Nós espíritas temos Jesus como principal modelo evolutivo. Veja bem, alguém que se encarnou e deixou lições básicas de conduta. Básicas, mas extremamente difíceis.

Sacrifício do interesse pessoal em favor da melhoria moral, ética e mental de todos.

Sacrifício de si para socorrer aos outros.

Amor ao próximo, como se ele fosse vocÊ. Sem comparações. Amor.

Sem fitas métricas evolutivas, sem vangloriar-se, sem conversões, sem cabotinismos.

Como Kardec deixou bem claro, na introdução do Evangelho segundo o Espiritismo, e, só não entende os de má fé: O que interessa ao espiritismo no evangelho e nas questões relacionadas à Jesus, não são Às questões polêmicas, duvidosas e teológicas, mas as morais. os ensinos essenciais do Cristo. Citadas linhas acima. É nesse sentido a ligação da Doutrina com O Cristo, modelo. Real, não imaginário, nem fruto de pressuposições pessoais a partir de experimentos mediúnicos.......

Mas, se definindo como ciência, iludem as pessoas quando induzem,(principalmente os mais jovens) a acreditar que o erro da religião é a religião como um todo. E, ironicamente, acabam reproduzindo o pior da religião. O fanatismo das certezas absolutas, a intolerância. E, o que é pior a pregação/promessa reivindicação de superioridade espiritual de seus adeptos perante as outras pessoas. Dos ateus por serem ateus, dos que tem alguma religião por terem alguma religião, dos místicos por serem místicos.

Pouco a pouco criam um panteão hierárquico em que eles estão por cima da humanidade. Ridicularizando qualquer ente histórico que possa ser um rival a suas reivindicações proselitistas.
Um discurso que se coaduna com a nossa sociedade liberal, individualista e pragmática. Se antes, nas religiões tradicionais as pessoas deveriam realizar ritos e assistir as cerimônias. Agora, nestas chamadas paraciências, eles precisam fazer direitinho às práticas e técnicas espirituais.
Execrando os seres humanos, com discurso inteligente e universitário. Falam muito de lavagem cerebral. E, de como às religiões o fazem. Tirando a pessoa de seu lugar de nascença, vivendo em grupos que de forma inconsciente acabam exercendo uma vigilância doutrinária, sobre como a pessoa se veste, o que vê na tv, quem namora, o que coloca na parede de seu quarto, como se despede dos amigos.
Uma pessoa desse grupo, uma vez me disse dos esforços que fazia para não dizer aDEus, quando se despedia das pessoas, (afinal essa coisa de Deus é coisa de guia cego.)
Se gosta de arte, se toca música, ao invés de estar falando para alguém das ideias da seita, pois arte é coisa de consciência pouco evoluída.( vigiam os outros, reforçando as suas ideias. E, quando flagram algum adepto quebrando as normas, olham com um ar de superioridade não confessada, mas sentida. - Pobrezinho. Não se encaixou ainda, precisa de assistência....

A douração de pílula vieiriana contrasta com o seu horror a arte. Ela é , em si, uma obra de arte. Sua capacidade de publicizar e impressionar suas ideias. É muito grande. Waldo tem na propaganda uma capacidade maior, até msmo que se projetar. Domina o marketing de forma impressionante. Conseguindo até mesmo um jargão para evitar debates contra seus argumentos. O banana technique queele define da seguinte forma:

“A banana technique é o gesto de dobrar o braço com a mão fechada, apoiando ou não a outra mão na dobra do cotovelo, empregado como técnica de esnobação cosmoética, evolutiva, ao modo de bordão, com bom humor e irreverência, desvalorizando a multidão de tolices embutidas nas perguntas e questionamentos vazios das pessoas não pesquisadoras, maliciosas ou buscadoras-borboletas superficiais.” “A CIÊNCIA DA BANANA TECHNIQUE, QUANDO EMPREGADA DE MODO COSMOÉTICO, AMPLIA E APROFUNDA OS LAÇOS MULTIMILENARES DE AMIZADE...(...)

Ou seja, se você argumenta contra, questiona e coloca verdadeiramente o conceitual conscienciológico contra a parede a saída “pseudo-técnica” proposta por Waldo é dar “uma banana”. E chama isso de ciência. Invectivando seus adeptos a não argumentação. Ou seja, tente converter, se a pessoa não aceita e ainda traz argumentos que mechem com o conceitual mágico- medieval conscienciológico, dê uma banana.

Será que isso não poderia ser chamado de lavagem cerebral?

É um discurso fácil, individualista e confortável. Que tira a pessoa de uma ação prática do mundo, deixando-a dentro de seus quartos e gabinetes com suas técnicas espirituais se achando o supra sumo da evolução humana.

A pessoa olha complacentemente para os outros seres humanos, mas traz ínsito a ideia de que "eu sou mais evoluído", pois eu faço tal ou qual prática. Essa presunção intima confessada ou não, não seria uma lavagem cerebral?
Que critérios podem dizer que uma pessoa é mais evoluída que outra?

Se o critério é a sua crença, e as suas práticas bem dominadas e feitas irrepreensivelmente isso não seria uma visão limitada?

Uma pessoa, em sã consciência, pode definir quem vai para o céu ou o inferno a partir de suas crenças e premissas? E definir que ela e os que pensam como ela, são os mais evoluídos, não pelo que faz, mas por aderir a um grupamento. Ela, sinceramente pode se olhar no espelho e achar isso?

Limitar as forças evolutivas humanas a uma técnica e a tal ou qual prática não seria dogmatizar em cima de suas verdades pessoais?

Os jovens precisam estar atentos a esses novidadeiros que se julgam o supra sumo da evolução. Seu discurso asséptico com relação a religiosidade humana e cheio de fórmulas acadêmicas podem seduzir, mas trazem consigo, inegavelmente traços de lavagem cerebral de grupo com novas tintas adaptadas a sociedade pós-industrial do século XXI.

A fórmula para distinguir os novos fanatismos indeléveis, é sutil, mas fácil. Não acredite em quem diz que o seu caminho, pelo fato de ser o seu caminho, é o melhor caminho que existe. E que, os outros caminhos ( aí é o X da questão) são apenas preâmbulos evolutivos para esse caminho.



Anderson F Santos.




Comentando um post que fizeram aqui, após este artigo, resolvi fazer essa separata:

O comentador sobre o post fala que Waldo Vieira seria o Anti-Cristo...

respondo:

Minha cara anônimo ele não é o Anti-Cristo. Waldo Vieira tem todo o direito de expor suas ideias. Há coisas interessantes nelas, principalmente por se tratar de um médium que, além de ter uma capacidade mediúnica boa, sendo milionário, investiu muito de seu tempo escrevendo e praticando atividades paranormais. Mas, aí, o calcanhar de Aquiles dele. Ao perceber o sucesso e o apoio da espiritualidade em seus experimentos, (como sabemos, a partir dos estudos espíritas - tendo intenção reta e digna, haverá boa sintonia. ) Sua vaidade e uma certa prisão mental ao racionalismo radical do século XVIII, (provavelmente um resquício de suas rememorações encarnatórias), ele repetiu, de forma surpreendente, o mesmo discurso radical das religiões mais fundamentalistas. 
Preso que estava na sua certeza da verdade. 

Ele não é o anti-Cristo por que para quem lê sua obra, verá que ele na verdade, repete o discurso ético espírita.
Para ser Anti-Cristo, segundo a visão espírita , ele teria não que negar o Cristo, a pessoa, mas, sim os seus ensinos. Ele não adora o Cristo, mas toda a construção discursiva da ética da conscienciologia é realizada em cima da ética espírita. 

O tempo todo autores como Kardec, Leon Denis, Charles Wagner, Rubens Romanelli, André Luiz, entre outros, são citados por Waldo Vieira, sem que ele faça referência direta a eles.
Muito provavelmente, sendo apenas um ser humano, como nós, ele nem perceba. E, mas provavelmente, seus mentores que trabalham com ele, sabendo de suas limitações e certezas, usam-no da forma que dá. 

Na verdade, Vieira deveria ter passado muitas de suas descobertas no interior do movimento espírita, percebendo não haver espaço para elas, saiu, tudo bem, não sei se ele teria espaço dentro do movimento espírita, à época, mais dogmatizado e fechado do que hoje. Então sua saída era inevitável, me parece, e nisso não há , ao meu ver, nada demais. 

Certas verdades precisariam ser ditas, principalmente àquelas que se referem as interações com o plano espiritual e o domínio das energias, se não havia espaço dentro do movimento espírita, que fazer? Se calar? Lógico que não. 

Mas ao longo do tempo seu discurso foi radicalizando, radicalizando, chegando a um ponto, que ao invés de ser um fornecedor paralelo de ideias e experimentos aos espiritualistas e aos espíritas de mente aberta em geral, ele radicaliza seu discurso e cai na ilusão do proselitismo radical. 

Waldo Vieira apregoa o bem e ainda que cheio de neologismos enfadonhos, prega o amor ao próximo, Apenas doura seu discuso de tal maneira que não dá aos seus seguidores menos atentos, as fontes cognitivas de onde tirou suas racionalizações.

Há , aí ou falta de visão ou falta de ética ou mesmo incapacidade do mesmo de perceber isso para que permaneça motivado, não saberia dizer, presunção de verdade e falta de abertura para o outro, para o diferente, provavelmente, mas a grande realidade é que ele, prega o amor ao próximo, a abnegação, o altruísmo e a necessidade de servir as pessoas, não é cristão, nem espírita, mas também ANTI-CRISTO, ELE NÃO É.

Por que para isso ele teria que pregar o ódio, a magoa, e a vingança, o orgulho e prepotência, isso ele não faz.
Pensa diferente, se acha o tal, mas apregoa em termos de valores, as mesmas coisas que a Doutrina Espírita.

Apenas, me parece que seu discurso radical é obsoleto. A Doutrina Espírita, com todos os problemas que possa ter, fornece ao pesquisador sincero e dedicado, um horizonte mais livre para analisar os fenômenos

O problema é que a Doutrina Espírita mudou, aos poucos, com a universitarização dos brasileiros, nós espíritas começamos a entender melhor as propostas de Kardec. Que não era um guru, nem um dono da verdade, mas um pesquisador. 

Isso tem dado espaço para que em paralelo e concomitantemente aos serviços de caridade, amor ao próximo e dedicação a tudo e todos, nós também estejamos analisando os fenômenos espirituais e psíquicos. Veja , por exemplo, os trabalhos de Lamartine Palhano, Hermínio de Miranda, José Lacerda, Jorge Andréa, e muitos outros.

Anderson F. Santos